Startups de saúde inovam no combate à pandemia.
Publicado em 23/08/2021
Health techs de Florianópolis desenvolveram ou impulsionaram inovações que se espalharam pelo Brasil
Entre as mais de 3 mil empresas de tecnologia sediadas na Grande Florianópolis, um segmento em especial teve destaque pela rápida resposta à crise provocada pela Covid-19.
As health techs, startups voltadas ao setor de saúde, criaram em plena pandemia soluções inovadoras que ajudaram no combate ao vírus antes do surgimento das vacinas.
É o caso da Wier, de Florianópolis, desenvolvedora de tecnologia de plasma frio e ozônio para descontaminar ambientes, certificada após testes em laboratório de biossegurança da USP (Universidade de São Paulo) que alcançaram a inativação de 99,9% do coronavírus.
“Essa certificação mostrou como podemos apoiar a prevenção e a saúde das pessoas ajudando a diminuir novos casos de contaminação. Por outro lado, contribuiu para a economia, pois vários empreendedores, micro e pequenas empresas passaram a ter esses equipamentos como forma de levar proteção para seus clientes e uma renda extra para o seu negócio”, afirma Bruno Mena, doutor em química e CEO da Wier.
Somente em 2020, cerca de mil novos negócios foram criados por conta desta tecnologia de segurança sanitária: concessionárias, empresas de aluguel de carros e lavação passaram a oferecer a descontaminação dos veículos, assim como empresas de transporte e carros de aplicativo.
A solução também ganhou espaços em outros segmentos, como a rede hoteleira e o agronegócio.
A Wier foi uma das 12 startups catarinenses selecionadas para receber recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para projetos de enfrentamento da pandemia – ao todo, 16 iniciativas foram aprovadas, num total de R$ 18,7 milhões em recursos aplicados no ecossistema de tecnologia do Estado.
Outra inovação made in Florianópolis usada intensivamente nos últimos meses foram os modelos de testes em massa contra a Covid-19 desenvolvidos pela empresa de biotecnologia BiomeHub.
Com apoio de entidades como a Fiesc, a Fundação Certi, governos e prefeituras, o sistema permite verificação simultânea em até 16 pessoas com um só teste – e foi utilizado por 100 mil brasileiros em menos de um ano.
Com a demanda, o faturamento da startup cresceu 10 vezes em relação ao ano anterior, quando foi fundada.
“A demanda por testes para o coronavírus foi responsável por 75% do nosso faturamento em 2020”, explica Luiz Felipe Valter de Oliveira, CEO da startup, que vem desenvolvendo outras soluções tecnológicas baseadas no microbioma humano, área em que já atua.
Solução para monitorar temperaturas de vacinas
A expansão nos negócios tem sido comum para essas empresas inovadoras. Com 10 anos de mercado, a Sensorweb surgiu desenvolvendo sensores para monitoramento de temperatura na cadeia fria de saúde do país (transporte de medicamentos e vacinas).
“Estamos num momento em que a temperatura ideal para a manutenção da eficácia das vacinas, por exemplo, saiu da bolha dos profissionais da saúde e virou conhecimento de todo cidadão comum”, argumenta Douglas Pesavento, CEO da Sensorweb.
A empresa cresce anualmente entre 30% e 50% e teve faturamento superior a R$ 5 milhões em 2020.
Atualmente, conta com seis mil sensores de monitoramento de temperatura e umidade instalados em cerca de 220 clientes entre hospitais e clínicas, bancos de sangue, laboratórios e pesquisa, logística e indústria farmacêutica.
O próximo passo é o desenvolvimento de um sistema inteligente de higienização de mãos em ambientes hospitalares, projeto que já está sendo testado em instituições públicas e particulares de médio e grande porte.
A ideia é rastrear de maneira confiável o horário de uso e a quantidade de vezes que cada profissional da saúde utiliza o dispositivo, reduzindo a possibilidade de infecções hospitalares e surtos por bactérias ou vírus, como a Covid-19.
Pague com o seu rosto
A opção de pagamento por meio de reconhecimento facial – sem precisar tirar a carteira do bolso – já é realidade em algumas redes de varejo e farmácias no país graças a uma inovação desenvolvida em Florianópolis pela startup Payface.
Criada em 2018 pelos sócios Eládio Isoppo e Ricardo Fritsche, o objetivo é reduzir as filas nos estabelecimentos e acelerar o processo de compra.
“O nosso foco prioritário são os supermercados e farmácias, serviços essenciais que precisam se adaptar ainda mais às regras sanitárias”, comenta o CEO Eládio Isoppo.
A tecnologia conecta por biometria facial o rosto de cada usuário com os mais diferentes meios de pagamentos utilizados pelos varejistas. Sem precisar mostrar o cartão no momento da compra, o consumidor faz suas compras usando apenas o rosto, diminuindo filas e evitando contato físico.
É praticamente a única ferramenta nestes moldes na América Latina – há alguns poucos concorrentes diretos na Ásia, Europa e Estados Unidos.
Fonte: ND Mais
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