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Empreendedor brasileiro médio fatura até R$ 60 mil por mês, diz estudo

Publicado em 27/07/2012
Empreendedor brasileiro médio fatura até R$ 60 mil por mês, diz estudo

O perfil médio do empreendedor brasileiro que atua no comércio é homem, de 42 anos, possui ensino médio, já trabalhou no varejo e fatura até R$ 60 mil

O perfil médio do empreendedor brasileiro que atua no comércio é homem, de 42 anos, possui ensino médio, já trabalhou no varejo e fatura até R$ 60 mil por mês, segundo estudo encomendado pelo SPC ( Serviço de Proteção ao Crédito) para identificar as características dos comerciantes do país.

Ele também emprega familiares e não usou financiamento bancário na hora de abrir o próprio negócio, aponta a pesquisa.

Apesar de uma significativa presença feminina de 31% no empresariado, o estudo mostra que os homens lideram o segmento com a fatia de 69% do setor varejista. Já em relação à escolaridade, 46% dos entrevistados têm ensino médio ante 43%, que possuem formação superior ou pós-graduação.

Além disso, cerca de 63% dos empresários entrevistados estão no negócio atual há mais de 10 anos e 67% já haviam trabalhado no varejo ou tiveram negócios herdados da família.

"Esses dados refletem o grau de maturidade do empreendimento do lojista. Empresas que passam do segundo ano de operação conseguem desenvolver a atividade comercial por mais tempo", afirma o economista do SPC, Nelson Barrizzelli.

Minoria recorre a banco na abertura da empresa

O levantamento também aponta que 77% dos empreendedores tiveram que usar capital próprio ou pediram empréstimos aos familiares (9%) na hora de abrir o empreendimento. Do total de empresários entrevistados, apenas 7% disseram ter utilizado linhas de crédito bancário.

"Apesar de toda publicidade do Governo sobre uma política de redução de juros e de direto acesso ao crédito, o resultado que chegamos é de que o empreendedor não está sendo alcançado pelo sistema financeiro nacional", declara o presidente da CNDL (Confederação Nacional dos Lojistas, Roque Pellizzaro.

O motivo, segundo a CNDL, é que o crédito oferecido pelos bancos é limitado, a burocracia é alta e os juros cobrados são caros. "Os bancos seguem um raciocínio mercadológico: preferem emprestar capital de giro a curto prazo (juros maiores) a liberar crédito para um investimento de longo prazo (juros menores)", diz Pellizzaro.

A pesquisa inédita do SPC foi realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O estudo levou em conta dados coletados em junho de 2012 junto a comerciantes varejistas de todas as 27 capitais brasileiras.

Metade dos empreendedores brasileiros fatura até três salários mínimos Crédito para empresas está mais barato, mas acesso ainda é restrito Momento é favorável para pequenas empresas negociarem com bancos.

Mais informações sobre o comércio varejista.

Fonte: Bol Noíticias



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