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Faturamento médio das MPEs cresce 9,4% em agosto ante 2011, diz Sebrae

Publicado em 05/10/2012
Faturamento médio das MPEs cresce 9,4% em agosto ante 2011, diz Sebrae

Indústria teve o melhor resultado, mas devido à base fraca de comparação. Níveis satisfatórios de emprego e renda impulsionaram resultados

O faturamento real médio (já descontada a inflação) das micro e pequenas empresas (MPEs) cresceu 9,4% em agosto, na comparação com igual mês do ano passado, segundo a pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae-SP, divulgada nesta quinta-feira (4).

Por setores, o melhor desempenho das MPEs paulistas, quanto ao faturamento, foi o da indústria, com crescimento de 15,4%, na comparação anual. Na sequência, vêm as do setor de comércio (8,6%), com serviços (7,9%) pouco depois.

O maior aumento de faturamento da indústria deve-se a uma base fraca de comparação, já que em agosto de 2011 o setor apresentou queda de 4,6% na receita real, e também “ao movimento para abastecer o comércio para o Dia das Crianças e para o Natal”, explica o economista e consultor do Sebrae-SP, Pedro Gonçalves.

No período, houve aumento do faturamento real das MPEs, apesar do ritmo modesto de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que deverá ficar abaixo de 2% em 2012, conforme projeções dos analistas de mercado.

Os setores de comércio e serviços foram favorecidos pelos níveis satisfatórios de emprego e renda no país. “A evolução do mercado de trabalho tem ajudado a manter o consumo interno, beneficiando as vendas das MPEs, que tendem a acompanhar os avanços da economia brasileira”, afirma, em nota, o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

Acumulado do ano

No acumulado de janeiro a agosto, as MPEs do estado registraram alta de 7,5% na receita real, sobre igual período de 2011. No período, a indústria acumulou aumento de 5,1% no faturamento real; o comércio de 7,7%; e serviços, de 8,2%.

Na comparação de agosto com o mês anterior, o aumento na receita real das MPEs foi de 8,3%. O setor de serviços teve o melhor resultado, uma alta de 10,9%, seguido pela indústria, com variação de 10,6%, e comércio, com crescimento de 5,8%.

Na análise por regiões, o destaque foi o interior do estado, cujo faturamento cresceu 13,7% em agosto, ante igual mês do ano passado. Nesse comparativo, o Grande ABC teve aumento de 8,4%, praticamente o mesmo da capital, que registrou elevação de 8,3% no período.

Expectativas

Para 52% dos empresários, a expectativa é que o faturamento das MPEs fique estável nos próximos seis meses. Em setembro de 2011, o índice era de 48%, segundo levantamento feito pelo Sebrae-SP.

Enquanto a maioria acredita que haverá estabilidade no faturamento, 38% esperam aumento, 4% falam em piora e 6% não sabem dizer o que ocorrerá com a receita de suas empresas nos próximos seis meses.

De acordo com a pesquisa Indicadores Sebrae-SP, as MPEs paulistas faturaram R$ 46 bilhões em agosto, R$ 3,5 bilhões mais que em julho e R$ 4 bilhões acima do resultado de agosto de 2011. O faturamento médio por empresa verificado em agosto foi de R$ 29,4 mil.

Com relação à economia do país, a expectativa dos empresários para os próximos seis meses também é de estabilidade: 56% deles disseram, em setembro, acreditar que o nível de atividade será mantido.

Do total de empresários consultados, 29% esperam melhora na economia brasileira e 6% não sabem qual será o quadro para os próximos seis meses. Houve redução da parcela dos que esperam uma piora no nível de atividade: de 14% em setembro de 2011 para 9% em setembro de 2012.

Na opinião do diretor-superintendente do Sebrae-SP, uma série de fatores pode contribuir para impulsionar a economia e a receita das MPEs. “As vendas para o final do ano, as medidas de estímulo ao crescimento adotadas pelo governo, como redução dos juros e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, linha branca e material de construção podem ter impacto positivo nos resultados”, afirma.

O mercado de trabalho aquecido também deve contribuir para a melhora do cenário.

Porém, sinais vindos da economia mundial podem alterar esse quadro: “As incertezas do cenário externo podem afetar a economia brasileira, na medida em que haja redução na demanda externa por produtos brasileiros e, principalmente, na medida em que afete o crescimento global, limitando as perspectivas de crescimento e os investimentos para os próximos anos”, diz o economista e consultor do Sebrae-SP, Pedro Gonçalves.

Fonte: G1 - Economia
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