Clipping Diário - 29/12/2015
Publicado em 29/12/2015
Clipping Diário - 29/12/2015
Terça-feira - 29/12
Geral
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti
Serão 11 trimestres de recessão, prevê a FGV
Projeções dos economistas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o Ibre-FGV, traduzem as expectativas das empresas e das pessoas para a atual crise. Eles estimam que o Brasil terá 11 trimestres de recessão, fase que irá até o último trimestre do ano que vem. Nesse período, estão incluídos três trimestres com queda na atividade econômica em 2014, mais os quatro trimestres de 2015 e os quatro do ano que vem. Resultado azul somente em 2017. Mas caso a crise continue além disso, será a maior recessão da história do país desde 1930. Ainda segundo estimativas do Ibre, nesse período de resultado vermelho o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve recuar 8,1%. Essas informações, constam na última edição do Boletim Macro do Ibre deste ano, coordenado pela economista Silvia Matos, conforme publicou o jornal Valor. Esse período recessivo é muito semelhante aos dois longos registrados anteriormente, aquele entre 1981 e 1983, que implicou em retração econômica acumulada de 8,5%, e o de 1989 a 1992, com queda de 7,7% do PIB.
A atual crise ocorre devido a vários erros na gestão da economia do país nos últimos anos, a maioria deles cometidos com conhecimento de que os resultados seriam negativos. Quem sofre mais com isso são os trabalhadores que perdem o emprego. Muitas empresas estão adotando procedimento semelhante ao de outras crises e aproveitando esta fase para ampliar a capacitação dos seus empregados. Como a crise está longa e não há uma perspectiva de fim porque o atual governo está mergulhado numa crise política e, por enquanto, o governo conseguiu evitar o impeachment, as empresas que não têm capital estão tendo que demitir os empregados.
Fonte: Diário Catarinense - Visor
Bem-vindo a Florianópolis
Pelo movimento no acesso às praias do Norte da Ilha e Lagoa da Conceição, dá para dizer que começou pra valer a temporada de verão na Ilha de Santa Catarina.
Fonte: Notícias do Dia
Ambulantes só podem vender uma marca de bebidas nas praias de Florianópolis
Apenas a linha Schin pode ser comercializada, sob pena de multa, apreensão de mercadoria e cassação da licença
Pela primeira vez, nos seus mais de dez anos de trabalho na praia, o ambulante Hélio Guinzelli, 53, teve seu direito de vender durante a temporada de verão restringido. Ele e outros 700 ambulantes credenciados pela Prefeitura da Capital só pode comercializar os produtos da Brasil Kirin – incluem as marcas Schin, Glacial, Devassa e Eisenbahn -, que investiu mais de R$ 400 mil para ser a patrocinadora oficial da temporada de verão em Florianópolis. A restrição foi imposta pela Sesp (Secretaria Executiva de Serviços Públicos), conforme previsto no edital de credenciamento nº 006/PMF/SMDU/Sesp/2015. Consumidores estão usando as redes sociais para reclamar da restrição.
Após desobedecer a restrição, Guinzelli foi notificado pela Sesp com ameaça de multa caso torne a comercializar produtos que não forem do patrocinador oficial. Os ambulantes que comercializarem outros tipos de bebidas poderão ter as mercadorias apreendidas, receber multa e até ter as licenças cassadas.
Segundo Guinzelli, a autuação foi feita por fiscais da prefeitura, que queriam confiscar seus produtos. “Conversamos e retirei os produtos que não eram da Schin, e recebi uma notificação. Mas somos muito prejudicados com essa ação, porque os clientes acabam não comprando, outros compram de vendedores não autorizados ou ainda trazem bebida de casa”, lamenta. “Turistas e moradores reclamam porque são obrigados a consumir determinado produto”, completa.
O Procon/SC (Departamento de Defesa do Consumidor) garantiu que as medidas cabíveis já estão sendo tomadas. Segundo a diretora Elizabete Fernandes, o órgão recebeu diversas reclamações. “Um dos princípios básicos do consumidor é o direito de escolha, princípio este que está sendo violado, segundo o qual está sendo postado nas redes sociais. Diante das reclamações estamos requerendo junto ao Ministério Público de Santa Catarina e ao Tribunal de Contas uma investigação sobre os editais”, explica. De acordo com o Procon, a ideia é saber que editais autorizaram essa restrição nas vendas, qual área de abrangência e o que está sendo patrocinado.
