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Polícia Federal deflagra segunda fase de operação contra fraudes nos Correios

Publicado em 04/08/2020

A organização criminosa, com forte atuação em São Paulo e Rio de Janeiro, causou prejuízo ao patrimônio público estimado em R$ 94 milhões

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (4) a operação Postal OFF II. Essa é a segunda fase da operação que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que subfaturava valores devidos à EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos).

Além disso, a organização teria desviado para si grandes clientes no seguimento de postagem de cartas comerciais.

Dados obtidos durante a investigação indicam que a organização criminosa causou um prejuízo ao patrimônio público estimado em R$ 94 milhões.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo, capital, Praia Grande e São Vicente, no litoral paulista, e na cidade do Rio de Janeiro, em residências de investigados e sedes dos Correios.

A Justiça também determinou o afastamento de funcionários dos Correios de suas funções e medidas cautelares como o compromisso de comparecimento a todos os atos do inquérito policial e de eventual processo criminal, sob pena de decretação de prisão.

A investigação foi iniciada ainda em novembro de 2018 em Santa Catarina. O primeiro indício de crime encontrado evidenciou uma forte atuação do grupo nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Conforme o delegado Luiz Korff Neto, não houve cumprimento de mandados em Santa Catarina.

Prejuízo milionário

Nesta fase da operação, foram identificados indícios de participação de um empresário titular de agências franqueadas dos Correios e de sete funcionários dessa empresa pública, que atuavam auxiliando nas postagens ilegais e subsidiando interesses empresariais do grupo criminoso.

Parte dos valores desviados foi recuperada na primeira fase da operação, com o bloqueio de bens dos investigados em valor aproximado de R$ 55 milhões, entre os quais carros de luxo, um iate, um avião, imóveis de alto padrão e contas bancárias com altos valores em depósito.

Entenda o caso

A primeira fase da operação foi deflagrada ainda em setembro de 2019. Na época, os prejuízos à empresa, segundo a PF, superavam os R$ 13 milhões.

Uma das principais modalidades de fraude, conforme a PF, acontecia por meio da identificação de grandes clientes dos Correios.

Eles eram procurados pelos investigados com a oferta de que rompessem seus contratos com a empresa pública e passassem a ter suas encomendas postadas por meio de contratos mantidos entre as empresas do grupo criminoso e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Fonte: ND Mais
Foto: Agência Brasil/Divulgação

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