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Clipping Diário - 31/122013

Publicado em 31/12/2013
Clipping Diário - 31/122013

Sob nova direção A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis começa 2014 sob novo comando. Sara Camargo assume a presidência da entidade nesta quinta-feira, sucedendo João Batista Lohn. Fundada em 1960, a CDL da Capital foi pioneira no Estado e conta atualmente com aproximadamente 4,3 mil associados. Fonte: Diário Catarinense – coluna Estela Benetti – 31-12   Chinatown Observação da jornalista Carol Macário: “Os ambulantes de praia que costumavam vender batas indianas, reformularam seus estoques e estão vindo com tudo com roupa chinesa. O Centro de Florianópolis também está virando uma chinatown, com o crescimento de novas lojas de produtos da China”. Fonte: Diário Catarinense – coluna Cacau Menezes – 31-12   Virada de ano atrai estrangeiros para SC As festas de Réveillon atraem cada vez mais visitantes de alto poder aquisitivo e de diferentes partes do mundo para os hotéis de luxo da Grande Florianópolis. No Ponta dos Ganchos Exclusive Resort, em Governador Celso Ramos, as reservas estão esgotadas há 15 dias. Conforme a diretora de Vendas e Marketing, Virginia Peluffo, metade dos hóspedes são estrangeiros. As diárias variam de R$ 1.840 a R$ 5.210 (dependendo da categoria), e os preços dos pacotes ficam entre R$ 17,5 mil (quatro noites) e R$ 69, 4 mil (nas estadias de sete noites). No Majestic Palace Hotel, localizado na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, a taxa de ocupação ficou em 85%, índice considerado satisfatório pelo gerente comercial Angelo Toppan. Segundo ele, os pacotes de final de ano, com direito a quatro diárias, foram vendidos a partir de R$ 4,2 mil. Toppan afirma que a maioria dos hóspedes do hotel vem de outros Estados brasileiros, mas há reservas feitas por turistas europeus, norte-americanos e sul-americanos. No Costão do Santinho Resort, no norte da Ilha, a ocupação atingiu 99% e superou todas as expectativas. De acordo com o diretor comercial Rubens Régis, a maior novidade este ano foi o número de estrangeiros hospedados no resort – perto de 25% do total. Nos outros anos, o índice não chegava a 10%. São chilenos, argentinos, peruanos e portugueses que passaram a frequentar a capital catarinense devido à valorização do dólar. Régis informou que o preço médio dos pacotes para cinco noites no Costão custam R$ 10 mil e, para sete noites, R$ 14 mil. Fonte: Diário Catarinense – coluna Estela Benetti – 31-12   “Tenho o sonho de tornar a Celesc um player nacional” Em janeiro, o joinvillense Cleverson Siewert, que foi secretário da Fazenda em 2010, assumiu a presidência da Celesc. A companhia é o segundo maior orçamento do Estado com R$ 7 bilhões, 5,5 mil servidores diretos e terceirizados e 2,4 milhões de consumidores. Eu tenho um sonho para a Celesc e costumo revelá-lo na empresa. Esse sonho é muito baseado na história da fusão da Brahma e da Antarctica. Há 20 anos, a Brahma, que distribuía cerveja regionalmente, entendeu que o mercado estava evoluindo muito rápido e decidiu evoluir junto. Ao longo dos anos seguintes, comprou a Antarctica e formaram a maior cervejaria do Brasil, a Ambev. Não contentes, foram além, compraram a InBev, na Bélgica, e depois a Anheuser-Busch (Budweiser), nos Estados Unidos. Resumo da história: os caras são a maior cervejaria do mundo hoje. Isso é um pouco o que eu penso para a nossa empresa. Hoje somos basicamente uma distribuidora de energia regional. Mas juntos _ acionistas, funcionários, sindicatos, diretoria e a própria sociedade _ vamos buscar transformar nossa empresa num grande player de energia nacional e, quem sabe, até internacional. O mercado de energia se consolida a cada momento, então, ou consolidamos ou seremos consolidados.   “Vamos socializar tecnologia com micros e pequenas” Em 1992, Edson Silva se juntou ao irmão Edenir e ao colega Rui Muller para criar a Nexxera. Dois anos antes da IBM lançar no mundo o conceito de software como serviço, os três manezinhos passaram a desenvolver tecnologia para prover serviços bancários e financeiros. Hoje a empresa de Florianópolis conta com 63 bancos em sua carteira e 300 das 500 maiores companhias no Brasil e em março lançou o NexxiCity.   