Processo está dentro da legalidade, diz Sesp
De acordo com a Sesp, foram realizados dois processos para a temporada de verão, um para buscar patrocinador e outro para o credenciamento dos ambulantes. “Isto acontece em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e em muitos outros locais turísticos do país. Temos um produto que é a temporada de verão, e uma empresa interessada em colar a sua marca nisso. Então, a empresa que venceu a licitação banca camisetas, bonés, freezer, caixa térmica, guarda-sol, as tendas, toda a estrutura necessária para a atuação destes ambulantes credenciados pela prefeitura”, diz o secretário Eduardo Garcia Rodrigues.
Segundo o secretário, desde o início os ambulantes tinham conhecimento, por meio do edital, de que o espaço seria patrocinado pela vencedora da licitação. “Trouxemos uma licitação, já que a temporada de verão é muito cara e tínhamos a necessidade de ter um patrocínio. Nos últimos anos já tínhamos empresas com exclusividade, eram empresas maiores, mas que não davam a contrapartida que recebemos nesta temporada. Lembrando que as demais marcas são encontradas no comércio que não está em área pública”, explica.
Consumidores reclamam da restrição
Leandro Ribeiro Maciel, consultor jurídico na Defensoria Pública de Santa Catarina, sentiu na pele a falta de opções na areia das praias da Capital. Ele relatou em seu perfil na rede social que ao tentar comprar uma Coca-Cola foi surpreendido com a informação de que os únicos produtos que estavam sendo comercializados eram da linha Schin. “Achei aquilo demais, pois agora o poder público, além de conceder a permissão para que o particular pratique o comércio ainda diz que o mesmo particular pode ou não vender. E sabe quem sai perdendo com isso? Sim, ele, o de sempre, o consumidor”, relatou.
Para a moradora do bairro Agronômica, Carine Fley, os consumidores em conjunto com os ambulantes devem tomar uma atitude para reverter esta limitação. “É um absurdo. Para eventos particulares até entendo que os produtos devem ser apenas dos ‘patrocinadores’, mas uma licença da prefeitura para comercializar produtos em praia obrigar os comerciantes a trabalhar apenas com uma determinada marca, não entendo”, destacou.
O QUE DIZ O EDITAL Nº 006/PMF/SMDU/SESP/2015
15.2.4 Caso o patrocinador, selecionado por licitação, possua o direito de exploração da marca de produtos que incluam os tipos de bebida: água, refrigerante, cerveja e energético, o credenciado deverá vender EXCLUSIVAMENTE os produtos determinados pelo patrocinador.
15.2.5 Os credenciados poderão adquirir as bebidas das marcas indicadas patrocinador com qualquer distribuidor da marca, ficando a Prefeitura Municipal de Florianópolis isenta de qualquer responsabilidade oriunda da transação comercial com os fornecedores.
Fonte: Exame
Dólar opera perto da estabilidade ante moedas principais
São Paulo - O dólar opera perto da estabilidade ante outras moedas principais, como o euro, a libra e o iene, numa sessão de poucos negócios na Ásia, com os investidores mostrando relutância em assumir posições firmes diante da falta de novos incentivos para fazer negócios.
Às 4h33 (de Brasília), o dólar recuava levemente frente à divisa do Japão, a 120,31 ienes, de 120,36 ienes no fim da tarde de ontem, enquanto o euro tinha alta marginal, a US$ 1,0978, de US$ 1,0975, e a libra registrava ligeiro ganho, a US$ 1,4904, de US$ 1,4880.
"Os investidores consideram extremamente difícil fazer grandes movimentos, como sempre, neste período entre o Natal e o feriado de Ano-Novo", comentou o estrategista-chefe de câmbio da Mizuho Securities, Kengo Suzuki.
Essa época normalmente é marcada pela baixa liquidez, uma vez que muitos participantes do mercado estão em férias, embora seja também quando os investidores tradicionalmente ajustam suas carteiras, antes do encerramento do ano.
Fonte: Exame
Confiança do setor de serviços de 2015 tem maior queda anual
A confiança do setor de serviços recuou 19,4 pontos em 2015 ante 2014, a maior queda anual de toda a série histórica, iniciada em junho de 2008.
