Clipping Diário - 30/06/2014
Publicado em 30/06/2014
Clipping Diário - 30/06/2014
11 horas de tensão Moradores de Arvoredo viveram momentos de medo entre a tarde de sexta-feira até a madrugada de sábado quando cidade corria o risco de ficar debaixo d’água Na manhã de ontem, Beatriz Curtarelli finalizou a limpeza da casa, o produtor rural Neuri Borsatto recolheu o último porco que tinha soltado na sexta-feira, Renan Cauduro brincou com a calopsita Zico e o empresário Lírio Pértile assou um churrasco a menos de 30 metros do Lajeado Leão, córrego que passa nos fundos de sua casa. Os quatro moradores de Arvoredo, no Oeste do Estado, tentavam retomar a rotina após viverem 11 horas de tensão entre a tarde de sexta-feira e a de sábado, desde que uma barragem na vizinha Ponte Serrada rompeu devido ao volume das chuvas e os bombeiros recomendaram a saída do município. A previsão não se confirmou porque, segundo o major Walter Parizzoto, comandante dos Bombeiros de Xanxerê, a água foi perdendo a velocidade com as curvas do rio e também nos lagos das outras pequenas hidrelétricas do rio Irani. Mas o alerta para a invasão da água que poderia alcançar três metros entrou para a história dos 2,1 mil habitantes do município. Beatriz lembra que era início da tarde de sexta-feira, quando chegou o filho Eric, às pressas, dizendo que era preciso correr pois uma barragem havia “estourado”. A barragem a que ele se referia era a de Vaccaro, em Ponte Serrada. A primeira informação era de que a água chegaria na cidade em quatro horas. – Ficamos em pânico. A gente não sabia o que fazer – disse Ana Alice Borsatto, que mora a 500 metros da barragem da Pequena Central Hidrelétrica (PCH), Arvoredo. Um funcionário da família saiu correndo para casa. Ela ligou para o marido, Neuri Borsatto, que voltava de Chapecó. Quando ele chegou, a primeira ação foi soltar os porcos que estavam num chiqueiro que fica na área mais baixa e recolher os leitões. Cerca de 500 filhotes foram colocados no salão de festa da família. Destes, 20 (com poucos dias de vida) não resistiram. Depois, Ana só pegou os documentos, dois travesseiros e algumas roupas e correu com os familiares para a casa de um cunhado. Informação chegou rapidamente A professora Elaine Cauduro estava na Secretaria de Educação quando avisaram do risco de inundação. Ela mora numa das partes mais baixas da cidade. Roger, de 17 anos, estava cochilando no sofá e Renan, de nove anos, estava vendo televisão. Ela avisou os filhos do risco e começaram a retirar as roupas e levar para a casa do cunhado, que mora em uma área mais elevada. Renan correu para socorrer seu animal de estimação, a Calopsita Zico, que ganhou dos pais no Dia das Crianças, no ano passado. Depois, voltou para pegar uma imagem de Santo Expedito, que fica numa capelinha no jardim, próximo ao Rio Lajeado Leão. De casa, Elaine via a aglomeração de bombeiros na Prefeitura, com barcos, macacões de mergulho. Nas redes sociais começou a circular boatos de que mais uma barragem havia estourado em Ponte Serrada e que as PCHs no rio Irani, que passa em Arvoredo, também corriam o risco de romper, o que aumentava o pânico da população. – Quando vimos tudo aquilo pensamos no pior– estava um tumulto, lembra. Enquanto isso o marido de Beatriz Curtarelli, Nelson, tentava tirar o Fusca da garagem. O carro não pegou. Ele tentou empurrar ladeira abaixo e não pegou novamente. Então ele pegou uma corda e amarrou no para-choque do carro e numa goiabeira de apenas 1,5 metro. Ele e a mulher foram para uma escola municipal, onde esperavam mais notícias. Por volta das 18 horas já começaram a surgir informações de que a água chegaria somente por volta das 22h. Aos poucos as informações repassadas pela Defesa Civil e bombeiros, num quartel-general montado na prefeitura foram acalmando a população. Mas muitos que até nem moravam próximo do rio, ficaram acordados. A Polícia Militar tinha que retirar as pessoas que iam até a beira do rio Irani ou na ponte do afluente Lajeado Leão. Por volta das 1h20min a água começou a alagar a rua Rio Branco. O nível chegou a apenas 80 centímetros sobre o asfalto. Aliviadas, as 27 famílias retiradas começaram a voltar para a casa. Mas alguns, como Beatriz, não conseguiram dormir. O secretário de Defesa Civil do Estado, Rodrigo Moratelli, disse que a ação preventiva foi realizada de modo a prever o pior cenário, com inundação de até três metros de profundidade na cidade. darci.debona@diario.com.br DARCI DEBONA | ARVOREDO Fonte: Diário Catarinense – Reportagem Especial – 30-06 Caos maior é evitado com ações do Estado Com pelo menos 500 pessoas desalojadas e mais de 80 estabelecimentos desocupados no Centro, Itapiranga, no Extremo-Oeste, é