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Vigilância Epidemiológica do Estado alerta para o vírus e sugere rigor no isolamento

Publicado em 17/07/2020

Técnicos da saúde destacam os números da Covid-19 que, nas últimas semanas, quadruplicaram se comparados ao prazo inicial; laudo foi elaborado e entregue na mão do secretário da Saúde, André Motta.

Já está há mais de 24 horas, nas mãos do secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta, um laudo técnico elaborado pelos técnicos da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), que alertam para a ascensão do novo coronavírus em todo território do Estado.

O documento, amparado em números que indicam a subida exponencial de casos, indica ao Executivo, sob a batuta do governador Carlos Moisés, que adote “medidas imediatas mais severas”.

A reportagem do ND+, em contato com a assessoria de imprensa do Estado, obteve a confirmação da existência desse relatório e, ainda, que ele está em posse da Secretaria de Estado da Saúde. Mais detalhes desse documento, no entanto, não foram repassados.

A assessoria, já no decorrer da noite de quinta-feira, soltou uma nota em que o governador Carlos Moisés alerta a sociedade e, ainda, pede que os que puderem, fiquem em casa.

“O momento é de cautela com o aumento do número de contaminados e de casos ativos. O Governo do Estado provém todo o apoio para as prefeituras e segue monitorando a situação diariamente. Também realizamos uma série de ações para ampliar os nossos leitos de UTI e garantir que não falte atendimento a quem necessita. Mas, para que tudo isso tenha efeito, é necessária a colaboração da população. É preciso que todos estejam atentos às normas sanitárias e de segurança em saúde”, apontou o líder do Executivo catarinense.

Casos quadruplicaram nas últimas semanas

No documento que foi assinado no último dia 14, a análise foi fundamentada em pequenos comparativos com o próprio Estado. Os números, se analisados friamente, são assustadores: os casos nas últimas seis semanas quadruplicaram em relação às primeiras cinco semanas desde a eclosão da pandemia.

Outro detalhe ressaltado no laudo diz respeito ao número de cidades do Estado que, dos seus 295 municípios, contabiliza casos do novo vírus em 282, o que representa 95% do total de cidades.

Os técnicos destacam esses dados como “grave progressão” da Covid-19 em todo o território catarinense.

Letalidade baixa e controle inicial

Apesar do Estado apresentar “letalidade relativamente baixa”, há uma grande preocupação com o inchaço dos leitos em Santa Catarina que, apesar de ser não ser confirmado nem pelo Estado e tampouco no estudo, indica uma ocupação total próxima a 90%.

O documento é finalizado, ainda, lembrando o início do controle em Santa Catarina que foi considerado bom já que “contribuíram para a redução na velocidade da propagação da doença”, porém, com a flexibilização, os números escalonaram.

O estudo ainda critica a postura da população uma vez que entende que os “cuidados básicos não se tornaram hábito, pelo contrário, parece que a percepção é de uma situação confortável”.

Por fim o trabalho elaborado sugere a intervenção do Estado em regiões que a situação aponta para um risco maior de contágio. Os técnicos ainda indica que Santa Catarina “estabeleça imediatamente medidas de restrições mais severas a fim de reduzir o número de casos ativos e, consequentemente, um controle efetivo da pandemia”.

Fonte: ND Mais
Foto: PMB/Divulgação/ND

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