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Sintraturb exige a reintegração dos 160 funcionários demitidos na última segunda-feira; empresa e sindicato devem se reunir para negociação

A circulação dos ônibus da empresa Biguaçu Transportes Coletivos seguirá suspensa nesta quarta-feira (8). Cobradores e motoristas seguem em protesto, em manifestação do Sintraturb (Sindicato do Trabalhadores do Transporte Urbano), após a demissão de mais de 160 funcionários pela empresa na noite de segunda-feira (6).

Conforme a empresa, entre esta quarta e quinta-feira (9) ocorrem tratativas entre a Biguaçu e o sindicato dos trabalhadores para a “resolução da situação”. “Lamentamos a situação e orientamos os usuários a se manterem atentos em nosso site”, escreveu a empresa.

De acordo com o diretor do Sintraturb, Deonísio Linder, uma das principais reinvidicações do sindicato é que haja a reintegração dos funcionários desligados da empresa.

Outro motivo, segundo o diretor, é o atraso salarial. “Já fizemos três aditivos para o pessoal ficar com benefício emergencial do governo federal, as empresas teriam que pagar um percentual e não pagaram. Estamos desde março sem receber e não havíamos feito nenhuma paralisação”, afirma.

A manifestação acontece em frente às garagens da empresa, uma em Biguaçu e outra ao lado do estádio Orlando Scarpelli, no Estreito, na Capital. Conforme o Sintraturb, não há um prazo para que a paralisação chegue ao fim.

Com a paralisação estão sendo afetadas linhas que atendem Governador Celso Ramos, Biguaçu e partes de São José, como a região da Serraria, Bairro Ipiranga, Loteamento Dona Adélia, Bela Vista e Barreiros.

Crise financeira

A empresa emitiu um comunicado nesta segunda-feira (6), alegando que o motivo das demissões seria a crise financeira que enfrenta após mais de 90 dias de paralisação, devido à pandemia do novo coronavírus.

A nota confirma o atraso salarial dos colaboradores. “Nos 68 anos de história da empresa, essa foi a primeira vez que atrasamos os salários de nossos colaboradores”.

Fonte: ND Mais
Foto: Anderson Coelho/ND