uma das cidades catarinenses mais afetadas pelas chuvas. No sábado, o rio Uruguai, que separa o município do Rio Grande do Sul, alcançou a maior marca já registrada na região desde 1983. A água começou a atingir as primeiras casas na noite de quarta-feira. No pico da enchente, por volta de 20h30min de sábado, o rio chegou a 14,59 metros – normalmente, o nível fica entre três e quatro metros. Em 1983, não havia registros oficiais, mas moradores acreditam que o rio tenha ultrapassado os 15 metros. – Daquela vez foi muito mais caótico, as pessoas não tinham informações sobre o que estava acontecendo e as autoridades não conseguiam medir com precisão o tamanho do problema – relembra Leoni Sulzdacher, funcionária da prefeitura do município desde aquela época. Um comando de emergência foi montado no quartel dos bombeiros. Reforços da Polícia Militar foram enviados para a cidade para ajudar a monitorar o cenário e conter possíveis saques. Embora a prefeitura tenha agilizado um sistema de abrigos, não foi necessário utilizá-los. O coordenador municipal da Defesa Civil, Tiago Bieger, explica que a maior parte dos moradores atingidos buscou hospedagem em casas de amigos ou parentes. Rio começa a baixar e mutirão de limpeza é iniciado Na manhã de ontem, o rio começou a baixar e a Avenida Beira-Rio, uma das principais vias da cidade, se tornou um grande lamaçal. Tratores trabalharam na região até o fim da tarde para retirar o barro da pista. Quando os moradores começaram a retornar às casas, mesmo quem conseguiu tirar os pertences a tempo calculava grandes prejuízos. Selvino Boni, 47 anos, foi duplamente prejudicado: além de casa, que ficou 1,5 metro abaixo da água, o bar que lhe serve de sustento ficará fora de uso por algum tempo. A pequena residência de madeira de Boni só não foi arrastada pela água porque vizinhos o ajudaram a amarrá-la em árvores. – A água subiu quase um metro por hora, não achei que fosse acontecer tão rápido. Contra a natureza é que não podemos ir. Nós, seres humanos, é que temos que aprender a prevenir este tipo de situação – disse. Agora, o principal problema em Itapiranga é o abastecimento de água, cortado desde que a maior estação de tratamento da cidade foi tomado pelo rio. A previsão é de que a situação se normalize na terça-feira. Além disso, os dois postos de saúde de Itapiranga e um laboratório de exames foram esvaziados pela prefeitura e ainda estão fechados. No momento, não há nenhum serviço público de saúde funcionando normalmente. – A infraestrutura da cidade está completamente deficitária – analisa o prefeito Milton Simon. gabriel.rosa@diario.com.br GABRIEL ROSA | ITAPIRANGA Fonte: Diário Catarinense – Reportagem Especial – 30-06 DEPOIS DO temporal População começa a voltar para casa nas cidades atingidas por chuvas que despertaram a atenção da Nasa A chuvarada dessa semana em Santa Catarina chamou a atenção até da Nasa. A Defesa Civil do Estado divulgou que, de acordo com a análise do satélite TRMM (Tropical Rainfall Measuring Mission), lançado em 1997 pela agência espacial norte-americana, o volume de chuvas registrado no Estado foi o segundo maior do mundo na semana que passou. Os maiores volumes de chuva em SC foram no Extremo-Oeste, numa região que não era atingida por grandes enchentes desde 1983. Ao total, 39 cidades catarinenses foram afetadas – algumas ainda estão submersas – mais de 41,7 mil pessoas não têm como voltar para casa. O satélite TRMM é amparado por 7.482 estações meteorológicas em todos os continentes. O maior acúmulo registrado na semana foi em Scoresbysund, na Groenlândia, onde choveu 255 milímetros em 24 horas. Em Santa Catarina, a chuva não deu trégua por 151 horas. A enxurrada destruiu plantações em Mondaí – a mais atingida, com 452 mm de água –, em Chapecó (421mm) e Joaçaba (345mm). Nos últimos oito meses, houve alagamentos em todas as regiões de Santa Catarina. Em Rio do Oeste, esta é a segunda enchente de junho. Apesar do fim das chuvas há deslizamentos no Oeste e no Meio-Oeste. No Alto Vale do Itajaí, a barragem oeste subiu quase 20 metros acima do barramento e sete comportas estão fechadas para controlar a fúria do rio. Em Rio do Sul, mesmo sem chover no domingo, o rio se manteve com 10 metros. Em Taió, com 9 metros e, em Blumenau, 8 metros. Em Itapiranga, no Extremo- Oeste, o rio Uruguai subiu quase 15 metros. O Alertablu, sistema de monitoramento e alertas de Blumenau, informou que a barragem de Ituporanga trabalha com 98,17% da capacidade. Se chegar aos 29 metros, a água verte. A barragem de Taió está com 94% da capacidade. Dos municípios atingidos, 15 decretaram estado oficial de emergência: Joaçaba, Palmitos, Itapiranga, Videira, Herval do Oeste, Capinzal, Presidente