Inadimplência do consumidor registra alta em outubro, aponta SPC Brasil
Publicado em 08/11/2012
Inadimplência do consumidor registra alta em outubro, aponta SPC Brasil
Cenário anual é de elevação em função das dívidas de médio e curto prazos; vendas do setor varejista sobem em função do Dia das Crianças.
A inadimplência do consumidor registrou alta de 4,74% em outubro de 2012, na comparação com o mesmo período de 2011, de acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Perante setembro deste ano, a inadimplência também registrou crescimento, de 7,39%.
O índice reflete o cálculo entre as inclusões no cadastro por inadimplência (consumidores que deixaram de pagar contas) e as exclusões deste cadastro por liquidação (consumidores que pagaram as dívidas). Dessa forma, quando o índice for positivo, significa que a inadimplência aumenta; quando for negativo, sinaliza que a inadimplência cai.
Na avaliação do SPC Brasil e da CNDL, o aumento da inadimplência veio na sequência das compras referentes ao Dia dos Pais. Mas, embora tenha aumentado em outubro, são visíveis os esforços do consumidor para renegociar as dívidas contraídas nos últimos meses. Em relação a setembro, foram excluídos da base de dados 5,56% dos endividados. “Apesar de o inadimplente sair do banco de dados, ainda notamos que as dívidas antigas continuam impactando fortemente no orçamento dos brasileiros”, avalia Roque Pellizzaro Jr, economista e presidente da CNDL. Há um esforço dos consumidores para estarem em condições de assumir novos créditos para os gastos do fim do ano.
Vendas
Em relação às consultas à base do SPC Brasil, que indicam o nível de atividade no varejo, o mês de outubro apresentou crescimento de 7,66% em relação a setembro e alta de 0,81% em relação a outubro de 2011.
Para os lojistas, o crescimento já era previsto, tendo em vista o alavancamento das vendas neste mês em função do Dia das Crianças. “Apenas na semana que antecedeu a data, o crescimento das vendas em relação ao ano anterior foi de 4,8%”, afirma economista do SPC Brasil Ana Paula Bastos.
Fonte: CNDL
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