Clipping Diário - 31/07/2014
Publicado em 31/07/2014
Clipping Diário - 31/07/2014
Data venia
Na prefeitura de Florianópolis, muitos estranharam o valor da multa de R$ 1 milhão aplicada pelo juiz Marcelo Kras Borges pela suposta litigância de má-fé na ação que pede a demolição de imóveis a 30 metros da Lagoa da Conceição. Isso porque o artigo 17 do Código de Processo Civil diz que: “O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa”. Alegam que, como o valor da causa é de R$ 1 milhão, a multa deveria ser, no máximo, R$ 10 mil.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 31-07
A novela...
A interminável novela da recuperação da ponte Hercílio Luz – quem diria – foi parar na polícia. A Espaço Aberto acusa o Deinfra de invadir o canteiro de obras e expulsar técnicos e operários. Registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Capoeiras. O presidente do Deinfra, Paulo Meller, garantiu que sua equipe foi fazer vistoria para manter vigilância sobre máquinas e material.
...E a rescisão
Paulo Meller prorrogou para segunda-feira, a pedido dos engenheiros, a definição sobre o contrato com a Espaço Aberto para recuperação da ponte Hercílio Luz. Os engenheiros estão concluindo o levantamento pericial, avaliando item por item a defesa da construtora. O Deinfra prepara um contrato para executar a operação “Ponte Segura”. Quer evitar alguma catástrofe.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 31-07
Trabalhista
Durante o encontro dos presidenciáveis na CNI foi divulgado um dado sobre o custo da legislação trabalhista. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, no ano passado foram ajuizadas 3.859.821 ações na Justiça do Trabalho. Nos Estados Unidos o total atingiu 100 mil. No Japão, foram apenas 3 mil ações.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 31-07
CNC faz projeção de vendas fracas
Projeções feitas a partir de levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), indicam que neste ano o Dia dos Pais deverá movimentar cerca de R$ 4,4 bilhões no comércio varejista, gerando crescimento de 4,3% nas vendas, em relação ao ano passado.
Os números divulgados ontem pela CNC indicam que apesar do crescimento em relação ao ano passado, esta deverá ser a menor alta nas vendas do varejo para a data desde 2004, quando o Dia dos Pais teve crescimento de 1,6%.
Na avaliação do economista da CNC, Fabio Bentes, o ritmo mais fraco das vendas no próximo Dia dos Pais resultará principalmente do encarecimento do crédito. Segundo ele, “o custo mais alto dos empréstimos, aliado à tendência de encurtamento do prazo médio observada desde dezembro, têm desestimulado a tomada de novos recursos”.
As projeções da CNC indicam que, com expansão de 10,4% sobre o ano passado, apenas o ramo de farmácias, perfumarias e cosméticos deverá ter crescimento maior em relação a 2013, uma vez que todos os demais setores geralmente afetados positivamente pelo Dia dos Pais deverão registrar taxas inferiores.
