Clipping Diário - 31/10/2014
Publicado em 31/10/2014
Clipping Diário - 31/10/2014
Sem perspectivas de mais acessos
Das três propostas para criação de um novo acesso ao continente, nenhuma está em andamento. Debate voltou à tona depois que engavetamento na ponte Colombo Salles provocou 25 quilômetros de engarrafamento, quarta-feira à tarde.
A Grande Florianópolis vai continuar dependendo de duas pontes para chegar ao Continente pelos próximos anos e refém de que um simples engavetamento gere filas de 25 quilômetros, como o que aconteceu quarta-feira à tarde. Isso porque propostas de criação de uma nova ligação entre Ilha e Continente não passarão das ideias por enquanto. Desde agosto do ano passado, as duas propostas de empresas diferentes para criar uma nova solução de acesso à Ilha em Florianópolis, uma de transporte marítimo e a criação de um monotrilho, estão paradas junto ao governo do Estado. Vão ficar assim sob a alegação de terem um custo alto.
– Se esperava que a iniciativa desse algum resultado. E ela deu. Apresentou dados. Só que esses dados não davam certeza do retorno do investimento para as próprias empresas. E os custos eram muito altos para o Estado. Então, se tentou. Não deu certo – disse o secretário de planejamento, Murilo Flores.
Em 2011, era uma prioridade do governo, recém-eleito, encontrar uma solução para a mobilidade na Grande Florianópolis. Seria urgente pelo Executivo, devido à saturação das duas únicas pontes em funcionamento, com a Hercílio Luz interditada desde a década de 90. Colombo tinha planejado um evento de anúncio, com presença da presidente recém-eleita, Dilma Rousseff. Anunciaria uma quarta ponte, a ser construída por meio de uma parceria público privada, que já tinha projeto básico, versão digital e até maquete. Mas a ideia acabou abandonada e houve também uma inesperada reação contrária à ponte, por parte da população, porque seria muito próxima às outras.
A solução encontrada pelo Estado foi transformar a ideia em uma seleção de várias outras projetos. Por isso foi lançado em abril de 2012 um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). A iniciativa funcionaria basicamente assim: o governo diz que precisa de uma solução para o acesso e várias empresas interessadas trabalham em elaborar propostas para resolver o problema. Alguns meses depois, em outubro, o governo anunciou que o PMI tinha mudado foco. Não levaria mais em conta as grandes obras estruturais, como pontes e túneis. A única solução possível para o curto prazo era o transporte público.
Depois de mais de seis meses de atraso, os estudos com foco em transporte de massa que estavam previstos para fevereiro de 2013 foram apresentados apenas em agosto. O edital de licitação que seria lançado em junho não foi aberto até agora.
Os dados não davam certeza do retorno do investimento para as próprias empresas. E os custos eram muito altos para o Estado. Então, se tentou. Não deu certo. - Murilo Flores, Secretário de Planejamento.
Fonte: Diário Catarinense – 31-10
Finalização de estudo é aguardada
O secretário de planejamento, Murilo Flores, que foi um dos integrantes das discussões para a escolha de uma nova ligação entre a Ilha e o Continente, disse que o fato das duas iniciativas terem ficado em torno de R$ 1 bilhão inviabilizaram a realização de uma parceria neste momento.
O governo vai então aguardar a conclusão de um estudo detalhado sobre a mobilidade de todos os municípios da Grande Florianópolis, que deve terminar em dezembro.
De posse desses dados, com o fato da criação da região metropolitana, que permite a aplicação conjunta de recursos de prefeituras e a busca de dinheiro federal para a iniciativa, o governo afirma que pode retomar algumas das iniciativas que surgiram ao longo desses anos.
– Esse assunto vai ser tratado no âmbito da Região Metropolitana e o governador já determinou que isso é prioridade absoluta para o início desse segundo mandato – disse Murilo Flores.
Fonte: Diário Catarinense – 31-10
Presidente reeleita está em busca de voto de confiança no mercado econômico
BOVESPA sobe e dólar recua após alta inesperada da taxa de juro. Próximo passo do governo deverá ser um forte ajuste fiscal, para diminuir gastos públicos, atingindo os investimentos, e ampliar a arrecadação. Combustíveis podem subir hoje.
