Técnico do BC ensina a identificar cédulas falsificadas
Publicado em 26/11/2012
Técnico do BC ensina a identificar cédulas falsificadas
Palestra no auditório da CDL de Florianópolis reúne mais de 80 pessoas
O analista Alexandre Matta do Banco Central, dá dicas para defender-se do dinheiro falso.
Sabe aquela canetinha que a moça do caixa passou na nota de 50 que você acabou de soltar no supermercado, para ver se a cédula não era falsificada? Pode esquecer. Além de a tinta da caneta servir apenas para mostrar se o papel, e não a impressão, é verdadeiro – e é possível “lavar” uma nota pequena e imprimir outra com valor maior – os falsários já descobriram como “enganar” a canetinha. Ou seja: a moça do caixa ficou com uma arma a menos para defender-se do dinheiro falso.
Mas ela tem muitas outras. E foi sobre essas armas que o analista do Banco Central Alexandre Matta falou na noite desta quinta-feira, 22, na palestra “Conheça o seu Dinheiro”, apresentada no Auditório José Dias, da CDL de Florianópolis, a uma plateia de mais de 80 pessoas, a maioria funcionários de lojas do Centro da Capital. Durante quase duas horas, ele discorreu sobre os elementos de segurança existentes nas notas do Real, desde a “primeira família” e, agora, aperfeiçoadas, na “segunda família”. Nem é necessário uma canetinha, portanto, caso a certificação de autenticidade seja feita a partir desses elementos de segurança.
O técnico do Departamento do Meio Circulante do BC passou duas cédulas da segunda família estalando de novas entre os presentes, não só para que vissem, mas também para que sentissem a textura dos elementos em alto-relevo. Além da textura diferenciada em alguns pontos, as notas do Real têm em comum cinco pontos de verificação da autenticidade: a marca d’água, o fio de segurança, o quebra-cabeça (já apelidado de “chip”, por sua semelhança com o chip de um celular), o número escondido (antigamente chamado de “imagem latente”) e os elementos fluorescentes. As notas de 50 e 100 têm, ainda, a faixa holográfica – aperfeiçoada em relação à existente na primeira família – e as de 10 e 20, o número que muda de cor.
Alexandre Matta sugeriu que, ao duvidar da autenticidade de uma cédula, os receptores devem observar, pela ordem, a marca d’água, o alto-relevo, a faixa holográfica (ou o número que muda de cor) e o número escondido. “Se ainda houver dúvida, partam para os outros elementos”, disse. Entre esses “outros elementos”, estariam as microimpressões (visíveis com uma lupa) e as filigranas laterais das notas, que se completam quando sobrepostas.
Imagem: PalavraCom
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