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Clipping Diário - 31/05/2016

Publicado em 31/05/2016
Clipping Diário - 31/05/2016

CDL de Florianópolis
Diário Catarinense - Estela Benetti
  PressFloripa
  Geral Terça-feira - 31/05 Fonte: Diário Catarinense Em dia de greve no transporte público da Grande Florianópolis, usuários aguardam chegada de vans e caronas Com a deflagração da greve de ônibus na região da Grande Florianópolis, vários usuários do transporte público foram pegos de surpresa na manhã desta terça-feira. Nos terminais de integração de Florianópolis, era possível ver somente poucos trabalhadores da Cotisa. Nos pontos de ônibus, as pessoas sem amontoam aguardando as poucas vans disponibilizadas pela Prefeitura de Florianópolis. No Terminal de Integração da Trindade (Titri), apenas alguns funcionários da vigilância e da limpeza circulam no local pela manhã. Alguns usuários desavisados chegaram na expectativa de embarcar. — Tinha exames para fazer no Estreito, além do aniversário da minha sobrinha, com um almoço especial ao meio-dia. O jeito é ir de táxi — lamentou a dona de casa Maurícia Bonan, 55 anos.
Nágila Souza Costa, 23 anos, trabalha com geoprocessamento em uma empresa em São José e também foi surpreendida ao chegar ao Titri, onde pegaria condução até o Centro e, depois, até o Continente. — Já vi outras greves, mas é a primeira vez que só fico sabendo em cima da hora — contou.
Fonte: Diário Catarinense Ministro da Transparência deixa o cargo após revelação de gravações As segundas-feiras do governo interino de Michel Temer não têm sido tranquilas, por conta do vazamento de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Se na semana passada áudios derrubaram o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, desta vez o atingido é o titular da pasta da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira. O roteiro foi o mesmo. Primeiro, avaliações do governo interino de Michel Temer sobre as condições de permanência no cargo em razão da repercussão. Depois, garantia de permanência pelo Planalto. No final, o pedido de demissão. Silveira, apadrinhado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) — o senador nega ter feito qualquer indicação —, chegou a ser confirmado no cargo. Não haveria interesse do Planalto em criar indisposição com o responsável pelo andamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Gravações divulgadas na noite de domingo pela TV Globo mostram Silveira conversando com Machado e Renan sobre estratégias de defesa frente a investigações da Operação Lava-Jato. Em outro diálogo, desta vez sem a participação de Silveira, seu nome é citado por Renan. O senador comenta que ele esteve com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para tentar descobrir o que haveria nos inquéritos. Na avaliação de Temer e sua equipe, na primeira conversa não há nada comprometedor contra Silveira. Na gravação na qual o ministro é citado por Renan, haveria evidência de conflito de interesses, já que, na época, ele era membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nas palavras de um assessor, é como se um integrante de uma instância do Judiciário estivesse operando contra a Justiça. A posição de outro grupo, que se colocava contra a demissão do ministro, prevaleceu inicialmente. O argumento é de que o presidente interino não pode afastar assessores apenas diante de pressões. Há receio de que outros sejam obrigados a se demitir com a revelação de suspeitas da Lava-Jato. Em sua carta de demissão, Silveira diz que "não imaginava ser alvo de especulações tão insólitas". "Não há em minhas palavras nenhuma oposição aos trabalhos do Ministério Público ou do Judiciário, instituições pelas quais tenho grande respeito. Foram comentários genéricos e simples opinião, decerto amplificados pelo clima de exasperação política que todos testemunhamos", diz em um trecho. Em seguida, afirma que jamais intercedeu junto a órgãos públicos em favor de terceiros.Dentro do governo, a avaliação de algumas pessoas era de que a reação de funcionários públicos ao áudio tornaria inevitável o afastamento. Servidores protestaram em frente ao ministério e, em carta pública, exigiram a demissão do ministro. Quando chegou para trabalhar e encontrou a manifestação, Silveira desistiu de entrar no prédio. Com vassouras, água e sabão, o grupo lavou a calçada. Eles criticam a extinção da Controladoria-Geral da União (CGU) e sua conversão em ministério por Temer. Também houve ato no Palácio do Planalto.Chefes regionais de pelo menos 23 Estados entregaram seus cargos. De acordo com o chefe da seccional do Rio Grande do Sul, Cláudio Moacir Marques Corrêa, o trabalho depende da confiança adquirida junto a parceiros como a Polícia Federal e o Ministério Público. O