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a deterioração em menor ritmo no último trimestre do ano não impediu a marca, fruto da piora tanto na percepção sobre a situação atual quanto nas expectativas para os meses seguintes.
Em bases trimestrais, houve desaceleração na trajetória de queda entre outubro e dezembro, quando o Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 1,1 ponto.
No terceiro trimestre, a queda foi de 7,2 pontos. Essa "melhora relativa", segundo a FGV, decorreu da recuperação parcial das expectativas, que avançaram 2,6 pontos no quarto trimestre, ante queda de 8,9 pontos no terceiro trimestre.
Apenas em dezembro, a confiança de serviços subiu 0,7 ponto ante novembro, também puxada pela percepção sobre o futuro.
De acordo com a FGV, a elevação das expectativas no período (2,2 pontos) foi motivada pela melhora dos seus dois componentes, com destaque para o aumento em 2,9 pontos do indicador que mede as expectativas em relação à situação dos negócios nos seis meses seguintes.
No sentido contrário, a avaliação sobre a situação atual voltou a piorar em dezembro ante novembro (-0,8 ponto), resultado determinado por seus dois componentes, principalmente pelo indicador que mede a percepção dos empresários sobre a situação atual dos negócios (-1,3 ponto).
Fonte: Exame
Agendamento para o Simples Nacional vai até quarta-feira
As empresas interessadas em aderir ao Simples Nacional em 2016 devem fazer, até quarta-feira (30), o agendamento pelo site da Receita Federal.
Caso opte por não fazer o agendamento, a adesão poderá ser solicitada durante todo o mês de janeiro, também por meio do site.
O Simples Nacional é um regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte.
Com a universalização do Simples, promovida pela Lei 147/14, o número de pedidos de adesão ao modelo simplificado cresceu 125% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2014.
Foram registrados 502.692 pedidos de inclusão em 2015, contra 223.076 solicitados no ano passado.
Para saber mais sobre o Simples Nacional, a Receita Federal disponibiliza uma lista de perguntas e respostas.
Fonte: SPC Brasil
Vendas a prazo no Natal caem 15,84%, o pior resultado em cinco anos, revela indicador do SPC Brasil
Varejo amarga o segundo ano seguido de recuo nas vendas natalinas. Com resultado negativo, comércio aposta no período de promoções para recuperar faturamento
O comércio varejista registrou o Natal mais fraco no volume de vendas dos últimos cinco anos. De acordo com o indicador apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as consultas para vendas a prazo registraram queda de 15,84% na semana que antecedeu o Natal, entre os dias 18 e 24 de dezembro. Trata-se do segundo ano consecutivo em que as parcelas parceladas apresentaram queda no período, mas em 2014 a contração havia sido um pouco mais branda de 0,7%. Nos anos anteriores as variações positivas foram de 2,97% em 2013; 2,37% em 2012; 2,33% em 2011 e 10,89% em 2010.
De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o resultado negativo já era aguardado pelos lojistas e reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo observado ao longo de 2015, em virtude do cenário econômico desfavorável, com crédito mais caro, inflação elevada, aumento do desemprego e baixa confiança do consumidor para se endividar.
2015 foi um ano fraco para o comércio
As consultas para vendas a prazo no Natal repetiram o comportamento de baixa das demais datas comemorativas deste ano: a queda nas intenções de vendas parceladas também se repetiu no resultado do Dia das Crianças (-8,95%), Dia dos Namorados (-7,82%), Páscoa (-4,93%), Dia das Mães (-0,59%) e Dia dos Pais (-11,21%).
Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a queda no volume de vendas parceladas no comércio é consequência direta da crise econômica. "O comércio vendeu menos a prazo, mas não significa que o brasileiro deixou presentear. Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso optaram por presentes mais baratos e geralmente pagos a vista. Sem dúvida que este foi o Natal das lembrancinhas. Com o acesso ao crédito mais difícil, juros, inflação e desemprego elevados, o poder de compras do brasileiro ficou muito mais limitado para compras caras", diz Pinheiro.
Comércio aposta nas promoções
Na avaliação dos economistas do SPC Brasil, o movimento nas lojas nos últimos dias do ano e nas primeiras semanas de janeiro dependerá da criatividade dos lojistas e da atratividade das promoções. "Como essa é a famosa semana das trocas de presentes, a expectativa é de que as promoções reaqueçam o mercado até o final de janeiro. Com os tradicionais descontos, o comerciante tem a oportunidade de emplacar novas vendas para melhorar o fraco desempenho no Natal. A última semana do ano pode levar os brasileiros às lojas novamente e impulsionar o comércio com as compras de produtos para o Ano Novo, já que é tradição do brasileiro passar o Réveillon de roupa nova", afirma a economista Marcela Kawauti.
