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Inflação oficial fecha 2012 em 5,84%, aponta IBGE

Publicado em 10/01/2013
Inflação oficial fecha 2012 em 5,84%, aponta IBGE

Em dezembro, IPCA ficou em 0,79%, depois de subir 0,60% no mês anterior. Gastos com domésticas exerceram principal impacto individual sobre índice

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a "inflação oficial" do país, por ser usado como base para as metas do governo, passou de 0,60% em novembro para 0,79%, em dezembro, fechando 2012 em 5,84%, conforme divulgou, nesta quinta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2011, a inflação oficial avançara 6,50% e, em dezembro do mesmo ano, 0,50%.

Entre os grupos de gastos pesquisados pelo IBGE, o de despesas pessoais registrou a maior variação, 10,17%, após fechar em 8,61% no ano anterior. O destaque ficou com o aumento dos serviços dos empregados domésticos, de 12,73%, que exerceram a maior contribuição individual para o avanço do IPCA (0,45 ponto percentual).Também tiveram forte alta os preços de cigarro (25,48%), excursão (15,25%), manicure (11,73%), hotel (9,39%), costureira (7,42%) e cabeleireiro (6,80%).

Na sequência, o grupo de gastos com transportes, que tem o segundo maior peso (19,52%) na taxa, variou 0,48%, após o avanço de 6,05% em 2011. Com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os automóveis ficaram 5,71% mais baratos. "Este item deteve o principal impacto para baixo no índice", disse o IBGE. Já os preços dos automóveis usados ficaram 10,68% menores. Também contribuíram para a formação da taxa os preços dos combustíveis, que caíram 0,72% - o litro do etanol ficou 3,84% mais barato e o da gasolina, 0,41%. Na contramão, subiram os preços das passagens aéreas (26%); do seguro de veículo (7,78%), das tarifas de ônibus intermunicipais (6,35%), das tarifas de ônibus urbano (5,26%) e do conserto de automóvel (5%).

O grupo de alimentação e bebidas, que tem o maior peso na composição do IPCA e por meio do qual as famílias mais percebem o peso da inflação, subiu 9,86% - acima da taxa de 7,18% registrada em 2011.

Dentro desse grupo, os alimentos consumidos fora de casa tiveram seus preços elevados em 9,51% em 2012 - taxa menor do que a de 10,49% vista no ano anterior. O item refeição fora de casa, cujos preços subiram 8,59%, exerceu o segundo principal impacto individual sobre o IPCA do ano. Já os alimentos consumidos no domicílio subiram mais do que em 2011, passando de 5,43% para 10,04%, em 2012. O IBGE atribui esse comportamento aos "problemas climáticos".

Os artigos de residência, outro grupo de despesas analisado pelo IBGE, subiram 0,84%, com principais destaques para os as quedas dos preços de televisão (13,25%), microcomputador, 5,17%, refrigerador, 2,28%.

No grupo de despesas com comunicação, cuja taxa passou de 1,52% para 0,77%, as contas de telefone fixo caíram 1,59%, exercendo a maior influência. Já no grupo educação, que fechou 2012 em 7,78%, depois de subir 8,06%, a alta das mensalidades dos cursos regulares, foi de 8,35% e dos cursos diversos, de 9,67%.

ambém perdeu força a alta dos preços no grupo de saúde e cuidados pessoais (de 6,32% para 5,95%). Mostraram avanço os gastos com plano de saúde (7,79%), consultas médicas (11,11%) e dentárias (8,36%), serviços de hospitalização e cirurgia (7,11%) e remédios (4,11%). Entre os artigos de vestuário, com variação de 5,79% em 2012, depois de fechar o ano ano anterior em 8,27%, tiveram destaque os calçados, que subiram 7,59%, e as roupas, que avançaram 4,67%.

Praticamente estável, o grupo de gastos com habitação passou de 6,75%, em 2011, para 6,79%, em 2012. O aluguel residencial teve aumento de 8,95%, bem como mão de obra para reparos no domicílio (11,57%), condomínio (8,75%) e taxa de água e esgoto (8,84%).

Fonte: G1
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