entendimento é de que essa relação ficaria minada com a permanência do ministro na pasta. A Transparência Internacional, organização não governamental de combate à corrupção em todo o mundo, divulgou nota pedindo a exoneração de Silveira e avisando da suspensão dos contatos com a pasta "até que uma apuração plena seja realizada e um novo ministro com experiência adequada na luta contra a corrupção seja nomeado". Parlamentares da base aliada também pediram a saída do ministro, como o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP). "O ministro da Transparência deve ser transparente e deixar o cargo", escreveu nas redes sociais. Ex-ministro da presidente afastada Dilma Rousseff, Jaques Wagner também usou as redes sociais para criticar a situação de Silveira. "Em menos de uma semana, Silveira é o segundo ministro de Temer a ser acusado de obstruir a Lava-Jato, mostrando claramente que o governo ilegítimo não tem nenhum compromisso com o combate à corrupção", afirmou. Para o senador Álvaro Dias (PV-PR), a presença do ministro contamina o governo e "faz desacreditar o compromisso assumido pelo presidente" de não interferir na Lava-Jato. Depois de Romero Jucá (PMDB-RR), Silveira é o segundo ministro derrubado pela repercussão das gravações de Sérgio Machado, o ex-presidente da Transpetro que fez delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fonte: Diário Catarinense Câmara de Florianópolis absolve vereadores César Faria e Badeko A Câmara de Florianópolis absolveu na noite desta segunda-feira os vereadores César Faria (PSD) e Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PHS), de processos de cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar. Ambos são acusados de participar de esquemas de corrupção investigados pela Polícia Federal após a deflagração da Operação Ave de Rapina, em 2014. César Faria foi absolvido em quatro votações. Eram necessários 16 votos para a perda do mandato, porém, na mais apertada delas, 11 vereadores votaram pela absolvição, sete pela cassação e outros quatro se abstiveram. Apenas o vereador Vanderlei Farias, o Lela (PDT), não compareceu à sessão, que teve início às 16h. Autor das denúncias que pediam as cassações, o vereador Afrânio Boppré (PSOL) discursou pedindo a perda dos mandatos. – Estou convencido de que esta casa precisa fazer o seu papel. Todo o processo foi instruído de modo a comprovar que houve quebra do decoro parlamentar – afirmou. Logo após o pronunciamento, Afrânio se ausentou do plenário e deu lugar ao suplente Josemir Cunha, em função de uma lei federal que impede a presença dos denunciantes durante as discussões de cassação de mandato. No caso de César Faria, a comissão processante instalada na Câmara havia deliberado por sua absolvição. O advogado de defesa Kissao Álvaro Thaís clamou aos vereadores para que mantivessem a decisão. – Esse homem teve a vida vasculhada por completo. Viram até seu Imposto de Renda e não acharam nada – afirmou. Após a manifestação da defesa, os parlamentares votaram as quatro denúncias. Se uma delas fosse aprovada o vereador seria cassado. Para aprovar eram necessários os votos de dois terços dos vereadores presentes na sessão. Os resultados das votações e as respectivas denúncias foram: Denúncia 1 – violar a utilização do mandato para práticas de corrupção ou improbidade administrativa. Neste ponto, foram 12 votos contrários, 4 favoráveis, 4 abstenções e uma ausência. Denúncia 2 – ter procedimento de modo incompatível com a dignidade da Câmara por faltar com a ética pública. Esta denúncia recebeu 10 votos contrários, 6 favoráveis, 4 abstenções, e uma ausência. Denúncia 3 – violar o Código de Ética que trata dos recursos públicos. 13 vereadores votaram contra este ponto, 4 foram favoráveis, 4 abstiveram-se, além da ausência do vereador Vanderlei Farias (PDT). Denúncia 4 – violar o uso do poder inerente ao mandato. Esta denúncia recebeu 11 votos contra, 7 a favor, 3 abstenções e uma ausência. Após a confirmação da manutenção do mandato, Faria abraçou colegas, familiares e correligionários que ocupavam as galerias do parlamento. – Durante esse tempo (desde a abertura da denúncia), os vereadores tiveram a oportunidade de conhecer mais a matéria, tiveram a percepção de que a nossa defesa está no caminho certo é que não há nenhuma forma de eu ser condenado por algo que eu não fiz. Claro que me sinto muito feliz — afirmou, completando que a sua defesa continuará na Justiça. Badeko também é absolvido Por volta de 21h30min, começou a deliberação sobre a possível cassação do vereador Marcos Espíndola, o Badeko (PHS). A comissão processante, cujo relator foi o vereador Lino Peres (PT), pediu a perda do mandato, mas assim como no caso de César Faria, houve absolvição nas quatro votações. O advogado de defesa