O Natal é considerado pelos lojistas a data comemorativa mais importante em faturamento e volume de vendas. Neste ano, por causa da crise econômica o SPC Brasil verificou em pesquisa junto a consumidores que o gasto médio por presente poderia cair 22%, já descontada a inflação. As roupas (67,2%), calçados (37,05), brinquedos (31,7%), perfumes e cosméticos (27,7%), acessórios, como cintos, bolsas e bijuterias (19,8%), livros (18,8%), celulares (13,9%) e videogames (9,06) lideravam a lista de produtos mais procurados para este Natal, de acordo com levantamento realizado pelo SPC Brasil.
Fonte: Agência Brasil
Economia brasileira: inflação não chegava a dois dígitos desde 2002
Os consumidores enfrentaram em 2015 um forte aumento dos preços, principalmente os administrados pelo governo, como energia elétrica, gasolina, gás, transporte público e alimentos. Com esta alta, a inflação deve superar dois dígitos este ano, o que não acontecia desde 2002, quando ficou em 12,53%. A previsão do Banco Central (BC) é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue a 10,8%, em 2015.
Além do reajuste nos preços administrados e de alimentos, a inflação em 2015 foi impactada também pela inflação no setor de serviços, e pela alta do dólar.
O diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) Miguel de Oliveira lembrou que a inflação alta ocorre em ambiente de retração da economia e do emprego. “É um conjunto de fatores: inflação alta, juros altos, desemprego e inadimplência crescendo. Então é um quadro extremamente desfavorável ao consumidor”, destacou. Para 2016, a expectativa é de inflação menor, mas ainda alta. Para o diretor da Anefac, a inflação em 2016 deve ficar em 6,9%. O BC projeta 6,2%.
“Pode ser pior porque temos uma retração que segura o aumento de preços, mas temos a questão do câmbio”, disse. Oliveira destacou que se o dólar continuar a subir muito no próximo ano, sobem os preços de produtos importados e dos fabricados no país, mas com insumos do exterior.
Em 2015, o processo de ajuste de preços administrados, represado anteriormente pelo governo, foi mais intenso e mais longo do que esperado pelo BC. Já o aumento dos preços de alimentos foi influenciado pela alta do dólar e por condições climáticas adversas.
Taxa Selic
Na tentativa de evitar que a inflação seguisse na trajetória de alta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano. Ao reajustar a Selic para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Com as dificuldades do BC de controlar a inflação, economistas defendem que a ação do BC está menos eficaz devido à deterioração das contas públicas. “A deterioração das contas fiscais e a dificuldade de ajustá-las de modo a permitir uma trajetória sustentável da dívida pública causaram perda da confiança dos agentes econômicos e forte desvalorização do real. O resultado foi elevação das expectativas inflacionárias e pressão altista nos preços correntes”, diz o documento Economia Brasileira – Edição Especial do Informe Conjuntural, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A CNI também cita, como um fator que reduz a eficácia da ação do BC, o aumento da participação do crédito direcionado no crédito bancário total (49% em outubro de 2015 ante 36% no início de 2007). Como as taxas do crédito direcionado são inferiores à Selic e muito abaixo das taxas cobradas nos recursos livres, é preciso um aumento maior na taxa básica de juros para reduzir o volume de crédito necessário para a contenção da inflação.
“Portanto, para maior eficácia da política monetária é essencial equilibrar as contas públicas de modo a permitir a convergência da inflação à meta de forma vertiginosa e menos onerosa à atividade econômica”, acrescenta a CNI.
Meta 2016
O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu como meta de inflação 4,5% para 2015, 2016 e 2017, sendo que o limite de tolerância é de 2 pontos percentuais para 2015 e 2016, e 1,5 ponto em 2017.
Quando a meta é ultrapassada, o presidente do BC tem de enviar carta aberta ao ministro da Fazenda, com as explicações para o descumprimento. A última vez que isso aconteceu foi em 2003, quando a inflação atingiu 9,3%.
No dia 8 de janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o IPCA de 2015.