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Dudalina: empresa catarinense em pleno crescimento

Publicado em 30/04/2014
Dudalina: empresa catarinense em pleno crescimento

Quem diria que a história de amor entre seu Duda e dona Adelina, em Luís Alves, município do interior de Santa Catarina, na década de 60, se transformaria na maior camisaria da América Latina? Ao participar recentemente do evento Mundo Corporativo, promovido pela CDL Jovem de Florianópolis, a empresária Sônia Hess, uma das herdeiras da Dudalina e atual presidente da marca, concedeu entrevista ao portal da Federação das CDLs de Santa Catarina e falou sobre a empresa, a abertura das primeiras lojas e sobre o atual momento de plena expansão da empresa catarinense. No varejo, temos uma predominância de micros e pequenas empresas, geralmente tocadas pela família. A Dudalina nasceu familiar e hoje atingiu outro patamar. Como se deu esta passagem? Existe uma forma suave de trilhar este caminho? Cada empresa e cada história são construídas por pessoas. Não existe nenhum segredo e nenhuma varinha mágica. Você vai desenvolvendo, conhecendo, trabalhando e em algum momento você chegará a um crescimento como a Dudalina, nos últimos quatro anos triplicamos de tamanho e construímos um valor muito forte. São com as pessoas que você constrói os teus valores. O fato de ter passado por diversas áreas da Dudalina, como produção, marketing, produto e comercial, até chegar à Presidência, contribuiu para o sucesso de sua gestão frente à companhia?  Primeiro para você ser ou estar presidente tem que conhecer o negócio. Como passei por todas as áreas da empresa eu o conheço. Isso te ajuda muito na missão da presidência. É um degrau um pouco solitário, porque a última decisão será sua, mas, ao mesmo tempo, você tem a missão de empregar pessoas, construir valor e deixar um legado. Em que medida a opção por abrir lojas de varejo (são 96 lojas próprias e franquias) contribuiu para o sucesso da Dudalina? A Dudalina tem 57 anos, nos sempre fomos indústria, mas em algum momento você tem que tomar uma decisão, continuar indústria, sendo fornecedor do varejo, o teu crescimento é muito demorado. Então, primeiro fizemos um teste de mercado, lançamos a linha feminina, em junho de 2010, em Campos do Jordão (SP), e em Florianópolis, foi um sucesso e disso surgiu a ideia de começar a fazer o varejo. Inauguramos a primeira loja-conceito em novembro de 2010, em São Paulo; em abril de 2011 abrimos as duas primeiras lojas das 96 que temos hoje, entre próprias e franquias. A entrada massiva de produtos asiáticos impactou de várias formas – a maioria negativas – a indústria nacional. No caso dos têxteis não foi diferente. Como a Dudalina lida com isso? É um dos motivos que fez a gente fazer produtos totalmente diferenciados, que os asiáticos não concorrem. O produto asiático é feito em alta escala, com tecido muito ruim, não tem charme, não tem amor, é simplesmente um produto para vestir o corpo. Nossas camisas feitas com mãos brasileiras são muito mais emocionais e bonitas. Como manter atualizado o diversificado portfólio de camisas tanto para o público masculino quanto feminino num mercado em constante evolução? A indústria de confecção, de moda, é mais perecível que a indústria de alimento. Temos que lançar no mínimo quatro coleções por ano, colocar no varejo pelo menos duas vezes por semana alguma novidade. Por isso, a Dudalina é uma empresa de absoluta e total inovação. Tem quer ter uma equipe de pesquisa e desenvolvimento gigante para fazer esse trabalho. Como é feita a administração das fortes marcas da empresa e seu posicionamento no varejo em termos de marketing e vendas? Cada marca tem o seu DNA, o seu prisma, que foi estudado profundamente. Quando criamos qualquer produto focamos de que ele é feito para deixar as pessoas felizes. Não fabricamos por fabricar. Comente, por favor, a política de relacionamento com os colaboradores da empresa. Qual o diferencial? Empresa em si são pessoas e processos. E as pessoas tem que estar felizes, tem que se sentir pertencendo a essa empresa. Entre uma das nossas políticas é a divisão do lucro, 12% é distribuído entre os colaboradores. Esse ano dará 4,7 salários a mais para cada um. Isso é muito importante. As pessoas sabem que elas são sócias da empresa. Elas participaram do resultado e empenham-se em construir junto. Desde a nossa faxineira, o motorista, qualquer pessoa que trabalha na Dudalina faz parte deste 12%. Fonte: FCDL/SC

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