Sem medo O brasileiro vai perder o medo de pagar pelo celular. Principalmente contas recorrrentes como de luz, água e telefone. Pagar o cartão de crédito pelo celular, ainda vai demorar um pouco, porque se vê muita fraude, então o consumidor fica mais cético na migração. Nosso desafio é a inclusão digital das micro e pequenas empresas. Há uma carência muito grande nesse setor. O NexxiCity é nosso projeto de cidade digital, pelo qual vamos levar para todas as micro e pequenas empresas soluções de mobilidade e de plataforma a preços absurdamente baixos. Com tíquetes médios que se justificam até pelo tempo que economizarão do office-boy. Socializaremos assim a tecnologia que já é usada pelos médios e grandes.   “Se a renda sobe, consumo de energia explode” O economista Carlos Miranda preside as três empresas de geração de energia – Enercan, Baesa e Machadinho _ mantidas por acionistas da Alcoa, Votorantin e CPFL no Sul do Brasil. Há sete anos, trouxe o escritório de São Paulo para Florianópolis, para cuidar mais de perto dos investimentos de R$ 4 bilhões feitos em Machadinho, em 2001, Barra Grande, em 2005, e Campos Novos, em 2007. Em fevereiro, falou sobre a “chacoalhada” no setor elétrico.   Interferência do governo O governo se empenhou muito e conseguiu, até com recursos próprios do Tesouro, uma redução de 20% na tarifa de energia elétrica. Mas vai continuar subindo, porque há reajustes anuais de tarifa, uma afluência de água muito baixa, as usinas termelétricas estão gerando e é preciso pagar essa conta. Hoje o Brasil ainda consome muito pouca energia per capita, um quinto da Europa, um oitavo dos EUA. Se a renda do brasileiro sobe, o consumo de energia explode. A energia elétrica vai à casa do pobre e à casa do rico, é um setor que tem muita interferência governamental. O Estado não é um bom investidor nem um bom gestor de ativos, mas se aprende a navegar em mares revoltos. O setor privado brasileiro sempre fez e sempre fará, é mestre nisso, até com inflação de 700% ao ano aprendeu a sobreviver.   “Falta um pouco de ambição às mulheres” A venda da Dudalina para fundos de investimento norte-americanos foi o segundo fato relevante do ano para a indústria catarinense. O primeiro foi o anúncio da instalação da BMW. A presidente Sônia Hess de Souza, em março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher falou à Panorama sua intenção de desacelerar a agenda pessoal, depois de ter conseguido o que toda mulher deveria tentar: chegar mais longe, ao cargo mais alto. Naquele mês, nasceu o seu terceiro neto, Joaquim.   Os homens ainda aspiram mais É crescente a participação das mulheres na sociedade, visto inclusive a preparação nas universidades, onde quase 60% das estudantes são mulheres. O mundo está mudando fortemente, a presença das mulheres nas equipes de trabalho está mais equilibrada com a dos homens. Isso é muito bom. O que falta é maior ambição das mulheres por cargos mais altos, para ser diretora ou presidente da empresa, para crescer na hierarquia. Ainda vejo os homens aspirando coisas tão maiores, absolutamente focados e objetivos. Sempre trabalhei muito, em Blumenau era eu quem abria a fábrica, em São Paulo também, chego muito cedo, saio tarde. É porque trabalho com muito prazer, me envolvo. Mas agora tenho completado isso com o prazer de ser vovó. Há um mês, meus dois netos me pediram para levá-los ao cinema. Não podia deixar de ir. As pessoas não acreditavam: às 16h de uma quinta-feira e eu lá, curtindo esses prazeres imensos da vida com João Guilherme e Gustavo Rizzieri.   “A fábrica verde e amarela da BMW” Em abril, logo depois de ter assumido a presidência da BMW do Brasil, Arturo Piñeiro, anunciou em Florianópolis a instalação da montadora em Araquari.   