Castelo Branco, Lageado Grande, Piratuba, Planalto Alegre, Irá, Irani, Rio do Sul e Cordilheira Alta. Em Arvoredo, 23 famílias que vivem ao redor dos rios Irani e Lajeado Leão deixaram suas casas na sexta-feira, após rompimento da barragem em Ponte Serrada. A força das águas, porém, diminuiu no percurso e o susto foi maior que os danos. O trabalho de prevenção da Defesa Civil contou com apoio de 25 bombeiros. Ontem, os bombeiros faziam buscas a dois homens que desapareceram no sábado à tarde no rio Canoas, em Correia Pinto, na Serra. João Pedro Costa Soares, de 63 anos, e o filho Roberto Bacher Soares, 36, estavam em um barco que virou. reportagem@diario.com.br ALINE TORRES, DAISY TROMBETTA, DARCI DEBONA E PABLO GOMES Fonte: Diário Catarinense – Reportagem Especial – 30-06 Para virar o jogo da economia é preciso investir Os líderes do PIB industrial catarinense se reuniram na manhã de ontem na sede da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) em torno dos homenageados com as medalhas do Mérito Industrial da entidade catarinense e da CNI. Apesar do momento festivo, a queixa, nos corredores, é que a economia brasileira desacelerou. Para virar o jogo, é preciso investir mais, disseram os empresários. O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, disse que o setor industrial continua investindo e confiante no seu negócio. Ele avalia que os governos, especialmente o federal, deveria investir mais e retirar os entraves que impedem a execução de projetos. Côrte avalia que o vencedor (a) da eleição presidencial de outubro deve focar nisso.O empresário Décio da Silva, presidente do conselho do grupo WEG, afirmou que para a economia brasileira voltar a crescer de forma sustentável é preciso aumentar, rapidamente, a taxa de investimentos, tanto na esfera pública quanto na privada. Frank Bollmann, presidente do grupo Tuper, de São Bento do Sul, que recebeu a Ordem do Mérito Industrial da CNI, afirmou que há projetos de infraestrutura no país, mas o setor, este ano, ainda não mostrou a que veio. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 28-06 CASTIGADOS PELO AGUACEIRO Um município inteiro à mercê da espera sem fim A apreensão tomou conta da população de Arvoredo, às margens do rio Irani, quando chegou a notícia de que uma barragem havia estourado em Ponte Serrada e que a água poderia invadir a cidade, no Oeste do Estado. Desde as 14 h de ontem, quando ocorreu o rompimento da barragem Vaccaro, os 2,2 mil moradores viveram momentos de pânico. Primeiro foi a correria. Era preciso retirar o que desse de casa. Erguer móveis e procurar locais para abrigar os familiares. Depois foi a vez da espera. O primeiro indicativo era de que a água poderia chegar a Arvoredo num prazo de duas a quatro horas, o que causou uma sensação generalizada de insegurança. A previsão inicial não se confirmou, embora a água estivesse, sim, a caminho do município. Mais tarde, nova informação: a onda de lama, água e destroços deveria aparecer por lá só à noite. A prefeitura não perdeu tempo. Alertou a população logo cedo. – Quando recebemos a informação, por volta das 14h30min, avisamos as pessoas – relatou o vice-prefeito Airton Cauduro. Teve início então a evacuação de algumas regiões de Arvoredo. Cerca de 200 pessoas deixaram suas casas. – No início foi um pânico – contou Loreno Scartezini, de 53 anos, que mora a 40 metros do rio Irani. A parede do bar é de madeira, mas uma base de tijolos revela: no passado o rio Irani já esteve ali. Foi na enchente de 1990, última vez que a água entrou no estabelecimento de Ari Somensi. Isso após uma trégua de sete anos; o mesmo havia ocorrido em 1983. Ontem, Somensi usou a experiência. Tratou de erguer sofás, colchões e cadeiras. A água oriunda da barragem de Ponte Serrada passou por três lagos de pequenas centrais hidrelétricas a caminho de Arvoredo. Mas até o fechamento desta edição, às 22h, a cidade ainda não havia sido atingida. DARCI DEBONA | ARVOREDO Fonte: Diário Catarinense – Geral – 28-06 Consequências severas Em toda a região Oeste catarinense, a água ultrapassa pontes e provoca pior enchente desde 1983 Desde 1983 não se via subir tanto o nível o rio Uruguai, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A imagem das águas encostando e até passando sobre as pontes que ligam os dois Estados trazem lembrança aos moradores da maior enchente, que devastou a região há 31 anos. Desde a última quarta-feira, grande volume de chuvas cai sobre o Meio-Oeste e o Oeste catarinense. O rio Uruguai estava 14,5 metros acima do nível normal no fim da tarde de ontem e as águas invadiram rapidamente o município de Itapiranga, um dos mais atingidos. Cerca de 100 famílias, um total de 