Sobrevivência de micro é maior em serviço de água
Publicado em 18/09/2012
Do total de 464,7 mil empresas abertas em 2007, quase metade (48,2%) não existia mais em 2010
Do total de 464,7 mil empresas abertas em 2007 (esse número inclui todas as empresas, inclusive as grandes), quase metade (48,2%) não existia mais em 2010.
Entre as micro (até nove funcionários), a taxa de sobrevivência após três anos ficou em 50,9%, nas pequenas (de 10 a 49 empregados), em 79,1%, e em 82,3% nas médias (entre 50 e 249 funcionários).
A pedido da Folha, o IBGE mapeou as atividades com melhor e pior desempenho a partir do estudo "Demografia das Empresas 2010", divulgado no fim de agosto.
Para as microempresas, atividades relacionadas a tratamento e distribuição de água são as com maior taxa de sobrevivência: 80,6%.
Em seguida estão as áreas jurídica/contabilidade/auditoria (64,8%) e fabricação de máquinas e equipamentos (63,1%). Entre as piores: exploração de jogos de azar e apostas (14,1%) e extração de carvão mineral (16,7%).
"A taxa de sobrevivência tem relação direta com o porte da empresa. A maior pode investir mais, sendo capaz de permanecer por mais tempo no mercado", diz a gerente de planejamento, disseminação e análise do IBGE, Denise Guichard Freire.
As informações do estudo podem ajudar o governo a aplicar políticas públicas para setores com menor taxa de sobrevivência e orientar as empresas para exploração de novos nichos de mercado.
"Os dados revelam que a sobrevivência é maior em segmentos de atividade que exigem maior grau de escolaridade, capital, conhecimento específico e/ou mais sofisticado", diz o analista de gestão estratégica do Sebrae Nacional, Marco Aurélio Bedê.
Para o gerente de projetos do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV, Renê José Rodrigues Fernandes, os números devem ser vistos com cuidado.
"No caso de haver uma quantidade pequena de empresas na amostragem de uma área, a saída de apenas uma delas pode aumentar muito a mortalidade."
Fernandes diz que o desempenho do setor em geral não é fator crucial para a performance das empresas.
Estudo da FGV com dados de 12.592 empresas de 78 países, feito entre 1997 e 2001, constatou que o setor corresponde a apenas 7% do sucesso. A sobrevivência depende de fatores internos da empresa (45%). "A maioria dos empreendimentos fecha por falta de planejamento financeiro adequado e foco", afirma.
ROTATIVIDADE
Ronei Daniel Guidini e a sócia decidiram apostar em 2007 em um hospital veterinário em São Paulo, em uma área que o estudo o IBGE aponta 100% de sobrevivência para pequenas empresas.
"Já existiam alguns hospitais, mas, analisando o mercado, percebemos que era viável. Como minha sócia é veterinária, decidimos investir", conta Guidini.
A empresa começou com sete funcionários e demorou cerca de dois anos para crescer. "O segredo foi investir em melhorias e prezar sempre pela qualidade técnica."
Hoje, são 22 funcionários e um novo sócio neste ano. Com isso, o imóvel ao lado foi comprado e será reformado para dobrar a capacidade de atendimento. Sobre a taxa de sobrevivência de 100% no setor, Guidini tem uma teoria: "É comum no setor que as pessoas vendam as clínicas para terceiros, por isso não fecham. Conheço casos de unidades que já foram passadas para frente ao menos cinco vezes desde 2007".
Rosimary Amaral Silva está em um ramo com sobrevivência de 37,3% para microempresas. É dona da Minas Currículos, que presta serviços de RH desde 2007, em Montes Claros (MG).
Desde o início, enfrentou problemas. Montou o negócio com uma amiga, que entrou com o capital, e ela, com a experiência, adquirida em uma transportadora.
Após concluir que não tinha o perfil exigido pela área, a sócia desistiu. "Assumi o negócio. Mas a atividade é incerta. Depende das empresas que se instalam na cidade à procura de incentivos", diz.
Fonte: Folha.com
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