Palestra: policial ensina o comércio a evitar furtos e roubos
Publicado em 06/12/2012
Evento na CDL de Florianópolis reuniu quase uma centena de pessoas
É possível evitar um arrombamento, um furto, um assalto? De acordo com o tenente Thiago Augusto Vieira, comandante da 1ª Companhia do 4º Batalhão da PM, o que está a nosso alcance é reduzir ao máximo as circunstâncias favoráveis a que o crime ocorra. Reduzindo ao máximo a coincidência dos três vértices do triângulo infrator/vítima/ambiente, é possível, se não evitar, pelo menos diminuir a possibilidade de que aconteça. Mas como conseguir isso?
Para as quase cem pessoas que assistiram à palestra Segurança Preventiva no Comércio, que o tenente Vieira apresentou na noite de terça-feira, 4, na CDL de Florianópolis, ficou mais fácil organizar as estratégias de defesa. Membro do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Centro, o militar partiu de uma premissa simples – a teoria da escolha racional – para explicar o que impulsiona um ato ilícito: antes de decidir se furta/rouba algo, o ladrão potencial coloca na balança o risco e a recompensa. Isso significa que certos perigos não merecem ser corridos, mas também que certas recompensas justificam qualquer risco.
Quatro fatores, reunidos sob a sigla VIVA, contribuem para motivar o ladrão: o Valor, a Inércia (facilidade de carregar o objeto), a Visibilidade (objeto à mostra desperta o desejo) e o Acesso (a facilidade de se chegar ao alvo). Para dificultar o Acesso, é preciso pensar na segurança do estabelecimento “pelo método da cebola” – de fora para dentro, em camadas: analisar a área pública, o perímetro (principalmente à procura de objetos que possam facilitar um arrombamento, por exemplo), o acesso e a área privativa.
Mas não esquecer da qualificação. “Por melhor que possa parecer um sistema de segurança eletrônico, ele deve ser analisado por seu ponto mais vulnerável, que é a natureza humana”, lembrou o palestrante. Quer dizer: não adianta ter monitoramento, senhas, alarmes e acesso restrito se um vigilante desavisado vai lá e abre a porta para qualquer um...
O comandante da 1ª Companhia listou uma série de dicas para dificultar a ação dos “amigos do alheio”: controle de acesso (entrada e saída), reforço de barreiras físicas, uso de dispositivos de contenção, uso de câmaras de segurança e sensores de presença e facilidade para a “vigilância natural” de quem passa pela rua. Pesquisa feita em Curitiba com ladrões revela que 36% preferem roubar em locais com menor trânsito de pessoas e 23%, em áreas com obstáculos que dificultem a visão de testemunhas. Ou seja, locais abertos, com o interior visível a quem passa pelo exterior, têm menos possibilidades de sofrer um assalto.
Externamente, deve-se evitar toldos e marquises que dificultem o trabalho das câmaras de monitoramento, que também pode ser prejudicado pelo mau posicionamento e pela existência de produtos ou propagandas diante de seu campo de visão; além disso, deve-se pensar em “reforço territorial” – o cuidado para que o exterior não insinue que “o espaço não tem dono” (e isso inclui terrenos baldios e casas abandonadas). Internamente, a iluminação é fundamental e a colocação do caixa deve ser estratégica: num local em que se consiga enxergar a área externa e a maior parte possível da área interna.
Ao final da palestra, o tenente Vieira lembrou que “a prevenção do crime depende de seu comportamento”. Com alguns cuidados básicos, é possível reduzir as possibilidades de ser vítima de ladrões.
Mais informações sobre o comércio varejista.
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