de Badeko, Marcelo Gonzaga reforçou o argumento de que o vereador não responde por nenhum crime. — Eu desafio aqui qualquer vereador a dizer qual ação penal o vereador Badeko está respodendo nesse momento? Nenhuma. Dessa forma, como imputar fatos criminosos ao Badeko? Badekom sua família está sofrendo até hoje por causa disso. Vossa excelência não perderá cargo nenhum se seus pares votarem de acordo com a lei — declarou na tribuna. As votações das denúncias contra Badeko foram as seguintes: Denúncia 1 – violar a utilização do mandato para práticas de corrupção ou improbidade administrativa. Neste ponto, foram 10 votos favoráveis, sete contrários, 4 abstenções e uma ausência. Denúncia 2 – ter procedimento de modo incompatível com a dignidade da Câmara por faltar com a ética pública. Esta denúncia 7 votos contrários, 10 favoráveis, 4 abstenções e uma ausência. Denúncia 3 – violar o Código de Ética que trata dos recursos públicos. 9 vereadores foram favoráveis a este item, 7 contrários, 5 abstenções e uma ausência. Denúncia 4 – violar o uso do poder inerente ao mandato. Esta denúncia recebeu 10 votos a favor, 7 contra, 4 abstenções e uma ausência.
Fonte: G1 Desemprego fica em 11,2% no trimestre encerrado em abril, diz IBGE É a maior taxa de desocupação desde o início da pesquisa, em 2012. População de desempregados subiu para 11,4 milhões e bateu recorde. O desemprego ficou em 11,2% no trimestre encerrado em abril, segundo dados divulgados nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior já registrada pela série histórica do indicador, que teve início em janeiro de 2012. No trimestre anterior, de novembro de 2015 a janeiro de 2016, a desocupação havia ficado em 9,5% e, no mesmo período, de fevereiro a março de 2015, o havia atingido 8%. A taxa de desocupação trimestral está subindo há 17 meses consecutivos em comparação ao ano anterior, segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Para cada posto de trabalho que se perdeu, isso gerou duas procuras de trabalho em um ano”, afirmou. A Pnad entrevista 211 mil domicílios em 3.464 municípios e 15.756 setores do país. A população desocupada bateu os 11,4 milhões e atingiu o maior número da série. Em relação ao trimestre encerrado em janeiro, o contingente cresceu 18,6% e frente ao mesmo trimestre de 2015, subiu 42,1%. Se o número de desempregados aumenta, diminuiu o número de empregados. No trimestre encerrado em abril, a população ocupada somou 90,6 milhões de pessoas, indicando uma queda de de 1,1% sobre o trimestre anterior e de 1,7% sobre o mesmo período do ano passado - a maior baixa da série, segundo o IBGE. "Você perdeu 1,5 milhão de postos de trabalho e aumentou 3,4 milhões de pessoas à procura por emprego, explicou Azeredo. Dessa quantidade de pessoas que seguem empregadas, o número daqueles que estão no setor privado com carteira assinada também recuou: 1,8% em comparação com o trimestre anterior e 4,3% em relação ao trimestre encerrado em abril do ano anterior. “Antes, a perda de carteira era mais ou menos do tamanho do aumento do trabalho por conta própria. Isso não está acontecendo mais [nessa proporção], o conta própria está perdendo. Essa transferência continua acontecendo, mas de forma mais contida. E aí qual efeito colateral? É perda de postos de trabalho e aumenta a procura”, disse o coordenador do IBGE. Em meio à redução da oferta de vagas, aumentou em quase 5% a quantidade dos que decidem trabalhar por conta própria na comparação com o mesmo trimestre de 2015. Já em relação ao trimestre anterior, não houve variação significativa. O número de empregados caiu 7,7% sobre o ano passado e ficou estável diante do trimestre anterior, segundo o IBGE. Construção tem a maior queda Três grupamentos de atividade que apresentaram queda importante na ocupação, frente ao trimestre anterior: indústria (3,9%), comércio (1,7%) e construção (5,1%). Frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015, a ocupação aumentou em transporte, armazenagem e correio, 5,3%; serviços domésticos, 5,1% e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, 2,5%. Por outro lado, caiu em indústria geral (11,8%) e em informação, comunicação e atividades financeiras (7,8%). Salários O rendimento médio real recebido pelos que estão trabalhando chegou a R$ 1.962. Caiu em comparação com 2015 (3,3%), mas não variou muito sobre o trimestre anterior. Em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2016, somente o rendimento do setor de alojamento e alimentação teve variação "estatisticamente significativa" ao cair 7,1%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, caíram os salários dos trabalhadores da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-6,4%), além de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-4,6%).