No caso do ramo vestuário, o crescimento vai desacelerar de 3,6% em 2013 para 2,1%, e, no setor de hiper e supermercados de 3,6% para 2,8%. Juntas as duas atividades concentram 67,1% do faturamento do varejo gerado pela data.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 31-07
IGP-M tem terceira queda em julho
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para os reajustes de aluguel e energia elétrica, apresentou deflação de 0,61% em julho, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada ontem. Em junho, o índice já havia caído 0,74%, e, em maio, de 0,13%. Com o resultado, a inflação acumulada em 2014, até julho, atinge 1,83%.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 31-07
Baixo crescimento afeta contas públicas
Como a economia está crescendo pouco e os gastos públicos seguem avançando bem acima da expansão da arrecadação real do governo federal, as contas estão se deteriorando. No mês de junho, o governo central, que inclui as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, teve déficit primário de R$ 1,946 bilhão. Foi o pior desempenho para o mês desde 1997, quando foi iniciada a série histórica. Essas contas consistem no resultado das receitas e despesas com pessoal, custeio, programas sociais e investimentos, excluindo despesas de juros. No primeiro semestre, o resultado do superávit primário ficou positivo, em R$ 17,237 bilhões. Porém, representa 50% do total registrado no mesmo período do ano passado e foi o pior primeiro semestre desde 2000. Frente ao PIB, o superávit do semestre 2014 está em 0,69. O governo tem tomado medidas para aquecer a economia, mas parece que o mercado espera a definição da eleição.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 31-07
Imóveis premium
Com uma das economias mais fortes do Brasil, o Norte de SC conta com dinâmico mercado de imóveis de luxo. O jornal A Notícia promove a partir de amanhã à tarde, no V12, em Joinville, a Expomóvel Premium, que vai até domingo, das 10 às 22 horas. Entre os expositores estão as construtoras Correia, Estrutura, Incorposul, Thá, Vectra e Wecon. Além de imóveis, o público poderá comprar itens de decoração para o lar.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 31-07
Justiça vistoria pontes na Capital
Juiz deve decidir se aceita pedido de liminar do MPSC, por reparos emergenciais e retomada de contrato entre Estado e empresa
O juiz da 1a Vara da Fazenda Pública da Capital, Luiz Fornerolli, aguarda o parecer técnico da comissão de engenheiros nomeada para constatação visual das estruturas das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos, feita ontem à tarde. A visita técnica foi necessária para que o magistrado tomasse conhecimento da realidade das estruturas, o que o embasará para decidir se aceita o pedido de liminar do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
O órgão pede a imediata retomada do contrato de inspeção das estruturas e reparos básicos, em caráter de urgência, nas pontes e nas passarelas. Segundo o engenheiro Honorato Tomelin, integrante da comissão, amanhã à tarde os técnicos vão finalizar o relatório da inspeção antes de entregar à Justiça.
Dois engenheiros civis e um mecânico acompanharam o juiz, a pé, na análise das cabeceiras, passarelas e estrutura inferior. De barco, observaram os pilares das pontes. Os engenheiros apontaram sinais de fadiga, sobretudo na Ponte Colombo Salles, onde fissuras, corrosão, rachaduras encobertas com concreto e juntas de dilatação obstruídas preocupam. Na passarela, no meio do trajeto, os pinos de ferro que seguravam o guarda-corpo não resistiram e a estrutura cedeu. Além disso, a passagem está obstruída por moradores de rua. No piso da passarela, há, inclusive, fendas entre as lajotas de onde se pode enxergar o mar. Em alguns momentos, o juiz não escondeu a impressão com a estrutura.Segundo o magistrado, se for necessário, uma nova perícia será pedida.
O MPSC impetrou ação civil pública na última sexta-feira em que pede a retomada do contrato do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), responsável pelas pontes, com o Consórcio Pontes Sul, para fazer um estudo detalhado e técnico da situação. Segundo o MPSC, o contrato foi suspenso em abril por falta de repasse de verbas.
– Pedimos a manutenção imediata, mesmo sem estudo concluído, dos trabalhos que não dependem de análise, como limpeza, sinalização, pintura. E um relatório de perito nomeado pelo juiz que diga se as pontes correm risco de ruir – explica o promotor Daniel Paladino.
Presidente do Deinfra, Paulo Meller garante que amanhã será retomada a segunda etapa dos trabalhos com o consórcio:
– Até o final do ano será concluído, detectando os problemas com a devida solução e orçamento para uma posterior licitação – justifica.
Fonte: Diário Catarinense –Geral – 31-07
Sobre os boxes do Mercado
Comerciante do Mercado Público da Capital se diz indignado porque somente 22 dos 75 boxes da ala norte estão abertos. Segundo ele, já há cobrança de aluguel, mas nem os banheiros funcionam.