500 pessoas, estão desalojadas, abrigadas em casas de parentes e ginásios. A Ponte do Goio-Ên, também sobre o rio Uruguai, que liga Chapecó ao município gaúcho de Nonoai, ficou interditada na quinta-feira, mas foi reaberta na manhã de ontem. Já a ponte entre Herval Grande (SC) e Erechim (RS) continua interditada por causa do nível do rio. De acordo com a Defesa Civil catarinense, as cidades mais impactadas até o momento são Itapiranga e Águas de Chapecó, que foram alagadas pelo rio Uruguai, e Joaçaba e Jaborá, atingidas pelo rio do Peixe. Em Itapiranga, cidade com 16 mil habitantes, a avenida Beira Rio foi inundada e os estragos atingiram pelo menos 50 estabelecimentos comerciais e dois postos de saúde. Parte da prefeitura da cidade também ficou alagada, assim como o trevo que leva ao município. O único acesso é um desvio pelo bairro Bela Vista. Não há ligação com comunidades do interior, como Linha Becker e o distrito de Sede Capela. O prefeito, Milton Simon, informou que o município está mobilizado para ajudar as famílias atingidas. O secretário de Defesa Civil de Santa Catarina, Rodrigo Moratelli, esteve em Itapiranga ontem. – É uma situação severa mas a nossa percepção é de que os municípios e a Defesa Civil estão conseguindo atender as famílias – avaliou. Moradores deixam as casas preventivamente Em Joaçaba, onde a situação do rio do Peixe é crítica e o alerta permanece redobrado, não havia famílias desalojadas ontem. Dezenas de pessoas precisaram abandonar as casas por precaução. Como deve continuar chovendo, as equipes da Defesa Civil seguem nas ruas por tempo indeterminado dando apoio e monitorando possíveis riscos para a população. monica.foltran@diario.com.br MÔNICA FOLTRAN Reflexos AULAS SUSPENSAS Alunos das escolas da rede pública estadual de 64 cidades catarinenses não tiveram aula ontem, devido às fortes chuvas das últimas 72 horas. As escolas não foram atingidas mas, para a segurança de alunos e funcionários e pela escassez de transporte, as atividades escolares estão suspensas. BACIA DO RIO DO PEIXE Os níveis dos rios Peixe e Uruguai passaram da cota de emergência causando inundações em pelo menos 10 municípios do Oeste, Meio-Oeste e Extremo-Oeste. XANXERÊ De acordo com o Corpo de Bombeiros, a preocupação maior está na barragem de Vargem Bonita, na Pequena Central Hidrelétrica de Flor do Mato, que ontem transbordou e vertia água 90 cm acima da contenção. Engenheiros, Defesa Civil e Bombeiros de Xanxerê monitoram a vazão. HIDRELÉTRICA DE ITÁ Ontem o volume liberado pelas comportas havia reduzido, de 20,5 mil metros cúbicos por segundo para 16,3 mil metros cúbicos por segundo. Mas ainda havia preocupação com o volume de chuvas no Meio-Oeste, o que interfere no volume de água recebido pelo rio Uruguai. CAPINZAL Pelo menos 70 empresas registraram prejuízos após os alagamentos. A unidade da Brasil Foods da cidade também suspendeu o abate de aves ontem. Parte do Centro ficou alagado e algumas lojas permanecem fechadas. Equipes da Defesa Civil estão nas ruas auxiliando os moradores. JOAÇABA Como a situação do Rio do Peixe é crítica, o alerta permanece e moradores deixaram as casas ontem por precaução. Em Herval d’Oeste e Luzerna a situação era estável, com algumas famílias fora de casa por precaução. ALTO VALE DO ITAJAÍ A Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Taió emitiu alerta de inundação. A orientação é de que a população que reside nas áreas baixas, atingidas pela cota de nove metros, retire os pertences e deixe as residências. ÁGUAS DE CHAPECÓ Em Águas de Chapecó, cerca de 700 pessoas foram atingidas, 200 estão abrigadas em uma escola e 500 moradores estão desalojados, abrigados nas casas de familiares. Em Balneário do Pratas, em São Carlos, cerca de 70 casas foram alagadas e 150 pessoas estão abrigados na escola municipal de Águas de Chapecó. O rio Chapecó, que cruza a cidade, subiu 12 metros acima do nível normal ontem. LAGES A Defesa Civil do município monitora os níveis dos rios Carahá e Caveiras. Cerca de 10 bairros podem ser alagados e são monitorados pela Defesa Civil. As comunidades mais vulneráveis à enchente no Carahá são Centro, Guadalupe, Sagrado Coração de Jesus, São Cristóvão, Vila Nova, Universitário, Habitação, Caça e Tiro, Várzea e Bom Jesus. Fonte: Diário Catarinense – Geral – 28-06 Papo rápido - Adriano Carlos Ribeiro, Coordenador de governança do Conselho Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis (Comdes) Por que os municípios da Grande Florianópolis têm tanta resistência em aderir ao projeto da região metropolitana? É a diferença do olhar dos políticos, que focam em quatro anos, enquanto a sociedade clama para uma visão de longo prazo. A criação da autarquia