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Reunião na CDL de Florianópolis aborda trabalho ilegal de catadores

  O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Centro passou a reunião da noite de quinta-feira (07), na sede da CDL de Florianópolis, discutindo um assunto que parece não ter muita relação com a segurança: o lixo. Mas, embora a associação entre os dois termos não seja imediata, lixo e segurança têm estreita similitude. “Uma área cheia de lixo nos dá a impressão de abandono e reforça a situação de insegurança”, resumiu Hélio Leite, gestor de Negócios da CDL e integrante do Conseg.

Mas não é apenas isso. O lixo – orgânico ou reciclável – exposto durante muito tempo atrai figuras indesejáveis ao bem-estar dos moradores, além de ratos, baratas e moscas: os catadores ilegais e os moradores de rua, que vasculham os resíduos dos restaurantes atrás de comida e buscam materiais aproveitáveis, como papelão e latas de alumínio, que podem virar moeda de troca na lida por uma pedra de crack.

Como os moradores de rua foram avaliados, por pesquisa, como o principal problema de segurança do centro da cidade, tornar menos aprazível sua presença na área é uma medida básica para eliminar a situação de risco. Primeiro, o Conseg mapeou com o Ministério Público os imóveis abandonados na região central e está buscando conseguir uma destinação para eles – dois deles já foram postos abaixo – evitando que sirvam de abrigo aos sem-teto e como pontos de consumo de drogas. Agora, o Conselho está tentando ordenar a deposição e a coleta do lixo no Centro, especialmente na área do calçadão, para eliminar as “fontes de subsistência” dos ilegais.

Em vista do assunto, participaram da reunião como convidados representantes da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), Marius Bragnati, da Vigilância Sanitária, Alvimar Silva, e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Alzir Francisco Krauss.

Ao final, decidiu-se convidar para a próxima reunião representantes de sindicatos ligados à alimentação – Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes e Sindicato da Indústria da Panificação – para se tentar mapear os estabelecimentos do centro e seu horário de funcionamento, num primeiro passo para procurar readequar os horários de coleta e evitar que contentores contendo comida fiquem durante muito tempo à disposição dos catadores. A Comcap deve estudar também uma forma de recolher mais rapidamente, prioritariamente, a área do calçadão. Paralelamente, será intensificado o trabalho de conscientização e de fiscalização.