De acordo com o gerente do Mercado, Eric Schimdt, o aluguel começa a ser cobrado a partir do momento que o box recebe o alvará. Sobre os sanitários, ele diz ainda que espera material para terminar a reforma, mas que estão disponíveis para os comerciantes.
Até ontem foram aprovados 43 projetos na ala norte, segundo a comissão formada pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf). Já na ala sul, apenas quatro dos 39 projetos a serem analisados pela comissão deram entrada no órgão – e foram reprovados por não estarem adequados a normas de arquitetura e engenharia.
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes (interina Melissa Hoffmann) – 31-07
Desocupação
A tradicional Pizza Hut, há 20 anos localizada na Beira-Mar Norte, em Florianópolis, e a farmácia Panvel, na Othon Gama d’Eça, estão desocupando o local. A Koerich Imóveis construirá um novo empreendimento no local.
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes (interina Melissa Hoffmann) – 31-07
Imposto
Uma pesquisa da Fecomércio feita nas cinco regiões do país aponta que 25% dos brasileiros não sabem o quanto pagam de imposto. Muitos consumidores, quando descobrem o valor, levam um susto.
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes (interina Melissa Hoffmann) – 31-07
Confiança do comércio e do setor de serviços cai de novo, diz FGV
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 6,3 por cento na média do trimestre encerrado em julho frente ao mesmo período do ano anterior, enquanto o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu pela sétima vez seguida, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Em julho, o Icom passou para 113,4 pontos. No resultado anterior, referente ao período de três meses finalizados em junho, houve queda de 6,4 por cento.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 8,9 por cento no período de três meses até julho ante o mesmo período do ano passado, para 84,4 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) teve queda de 4,7 por cento, para 142,4 pontos.
"Passado o período de intensificação da desaceleração do setor em função dos feriados relacionados à Copa do Mundo, as empresas parecem esperar alguma recuperação no volume de vendas ao longo dos próximos meses. O cenário, embora factível, não altera o quadro de baixo crescimento que vem caracterizando o comércio em 2014", disse o superintendente adjunto de ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.
A confiança do setor de Varejo Restrito caiu 5,5 por cento no trimestre concluído em julho na comparação com o mesmo período do ano passado.
Ainda segundo a FGV, no Varejo Ampliado, que inclui também veículos, motos e peças e material para construção, a queda da confiança foi maior ainda, de 7,3 por cento, enquanto no Atacado houve recuo de 4,6 por cento no trimestre até julho.
Por sua vez, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,6 por cento em julho na comparação com junho, chegando a 107,3 pontos, menor nível desde abril de 2009. No mês anterior, quando teve queda de 0,3 por cento, o índice havia atingido 108,0 pontos.
Segundo a FGV, o Índice da Situação Atual (ISA-S) caiu 7,2 por cento em julho sobre junho, após ter recuado 1,1 por cento anteriormente.
Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 4,3 por cento, ante alta de 0,4 por cento em junho.
Fonte: O Estado de São Paulo – 31-07
Comércio eletrônico cresce 26% no 1º semestre puxado pela venda de TVs
O faturamento com vendas por comércio on-line cresceu 26% no primeiro semestre deste ano no Brasil, chegando a R$ 16,06 bilhões. O principal destaque do período foi a comercialização de televisores: em junho, esses aparelhos representaram 48% dos eletrônicos vendidos pela web.
Trata-se de uma alta expressiva em relação aos 36% de participação que o produto registrou na categoria em fevereiro, de acordo com dados da consultoria E-bit.
Por causa disso, a empresa considera que a Copa do Mundo teve impacto positivo sobre o setor, apesar de, durante o evento, as vendas terem caído 15% em relação ao mês anterior: entre os dias 12 de junho e 13 de julho, quando aconteceu o Mundial, esse mercado faturou R$ 2,5 bilhões, contra R$ 2,9 bilhões dos 30 dias anteriores.
