Quase metade das novas empresas não sobrevive após 3 anos
Publicado em 27/08/2012
Quase metade das novas empresas não sobrevive após 3 anos
Número de empresas que saiu do mercado caiu 1,4 ponto percentual em 2010, segundo pesquisa
Um estudo do IBGE divulgado hoje mostra que, após três anos de entrada no mercado, 51,8% das empresas sobrevivem. A taxa de sobrevivência apresenta uma relação direta com o porte das empresas, segundo o estudo.
Do total de 464,7 mil empresas que apareceram pela primeira vez no mercado em 2007, 353,6 mil (76,1%) sobreviveram em 2008; 285,0 mil (61,3%) haviam sobrevivido no mercado até 2009 e 240,7 mil sobreviveram até 2010 (51,8%). Após três anos da entrada no mercado, quase metade (48,2%) das empresas não sobreviveu, de acordo com a pesquisa.
“As empresas maiores, com maior capital imobilizado, tendem a permanecer mais tempo no mercado, pois os custos de saída costumam ser elevados, dentre outros fatores”, afirma o estudo. Em 2010, nas empresas sem pessoal assalariado que entraram no mercado em 2007, a taxa de sobrevivência foi de 45,3%; nas empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas foi de 70,3% e nas com 10 ou mais pessoas foi de 80,2%.
As taxas mais altas de sobrevivência de 2007 a 2010 foram registradas nas áreas de Saúde humana e serviços sociais (61,4%), Eletricidade e gás (60,8%) e Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (57,4%). As menores taxas de sobrevivência foram apresentadas por Artes, cultura, esporte e recreação (45,6%), Outras atividades de serviços (46,5%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (47,4%).
As regiões Sul e Sudeste apresentam as maiores taxas de sobrevivência de empresas, 79,3% e 78,9%, respectivamente, acima da média nacional, de 77,9%.
As maiores taxas de entrada e de saída foram observadas no Norte (28,5% e 19,6%) e Nordeste (24,9% e 17,4%), assim como as menores taxas de sobrevivência, 71,5% e 75,1%, respectivamente.
Santa Catarina (82,1%), São Paulo (79,3%) e Rio Grande do Sul (79,2%) apresentaram as maiores taxas de sobrevivência. Acre (62,2%), Amapá (65,1%) e Amazonas (68,2%) apresentaram as menores.
Saída
Em 2010, 736.428 empresas saíram do mercado, o que representa uma taxa de saída de 16,3%, em um universo de 4.530.583 empresas ativas. Essa taxa é 1,4 ponto percentual inferior a de 2009 (17,7%).
A taxa de entrada de empresas no mercado manteve-se estável, segundo o IBGE, passando de 22,2% (946.676 empresas) em 2009 para 22,1% (999.123) em 2010. O saldo no total de empresas ficou positivo, registrando um acréscimo de 6,1% no número de empresas (261,7 mil empresas a mais).
As regiões Norte e Nordeste foram as que registraram as maiores quedas nas taxas de saída, passando de 22,3% em 2009 para 19,6% em 2010.
Por atividade, as maiores quedas foram verificadas nas seções atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação e construção.
O número de empresas que entrou no mercado em 2010 foi 5,5% superior ao de 2009. A taxa de entrada indica que uma em cada cinco empresas em atividade em 2010 era nova.
Fonte: Exame.com
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