Clipping Diário - 30/03/2015
Publicado em 30/03/2015
Fonte: G1 - 30/03
Mercado financeiro passa a prever queda de 1% no PIB em 2015
Economistas também sobem previsão de inflação de 2015 para 8,13%. Estimativa do mercado para o dólar no fim deste ano avança para R$ 3,20.
Os economistas do mercado financeiro previram, pela primeira vez, que a economia brasileira terá uma retração de 1% neste ano. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
Segundo levantamento feito pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, e divulgado nesta segunda-feira (30), a estimativa para a Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 passou de uma contração de 0,83%, na semana retrasada, para um encolhimento de 1% na última semana. A piora na projeção do mercado foi a décima terceira seguida.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado baixou sua expectativa de uma alta de 1,20% para um crescimento de 1,05%. Foi a quarta redução consecutiva.
Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52 trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229. Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%.
Inflação
Já a previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, passou, na semana passada, de 8,12% para 8,13% em 2015. Com isso, o mercado segue prevendo "estouro" do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação neste ano.
A alta na previsão de inflação do mercado aconteceu pela décima terceira semana seguida. Se confirmada a previsão do mercado, a inflação atingirá, neste ano, o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. Para 2016, a previsão dos analistas recuou de 5,61% para 5,60%.
Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central tanto para 2014 como para 2015 e 2016 é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
Recentemente, o IBGE informou que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA-15, ficou em 1,24% em março. No acumulado de 12 meses, o índice foi para 7,9%, o maior desde maio de 2005 (8,19%). No ano, a taxa é de 3,5%.
Na última semana, o BC admitiu que o IPCA deste ano deve ficar próximo de 8% e estourar o teto do sistema de metas brasileiro. Se isso acontecer, será a primeira vez desde 2003. Quando a inflação fica mais alta do que o teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro, o presidente do Banco Central precisa escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando as razões que motivaram o "estouro" da meta formal.
Taxa de juros
Após o Banco Central ter subido os juros para 12,75% ao ano no início de março, o maior patamar em seis anos, o mercado elevou sua expectativa para a taxa Selic, na semana passada, de 13% para 13,25% ao ano no fim de 2015 - o que pressupõe uma alta maior dos juros até o fim deste ano.
Para o fechamento de 2016, a estimativa dos analistas permaneceu em 11,50% ao ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 subiu de R$ 3,15 para R$ 3,20 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio avançou de R$ 3,20 para R$ 3,23 por dólar.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 subiu de US$ 3,5 bilhões para US$ 4 bilhões. Para 2016, a previsão de superávit comercial recuou de US$ 11 bilhões para US$ 10,5 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil caiu de US$ 56,5 bilhões para US$ 56 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte caiu de US$ 58 bilhões para US$ 57,4 bilhões.
Fonte: G1 - 30/03
Dólar sobe forte no começo da semana
Moeda abriu os negócios subindo mais de 1% nesta segunda. Na sexta, a moeda subiu 1,55%, cotada a R$ 3,2405 na venda.
O dólar opera em forte alta ante o real nesta segunda-feira (30), em meio às previsões de economistas do mercado financeiro de que a economia brasileira terá uma retração de 1% neste ano.
Às 9h20, a moeda norte-americana avançava 1,33%, a R$ 3,2839 para venda. Veja cotação.
Nesta manhã, O BC dará continuidade às intervenções diárias, ofertando até 2 mil swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de março de 2016.
O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril, que equivalem a 9,964 bilhões de dólares, com oferta de até 7,4 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou cerca de 71% do lote total.
O dólar fechou em alta frente ao real na sexta-feira (27), após dados do IBGE mostrarem que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, levemente melhor que o esperado. A moeda subiu 1,55%, cotada a R$ 3,2405 na venda. Na semana, houve alta de 0,32%. No mês e no ano, há valorização acumulada de 13,46% e 21,88%, respectivamente.
Fonte: Folha de S.Paulo - 30/03
Varejistas tentam driblar aumento do imposto sobre produtos de beleza
A cobrança do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) sobre a venda de produtos de beleza no atacado começa em 1º de maio, mas já causa impacto no varejo.
Muitos empresários do ramo adotam estratégias para driblar a alta da tributação e não perder consumidores em um ano já afetado pelo crescimento fraco e dólar alto.
Ao notar a diminuição da frequência de suas clientes, a proprietária da esmalteria Feito à Mão, em São Paulo, Vanessa Scici, passou a oferecer outros serviços.