Potencial fantástico na América Latina O potencial da BMW no mercado latino-americano é fantástico, tanto é que tomamos a decisão de investir e montar uma unidade fabril no Brasil. O Brasil, com 4 milhões de veículos vendidos, é o quinto mercado do mundo, então imagina o potencial que há para nós. Estamos vendo que o desenvolvimento do segmento premium está crescendo de uma forma sustentável, o que para nós é importante. Aí veio a decisão de afirmar a nossa posição no mercado brasileiro. Os carros fabricados no Brasil serão vendidos exclusivamente no Brasil, é uma fábrica verde e amarela. A garantia e a qualidade dos BMWs fabricados no Brasil será exatamente a mesma daqueles fabricados em qualquer outra fábrica do mundo. Temos engenheiros alemães que vão garantir isso. É com imensa honra que estamos aqui presentes para fazer o anúncio oficial da construção de uma unidade fabril do BMW Group, felizmente dessa vez, no Brasil. Como brasileiro que sou, só posso estar muito feliz e orgulhoso com a decisão do meu grupo.  Fonte: Notícias do Dia – coluna Panorama – 31-12   Principal incerteza global não é o euro, mas quais serão os rumos da China Com 2013 chegando ao fim, os esforços para reanimar o crescimento nas economias mais influentes do planeta --excetuada a zona do euro-- estão tendo efeitos benéficos em todo o mundo. Todos os problemas persistentes têm caráter político. Depois de 25 anos de estagnação, o Japão está tentando revigorar sua economia. É uma experiência arriscada: o crescimento mais rápido pode causar alta dos juros, o que tornaria insustentável o custo do serviço da dívida. Mas o primeiro-ministro Shinzo Abe prefere encarar esse risco a condenar seu país a uma morte lenta. E, a julgar pelo apoio entusiástico do público, os japoneses comuns sentem a mesma coisa. Em contraste, a União Europeia está a caminho do mesmo tipo de estagnação duradoura do qual o Japão está procurando escapar. Mesmo assim, a crise aguda está superada. As autoridades financeiras europeias reconheceram que a austeridade é contraproducente e pararam de impor restrições fiscais adicionais. As futuras crises terão origem política. Isso, de fato, já é aparente, porque a União Europeia se tornou tão introspectiva que não podem nem responder adequadamente a ameaças externas, quer na Síria, quer na Ucrânia. Como resultado, o que deveria ser uma associação voluntária entre Estados iguais que sacrificaram parte de sua soberania pelo bom comum agora foi transformado em uma relação entre países credores e devedores que não é nem voluntária e nem igualitária. De fato, o euro pode destruir completamente a União Europeia. A grande incerteza que o mundo encara hoje, porém, não é o euro, mas o futuro direcionamento da China. Seu modelo de crescimento perdeu vigor. O modelo dependia de reprimir financeiramente os domicílios a fim de propelir o crescimento das exportações e dos investimentos. Como resultado, os domicílios hoje respondem por apenas 35% do PIB e a poupança forçada já não basta para financiar o crescimento atual. Isso resultou em aumento exponencial do financiamento por dívida. Há algumas incômodas semelhanças com as condições financeiras que prevaleciam nos Estados Unidos nos anos que precederam o colapso de 2008. Mas existe também uma diferença significativa. Nos Estados Unidos, os mercados financeiros tendem a dominar a política; na China, o Estado é dono dos bancos e controla a maior parte da economia, e o Partido Comunista controla as estatais. Consciente dos perigos, o banco central chinês tomou medidas a partir de 2012 para segurar o crescimento da dívida, mas quando a desaceleração começou a causar problemas sérios na economia, o partido asseverou sua supremacia. Em julho de 2013, a liderança ordenou que o setor siderúrgico reacendesse seus altos-fornos e que o banco central relaxasse o crédito. A economia se recuperou de imediato. Em novembro, foram anunciadas reformas abrangentes, que são em larga medida responsáveis pela recente melhora nas perspectivas mundiais. A liderança chinesa estava certa ao dar precedência ao crescimento econômico, ante as reformas estruturais, porque reformas, quando combinadas a austeridade fiscal, causam queda livre deflacionária nas economias. Mas existe uma contradição interna não resolvida nas atuais políticas chinesas: reativar a siderurgia significa reacender a disparada exponencial da dívida, algo que não pode ser sustentado por muito mais que dois anos. Como e quando essa contradição será resolvida é uma questão que terá profundas consequências para a China e o mundo. Uma transição bem-sucedida na China provavelmente acarretará reformas políticas, além de econômicas, e um