"O varejo reclamou bastante [do período do Mundial]. Houve queda de tráfego. As pessoas estavam preocupadas com os jogos, em tomar cerveja na Vila Madalena", diz Pedro Guasti, diretor-executivo da E-bit, em referência ao bairro de São Paulo que viveu dias de efervescência durante o evento.
Assim como aconteceu com outros produtos relacionados à Copa, o preço dos aparelhos de TV caiu no primeiro semestre nas vendas pela internet. Esses aparelhos ficaram 6,43% mais baratos no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com o índice Fipe/Buscapé.
Em uma cesta de 13 categorias de produtos associados mais diretamente ao evento, que vão de cooler para bebidas a chuteira, os preços tiveram queda de 6,65% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.
"Provavelmente as empresas pensaram que o nível de vendas estava baixo e aumentaram as ofertas", diz Guasti. No geral, os preços cobrados na internet caíram menos (1,46%).
Seguindo uma tendência que vem desde o ano passado, os produtos mais vendidos pela internet foram os da categoria moda e acessórios, que representaram 18% do volume total de pedidos. A lista segue com cosméticos, perfumaria e saúde (16%), eletrodomésticos (11%), livros e assinaturas de revistas (8%), telefonia (7%) e informática (7%).
Para o ano, a E-bit prevê que o setor feche com faturamento de R$ 35 bilhões, uma alta de 21% em relação a 2013.
Fonte: Folha de São Paulo – 31-07
Simples Nacional deve ser sancionada sem vetos nos pontos essenciais
BRASÍLIA - O projeto de lei que universaliza o Simples Nacional deve ser sancionado sem vetos nos pontos essenciais, afirmou nesta quarta-feira o ministro Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência. “Pode ter algum veto de aspecto técnico, como um artigo que já está presente em outra lei e que está mais claro. Mas não acredito em nenhum veto nos pontos principais”, disse.
A sanção do projeto, aprovado pelo Senado Federal há duas semanas, ocorrerá no dia 7 de agosto, em cerimônia no Palácio do Planalto. Um dos pontos centrais é a proibição de que os governos estaduais usem a substituição tributária (modelo de cobrança diferenciado de impostos) sobre 80% das micro e pequenas empresas.
O projeto também praticamente universaliza o acesso ao Simples, ao permitir que o regime seja usado por mais 140 atividades econômicas. Apenas as indústrias de tabaco, armas e bebidas alcoólicas ficarão de fora. O Sebrae estima que isso permitirá a entrada de cerca de 400 mil micro e pequenas empresas no programa.
Afif afirmou ainda que não espera veto sobre a inclusão dos serviços advocatícios, de fisioterapia e de corretagem de imóveis e seguros no Simples. O governo aceitou a entrada de mais 140 atividades econômicas no programa desde que não houvesse, neste momento, redução nos tributos pagos, mas estas quatro categorias fizeram lobby junto aos deputados e conseguiram aprovar a diminuição de seus impostos.
“Não acredito em veto porque vou assinar, no dia da sanção, convênio com universidades para fazer um estudo para acabar com o efeito morte súbita de quem ultrapassa o faturamento de R$ 3,6 milhões e tem que deixar o Simples e pagar os impostos cheios”, afirmou. “O estudo será entregue em 90 dias.”
Afif acompanhou a presidente Dilma Rousseff em sabatina na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, nesta quarta-feira. Os outros dois principais presidenciáveis – o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) – também participaram do evento.
Fonte: Valor Econômico – 30-07
Serasa: Inadimplência das empresas sobe 6,1% no primeiro semestre
SÃO PAULO - A inadimplência das empresas subiu 6,1% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a consultoria de crédito Serasa Experian, no entanto, em junho o indicador caiu 7,2% em relação a maio — a primeira queda após três altas mensais seguidas.
Em nota, os economistas da Serasa atribuem o aumento da inadimplência das empresas no ano ao “quadro conjuntural de estagnação da economia, aumento de custos (salários reais avançando além da produtividade) e elevação do custo financeiro das empresas determinado por taxas de juros mais altas em relação às vigentes durante o primeiro semestre do ano passado”.
