Exemplo de superação, maestro João Carlos Martins conta sua história na Convenção Nacional do Comércio
Publicado em 23/09/2010
Exemplo de superação, maestro João Carlos Martins conta sua história na Convenção Nacional do Comércio
Exemplo de superação, maestro João Carlos Martins conta sua história na Convenção Nacional do Comércio
Considerado uma lenda viva, músico será um dos palestrantes do evento entre 26 e 29 de setembro em Florianópolis
Quando se viu obrigado a abandonar as teclas do piano, companheiro por mais de 50 anos em espetáculos que o tornaram um dos maiores concertistas do mundo, João Carlos Martins precisou superar a falta de movimento nas mãos e reinventar-se como artista. Aos 63 anos, começou a ter aulas de regência e voltou como maestro aos palcos do Carnegie Hall, em Nova York. Hoje, aos 70 anos, sua vocação para a música é tão reconhecida quanto sua determinação para superar as adversidades.
Considerado uma lenda viva e exemplo de superação, João Carlos Martins vem a Florianópolis no próximo dia 29 de setembro para contar a sua história na 51ª Convenção Nacional do Comércio Lojista. A palestra será realizada às 11h30, no Centrosul, e promete não só emocionar, mas levar motivação a varejistas de todo o país. Pela deficiência nas mãos, não consegue usar a batuta, limitação que o impede também de virar as páginas da partitura. Todas as músicas precisam ser decoradas – nos últimos anos foram mais de 10 mil.
Consagrado como um dos maiores pianistas intérpretes do compositor alemão Johann Sebastian Bach, como regente é responsável pela Bachiana Filarmônica e Bachiana Jovem, orquestras formadas com músicos da periferia de São Paulo. Em 2009, o maestro e pianista conseguiu tocar pela primeira vez em oito anos, com a mão esquerda: “toco praticamente com três dedos, mas se ainda consigo chegar ao coração das pessoas, eu digo: porque não?”, ressalta.
A paixão e os percalços – João Carlos Martins ingressou na música clássica ainda criança e aos 20 anos já era reconhecido internacionalmente. Aos 26 começaram os desafios: sofreu uma queda numa partida de futebol comprometendo o movimento da mão direita. Com o tempo adaptou seu modo de tocar e voltou aos concertos. Porém, novamente suas mãos sucumbiram, dessa vez pela Lesão por Esforços Repetitivos. Quando estava recuperando-se, foi agredido durante um assalto perdendo a mobilidade do lado direito do corpo. Mais tarde, um tumor na mão esquerda privou-o do contato com o piano. Longe dos espetáculos, tornou-se empresário do boxeador Eder Jofre que o motivou a não desistir da música. Em 2009, foram 181 concertos como regente.
Serviço
Palestra maestro João Carlos Martins – exemplo de superação
29/9, às 11h30
51ª Convenção Nacional do Comércio Lojista
CentroSul – Florianópolis