Fonte: G1 'É absolutamente desnecessária', diz prefeito sobre greve de ônibus Paralisação do transporte público começou nesta terça-feira (31). Prefeito de Florianópolis menciona crise e faz apelo ao bom senso. O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior, avalia a greve do transporte urbano como desnecessária. Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina desta terça-feira (31), ele afirmou que a administração pedirá auxílio ao Ministério Público (MP) e Ministério Público do Trabalho (MPT) para chegar a um acordo com os grevistas. “Esta é uma greve absolutamente desnecessária, não havia necessidade de paralisar. Há um debate estabelecido, avançamos em relação a novos terminais, há mais espaço para transporte, há melhores condições para os moradores”, disse. Os trabalhadores do transporte público de Florianópolis votaram por entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta terça. Com isso, os ônibus não circulam na região metropolitana da capital catarinense. A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb) na noite desta segunda-feira (30). Apelo ao bom senso Conforme o prefeito, ainda nesta terça a greve deve ser encerrada. “A prefeitura está trabalhando, procurando minimizar os danos. Acreditamos que durante o dia será possível trazer os sindicatos para a realidade. Este é um momento de crise profunda no Brasil, é preciso que compreendamos que nem tudo que se almeja, que se sonha, será atendido, é um momento de ter bom senso”, alertou. Segundo o prefeito, a administração deve notificar e multar as linhas que não estiverem sendo executadas e procurar o MP e MPT para auxiliar na negociação com os trabalhadores. “Já se atingiu o percentual inflacionário com mais alguma coisa de vale, eu fiz uma proposta para não ter greve e imaginei que seria aceita, mas isso não aconteceu. Agora, vamos submeter esta proposta ao Poder Jucidiário para que possa avaliá-la. O fundamental neste momento é a prefeitura garantir pelo menos o transporte alternativo, um mínimo de circulação das pessoas”, declarou. Reivindicações Os trabalhadores reivindicam um aumento equivalente ao valor do Índice Nacional do Preço ao Consumidor (Inpc) de 9,83% mais 5%. Além disso, querem que o vale-refeição aumente de R$ 580 a R$ 725. Conforme o Sintraturb, o piso salarial para motorista atualmente é de R$ 2.010 e do cobrador é de R$ 1.210. Cerca de 4,5 mil trabalhadores atuam no transporte coletivo em Florianópolis, segundo o sindicato. Os grevistas estão concentrados na manhã desta terça-feira nas portas de garagem e na frente do Terminal de Integração do Centro (Ticen). "Os patrões ofereceram apenas o valor do Inpc, mas nós queremos outros benefícios", explicou o secretário de organização do Sintraturb Antônio Carlos Martins. Conforme o Sindicato das Empresas do Transporte de Florianópolis (Setuf), não há uma negociação em andamento para o fim da paralisação. O último encontro entre representantes dos trabalhadores e da classe patronal foi na segunda-feira e não houve acordo. Transporte alternativo Em nota, a Prefeitura de Florianópolis informou que preparou esquema para acionar o transporte alternativo, com vans escolares e de turismo. Esses veículos estarão em circulação das 5h à meia-noite de quarta (1) e sairão do Centro em direção aos bairros. Os preços são de R$ 6 para linhas curtas e R$ 7,50 para as longas. Confira abaixo as linhas do transporte alternativo: Ponto Continente – Recuo Terminal Rita Maria (R$ 6) Ponto Sul da Ilha – em frente ao Camelódromo Cidade de Florianópolis (Até o Trevo da Seta o valor é R$ 6, após é R$ 7,50) Ponto Norte da Ilha – em frente ao Camelódromo do Ticen (Até o Tisan é R$ 6, após o custo é de R$ 7,50) Ponto Leste da Ilha e Centro – embaixo da passarela do Terminal Rita Maria (saída Beira-Mar Norte) (Até início do Morro da Lagoa é R$ 6, após é R$ 7,50).