As dívidas com os bancos puxaram a inadimplência das empresas no primeiro semestre do ano, com alta de 18,5% e contribuição de 3,6 p.p. A inadimplência não bancária e os protestos por sua vez, subiram 3,3% e 7,3%, com contribuições de 1,2 p.p. e 1,8 p.p., respectivamente. Já os cheques sem fundos caíram 3,1%.
Segundo a Serasa, o valor médio dos cheques sem fundos caiu 12,6% no acumulado do primeiro semestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio das dívidas com os bancos também apresentaram declínio de 2,1%. Já o valor médio dos títulos protestados e das dívidas não bancárias registraram altas de 8,6% e 6,7%, respectivamente.
Fonte: Valor Econômico – 30-07
Comércio deve gerar 140 mil vagas formais em 2014
A desaceleração da atividade econômica tem afetado cada vez mais as expectativas dos empresários do comércio, que preveem menor crescimento das vendas e declaram intenção de contratar pouco. Diante do cenário, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) prevê criação de 140.873 mil postos formais de trabalho no comércio como um todo, sendo 99.276 mil vagas apenas no varejo. Se esta projeção se confirmar no fim no ano, será o pior desempenho em pelo menos dez anos.
Os números são bem menores do que há uma semana. Antes da divulgação dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) referentes a junho, quando o comércio fechou 7,07 mil vagas, a CNC mantinha projeções mais otimistas. A expectativa era de que o setor como um todo criasse 198,7 mil postos de trabalho, 149,3 mil deles no varejo.
Segundo o economista da CNC Fábio Bentes, houve uma revisão bem forte após o Caged de junho.
Segundo Bentes, há certa decepção entre os empresários com o ritmo das vendas no varejo. Além disso, a inflação, ainda que venha perdendo força, continua elevada. Com isso, o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) recuou 1% em julho ante junho, para 108,4 pontos, mínimo histórico.
— Os dados de julho dão uma percepção interessante do que deve ser o restante do ano. O empresário jogou a toalha no sentido de que não deve crescer 5% ou 6%.
A previsão de crescimento do setor, que começou 2014 na casa de 6%, já cedeu a 4,4% nas contas da CNC.
— A novidade este ano é o encarecimento muito grande do crédito, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica.
No caso das empresas, outro obstáculo é o encurtamento do prazo. Esses fatores inibem a tomada de recursos para investir ou, no caso dos consumidores, para adquirir os bens.
No segundo semestre, com mais dias úteis e uma inflação no varejo menos agressiva (principalmente entre os alimentos), o comércio pode até retomar algum fôlego.
— O setor de supermercados, que é o maior do varejo, deve recuperar.
Mesmo assim, não há expectativa de grande melhora nos próximos meses. Por isso, os empresários colocaram o pé no freio nos investimentos e devem reduzir o ritmo de contratações.
Em julho, mais da metade dos comerciantes declararam ter estoques em níveis adequados, mas uma parcela preocupante de 23,7% afirmou ter produtos demais nas prateleiras, o que pode reduzir a demanda já enfraquecida da indústria. Além disso, a confiança na economia mostrou grande deterioração neste mês.
Para 70% dos empresários, as condições macroeconômicas pioraram no último ano.
Fonte: Portal Varejista – 31-07
Congresso do setor varejista discute melhorias na competitividade do negócio
O segundo dia do BRWeek 2014 - Brazilian Retail Week- terá destaque para a participação do Miguel Vives, Country Manager da The Walt Disney Company Brasil; Cristiane Tamer, sócia e co-fundadora da Bettys; Adriana Trussardi, diretora da Trosseau; Tenny Pinheiro, CEO da Livework; Thiago Costa Rego, proprietário da T,Office; e Carlos Ferreirinha, presidente da MCF Consultoria e Conhecimento, que será o mediador da plenária "Insights e inspirações: como a visão fashion/design pode melhorar a competitividade de sua loja".