O primeiro movimento do Banco Central (BC) após a reeleição da presidente Dilma Rousseff parece o início de uma tentativa do Planalto de agora buscar um voto de confiança do mercado. Na busca pela reaproximação, a surpreendente alta de 0,25 ponto percentual da Selic na quarta-feira, levando o juro básico da economia para 11,25% ao ano, fez ontem o dólar cair com força e a bolsa fechar com avanço expressivo.
A decisão do BC foi interpretada por economistas e agentes do setor financeiro como uma sinalização de que a partir agora a prioridade é recuperar a credibilidade, começando pelo controle da inflação.
– O governo tentou criar a percepção de que neste segundo mandato (de Dilma) terá uma política econômica mais ajustada e que vai fazer o necessário para fazer a economia voltar aos trilhos – avalia a economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria.
Ela lembra que a alta da Selic foi inesperada não por ser desnecessária, mas porque não foi acenada pelo Banco Central.
Medida é avaliada como necessária
Como a pressão inflacionária tende a permanecer em 2015, puxada principalmente pelo represamento de preços administrados, a tendência é de novas altas no juro básica. A medida é considerada necessária, apesar de enfraquecer ainda mais o lento ritmo de retomada da atividade econômica, após dois trimestres de PIB negativo que jogaram o Brasil em uma recessão técnica.
– Combustíveis, tarifas de ônibus e metrô que ficaram meio congeladas, energia, tudo isso vai gerar pressão. Devido à seca, a energia vai subir acima da inflação – alerta Emerson Marçal, professor de macroeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Para o flerte continuar a ser correspondido, porém, o mercado espera mais iniciativas. A próxima pode ser um aumento do preço da gasolina a ser anunciado ainda hoje, apesar de não ser uma certeza devido à recente queda da cotação internacional do petróleo, o que torna hoje a gasolina no Exterior mais barata do que no Brasil.
Os passos seguintes, para 2015, devem incluir um forte ajuste fiscal, com aumento de impostos e corte de despesas, considerado prioridade pelo economista-chefe do Banco Cooperativo Sicredi, Alexandre Barbosa.
– O que está mais desequilibrado hoje é a questão fiscal. Segurar gastos pode até ajudar no trabalho do BC, que não precisaria aumentar muito os juros – diz Barbosa.
Embora o corte de gastos também possa atingir o custeio, é unanimidade entreespecialistas que a tesoura deve pegar principalmente os investimentos, tornando ainda mais remota a possibilidade de uma reação mais robusta da economia.
Fonte: Diário Catarinense – 31-10
Empresários do Futuro
Com o objetivo de incentivar estudantes a serem empresários, a Federação das Associações Empresariais (Facisc) lançou ontem o programa Geração Empreendedora. O objetivo é fazer com que os jovens do ensino médio de escolas públicas e particulares de SC se espelhem em empreendedores e queiram abrir negócios próprios. A novidade foi lançada durante o Encontro Estadual das ACIs, realizado ontem e hoje em Treze Tílias com 350 empresários. A Facisc também lançou no evento um novo conceito de comunicação.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 31-10
Fusão Aprovada
O Cade, responsável pelo controle da concorrência no país, aprovou a incorporação das ações da catarinense Dudalina pela gestora de moda Restoque. Os atuais acionistas da Dudalina passarão a ter 50% das ações da Restoque, também dona de grifes como a Le Lis Blanc, John John, Bo Bô e Rosa Chá. O foco é o consumidor classe A.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 31-10
Economista
Principal nome da equipe econômica da ex-candidata à presidência Marina Silva, o economista Eduardo Gianetti da Fonseca será o palestrante, hoje à noite, da abertura do Congresso Estadual de Magistrado, promovido pela Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC). O tema cenral do evento será a efetividade da Justiça, morisidade, segurança jurídica e outros.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 31-10
Alta do Juro
