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Novas entidades se manifestam contra restrições da prefeitura de Florianópolis

Publicado em 24/06/2020
Novas entidades se manifestam contra restrições da prefeitura de Florianópolis

Instituições emitiram notas mostrando insatisfação com medidas impostas pelo prefeito Gean Loureiro; lojistas realizaram manifestação no Centro

As novas medidas de restrição para combater o coronavírus, anunciadas pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, nesta segunda-feira (22), provocaram novas reações por parte das entidades do comércio na Capital no dia seguinte.

Nesta terça-feira (23), quatro representantes de setores organizados emitiram notas sobre as medidas. Além disso, um protesto organizado pelo Centro Comercial ARS (Aderbal Ramos da Silva) ocorreu às 16h, no Centro da Capital.

Entidades como o Sindilojas (Sindicato do Sindicato do Comércio Varejista de Florianópolis), a Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers), a Acif (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis) e o SHRBS (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis) divulgaram notas demonstrando surpresa e apreensão com as medidas.

Ainda na segunda-feira (22), a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e a Abrasel/SC (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) demonstraram “preocupação” com as restrições.

O Sindilojas afirmou que recebeu a notícia do fechamento de shoppings, galerias, academias e arenas de esporte em Florianópolis com “enorme apreensão”.

“Não se pode querer apenar determinadas atividades econômicas, destruindo seus meios de subsistência, como se fossem elas as únicas responsáveis pelos lamentáveis resultados obtidos em relação ao avanço da pandemia da Covid-19.”, diz parte do texto.

A nota, assinada pelo presidente Paulino de Melo Wagner, ainda critica a solução “simplista” de restringir o exercício de atividades econômicas, no que afirma ter provocado a pior recessão econômica da atualidade.

“Essa situação não se sustentará! Precisamos de medidas mais efetivas e sensatas por parte do poder público, bem como que cada pessoa individualmente assuma a responsabilidade de proteger a si e as pessoas próximas.”, conclui a nota.

A Abrasce se demonstrou “extremamente surpreendida” com as recentes “imposições restritivas e seletivas” da Prefeitura de Florianópolis. De acordo com o comunicado, a associação ainda irá se manifestar, após concluir as análises de todos os dados sobre o assunto.

No mesmo tom, o SHRBS e a Acif se manifestaram, confira: SHRBS critica severamente as novas restrições aos bares e restaurantes “O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, parece determinado a extinguir muitas empresas ao perdurar essa incoerente e injusta posição de restrições. Punir estabelecimentos pelo comportamento da população é infinitamente mais fácil, porém injusto, para dizer o mínimo. Afinal, prejudicar um CNPJ é muito menos trabalhoso do que fiscalizar e multar CPFs. O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Grande Florianópolis (SHRBS) critica fortemente as medidas, inconformado com essa verdadeira agressão aos restaurantes que investiram, principalmente aqueles que só atuam à noite ou nos fins de semana. Estes, realmente condenados.” adverte.
Acif: PMF atinge novamente o setor produtivo com restrições incoerentes “Ao penalizar o setor produtivo com novas restrições de funcionamento em Florianópolis, o prefeito Gean Loureiro estabeleceu uma medida, no mínimo, incoerente com seus próprios posicionamentos e protocolos. Simplesmente, preferiu atingir milhares de estabelecimentos com o fechamento total ou parcial, em vez de investir na conscientização da população e na necessária fiscalização. A ACIF solicita dados concretos e transparentes para esta tomada de decisão e lamenta a falta de diálogo antes destas medidas repentinas. Também estranha o fato de as determinações não estarem alinhadas com as cidades vizinhas.” , diz a nota assinada pelo presidente Rodrigo Rossoni. Protesto contra as restrições
A partir das 16h desta terça-feira (23), uma manifestação foi organizada por representantes do Centro Comercial ARS, no Centro de Florianópolis. Além dos lojistas que atuam no próprio centro comercial, comerciantes de camelôs, shoppings e todas as atividades afetadas pelas novas restrições foram convidados a participar. De acordo com o lojista e síndico do Centro Comercial ARS, Sandro James Ribeiro, foi realizada uma passeata até a prefeitura, mas nenhum representante os atendeu. No entanto, um subtenente prometeu levar as reivindicações até o prefeito Gean Loureiro. Os manifestantes alegam que o comércio está fazendo tudo conforme as normas de controle sanitário. “Fizemos um barulho para saberem que não podemos aguentar isso quietos”, relata Sandro.

Em nota, a prefeitura de Florianópolis diz compreender as manifestações, mas reafirma o cuidado com a vida das pessoas. “A Prefeitura vê com naturalidade [as manifestações], já que as entidades defendem os interesses de seus associados. Não podemos de maneira alguma diminuir as preocupações com empregos e sustentabilidade do negócio de cada um. Mas precisamos agir para que a doença não cause ainda mais dano tanto à saúde das pessoas, quanto na própria economia.”, diz o texto enviado à reportagem do nd+.

Fonte: ND Mais
Foto: Anderson Coelho/ND

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