Presença de CEOs e executivos de empresas como Google, Groupon Brasil, Montblanc, Senac, C&C, inbrands entre outras que darão sequência ao evento que discute as tendências e os novos desafios do varejo no Brasil em São Paulo. Entre os temas abordados estarão: o varejo de luxo no Brasil, logística urbana em grandes metrópoles, indústrias que avançam para o varejo via franquias.
O congresso também terá a apresentação da pesquisa inédita “Panorama do consumidor de e-commerce no Brasil” e a entrega do “Prêmio Os Mais Importantes NOVAREJO”.
Sobre o BR Week
O Brazilian Retail Week – BRWeek – é o maior e mais importante evento do setor varejista do Brasil, inspirado no Big Retail Show que acontece anualmente em Nova York. Idealizado pelo especialista internacional de relações de consumo e varejo, Roberto Meir e realizado pela revista NOVAREJO com a organização da Padrão Eventos, o BRWeek reúne as principais lideranças do varejo nacional, incluindo empresários, presidentes, diretores e grandes varejistas regionais para discutir as tendências e novidades do mercado brasileiro.
Serviço:
Congresso BRWeek 2014
Dias: 29 e 30 de julho
Local: Hotel Transamérica
Endereço: Avenida das Nações Unidas, 18.591 – São Paulo
Horário: 8h30 às 18h
www.brweek.com.br
Fonte: Portal Varejista – 31-07
Confiança de Serviços recua 0,6% em julho, diz FGV
Após a sétima queda consecutiva, índice tem o menor nível desde abril de 2009
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas recuou 0,6% entre junho e julho, considerando-se dados com ajuste sazonal. Após a sétima queda consecutiva, o índice atingiu 107,3 pontos, o menor nível desde abril de 2009 (103,4 pontos).
O resultado de julho foi marcado por tendências distintas dos subíndices que medem a percepção sobre o momento atual (ruim) e as perspectivas para os meses seguintes (sinalizando melhora). O Índice da Situação Atual (ISA-S) caiu 7,2%, na maior perda mensal desde fevereiro de 2009. Já o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 4,3%, contribuindo para atenuar a queda do ICS.
“A recuperação das expectativas abre espaço para uma estabilização ou mesmo algum aumento do ritmo de atividade nos próximos meses, o que não deve alterar expressivamente o cenário de baixo crescimento até o final do ano”, avalia Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.
A redução do ISA-S na margem atingiu todos os 12 segmentos pesquisados em julho. O quesito que mais pressionou o indicador agregado foi o Volume de Demanda Atual, ao recuar 8,6% na margem. Houve queda da proporção de empresas que avaliam o volume atual como forte, de 13,3%, em junho, para 12,7%, em julho. Já a parcela de empresas que consideram a demanda atual como fraca, saltou de 27,6% para 34,4%.
O crescimento do IE-S atingiu 9 de 12 segmentos. O quesito que mais influenciou na alta foi o que mede as expectativas em relação à Demanda nos três meses seguintes, com variação de 5,9% frente ao mês anterior. A proporção de empresas projetando aumento da demanda passou de 33,7%, em junho, para 37,4%, em julho e a parcela de empresas que sinalizam diminuição passou de 13,1% para 9,7%. O indicador de Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes apresentou melhora relativamente mais discreta, ao variar 2,8%. A proporção de empresas esperando melhora da situação dos negócios para os próximos seis meses aumentou de 35,7%, em junho, para 37,4%, em julho; a das que esperam uma piora diminuiu de 11,2% para 9,4% no mesmo período.
O resultado de julho combina evoluções desfavoráveis nas percepções sobre o momento atual e favoráveis das expectativas. Este padrão confirma o efeito negativo da paralisação parcial das atividades durante a Copa, e a decorrente melhora nas previsões para o futuro próximo. Nesse contexto, é razoável supor uma suavização da tendência declinante do ICS ao longo dos próximos meses.
