Vendas pela internet crescem 24% no primeiro semestre
Publicado em 21/08/2013
Vendas pela internet crescem 24% no primeiro semestre
Cenário econômico levou consumidores a serem mais cautelosos nas compras, priorizando facilidades de parcelamento e ofertas de preços mais baixos Motivados pela busca de preços mais baratos na internet, os consumidores brasileiros fizeram o faturamento do comércio eletrônico nacional avançar 24% no primeiro semestre sobre igual período de 2012, chegando a R$ 12,74 bilhões. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (21) pela E-bit, empresa especializada em informações sobre o setor, o número de pedidos subiu 20% na comparação anual, para 35,54 milhões de pedidos, enquanto o tíquete médio cresceu 4%, atingindo R$ 359,49. O diretor geral da E-bit, Pedro Guasti, afirmou que a deterioração do cenário econômico levou os consumidores a adotarem uma postura mais cautelosa nas compras, priorizando facilidades de parcelamento e ofertas de preços mais baixos, características próprias do comércio online. Segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas totais no varejo subiram 3% na primeira metade do ano - oito vezes menos que as compras fechadas pela web no mesmo período. "A internet tem uma dinâmica bastante diferente, pautada pela entrada de novos consumidores e a possibilidade de comparar preços", afirmou Guasti, acrescentando que as compras online representam 3,5% a 4% das vendas de todo o varejo atualmente, podendo chegar a 8% a 10% -percentual apresentado nos Estados Unidos-- num prazo de três a sete anos. O crescimento mostrado no semestre reforça as previsões positivas da E-bit para o acumulado do ano, que foram mantidas. A expectativa é que o faturamento de 2013 chegue a R$ 28 bilhões, alta de 25% sobre o ano passado. Moda Pela primeira vez, a categoria de moda e acessórios atingiu a liderança de vendas online, com 13,7% dos pedidos do primeiro semestre, tomando a liderança dos eletrodomésticos. Há seis anos, a categoria de moda ocupava a 26ª posição do ranking. De acordo com Guasti, a forte atuação de grandes varejistas eletrônicas, como Netshoes e Dafiti, é relativamente recente, o que ajuda a explicar a ascensão deste segmento. O diretor geral da E-bit completou que apesar de a internet contar com milhares de vendedores, muitos deles de pequeno porte, cerca de 50 grandes lojas respondem por 80% do faturamento total. A categoria de eletrodomésticos foi a segunda mais vendida de janeiro a junho, com uma participação de 12,3% nos pedidos, seguida por cosméticos, perfumaria, cuidados pessoais e saúde (12,2%), informática (9%) e livros, assinaturas e revistas (8,9%). Fonte: Portal IG