Fonte: Economia SC Déficit primário é o maior da história para o 1º quadrimestre A queda das receitas em meio ao crescimento de gastos obrigatórios fez o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar o maior déficit primário da história para o primeiro quadrimestre. De janeiro a abril, houve déficit acumulado de R$ 8,451 bilhões, o primeiro resultado negativo da história para o período. O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública. Apenas em abril, o Governo Central registrou superávit primário de R$ 9,751 bilhões. Desde o início da série histórica, em 1997, esse foi o 11º melhor resultado da história para o mês. Por causa do calendário de impostos, que inclui o pagamento da cota única do Imposto de Renda Pessoa Física, o mês de abril registra superávit primário. No ano passado, no entanto, o Governo Central tinha registrado superávit primário maior em abril, de R$ 10,069 bilhões. A queda da arrecadação provocada pelo agravamento da crise econômica continua a ser a principal causa do aumento do déficit primário em 2016. De janeiro a abril, as receitas líquidas caíram 5,5%, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em relação ao mesmo período do ano passado. Pressionadas pelos gastos obrigatórios, as despesas totais subiram 5,5% acima do IPCA no primeiro quadrimestre. Em abril, no entanto, os gastos caíram 6,4%, descontado o IPCA em relação a abril do ano passado. Os gastos com a Previdência Social subiram 4,8% além da inflação nos quatro primeiros meses do ano. As demais despesas obrigatórias cresceram 10%. Os gastos discricionários (não obrigatórios), no entanto, caíram 3,5%, descontado o IPCA. As despesas de custeio (gasto com a manutenção da máquina pública) caíram 8% de janeiro da abril. Os investimentos – gastos com obras públicas e compra de equipamentos – somaram R$ 19,617 bilhões, recuo de 7,9% também considerando a inflação oficial. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) totalizaram R$ 14,161 bilhões, queda de 3,4% descontada a inflação. Os investimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida somaram R$ 2,141 bilhões, retração real de 60,6%.
Fonte: Agência Brasil Bandeira tarifária das contas de luz será verde pelo terceiro mês A bandeira tarifária aplicada nas contas de energia elétrica em junho será a verde, ou seja, não haverá acréscimo de valor para os consumidores. Este é o terceiro mês seguido em que a bandeira definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é verde. A decisão foi tomada hoje (31), em reunião extraordinária da diretoria da agência. Segundo a Aneel, a manutenção da bandeira verde foi possível por causa do resultado positivo do período úmido, que recompôs os reservatórios das hidrelétricas. Além disso, houve o aumento de energia disponível com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico do país. Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro de 2016, a bandeira se manteve vermelha (com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos). Em março, passou para amarela (com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh) e, em abril e maio, a bandeira foi verde. O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado como forma de recompor os gastos extras das distribuidoras de energia com a compra de energia de usinas termelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade. Por exemplo, quando o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas está mais baixo, por causa da falta de chuvas, é preciso aumentar o uso de usinas termelétricas para garantir a energia necessária para o país. Como a energia gerada por termelétricas é mais cara, o custo da energia fica maior, e a bandeira tarifária passa a ser amarela ou vermelha. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste está atualmente em 56,6% de sua capacidade máxima. De acordo com a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que era incluído na conta de energia, sem acréscimo no reajuste tarifário anual das distribuidoras. Segundo a agência, a bandeira torna a conta de luz mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.
