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Foram 91 óbitos registrados apenas nas últimas 24 horas, além de 6.312 novos casos da doença segundo boletim epidemiológico divulgado nesta terça

Mais de 400 mil casos de Covid-19 foram registrados em Santa Catarina até esta terça-feira (8). A marca foi ultrapassada após a SES (Secretaria de Estado da Saúde) registrar 6.312 novos casos, conforme o último boletim epidemiológico.

Ao todo são 406.003 casos já registrados desde o começo da pandemia. O Estado também alcançou outra marca negativa nesta terça: o maior número de mortes em 24 horas. São 91 novos registros.

O número é inferior ao registrado no dia 10 de agosto, quando 96 novas mortes foram contabilizadas pela pasta. No entanto, segundo a SES, na ocasião ocorreu um ajuste no sistema da Secretaria e entraram casos ocorridos em semanas anteriores. Desta vez, todas as mortes foram registradas nas últimas 24 horas.

Desde o início da pandemia, 4.132 moradores de Santa Catarina não resistiram à doença e vieram a óbito.
UTIs lotadas
Em situação crítica também estão os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A ocupação já é a maior desde o começo da pandemia.
Em toda Santa Catarina cerca de 92,8% dos leitos reservados para pacientes com Covid-19 estão ocupados. Há apenas 51 leitos disponíveis no Estado.
Conforme dados do final da manhã desta terça-feira (8), a situação mais crítica é na macrorregião do Grande Oeste, onde há apenas um leito disponível. Dois leitos estão livres no Meio Oeste e Serra e três no Vale do Itajaí.

Na sequência, vem a Grande Florianópolis e Sul (sete leitos disponíveis cada), Planalto Norte e Norte (14) e por fim a Foz do Rio Itajaí (17).

A taxa de letalidade em Santa Catarina agora é de 1,02%, um aumento de 0,01% se comparado ao dia anterior.

Nove meses de pandemia
São quase nove meses desde que foram registrados os dois primeiros casos de coronavírus em Santa Catarina, ambos no mesmo dia e em Florianópolis, em 12 de março.
No dia 18 de agosto, quando Urupema registrou seu primeiro caso de Covid-19, pelo menos um caso de infecção pelo novo vírus respiratório já tinha sido registrado em todos os 295 municípios catarinenses. Hoje, Santa Catarina é o estado do Sul com mais casos registrados – apesar de ter a menor população da região.
Platô alto
A experiência da pandemia nesses quase nove meses é diferente daquela enfrentada por outros países, que registraram picos e baixas. “Aqui foi sempre um platô [quando os números se mantém estáveis], mas com os números sempre altos”, afirma o epidemiologista e professor da Unisul, Jefferson Traebert.
As altas taxas de ocupação de UTIs e de vítimas fatais representam um reflexo do relaxamento das medidas restritivas e uma permissividade maior adotada pelas pessoas. Elas estão saindo mais, visitando familiares e deixando de lado o distanciamento.
“As pessoas foram liberando e vemos isso no convívio no Centro da cidade, nas praias, na realização de festas e aglomerações”, diz o professor.
Entretanto, sem vacina, as principais medidas de combate ainda permanecem as mesmas: álcool gel, máscara, isolamento social e evitar aglomerações.

Fonte: ND Mais
Foto: Secretaria de Saúde/Divulgação/ND