prevê uma estrutura enxuta, tendo uma visão sistêmica das necessidades de gestão focada para o planejamento e ações conjuntas de temas que estão afetando as cidades conurbadas. O desafio inicial é elaborar o plano diretor metropolitano, identificando as fontes de recursos e gerenciamento de ações entre os municípios. Tendo os eixos de ações: mobilidade, resíduos, captação de água, uso do solo. Aqui reside o maior receio dos prefeitos, perder poder de ação, por isso aconteceu o distanciamento para formatação deste projeto. O que eles não visualizam é que terão sim maior arco de ação. Qual o risco que se corre a médio e longo prazo por esta demora em elaborar um planejamento estratégico? A imediata instalação da RM é enfrentar problemas urgentes, como o recolhimento e destino final dos resíduos sólidos. Integrar os modais de transportes entre os municípios, pensando de forma conjunta a questão da imobilidade ora reinante. Quanto mais atrasar este planejamento dos eixos citados acima, maior será o custo, tanto em dinheiro como qualidade de vida, para a sociedade. A dúvida que fica é saber a quem interessa pagar mais caro para resolver problemas tão cruciais para nossas cidades? Estamos na iminência do colapso dos serviços públicos na Grande Florianópolis, por isso a importância da participação da sociedade civil neste processo. Fonte: Diário Catarinense – Visor – 29-06 DETALHES Que ninguém fale em Copa para a maioria dos lojistas de shoppings em SC. Por causa da competição, suas vendas têm sido baixas, embora esperadas. Mas não tanto como vem acontecendo nos últimos 15 dias. Fonte: Coluna do Raul Sartori – 29-06 Número de novas empresas fica estável em maio Foram criados 162.781 novos empreendimentos no Brasil em maio deste ano, mantendo a estabilidade em relação ao mês anterior, quando foram registradas 163.023 novas empresas. Os dados são de pesquisa do Serasa Experian. O decréscimo foi de apenas 0,1%, mantendo um patamar estável. O número de empresas criadas em abril deste ano atingiu o maior valor da série histórica, iniciada em 2010, para um mês de abril. O bom ritmo mostra que a Copa do Mundo não inibiu as atividades no setor. Ainda segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, entre janeiro e maio de 2014 o total de novos empreendimentos criados dentro do território nacional foi de 795.328. Este número representa um avanço de 5,2% frente ao total de novas empresas surgidas durante o mesmo período de 2013 (756.137), sendo também maior que os totais registrados durante os mesmos meses de 2012 (748.985), 2011 (642.097) e 2010 (575.247 novas empresas) As Empresas Individuais registraram o maior crescimento (9,8%), com a criação de 17.296 empresas contra 15.759 em relação ao mês anterior. As Sociedades Limitadas ficaram em segundo lugar no quesito crescimento (7%), com 20.707. Já o segmento dos Microempreendedores Individuais teve uma pequena queda de 2,6%, com o nascimento de 115.497 empresas em maio. Segundo o levantamento, das 795.328 novas empresas criadas entre janeiro e maio de 2014, 72,1% (573.507) foram de Microempreendedores Individuais (MEIs), 10,2% (80.741) de Empresas Individuais, 12% (95.457) de Sociedades Limitadas e 5,7% do total (45.623) são empresas de outras naturezas jurídicas. Regiões O Sudeste registrou o maior número de empresas – 402.144 – abertas nos primeiros cinco meses de 2014, com 50,6% do total. A Região Nordeste ocupou o segundo lugar, com 18,1% (143.622 empresas). A Região Sul ficou em terceiro lugar, com 16,3% de participação e 129.899 novas empresas. O Centro-Oeste registrou a abertura de 76.841 empresas e foi responsável por 9,7% de participação, seguido pela Região Norte, com 42.823 novas empresas e 5,4% do total de empreendimentos inaugurados. Setores Os empresários continuam mais interessados no setor de serviços, que recebeu de janeiro a maio de 2014, 468.863 novas empresas, o equivalente a 59% do total. Em seguida, surgiram 248.456 empresas comerciais (31,2% do total) e, no setor industrial, foram abertas 66.516 empresas (8,4% do total) neste mesmo período. Ao longo destes últimos cinco anos, verificou-se um crescimento na participação das empresas de serviços no total de empresas que nascem no país. Esta participação aumentou 5,9 pontos percentuais entre os cinco primeiros meses de 2010 (53,1% do total) e o mesmo período de 2014 (59,0% do total). Por outro lado, a participação do setor comercial de empresas que surgem no país tem recuado nestes últimos anos (de 35,3% entre janeiro e maio de 2010 para 31,2% no mesmo período de 2014), ao passo que a participação das novas empresas industriais se mantém estável. Fonte: Economia SC – 30-06 Economistas reduzem perspectiva para