"A manicure é para ser consumida toda semana, mas desde o fim de janeiro, muitas clientes passaram a vir a cada 15 dias. Por isso, resolvi oferecer escova e hidratação", diz a empresária, que irá embutir o acréscimo do tributo nos novos produtos.
"Não posso aumentar o valor de um serviço que é meu carro-chefe", explica.
Sofrerão a cobrança os produtos considerados supérfluos pelo governo, como maquiagem e esmaltes. Ficarão de fora xampu e sabonete (veja mais abaixo).
O governo alega que a cobrança do IPI resolve uma brecha que permitia que as empresas pagassem menos do que deveriam.
As indústrias, que já pagam o imposto sobre suas vendas, comercializam seus produtos a preços mais baixos para a empresa atacadista do mesmo grupo, diminuindo a base de cálculo do IPI. Com a mudança, o governo quer arrecadar R$ 653 milhões por ano.
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) estima mais que o dobro: R$ 1,5 bilhão por ano.
"O governo precisa arrecadar dinheiro de alguma forma e nós estamos pagando o preço pelo nosso crescimento", diz o presidente da associação, João Carlos Basilio.
O setor de higiene e beleza brasileiro cresce a taxas de dois dígitos, na média, há quase duas décadas. No ano passado, foi menor, de 4%.
Basilio terá uma reunião com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, na quinta-feira (2), mas não está otimista. A cobrança é parte de um pacote para aumentar a arrecadação.
no seu bolso
Marcelo Schulman, presidente da Vita Derm Cosméticos, tem negociado com seus fornecedores para tentar minimizar o impacto da alta de preços para seus clientes.
"Estamos buscando produtos similares para não repassar todo o aumento, mas os ajustes são inevitáveis e devemos aumentar o preço de alguns itens, como a coloração, em 7% a 8%", conta.
Basilio, da Abihpec, calcula que o IPI aumentará os preços do setor, em média, em 12% acima da inflação.
A cobrança do tributo deve afetar também os investimentos em inovação.
"O setor estava entre os três que mais investiam em inovação. Como a venda de produtos de maior valor agregado deverá ficar estagnada, não haverá recursos para ficar investindo", alerta o presidente da Abihpec.
A alta do dólar antecipou a crise já que muitos dos insumos e produtos adquiridos no ramo são importados, diz o diretor da Beauty Fair, Cezar Tsukuda.
Scici notou um acréscimo de 40% a 50% nos itens que adquire. "Tenho evitado comprar esmaltes importados com as cores da moda porque sei que as clientes vão usar uma vez, coisa que antes eu não fazia", diz a empresária.
Para os especialistas, a melhor estratégia é investir na eficácia no atendimento e na gestão do negócio.
"O comerciante terá que saber gerir seu estoque para evitar perdas", aconselha o professor da FGV, Claudio Goldberg.
Já Marcelo Simões, diretor da TaxWeb Compliance Fiscal, diz que "é preciso fidelizar os clientes e manter atendimento e qualidade dos serviços em alta".
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Fonte: Exame - 30/03
Inflação para 2015 continua subindo no Focus e chega a 8,13%
Após o Banco Central informar que espera uma inflação de 7,9% em 2015, o mercado financeiro apresentou leve revisão, de 8,12% para 8,13% em suas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período.
Há um mês, a mediana das previsões para o indicador estava em 7,47%. Esta é a décima terceira semana consecutiva em que há alta das projeções para esse indicador.
No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, a mediana para o IPCA deste ano segue acima da banda superior de 6,5% da meta e segue em 8,33% de uma semana para outra. Quatro semanas atrás, estava em 7,51%.
Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi levemente reduzida de 5,61% para 5,60%.
Quatro semanas atrás estava em 5,50%. Já no Top 5, a projeção para a inflação no final do ano que vem foi mantida em 5,64% - um mês antes estava em 5,45%.
De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC, a taxa ficará em 4,9% pelo cenário de mercado - que considera juros e dólar constantes - ou em 5,1%, levando-se em consideração as estimativas da Focus passada.
As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem elevadas, mas mostraram um forte recuo.
Na edição de hoje, essa projeção passou de 6,49% para 6,30% - um mês antes estava em 6,54%. No curto prazo, os preços mostram mais descontrole.
Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo IBGE, e de 1,22% em fevereiro, a projeção para a taxa em março, também segue acima de 1%. De acordo com o boletim Focus, a mediana das estimativas permaneceu em 1,40% - um mês antes, estava em 0,95%.
Algum refresco para a inflação mensal é aguardado apenas para abril, quando o índice deve ter alta de 0,62% - mesmo patamar da semana anterior, mas acima dos 0,58% vistos quatro edições da Focus atrás.
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