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Velho Conhecido

A mais recente paralisação do serviço público municipal, instigada pelo velho conhecido Sintrasem, é, infelizmente, acontecimento garantido no calendário da Capital.

O enredo é conhecido: (1) a Prefeitura, dentro das limitações que o espaço orçamentário impõe, sinaliza o percentual de reajuste a incidir sobre a remuneração dos servidores; (2) o Sintrasem, gerida por dirigentes convenientemente amparados em prerrogativas sindicais e cujo viés ideológico é público e notório, imediatamente põe-se contra à proposta e atua ferozmente para obstar o avanço nas negociações; (3) a intransigência sindical resulta na decretação da greve, acrescida da manjada – e não menos injusta – transferência de responsabilidades ao Poder Público pelo insucesso das tratativas; e (4) a Prefeitura, com total acerto, bate às portas do Poder Judiciário para que o óbvio seja dito: trata-se, mais uma vez, de uma paralisação realizada ao arrepio da legislação, com adversas consequências à toda a cidade e sobretudo aos cidadãos que necessitam dos serviços públicos, mantidos pelo suor do trabalho de cada um de nós.

A sequência lógica desses fatos é igualmente sabida: o Sintrasem, desobediente contumaz das determinações judiciais, manifesta-se publicamente pela continuidade do movimento paredista.

Como se pode ver, a história se repete. É oportuno, porém, destacar que um contingente cada vez maior de servidores públicos municipais tem mantido suas atividades a despeito do "comando" sindical, honrando o compromisso de servir ao povo e de não se servir de massa de manobra em benefício de terceiros. Reflexo, indubitavelmente, de políticas de valorização e capacitação desses profissionais, para desespero dos paladinos de interesses próprios.

Ao Poder Executivo cabe aplicar, sem hesitação, a legislação municipal a fim de punir os servidores que cruzaram os braços a despeito da ilegalidade patente e ao Poder Judiciário cabe fazer valer a força de suas decisões, aplicando-se as devidas reprimendas em face daqueles que tentam fazer a cidade de refém de sua "luta" – palavra de passe para a ânsia de ampliação de privilégios de que a maioria esmagadora da população não goza. É o que a sociedade ordeira e ciosa de seus direitos e deveres espera e exige.

Diretoria
CDL Florianópolis

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