expansão do PIB em 2014 a 1,10% Economistas de instituições financeiras reduziram a perspectiva de crescimento da economia brasileira neste ano pela quinta semana seguida, vendo expansão de pouco mais de 1 por cento, depois de o Banco Central ter piorado seu cenário. Pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira mostrou que a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi reduzida a 1,10 por cento, 0,06 ponto percentual a menos do que na pesquisa anterior. Para 2015, a estimativa foi cortada em 0,10 ponto percentual, para 1,50 por cento, na sexta vez seguida de piora da perspectiva.Na semana passada, em seu Relatório Trimestral de Inflação, o Banco Central reduziu a projeção de crescimento do PIB brasileiro de 2014 a 1,6 por cento, ante 2,0 por cento.[nL2N0P716A] Ao mesmo tempo, piorou suas contas sobre a inflação neste ano e no próximo, mas argumentou que à frente ela entrará em convergência para a meta. O BC vê que o IPCA subirá 6,4 por cento neste ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 6,1 por cento, praticamente no teto da meta de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais. No Focus, a mediana das estimativas para alta do IPCA neste ano permaneceu em 6,46 por cento. O Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, também não modificou sua perspectiva para 2014, de 6,33 por cento.Para os próximos 12 meses, a estimativa permaneceu em 5,91 por cento. JUROS Já sobre a política monetária, o BC reforçou com o Relatório de Inflação a ideia de que não deve mexer na taxa básica de juros tão cedo. Boa parte dos especialistas veem isso como consequência da preocupação do BC de não afetar ainda mais a atividade. No Focus, os economistas mantiveram pela quarta semana a perspectiva de que a Selic não será elevada novamente este ano, encerrando no atual patamar de 11,00 por cento. Para eles, a Selic só voltará a ser elevada novamente em janeiro de 2015, em 0,25 ponto percentual, perspectiva inalterada ante a semana anterior. O Top 5 de médio prazo, também vê a taxa básica de juros em 11,00 por cento este ano, sem alteração ante a pesquisa anterior. (Por Camila Moreira) Fonte: O Estado de São Paulo – 30-06 Venda de TVs para a Copa foi menor do que o esperado MÁRCIA DE CHIARA - O ESTADO DE S. PAULO Descasamento entre produção e vendas explica guerra de preços que ocorre hoje no varejo para queimar estoques A indústria superestimou a produção de televisores para a Copa do Mundo. O varejo reforçou os estoques e o consumidor está comprando uma TV nova, porém num ritmo inferior ao avanço da produção. Esse descompasso explica a guerra de preços que ocorre hoje no varejo e a corrida das grandes redes de lojas para se livrar dos estoques antes do fim da Copa. Entre janeiro e abril, foram produzidos 5,6 milhões de televisores de LED na Zona Franca de Manaus, apontam dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus. Essa quantidade de TVs é 65,1% maior em relação ao fabricado no mesmo período do ano passado. De acordo a própria indústria, as vendas para o consumidor aumentaram entre 30% e 40% nos últimos meses na comparação anual. Isso significa que existe uma sobra de produto no varejo. Prova disso é que os fabricantes anteciparam as férias coletivas de dezembro para a primeira quinzena de junho e encerraram o expediente de produção de TVs para a Copa. “Não vamos comprar TVs nos próximos 30 dias”, diz um executivo de uma grande rede de varejo que prefere não ser identificado. Ele afirma que as suas metas de vendas estão sendo cumpridas. Mas o fato de a rede varejista não pretender voltar tão cedo às compras indica que os estoques estão altos. “O varejo se preparou para uma venda 80% maior e o crescimento está sendo de 40%”, observa uma fonte da indústria. Apesar de as vendas serem positivas, a questão é que as margens, que são pequenas, devem ser achatadas ainda mais porque os varejistas devem cortar preços, temendo o encalhe com a proximidade do fim da Copa. Coreanas. As duas gigantes do setor de TVs, LG e Samsung, estão satisfeitas com as vendas para o varejo. “Ampliamos em 80%”, conta o gerente sênior de TVs da Samsung para o Brasil, William Peter Lima. Ele diz que as vendas totais do varejo cresceram 40%. O bom desempenho alcançado até agora fez com que a subsidiária brasileira da companhia ultrapassasse a China e conquistasse a segunda posição em vendas na corporação, atrás apenas dos Estados Unidos. De toda forma, Lima já espera uma ressaca em julho e agosto nas vendas da indústria para o comércio depois da Copa. Com isso, ele acredita que o segundo semestre será equivalente ao de 2013 ou até menor. “Não existe descasamento entre produção e vendas de TVs”, afirma o