fracasso solaparia a confiança ainda generalizada de que desfruta a liderança política do país, resultando em repressão interna e conflitos militares externos. Fonte: Folha de S. Paulo – 31-12   Mercado sobe para 5,98% estimativa de inflação para 2014 Foi a 3ª elevação seguida na previsão do mercado para o IPCA de 2014. Expectativa de inflação para 2013 também registrou alta na última semana. O mercado financeiro ficou mais pessimista em relação ao comportamento da inflação neste ano e em 2014, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (30) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na semana passada. A estimativa dos economistas dos bancos para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,72% para 5,73%. Para 2014, a expectativa dos analistas para o comportamento da inflação avançou de 5,97% para 5,98%, de acordo com o levantamento da autoridade monetária. Esta foi a terceira elevação consecutiva na previsão do mercado para o IPCA do próximo ano. Se as previsões dos economistas dos bancos se confirmarem, o patamar da inflação em 2014 – ano eleitoral – será o maior desde 2011, quando somou 6,50%. Em 2012, a inflação foi de 5,84%.   Sistema de metas de inflação e juros Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem que calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Apesar do sistema de metas de inflação estabelecer uma meta central de 4,5% para este ano e para o próximo, o presidente do BC, Alexandre Tombini, tem se comprometido somente com a queda da inflação neste ano frente ao patamar registrado no ano passado e com um novo recuo em 2014. Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter subido, no fim de novembro, a taxa básica de juros da economia brasileira, de 9,5% para 10% ao ano, o mercado manteve a previsão de novas altas do juro em 2014 – para 10,5% ao ano no fechamento do próximo ano. A expectativa do mercado é que a próxima elevação nos juros, para 10,25% ao ano, já aconteça em janeiro.   Crescimento do PIB Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão dos economistas permaneceu estável em 2,3% na semana passada. Para 2014, a perspectiva também não se alterou, permanecendo, assim, com uma previsão de alta de 2%. O crescimento previsto para 2014 é cerca de metade do estimado no orçamento para o próximo ano – de 3,8%. Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2013 ficou estável em R$ 2,34 por dólar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar permaneceu em R$ 2,45. A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2013 subiu de US$ 1,18 bilhão para US$ 1,20 bilhão na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit comercial ficou inalterada em US$ 8 bilhões na última semana. Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana. Fonte: Portal G1- 31-12   Duas cargas tributárias O aumento do IOF na sexta e a divulgação da carga tributária brasileira de 2012 (sim, com bastante atraso) na semana passada reacenderam a reclamação de que o Brasil tem tributação de primeiro mundo, mas serviços públicos de terceiro ou quarto.   Ninguém questiona isso. O quadro abaixo com uma lista de países da OCDE mostra como a carga tributária brasileira, quando medida como proporção ao PIB, de fato se compara com a de países bastante desenvolvidos. Uma carga tributária na casa de 35% do PIB é certamente muito alta para o setor produtivo e pesa muito no bolso de quem paga. Mas isso não significa - ao menos não necessariamente -  que para quem recebe o dinheiro seja muito. Depende de quantas pessoas vão precisar dos serviços. Para fazer esse exercício, foi feito o cálculo da carga tributária per capita, dos mesmos países, em termos nominais, em dólares ajustados pela paridade do poder de compra. Por esse critério, o Brasil aparece no último lugar da lista. Os países que têm serviços públicos invejados pelos brasileiros arrecadam por cabeça - e por consequência tem condições de gastar - três ou quatro vezes mais do que no Brasil. Por mais eficiência que o governo brasileiro tivesse nos gastos, ele não conseguiria prover, com seus US$ 4,2 mil per capita por ano,  serviços com a mesma qualidade que um país que desembolsa US$ 15 mil ou US$ 20 mil,ainda que a carga tributária como proporção