Fonte: Exame Governo vai propor desconto de 60% na dívida dos Estados Brasília - Os governadores de Estados querem parar de pagar, por um período de dois anos, suas dívidas com a União, mas o que o governo federal vai oferecer a eles, em uma reunião marcada para amanhã, é um desconto de 60% nas parcelas da dívida até o fim deste ano. A proposta é uma espécie de armistício na disputa que os Estados e o governo federal travam em torno da questão dos débitos. As dívidas dos Estados vêm crescendo de forma consistente nos últimos anos, mas a situação ficou mais grave a partir do ano passado. Com a queda das receitas, por conta da crise econômica, muitos Estados se viram sem recursos até para pagar salários. E foram pedir ajuda ao governo federal. O governo de Dilma Rousseff costurou um acordo, que previa um desconto de 40% nas parcelas mensais por um período de dois anos e um alongamento de 20 anos no prazos de pagamento. Mas, em contrapartida, os Estados teriam, entre outras coisas, de cortar gastos e ficariam proibidos de contrair novos empréstimos. Os governadores consideraram essas contrapartidas duras demais, o que inviabilizava o acordo. Por isso, o que a equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, propõe agora é um acordo emergencial, que tem chances de ser aprovado rapidamente no Congresso. A pressa decorre do prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que Estados e União se entendam sobre a disputa em torno da reestruturação das dívidas e recálculo do passivos dos governos regionais. Em 27 de abril, o STF deu 60 dias para que as partes negociassem e manteve a validade de liminares que garantem aos Estados a suspensão do pagamento mensal da dívida. A União deixa de receber por mês R$ 3 bilhões com as liminares. Pelos cálculos do governo, o desconto proposto agora traria um impacto negativo de R$ 12 bilhões até o fim do ano. Este valor não leva em conta dívidas com o BNDES. Conversas Aprovado o desconto de 60% nas dívidas, as duas partes passariam a negociar as medidas de reestruturação dos débitos. Segundo um integrante da equipe econômica, a medida "resolve o curto prazo, que é emergencial". Mas ele reconhece que a pressão é grande pela suspensão temporária de toda a parcela. Henrique Meirelles já disse que a negociação com os Estados seria "dura" e não revelou os números das estimativas de impacto do programa de socorro nas contas do setor público. As negociações começam nesta quarta-feira com os secretários de Fazenda. Depois, está prevista uma reunião com os governadores. Para a secretária de Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão, o acordo emergencial é positivo porque, se as liminares do STF caírem, os Estados terão de pagar o saldo em atraso imediatamente. Ela ponderou que depois será preciso resolver os problemas estruturais, porque, do contrário, a crise vai continuar. Ela previu uma "queda de braço" dura, porque o desconto de 60% não resolve o problema de curto prazo de muitos Estados. "Os Estados querem 100% de desconto e o maior prazo possível de carência. O importante é encontrar um denominador comum, nem tanto ao mar e nem tanto à terra", disse Ana Carla, que acredita que a oferta do governo é estratégia de negociação. Para o coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária, André Horta, secretário do Rio Grande do Norte, a oferta não resolve o problema dos Estados com maior dificuldade, como Rio, Minas, Rio Grande do Sul, Alagoas e São Paulo. Para o secretário de Fazenda de São Paulo, Renato Villela o prazo de carência de dois anos é "muito", mas vários Estados vão insistir no pedido. "Nossa maior preocupação é com a consistência do pacote como um todo. Isto é, com as contrapartidas em termos de redução de gasto", disse.
Fonte: Exame Dólar cai 0,92% e volta abaixo de R$3,60 com baixo volume São Paulo - O dólar fechou em queda de quase 1 por cento e voltou abaixo de 3,60 reais nesta segunda-feira, após o superávit primário do governo central superar de longe as expectativas de analistas em abril, em sessão marcada por baixo volume de negócios devido a feriado nos Estados Unidos. O dólar recuou 0,92 por cento, a 3,5779 reais na venda, após chegar a 3,6171 reais na máxima e 3,5739 reais na mínima do dia. A moeda norte-americana havia subido 0,38 por cento na sessão passada e voltado a superar 3,60 reais. O dólar futuro caía cerca de 0,7 por cento. Foram negociados cerca de 160 mil contratos, bem abaixo da média diária de pouco mais de 300 mil apurada em abril. "No meio de tantas notícias ruins, é bom ter uma novidade positiva no que tange ao fiscal", disse o superintendente de derivativos da corretora de um banco nacional. "Não é como se todos os problemas tivessem desaparecido, mas em um dia mais vazio como hoje acaba servindo de motivo para os mercados melhorarem", acrescentou. O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de 