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Entenda por que crianças podem ficar no fim da fila de vacinação para Covid-19

Publicado em 28/09/2020
Entenda por que crianças podem ficar no fim da fila de vacinação para Covid-19

Estudos feitos pelo mundo apontam que crianças infectadas, na maioria das vezes, são assintomáticas e têm vulnerabilidade menor

Após quase sete meses sem atividades escolares presenciais, crianças e adolescentes estão voltando às aulas seguindo regras de segurança para evitar o novo coronavírus.

Apontado no início da pandemia como um dos maiores disseminadores da Covid-19, o grupo abaixo dos 18 anos deve ser um dos últimos a receber a imunização contra a Covid-19.

“Os prejuízos causados pelo fechamento das escolas para as crianças são inequívocos, especialmente quando se prolonga por muito tempo, como atualmente ocorre na maior parte do Brasil”, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Luciana Rodrigues Silva, em nota divulgada na última sexta (25).

Estudos feitos em diversas partes do mundo sobre a Covid-19 apontam que as crianças infectadas são, na maioria das vezes, assintomáticas ou desenvolvem quadros. É justamente a vulnerabilidade menor que as coloca no fim da fila para receber a vacina.

“O comum é que as crianças sejam mais suscetíveis às infecções. No entanto, para a Covid-19, as informações que temos até agora, é de que elas são o grupo que corre menos risco” explica o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha.

Calendário de vacinação

A ordem definitiva para o calendário de vacinação ainda não foi divulgada, mas os profissionais de saúde devem encabeçar a lista por estarem em contato direto com pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Na sequência, devem vir os idosos e os adultos com comorbidades – diabéticos, hipertensos e cardiopatas – que costumam ter a forma mais grave da doença. É provável que a imunização de crianças e adolescentes aconteça apenas depois de 2021.
Testes de vacinas
A maior parte dos ensaios de vacina para a Covid-19 em andamento não inclui pessoas abaixo de 18 anos. Entre os testes clínicos autorizados no Brasil, o que engloba participantes mais jovens é o da vacina produzida pela Pfizer/BioNTech, que vai avaliar o medicamento em voluntários a partir dos 16 anos.
A Sinovac anunciou há uma semana que incluirá crianças e adolescentes de 3 a 17 anos no estudo de fase 3 que realiza na China. O Instituto Butantan, coordenador dos testes da farmacêutica no Brasil, aguarda os primeiros resultados para avaliar se também incluirá o grupo na amostra de pesquisa.
Já a vacina elaborada pela Universidade de Oxford e a AstraZeneca, considerada uma das mais promissoras do mundo, está sendo testada em idosos e crianças de 5 a 12 anos desde maio deste ano, mas apenas no Reino Unido.

Fonte: ND Mais
Foto: Universidade de Oxford/Reprodução/R7

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