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Velhos Problemas

Publicado em 27/09/2021
Velhos Problemas

Em 2018 a CDL de Florianópolis emitiu nota oficial criticando o fato de o empresário brasileiro ser "alijado do direito de participar do debate político e de externar suas opiniões e anseios, instantaneamente estigmatizado pelo simples fato de ser empresário". Na ocasião (o texto completo pode ser acessado aqui) ponderamos que a marginalização da classe empresarial nos assuntos que interessam a todos nós "é um perigoso aceno a regimes em que o delito de opinião, como viés do pensamento democrático, é um ato digno de punição".

O motivo não poderia ser mais óbvio, como lá pudemos expressar: o empresário é "um cidadão como qualquer outro, portador dos mesmos direitos consagrados a todos os brasileiros, independentemente de sua origem e trajetória social".

No âmbito da atual (e não menos odiosa) "cultura do cancelamento", em que a racionalidade é imposta por quem fala mais alto, o pensamento de viés liberal na economia e de respeito estrito às liberdades individuais – sobretudo o de expressão – ganha ares de escândalo, algo proveniente de um "inimigo" imaginário que precisa ser aniquilado a todo custo.

A demonização do empresariado junta-se, assim, ao irrefreável avanço do Estado sobre a vida e o patrimônio do pagador de impostos (o tal do "contribuinte"), de modo que ambas se tornam faces da mesma moeda: a deterioração da democracia brasileira, mantida a duras penas.

Como representantes dos segmentos produtivos que geram renda, riqueza e oportunidades para todos, não podemos tolerar que os avanços civilizatórios que nos trouxeram até aqui sejam relativizados a ponto de amordaçar o cidadão em geral e o empresariado em particular, ora isolando-os do debate político, ora perseguindo-os quando "ousam" fazer ouvir a sua voz.

Passados três anos, é estarrecedor que o "cenário de várzea em que se encontra o discurso político no Brasil", por nós criticado naquela nota oficial, se tornou um velho problema que faz da convivência harmônica entre visões diferentes de País uma distante ilusão. Terá mesmo o Brasil desaprendido as lições de sua própria História? À luz da Constituição que nos une, se o provérbio popular do "cala boca já morreu" beneficia jacobinos, também terá de beneficiar girondinos.

Acompanharemos de perto o desenrolar dos acontecimentos e jamais iremos nos calar.

Diretoria
Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis

Ouça o podcast, clique aqui.

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