gerente-geral de TVs da LG, Rogério Molina. De janeiro a maio, a empresa ampliou as vendas em 60% na comparação anual. Enquanto isso, as vendas totais no varejo cresceram cerca de 30%. Segundo Molina, por enquanto, as vendas estão dentro do previsto. Ele pondera, no entanto, que não sabe o que pode acontecer no segundo semestre, considerando que há uma eleição. Fonte: O Estado de São Paulo – 30-06 Economia entra em julho com pé no freio MÁRCIA DE CHIARA - O ESTADO DE S. PAULO Após paradeira por causa da Copa, indústria e comércio iniciam segundo semestre com estoques altos e antecipação de liquidações O segundo semestre começa com o freio de mão puxado para a indústria e o comércio. Após a paradeira provocada pela Copa e que afetou a atividade em junho, o cenário é pouco animador para julho e agosto. As encomendas do comércio para a indústria de eletrônicos e eletrodomésticos da Zona Franca de Manaus estão devagar e atreladas à expectativa dos varejistas de desovar estoque, especialmente de TVs, antes do fim da Copa. No setor de vestuário, a situação é inusitada: as lojas começaram a liquidação de inverno praticamente com a abertura da estação, em 21 de junho. “Tínhamos uma previsão que não era boa, mas este mês foi muito ruim”, afirma o presidente da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop), Nabil Sahyoun. O início de um segundo semestre em desaceleração para o comércio está estampado nas projeções de vendas para julho do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV). Segundo projeções feitas por 56 grandes redes varejistas, o faturamento deve crescer 1% em relação a julho de 2013, descontada a inflação, depois de ter avançado 5,4% em maio e 3,9% em junho em comparação aos mesmos meses do ano passado. De acordo com o Índice de Antecedente de Vendas (IAV), apurado pelo IDV, julho deve ter as menores taxas de crescimento de vendas para todos os segmentos pesquisados. A expectativa é que o faturamento real com bens não duráveis, que são alimentos e produtos de higiene e limpeza, caia 0,2% este ano ante julho de 2013, e no caso dos bens duráveis, que abrange eletroeletrônicos e móveis, é esperado um acréscimo de apenas 0,5% na comparação anual. As projeções indicam que o melhor desempenho em julho é esperado para o segmento de bens semiduráveis, que envolve artigos de vestuário, com crescimento de 4,7%. Mesmo assim, essa variação é praticamente a metade da esperada para maio e junho, de 10,1% e 9,3%. “Essas projeções são uma profecia autorrealizável”, afirma o vice-presidente do IDV, Fernando de Castro. Ele explica que as grandes varejistas consultadas para elaborar o índice, que juntas representam 28% do varejo nacional, fazem suas encomendas às indústrias levando em conta essa projeção de vendas. O descompasso entre os estoques no comércio e as vendas e um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC) feito com base nos últimos dados do IBGE explicam a cautela nas projeções dos comerciantes e De janeiro a abril, as vendas do comércio varejista restrito, que não inclui veículos, cresceram 5% ante 2013, enquanto os estoques aumentaram 5,2%. Segundo Fabio Bentes, economista da CNC, os estoques estão pesando mais no varejo no segmento de vestuário e de móveis e eletrodomésticos. Entre janeiro e abril, as vendas de itens de vestuário caíram 1,2% e os estoques aumentaram 0,4% em relação a igual período de 2013. Nos móveis e eletrodomésticos, os estoques cresceram 9,6% no período e as vendas avançaram 4,4%. Tudo indica que esse quadro de desajuste entre estoque e venda piorou nos últimos meses. “As vendas no varejo saíram fora dos trilhos entre abril e junho”, afirma um executivo do varejo que prefere o anonimato. Os comerciantes já esperavam algum enfraquecimento nos negócios, mas o fraco desempenho do período extrapolou as expectativas, diz ele. Férias. O varejo esperava que as vendas de refrigeradores, lavadoras, fogões e móveis ficassem estáveis entre abril e junho ante igual período de 2013. O que se viu foi queda entre 20% e 30%. Nos itens de informática, as vendas caíram 10%. No de eletroportáteis, houve alta de cerca de 2%, ante expectativa de 10%. O resultado da frustração de vendas no varejo recai sobre a indústria no período seguinte, com encomendas menores. “Junho não aconteceu para as indústrias da Zona Franca de Manaus”, afirma o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco, fazendo referência aos pedidos para o segundo semestre. Boa parte das 192 indústrias dos setores de eletroeletrônicos, componentes, relógios e duas rodas de Manaus antecipou as férias coletivas de dezembro para junho. Fonte: O Estado de São Paulo – 30-06 Confiança do consumidor é a pior desde 2003, diz