Embora apontada como necessária por economistas, a alta da taxa Selic, quarta, desagradou o setor privado. Sergio Medeiros, presidente da FCDL/SC, disse que a medida é danosa para todos os setores produtivos do país, que já sofrem com o baixo crescimento do ano. Avalia que a opção do governo pelo aumento dos juros para conter a inflação é péssima para o varejo.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 31-10
Maiores varejistas de SC
Nove empresas de Santa Catarina aparecem entre as 120 maiores do varejo do Sul do País. A joinvilense Drogaria Catarinense está na 84ª posição. A rede Havan é a catarinense mais bem colocada, no 32º lugar. O Angeloni surge no 33º posto. Hering, Giassi, Cassol, DB Comércio de Móveis e Eletrodomésticos, Lojas Koerich e Supermercados Imperatriz também constam da lista. O estudo é do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar 2014), em parceria com a PwC. As 120 maiores do comércio brasileiro faturaram R$ 379 bilhões no ano passado.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz– 31-10
Movimento de elevação de juros deve continuar
O placar apertado da reunião de quarta-feira do Copom, que aumentou a Selic para 11,25%, não deve ser interpretado como uma divergência entre os diretores do Banco Central sobre a necessidade de elevar os juros. Segundo uma autoridade do governo com trânsito na área econômica, os cinco votos a favor da alta e os três pela manutenção da taxa espelhariam dúvidas sobre o momento mais oportuno para a elevação da Selic, mas não sobre a necessidade do aumento, tendo em vista os riscos inflacionários.
O ajuste da Selic sinaliza "o início de um novo ciclo de aumento de juros, embora ainda seja difícil mensurar sua intensidade e duração". A indicação de piora no cenário para a inflação é puxada pela desvalorização cambial de 10% desde a última reunião do Copom, mas também pela "resistência" das altas de preços. O BC usou esse termo até a ata de julho e o suprimiu a partir de setembro, mas voltou a ver sinais de dificuldade.
O comunicado do Copom não deu indicações de se tratar de um novo ciclo de aperto monetário, mas a descrição feita ao Valor é que, neste momento, tudo indica que novos ajustes virão. O que não está claro para as autoridades do governo é a duração e intensidade desse aperto. Para uma definição do rumo que seguirão os juros será preciso ter um pouco mais de clareza no cenário econômico. Além do tom mais duro adotado pelo Federal Reserve - banco central dos Estados Unidos --, o governo brasileiro leva em conta incertezas internas, como a formação da nova equipe econômica.
Apesar da surpresa, a alta da Selic foi bem recebida pelo mercado financeiro. As taxas futuras passaram a espelhar uma alta da taxa básica de mais de 12% em meados do ano que vem. O movimento fortaleceu o real, a moeda dos emergentes que mais se valorizou ontem em relação ao dólar, que fechou a R$ 2,469, em baixa de 2,42%.
Para a indústria, a alta dos juros e a queda do dólar foi uma decepção, exatamente no dia em que os dados da confiança empresarial registraram a primeira reação favorável em muitos meses. Julio Sergio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica, disse que "a decisão pode abortar um princípio de recuperação do crédito que há muito tempo desejamos e uma ainda incipiente recuperação da indústria".
Fonte: Valor Econômico – 31-10
Confiança do consumidor volta a subir, mostra indicador da CNI
A avaliação do brasileiro a respeito da inflação e do emprego melhorou e, com isso, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) teve a segunda alta consecutiva em outubro, ao subir 2,1% sobre setembro, de 109,7 para 112 pontos, informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Altas indicam melhora na confiança. Na comparação com outubro do ano passado, o Inec subiu 1,2%.
O indicador chegou em outubro ao maior nível desde janeiro deste ano, quando estava levemente abaixo dos 115 pontos. Desde então, caiu repetidamente até junho, quando chegou a 106,3 pontos. Em seguida, o Inec oscilou. Subiu em julho, caiu em agosto e voltou a subir em setembro e outubro.
"O resultado confirma a tendência de recuperação da confiança do consumidor. Desde junho, o índice registra crescimento acumulado de 5,4%", disse, em nota, a CNI.
