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Dados preliminares mostram queda da inadimplência em junho

Publicado em 24/07/2012
Dados preliminares mostram queda da inadimplência em junho

Cenário abre espaço para contratações de crédito em condições melhores. Declínio da inflação contribui para melhorar as expectativas na economia

Após bater recorde histórico em maio, dados preliminares de junho mostram recuo da taxa de inadimplência, que mede atrasos superiores a 90 dias, segundo informou nesta segunda-feira (23) o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. "Já há sinais de redução da inadimplência", declarou ele na cerimônia de lançamento das novas cédulas de R$ 10 e R$ 20 em Brasília.

Ele acrescentou que os dados da autoridade monetária mostram, também, uma redução maior nos níveis de atraso, das operações de crédito, de 15 a 90 dias - que são considerados indicadores antecedentes do nível de inadimplência, ou seja, que indicam, segundo ele, que a taxa de inadimplência tende a recuar ainda mais no futuro.

Tombini avaliou que esse cenário de queda da inadimplência é favorecido pela queda das taxas de juros bancárias, que vem sendo registrado com mais intensidade desde maio deste ano, o que representa melhores condições de "financiamento e refinanciamento" para famílias e empresas, além da queda da inflação - que contribui para elevar o ganho real dos salários e permite uma "reorganização dos balanços das famílias".

"Esse cenário abre espaço para a realização de novas contratações, em condições melhores de custo e prazo e, consequentemente, para a manutenção de uma expansão moderada de crédito, que representa também mais um fator de sustentação da demanda", afirmou o presidente do Banco Central.

Crescimento da economia e inflação

O presidente do Banco Central repetiu que o crescimento da economia brasileira, que somou apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano, contra igual período do ano passado, tende a se acelerar ao longo dos próximos trimestres. "De acordo com estimativas dos próprios participantes de mercado, no final de 2012 e início de 2013 o Brasil estará crescendo em torno de 4% em termos anualizados. Ainda de acordo com esses analistas, o Brasil crescerá acima de 4,5% no primeiro semestre de 2013, na comparação com igual período de 2012", acrescentou.

Em sua visão, a perspectiva de aceleração do crescimento se deve à expansão do emprego e da renda - que impulsionam a massa salarial - e à queda no "custo do dinheiro". "Temos impulsos monetários [cortes nas taxas de juros desde agosto do ano passado] e fiscais [reduções de tributos, como o IPI de automóveis e da linha branca, entre outros] já introduzidos cujos efeitos ainda não se manifestaram plenamente", acrescentou Tombini.

"É importante destacar, senhoras e senhores, que esse cenário tende a se materializar em ambiente de inflação sob controle (...) A redução da inflação tem sido disseminada. A variação nos últimos dozes meses tem caído nos segmentos de preços livres, administrados por contrato, monitorados e inclusive no segmento de serviços, onde os preços têm se mostrado mais resistentes nos últimos anos", avaliou o presidente do Banco Central.

Mais informações sobre o comércio varejista.

Fonte: G1 - Economia

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