Fecomercio SP Com inflação e juros mais altos, o que afeta o orçamento das famílias, a confiança do consumidor voltou a cair em junho e chegou ao pior patamar desde outubro de 2003. É a quarta queda consecutiva do indicador, pesquisado mensalmente entre 2.100 consumidores da cidade de São Paulo pela Fecomercio SP desde junho de 1994. Os dados, obtidos pela Folha, mostram que o índice chegou a 107,4 pontos em junho, o que representa queda de 1,9% em relação a maio deste ano. Na comparação com junho do ano passado, o indicador despencou 26%. O índice de confiança varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Quanto maior a queda, maior é o pessimismo em relação à situação econômica futura. "Existe uma percepção generalizada de que a economia está ruim", diz o economista Fabio Pina, da federação do comércio. "A confiança do consumidor caiu, a do comércio varejista também se retraiu, e a intenção de consumo das famílias recuou pela terceira vez em maio. Todos os indicadores refletem preocupação futura", afirma. A exemplo do que ocorre com a confiança dos paulistanos, os brasileiros de uma forma geral estão menos confiantes em relação a emprego e renda. Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta sexta mostra que a confiança atingiu, em junho, menor valor desde setembro de 2005. O levantamento, em parceria com o Ibope, foi feito com 2.002 pessoas de 140 cidades entre 13 e 15 de junho, semana de abertura da Copa. Na comparação com maio, houve queda de 1,2%. Ante junho do ano passado, foi registrado recuo de 3,5%. PIOR AVALIAÇÃO DO MERCADO Os resultados indicam que a baixa confiança do consumidor, que já tinha sido observada nos quatro meses anteriores, se tornou ainda mais "aguda" em junho, diz a CNI. "A confiança em junho foi retraída em especial por causa de pior avaliação em relação ao mercado de trabalho, ou seja, preocupação com desemprego. A gente vê que a inflação também é um fator que preocupa a população", diz Fábio Guerra, economista da CNI. Pelo segundo mês consecutivo, o indicador de expectativa de desemprego caiu, desta vez para 108,9 pontos, valor 5% inferior ao de maio. Já o indicador de expectativa em relação à renda pessoal recuou 4,8% neste mês, e o de perspectiva para a inflação diminuiu 2,8% na comparação com o mês anterior. Fonte: Folha de São Paulo – 30-06 Varejo vive momento mais delicado desde 2008, diz Bentes Rio - O comércio varejista não passa por um momento tão delicado desde a crise financeira de 2008. A inflação em alta, a desaceleração do consumo e o crédito cada vez mais caro e restrito têm levado a atividade a uma deterioração. "Não se pode falar em crise no varejo, mas certamente há perda de força", avalia o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo cálculos de Bentes a partir de dados da Pesquisa Mensal do Comércio, o volume de vendas do varejo teve uma retração de 0,5% nos primeiros quatro meses deste ano em relação ao quadrimestre anterior, o pior resultado desde o período entre janeiro e abril de 2009. Entre os comerciantes, esse desempenho se reflete em uma confiança cada vez menor. Nesta quinta-feira, 26, a entidade informou que o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) caiu 2,3%, atingindo o menor nível de toda a série, iniciada em 2011. O aumento da inadimplência entre as pessoas físicas no crédito livre em maio, para 6,7%, se somou aos problemas já enfrentados pelo varejo, além de ser mais um sinal de enfraquecimento das vendas. Além disso, os juros não param de crescer, a despeito de a Selic estar estacionada em 11% ao ano desde abril, já que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu em maio interromper o ciclo de alta iniciado um ano antes. A lógica vale também para o crédito destinado a investimentos. Entre os empresários, o ânimo para desembolsar em projetos no próprio negócio ou para contratar mão de obra diminuiu. "No caso do mercado de trabalho, os números vão acompanhar o desempenho das vendas", diz Bentes. A CNC prevê alta de 4,7% no volume de vendas do varejo restrito (sem incluir veículos e material de construção) neste ano, mas a estimativa tem viés negativo. Diante de um cenário frágil para as vendas, as contratações também devem perder força. A entidade espera que sejam geradas 198,7 mil vagas formais em todo o comércio (incluindo o atacado), sendo 149 mil delas no varejo ampliado (com veículos e material de construção). Os números, contudo, são mais fracos do que os observados em 2013, quando o comércio abriu 314,54 mil postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados com ajuste do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No varejo ampliado, foram 253,28 mil. Fonte: Portal Varejista – 30-06