Fonte: Economia SC – 31-07
Taxa de desemprego mantém-se praticamente estável em junho
Segundo dados da Seade e do Dieese taxa passou de 10,9% em maio para 10,8% em junho. Foram criados 25 mil postos de trabalho no período
A taxa de desemprego no país manteve-se praticamente estável no mês de junho, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mês passado, o total de desempregados era 2,25 milhões, cerca de 14 mil pessoas a menos que em maio. A taxa de desemprego passou de 10,9% em maio para 10,8% em junho.
O nível de ocupação também registrou estabilidade no mês de junho. Foram criados 25 mil postos de trabalho, número superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho, que foram 11 mil trabalhadores. O total de ocupados foi estimado em 18,6 milhões de pessoas e a população economicamente ativa, 20,8 milhões de pessoas.
Na comparação por regiões metropolitanas, Salvador registrou a maior taxa de desemprego em junho, 18,2% ante 17,5% em maio. Recife contabilizou 12,9% de desempregados em junho, ante 12,8% no mês anterior. Em São Paulo, a taxa de desempregados foi 11,3% em junho ante 11,4% em maio.
Em Belo Horizonte, a taxa de desemprego foi 7,8% em junho e no mês anterior era 8,1%. Fortaleza apresentou taxa de 7,4% de desemprego, alta de um ponto percentual em relação a maio. Porto Alegre registrou 5,7% de taxa de desemprego em junho, ante 6,2% em maio.
Alexandre Loloian, coordenador técnico do Seade, destaca o desempenho do nível de ocupação no comércio na região metropolitana de São Paulo, que caiu 1,4% em junho em relação a maio, ou seja, 22 mil postos de trabalho foram eliminados.
“O desempenho do comércio no primeiro semestre está abaixo, mas a tendência é que isso se eleve. Tradicionalmente, o segundo semestre, no caso do comércio, é de recuperação do nível de atividade”, avalia. Segundo ele, é provável que esse resultado ruim em São Paulo esteja relacionado à Copa, já que a substituição do turismo de negócio pelo da Copa foi prejudicial para o segmento.
Em todo o país, o rendimento médio do trabalhador com alguma ocupação chegou a R$ 1.725 em junho, o que significa uma queda de 0,9% na comparação com maio. No caso dos funcionários assalariados, o valor foi R$ 1.728 - redução de 1,2% em relação a maio.
Fonte: Brasil Econômico – 30-07
Com inflação em alta, cresce a venda de produtos de marca própria no varejo
A inflação próxima do teto da meta, de 6,5%, já causa mudanças em hábitos de consumos e nos negócios do varejo. As empresas abriram mais espaço para as chamadas marcas próprias nas prateleiras de supermercados e lojas de todo o país. Produzidas sob encomenda para as redes varejistas e com pouco gasto de marketing, esses produtos tendem a ter preços menores e, por isso, são cada vez mais usados para encher o carrinho sem estourar o orçamento.
— Estou fazendo mais pesquisa de preço e optando por marca própria, principalmente nos produtos de limpeza, porque acho que a qualidade é mais parecida com a que estou acostumada — conta Sônia Bassos, profissional de seguros.
Na outra ponta, empresas que começaram a atender o segmento de marcas própria estão conseguindo, de alguma forma, driblar a desaceleração da atividade econômica. É o caso da mineira Emiflor. A fabricante de alimentos estima faturar R$ 240 milhões em 2014. Quase 70% deste total são referentes à venda de produtos de redes varejistas, como gelatina, batata palha e amido de milho. No ano passado, essa participação era inferior a 60%.
— As vendas das marcas próprias estão crescendo 15%. Já a nossa linha, no geral, tem expansão entre 7% e 8% — conta Zanone Campos, diretor comercial da Emiflor.