Fonte: Valor Econômico – 31-10
Com alta nos preços de alimentos, IGP-M sobe 0,28%
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de outubro ficou acima do esperado. A alta de 0,28% foi causada por uma aceleração maior do que o previsto dos alimentos in natura, mantendo a tendência de descolamento entre os preços ao atacado e ao consumidor. No acumulado do ano, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) está em 6,82%, acima do teto de 6,5% da meta perseguida pelo BC. O resultado coloca maior pressão no reajuste para os combustíveis, que podem ser os responsáveis pelo índice estourar ou não o teto da meta.
A variação em outubro ficou acima da média estimada por 15 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que apontava alta de 0,19%. Também ficou acima do teto das estimativas, que iam de alta de 0,10% a 0,25%. Em setembro, o IGP-M havia registrado alta de 0,20%.
No acumulado do ano até outubro, o indicador subiu 2,05% e, em 12 meses, avançou 2,96%. O índice é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
A alta deste mês foi puxada pelos três subíndices que compõem o IGP-M: atacado, varejo e construção civil. No atacado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) - que responde por 60% dos IGPs - subiu 0,23% em outubro, ante 0,13% em setembro. Enquanto os produtos agropecuários passaram de alta de 0,10% para 0,90%, os industriais saíram de avanço de 0,14% para queda de 0,01%. Os maiores responsáveis pelo aumento da inflação no atacado foram o café em grão (3,36% para 7%), as aves (2,36% para 3,97%), a laranja (8,08% para 10,47%) e o tomate (-11,55% para 25,41%).
No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,46% em outubro, ante 0,42% em setembro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram taxas mais altas. A principal contribuição partiu do grupo alimentação (0,40% para 0,63%), em que se destacaram as hortaliças e legumes, que saíram de deflação de 6,85% para alta de 2,36%.
Na visão de Salomão Quadros, superintendente de inflação da FGV/Ibre, os alimentos in natura aceleraram mais do que o esperado. "Mas esse grupo é o que surpreende normalmente, pois os preços têm grandes variações. O preço do tomate, por exemplo, estava acelerando na medição semanal, mas cresceu ainda mais na última semana", afirma.
No caso do café, o economista diz que a perspectiva de uma seca mais forte do que o esperado pode ter pressionado as cotações. "O mercado busca antecipar as tendências. O produtor vê que pode faltar água. Com isso a colheita é menor, o grão fica mais leve. Ele tende a precificar isso", diz.
A desvalorização cambial ocorrida em outubro não afetou o indicador, já que houve queda na cotação em outubro das principais commodities com preços fixados no mercado internacional. Os empresários, segundo Quadros, estão esperando para ver qual o novo patamar o dólar antes de repassar aumentos de custos aos preços.
Para Quadros, o reajuste da gasolina e do diesel neste fim de ano deve ser decisivo para a inflação de 2014 estourar ou não o teto da meta. Estima-se que a Petrobras deve definir hoje um aumento de 4,5% até 5% no preço da gasolina. O último reajuste, de 4% nas refinarias, ocorreu em novembro do ano passado. Na ocasião, o diesel subiu 8%.
"O quanto o IPC vai crescer depende dos combustíveis. São eles que vão definir se o indicador fecha o ano mais perto de 7% ou se volta para 6,5%. Se o reajuste ficar em linha com o de 2013, não haverá espaço para o IPC desacelerar no fim do ano", afirma Quadros. Além disso, ele considera que haverá uma "trajetória discreta de retomada" dos preços dos produtos com maior peso no IPC nos próximos dois meses.
Fonte: Valor Econômico – 31-10
Emprego temporário é alternativa para quitar dívidas
Os trabalhadores estão de olho nas vagas temporárias de final de ano para quitar dívidas com água, luz, telefone, seguro do carro e IPVA. É o que revela o terceiro levantamento sobre trabalho temporário realizado pela empresa VAGAS.com. O estudo mostra que despesas com serviços básicos e com o carro entraram na lista de prioridades daqueles que pretendem ganhar uma renda extra para saldar débitos. Neste ano, 28% estão dispostos a utilizar o recurso conquistado para quitar contas básicas ante 4% no ano passado. O interesse também saltou para quitação de despesas com o carro: pulou de 1% em 2013 para 20% neste ano.