9,751 bilhões de reais em abril, bem acima do saldo positivo de 600 milhões de reais projetado por analistas em pesquisa da Reuters. O dado ajudou a moeda norte-americana a ampliar a queda frente ao real, após alternar entre leves altas e baixas durante toda a primeira metade da sessão em meio à liquidez reduzida. Os mercados norte-americanos não abriram nesta segunda-feira devido ao feriado de "Memorial Day". "Com os EUA parados, o mercado aqui fica bem devagar", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa. Operadores afirmaram que os negócios foram influenciados também pela briga pela Ptax de maio, taxa calculada pelo BC no último pregão do mês, na terça-feira, que serve de referência para diversos contratos cambiais. Conforme se aproxima o fim do mês, investidores costumam disputar para deslocar as cotações a patamares favoráveis a suas posições. Olhando para prazos mais longos, operadores afirmavam que o dólar tende a se fortalecer em nível global nos próximos meses conforme ficar mais claro que o Federal Reserve, banco central dos EUA, deve elevar o juro mais cedo. Isso pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados. No Brasil, o movimento deve ser influenciado também pelo cenário político, com muitos agentes financeiros evitando assumir riscos diante da perspectiva de que o governo do presidente interino Michel Temer enfrente dificuldades para aprovar no Congresso Nacional medidas de austeridade fiscal. Esses temores políticos têm sido acentuados, nas últimas semanas, por uma série de notícias sugerindo que figuras importantes do PMDB e do próprio governo Temer se oporiam às investigações da operação Lava Jato. Na semana passada, isso resultou na exoneração do então ministro do Planejamento, o senador peemedebista Romero Jucá (RR). "Não vejo o dólar voltando para abaixo de 3,50 reais tão cedo", disse o operador Glauber Romano, da corretora Intercam. A moeda norte-americana chegou a flertar com níveis mais baixos do que 3,50 reais ao longo das últimas semanas, mas o Banco Central brasileiro frequentemente aproveitou a ocasião para intervir no câmbio. Alguns operadores acreditam que a autoridade monetária teria como objetivo combater a fraqueza do dólar para proteger as exportações, apesar do impacto inflacionário da alta da moeda dos EUA. O BC não realizou qualquer intervenção cambial nesta sessão, mantendo-se ausente pela sétima sessão consecutiva, período em que a divisa norte-americana se firmou acima desse patamar.
Fonte: Exame Crise do Brasil afetará PIB do país, diz ministro argentino Madri - A atual crise vivida pelo Brasil, com um governo interino e uma desaceleração econômica, vai provocar uma queda de 1,5 ponto percentual no crescimento da Argentina neste ano, afirmou nesta terça-feira o ministro da Fazenda e de Finanças Públicas do país, Alfonso Prat-Gay. "O Brasil pode determinar se nós crescemos ou caímos", disse Prat-Gay, durante sua participação em um evento organizado pela Agência Efe e a Casa da América em Madrid, ao lado do ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos. No cargo desde dezembro do ano passado, Prat-Gay declarou que no mundo atual, "muito incerto", é necessário muito diálogo. "A Argentina quer fazer parte do diálogo, não do problema, como até agora", disse em alusão ao anterior governo de Cristina Kirchner. O ministro argentino apresentou as possibilidades que seu país oferece para investidores espanhóis e repetiu a incumbência dada pelo presidente Mauricio Macri antes dele viajar para a Espanha: "avisar que se apressem para investir na Argentina", disse. "Se tiver investimento e criação de emprego, serão bem-vindos", declarou Prat-Gay. O ministro ofereceu como garantia a nova política de seu governo, no poder desde o final do ano passado, disposto a assumir seus compromissos internacionais e a saldar as dívidas contraídas. "Para termos credibilidade precisamos cumprir com nossas dívidas e com as sentenças", afirmou, em referência ao acordo entre o governo argentino e seus credores que aconteceu em Nova York. Ele também falou da tarefa de seu governo para combater a inflação e reduzir o déficit, ao mesmo tempo em que procura melhorar a situação das camadas mais vulneráveis da sociedade. Prat-Gay insistiu que o objetivo é chegar em 2019 com uma inflação de 5%, contra 25% prevista para este ano, assim como descer o déficit um ponto do PIB, em um momento no qual a economia não está crescendo. Presidente do Banco Central da Argentina entre 2002 e 2004, Prat-Gay defendeu a independência "de fato" da instituição e insistiu que as metas de inflação são definidas pelo governo e executadas pelo Banco Central. "Nós gostaríamos de baixar os impostos no futuro", antecipou, mas "não enquanto a economia não cresça fortemente", especificou.

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