No Brasil, produtos que levam o selo das varejistas representam pouco mais de 5% das vendas do setor, mas alcançam um percentual maior em algumas redes e categorias de produtos. No Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, as marcas próprias Qualitá, Taeq e Casino superaram 10% das vendas do segmento de alimentos. No início do ano, a fatia era de 9%.
Seguindo a tendência, as Lojas Americanas acabam de lançar a Basic+Care, marca própria de artigos de higiene pessoal, que oferece, por exemplo, embalagens com 50 unidades de lenços umedecidos por R$ 6,99 contra R$ 8,99 do pacote de 48 unidades da líder Johnson & Johnson, segundo preços verificados em uma das unidades em São Paulo. A rede tem 12 marcas próprias de produtos de vestuário, utilidades domésticas e decoração.
NEM SEMPRE O PREÇO É MENOR
Mesmo sendo referência de economia, marca própria não necessariamente significa preço menor. Numa da lojas do Extra no Centro do Rio, por exemplo, a caixa de 250g do Matte Leão era vendida ontem por R$ 7,99 enquanto o similar de mesmo volume da Qualitá saía por R$ 9,19. Já o pacote de 100 g do açúcar refinado da marca própria sai mais em conta, a R$ 2,11, contra R$ 2,35 da marca premium. A vantagem de preço também aparece em outros produtos, como óleo de soja.
O diretor financeiro do Grupo Pão de Açúcar, Christophe Hidalgo, afirma que as empresa tem investido em novos produtos, mas pondera que nem sempre o de marca própria será o mais em conta.
— Nem sempre é o melhor preço, mas o consumidor a cada dia se dá conta que é um produto de qualidade, por isso ganhamos espaço.
Os supermercados Zona Sul, no Rio, possuem 13 marcas de produtos de fabricação própria e outras 50 produzidas com exclusividade para a rede. Segundo Pietrangelo Leta, diretor comercial do Zona Sul elas respondem por 23% das vendas e crescem acima da média da empresa.
— Não trabalhamos com o conceito de marcas próprias, mas de marcas exclusivas. O primeiro critério na hora de selecionar os produtos é a qualidade e, em segundo, um preço competitivo, não necessariamente o menor. Em geral, custam menos do que o líder do mercado mas, dependendo da categoria, podem até custar mais porque são itens diferenciados, de gastronomia. Entre outros, temos pães Panetto,molhos, azeites e massas italianos San Frediano, vinho chileno Santa Dominga e, há um ano, lançamos os Sucos Já — explica Leta.
Célio Martinez, gerente de marketing do atacadista paulista Roldão, diz que a alta de preços tem mudado o comportamento do consumidor. Se antes as compras de consumidores finais nas unidades do grupo se concentravam aos sábados e domingos, agora também ocorrem às sextas. Além de comprar maiores volumes para fugir de futuras altas, ele destaca a busca por marcas próprias, categoria que representa 10% dos produtos ofertados, contra 5% há três anos.
— Ele procura um custo menor e uma referência, que é a rede varejista que oferta a marca própria. Isso fez com que elevássemos a oferta de itens deste tipo— conta.
Na terça-feira, o ministro da Fazenda Guido Mantega disse que o combate à inflação está sendo bem-sucedido e que a população recuperou o poder de compra, porque os preços de alimentos estão em queda. Mas, na avaliação da presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias, Neide Montesano, a perspectiva do setor é de mais expansão por causa da alta de preços.
— Estamos crescendo entre 10% e 12% nesse ano alavancados pelo aumento da inflação.
E o interesse não é só de fabricantes e consumidores. Segundo Marcos Gouvêa de Souza, diretor da consultoria GS&MD, a margem de lucro do varejo é maior na marca própria.
— No Brasil, o valor da marca da indústria ainda é muito forte e relevante — diz.
Fonte: Portal Gouvêa de Souza – 31-07