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O prejuízo provocado pela pandemia de coronavírus na arrecadação de Florianópolis é de R$ 140 milhões até agosto, afirmou o prefeito Gean Loureiro em

Publicado em 04/08/2020
O prejuízo provocado pela pandemia de coronavírus na arrecadação de Florianópolis é de R$ 140 milhões até agosto, afirmou o prefeito Gean Loureiro em

O prejuízo provocado pela pandemia de coronavírus na arrecadação de Florianópolis é de R$ 140 milhões até agosto, afirmou o prefeito Gean Loureiro em entrevista à CBN Diário. A retração econômica impacta, principalmente, na receita do Imposto Sobre Serviços, o ISS. Parte desse prejuízo será compensado por ajuda de Brasília.

A prefeitura espera receber R$ 60 milhões do auxílio do governo federal aos municípios - uma das quatro parcelas já foi paga. Também foram enviados R$ 11 milhões especificamente para o combate à Covid-19.

Já aplicamos muito mais que isso - ressalva Gean.

- Diminuindo custeio, queremos chegar ao fim do ano cumprindo todas obrigações, como salários, fornecedores e os projetos em realização. Às vezes vem uma crítica: ah, tá fazendo obra lá em vez de investir em saúde. Mas a cidade não pode parar. Em obras têm verbas do governo federal, se não investirmos, vamos perder os recursos, são financiamentos já contratados. Os recursos próprios, a gente prioriza para a saúde.

O prefeito explica que os recursos próprios estão sendo destinados prioritariamente à saúde, com um contigenciamento de 70% nas áreas não essenciais.

Isolamento social e desrespeito

O prefeito considera pontuais os casos de descumprimento das regras de isolamento social flagrados pela Guarda Municipal. Para Gean, a maioria da população está fazendo a sua parte. Porém, isso pode não ser o bastante para conter o crescimento da Covid-19.

- Mesmo sabendo que todos estão cansados pelo longo tempo de permanência em casa, a avaliação é positiva. A grande maioria da população está seguindo as orientações. Entretanto, nessa fase crítica da pandemia que estamos vivendo, não podemos contar com a maioria. Precisamos contar com a totalidade.

Gean reitera que o momento é de sacrifício:

- Eu estou sem visitar meus pais há cinco meses. Quantos amigos estão sem falar com os pais há meses? A grande maioria vem seguindo. Aqueles que não estão vão receber orientações e, se insistirem, punições.

Funcionamento de estabelecimentos

A permissão de atividades em um momento de expansão do coronavírus é criticada por alguns especialistas. Gean argumenta que a questão epidemiológica é uma parte da equação, mas não baliza todas as decisões.

- A gente tem de levar em conta o ambiente, o limite da população, o limite para não ter desobediência civil, o limite da condição de emprego, o limite da saúde mental das pessoas pelo confinamento. Por isso, vale mais ter serviços sendo executados com protocolos rigorosos e controle, para os danos não serem maiores. É preciso olhar em um ângulo de 360 graus. Ainda estamos vivendo momento crítico, mas nos preparamos para isso.

Um dos argumentos é a testagem:

- Somos a única cidade que testou todos os policiais militares, guardas municipais, bombeiros, policiais civis, policiais rodoviários estaduais, funcionários da Comcap, trabalhadores do comércio. Retiramos 12 pessoas do Mercado Público, se não houvesse os testes, estariam ali assintomáticos, interagindo e contaminando outras pessoas. Distanciamento social é uma das medidas, mas a gente sabe o limite que a sociedade vive, e esse equilíbrio é uma arte que exige ouvir muito, ser sereno, ser ponderado e, se eventualmente for preciso, restringir explicando para a população.

Ação conjunta

Gean acredita que a taxa de isolamento social melhorou depois que Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu adotaram medidas em conjunto.

- Diminuiu a migração de um município para outro e ampliou a taxa de isolamento, principalmente nos finais de semana.

Fonte: NSC Total
Foto: Leo Munhoz/banco de dados

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