Da massa que busca o emprego temporário para quitar dívidas (21%), o cartão de crédito ainda aparece como prioridade de quitação, com 53% de preferência. Pagar os estudos é importante para 29%. Saldar débitos em carnês é desejo de 16%. O financiamento do carro aparece com 14% de intenções. Com 12%, o cheque especial vem logo na sequência. Despesas com saúde têm 10% de menções. O financiamento da casa é prioridade para 9% e, em último lugar, o cheque pré-datado, com 1%.
Desse mesmo estrato de endividados (21%), o levantamento conseguiu extrair o tamanho da dívida contraída. Quase metade (48%) está com despesas que variam de R$ 1 mil a R$ 3 mil. No ano passado, os que estavam nessa faixa representavam 39%. No patamar de R$ 3 mil a R$ 5 mil, há 19% contra 17% em 2013. No estrato daqueles com despesas superiores a R$ 5 mil, 8% neste ano ante 14% no período anterior. Os que declararam ter débitos de até R$ 1 mil somaram 19% em 2014 contra 26% no ano passado. Os que não quiseram responder totalizaram 4%.
O estudo mostra que, do total de respondentes, 67% pretendem realizar algum trabalho temporário neste final de ano contra 60% no ano passado. Do total de interessados em realizar um emprego temporário neste ano, a maioria é composta pelo sexo feminino (52%), está desempregado (55%) e parte já realizou essa atividade anteriormente (28%).
Entre as áreas de maior interesse dos candidatos que pleiteiam um emprego temporário, aparecem na preferência: serviços auxiliares, comércio e varejo e atividades de informática.
Fonte: Economia SC – 31-10
Elevação da Selic deve resultar em aumento de preços
Fecomércio SC considera que a elevação de 0,25 pontos percentuais na taxa de juros prepara o terreno para um aumento dos preços administrados.
Para a Fecomércio SC, a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de elevar a taxa de juros para 11,25% indica que o cenário inflacionário do país é preocupante e necessita de atenção. Entretanto, a resposta dos preços ao aumento da taxa de juros está se dando de maneira muita lenta. Em contrapartida, a queda no volume de vendas do comércio e nos níveis de produção da indústria já foi fortemente atingindo.
A entidade considera que a elevação de 0,25 pontos percentuais prepara o terreno para um aumento dos preços administrados, como a gasolina e a energia, que atualmente encontram-se defasados. O reajuste trará pressões inflacionárias adicionais e mais pressões para a elevação dos juros, aprofundando seus efeitos negativos sobre o setor produtivo, ao onerar os investimentos e dificultar ainda mais a saída do país do patamar de baixo crescimento.
Diante deste quadro, a Fecomércio SC acredita que outras medidas, como fortes investimentos na infraestrutura energética e petrolífera do país, somadas a um verdadeiro ajuste fiscal e a uma subsequente reforma tributária e trabalhista, seriam muito mais efetivos para combater ambos os problemas: baixo crescimento e inflação.
O Copom decidiu elevar a taxa de juros depois de quatro reuniões sem aumento. A taxa básica de 11,25% é a maior desde outubro de 2011. Os juros aumentaram 4 pontos percentuais desde a mínima de 7,25% de março de 2013. É um dos mais longos ciclos de aperto monetário desde o início do regime de metas de inflação inaugurado em 1999.
A elevação desta quarta-feira reflete uma maior preocupação por parte do comitê com a inflação, visto que, no acumulado de 12 meses em setembro, ela fechou em 6,75%, acima do esperado pelo Banco Central (6,6%). Além disso, a desvalorização do real, que chegou a 10% ao longo do último mês, traz mais preocupações com os níveis de preço, na medida em que encarece nossas importações. A expectativa para as próximas reuniões é que o Copom siga aumentando a taxa de juros, pois, os déficits em conta corrente, que chegam a 3,7% do PIB, seguirão pressionando a desvalorização do real.
Fonte: Economia SC – 31-10