do PIB seja semelhante (Isso mesmo considerando corrupção zero). Afinal, salários e gastos com materiais são pagos com dinheiro, e não com PIB. Fonte: Valor Econômico – 31-12   Expansão Comércio porta a porta em alta atrai novo perfil de empresas "Existe a expectativa de expansão da venda direta Marisa para todo o Brasil até 2016”, diz Szajubock lojas Marisa. Foto: Divulgação Para o gerente geral de Venda Direta da Marisa, Marcel Szajubock a expectativa é, no prazo de cinco anos, atingir um faturamento próximo a R$ 500 milhões O segmento de venda direta no Brasil está mudando de perfil, a exemplo do que já vem acontecendo em outros países há décadas. Apesar de estar presente há 50 anos no mercado brasileiro, a venda porta a porta se concentrava em artigos de beleza ou produtos básicos para o lar. Hoje, empresas como O Boticário, Nestlé e Marisa, entre outras, aderem a essa ferramenta de aproximação com os clientes. Uma alternativa para chegar a cidades onde uma loja física pode ainda não ser viável ou onde os altos custos de um ponto de venda atuam como barreira. Os dados finais de 2013 do setor ainda não foram fechados. Mas, de acordo com a diretora executiva da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o balanço do primeiro semestre é um indicador positivo de que o segmento vive um bom ano. De janeiro a junho deste ano, o volume de negócios foi de R$ 18,4 bilhões, 5,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O número de revendedores de todo o setor - ou seja, somando profissionais autônomos atuantes em empresas associadas e não associadas -, também foi maior entre os semestres. Na primeira metade de 2013 eles chegaram a 4,3 milhões, um salto de 2,9%. "Estes resultados mostram que o caminho no ano de 2013 é de crescimento. Tivemos redes entrando nesse novo canal de vendas. Um revendedor é uma loja ambulante e no atual momento de dificuldade do varejo em encontrar espaço físico, já que os custos estão exorbitantes, esse é um bom caminho. O Brasil tem uma posição relevante no ranking mundial de faturamento desse mercado. Estamos na quarta posição, atrás de Estados Unidos, Japão e China", destaca Roberta Kuruzu, diretora executiva da ABEVD. Outro ponto destacado por ela é a possibilidade de o revendedor complementar a renda com a venda direta, conciliando o trabalho com outra atividade. A entrada de empresas de diferentes segmentos no mercado vai ajudar a engordar o faturamento de quem já atua nessa área, diz ela. "Com a mudança de perfil, pessoas que trabalham com venda direta terão mais a oferecer. Em outros países esse é um mercado bastante pulverizado, que oferece até mesmo serviços advocatícios. O amadurecimento do setor no país é um caminho", diz Roberta. Ela cita como uma das novidades do mercado a ferramenta de marketing multimídia. Nessa modalidade, um profissional capacita outros e recebe um percentual em cima dos ganhos de sua equipe. "É algo que vem crescendo no país e abre mais uma vertente para a venda direta", assinala. Gerente comercial São Paulo da Natura, Alexandre Arbex observa mudanças no mercado de venda direta nos últimos três anos. Segundo ele, novas empresas internacionais chegaram ao país e players nacionais de outros segmentos passaram a atuar nesse mercado, caso da concorrente O Boticário. "Os números mostram que ainda há possibilidade de expansão. O mercado de venda direta ainda não chegou ao seu limite", diz. Uma das "novatas" do mercado, a rede de lojas Marisa já tem mais de 18 mil consultoras cadastradas em nove estados. Marcel Szajubock, gerente geral de Venda Direta da Marisa, diz que o desempenho do setor levou a rede a buscar uma nova forma de relacionamento com os clientes. "Ainda é cedo para sabermos o quanto representará a venda direta no faturamento da rede. De qualquer forma, acreditamos que o sistema de vendas diretas da Marisa ganhará representatividade relevante no faturamento total da empresa nos próximos anos. A expectativa é, no prazo de cinco anos, atingir um faturamento próximo a R$ 500 milhões. Além disso, existe a expectativa de expansão da venda direta Marisa para todo o Brasil até 2016", adianta Szajubock. Fonte: Brasil Econômico – 31-12

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