Clipping Diário - 29/10/2014
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Clipping Diário - 29/10/2014
Danos Morais
Uma empregada doméstica será indenizada em R$ 20 mil por danos morais que sofreu, após ter seu nome inscrito no cadastro de inadimplentes por empresa de telefonia, em razão de dívida nunca contraída. A mulher nem sequer fora notificada em tempo hábil para contestar. A decisão de manter a condenação, assim como o valor arbitrado, partiu da 6ª Câmara de Direito Civil do TJ de SC.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 29-10
Maiores do varejo
SC está em destaque no ranking Ibevar 2014, do varejo, que aponta as 120 maiores empresas do setor. O levantamento feito pelo Programa de Administração do Varejo Brasileiro (Provar) com apoio da PwC revelou que, juntas, as companhias faturaram R$ 379 bilhões em 2013. O Pão de Açúcar liderou com R$ 64,4 bilhões.
SC na lista
Nove empresas do Estado estão na lista: Havan (32a posição), Angeloni (33a), Cia Hering (39a), Giassi (68a), Grupo Cassol (80a), Drogaria Catarinense (84a), Rede Berlanda (105a), Koerich (112a) e Imperatriz (116a).
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 29-10
Nova filial
A rede Havan, de Luciano Hang, inaugura sua 77a loja neste sábado, 1o de novembro. Será a filial de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. O projeto, que recebeu com investimento de R$ 30 milhões, tem 14 mil metros quadrados de área construída e 400 vagas de estacionamento gratuitas.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 29-10
Estagnação e inflação freiam o país
Governo terá que resgatar a confiança de quem produz para superar a estagnação. Se a performance do Brasil ficasse em torno da média mundial, o país poderia crescer 3% neste ano. Esta é a estimativa do Fundo Monetário Internacional, que oferece algum alento a países submetidos por algum tempo à recessão ou ao baixo crescimento. Os brasileiros não têm como dispor nem desse consolo. Este poderá ser o pior ano para a nossa economia, desde 2009, se confirmada a estagnação prevista pelo Boletim Focus, do Banco Central, baseado em expectativas do mercado. O PIB teria uma evolução de apenas 0,27%, o que significa mais um longo período de frustração, provocado pelo esgotamento de uma política econômica que desconectou as intenções do governo das expectativas e dos projetos de quem produz.
O relatório do FMI e análises de outras instituições desmentem a tese, defendida com insistência por Brasília, segundo a qual o Brasil ainda é sacrificado pelos efeitos da crise iniciada em 2008. É um pretexto que não se sustenta na realidade. Países ricos, emergentes e mesmo nações com padrão econômico bem abaixo do brasileiro já demonstram claros sinais de que caminham para a recuperação. Não foi o que aconteceu aqui, apesar das declarações sempre otimistas dos orientadores da política econômica. O Brasil vai acumular em 2014 quatro anos de crescimento pífio. É um período longo demais, em quaisquer circunstâncias, para reabilitar a confiança do setor produtivo.
O Brasil acomodou-se, nos últimos anos, no conforto do alto nível de consumo doméstico e do baixo nível de desemprego. Enquanto isso, o governo perdeu a chance de moralizar suas contas, qualificar gastos e corrigir déficits históricos em infraestrutura. É consenso entre economistas e empresários que, além desses entraves crônicos, o país precisa enfrentar uma inflação que, estabilizada ao redor de 6% ao ano, penaliza em especial as camadas de baixa renda e põe em risco um conjunto de conquistas de uma década e meia, que se expressam exatamente em emprego, renda e qualidade de vida.
Reeleita, a presidente Dilma Rousseff está diante de velhos desafios ampliados pela inércia de um ano eleitoral. Não podem ser adiadas respostas aos apelos para que a inflação recue do teto da meta estabelecida pelo próprio BC, o déficit público seja encarado com seriedade e o país deixe de desperdiçar recursos consumidos pela corrupção. A recuperação da economia deve passar também pela moralização da função pública, em todas as áreas do Executivo.
Fonte: Diário Catarinense – Editorial – 29-10
Fonte: O Estado de São Paulo – 29-10
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,icms-e-piscofins-entram-em-novo-pacote-de-bondades,1584577
ICMS e PIS/Cofins entram em novo pacote de bondades
JOÃO VILLAVERDE - O ESTADO DE S. PAULO
Até o fim do ano, governo quer aprovar projeto que unifica e reduz alíquotas de ICMS e definir a fusão e simplificação do PIS e da Cofins
ED FERREIRA/ESTADAO
Simplificação dos tributos já foi discutida esta semana por Mantega e Dilma
O governo definiu como prioridade para a área econômica até o fim do ano duas medidas de desafogo tributário. A primeira é a aprovação, no Congresso Nacional, do projeto de lei complementar que unifica e reduz as alíquotas do ICMS para operações entre os Estados. A segunda é a definição do projeto de lei de fusão e simplificação de dois dos principais tributos federais, o PIS e a Cofins.
Em meio às especulações sobre a nova equipe econômica do governo, a presidente Dilma Rousseff elegeu a formulação de medidas como meio para ajudar o governo a resgatar a confiança do mercado financeiro, sobretudo no campo da chamada responsabilidade fiscal. Fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, informaram que o anúncio de algumas medidas deve ocorrer antes mesmo da divulgação do novo ministério.
Na segunda-feira, a presidente e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, conversaram, no Palácio da Alvorada, sobre a reforma dos tributos no Palácio. Mais tarde, em entrevista à TV Globo, Dilma mencionou as discussões sobre as reformas do ICMS e do PIS/Cofins. Apesar de não permanecer no cargo no próximo mandato, Mantega ainda deve ter protagonismo na definição das medidas.
Principal imposto arrecadado pelos governadores nos Estados, o ICMS exige a negociação de um acordo político sensível para sua reforma. Na avaliação interna do governo, isso pode sair do papel a partir de agora, com a presidente vitoriosa nas urnas.
Como a proposta do governo federal parte da redução e unificação do ICMS, os Estados vão perder arrecadação. Por isso, o projeto dos sonhos do governo Dilma, enviado ao Congresso no fim de 2012, cria dois fundos financeiros - um para compensar as perdas de arrecadação e outro que servirá para os Estados “sacarem” recursos para financiar operações de crédito para desenvolvimento regional. Somados, esses fundos terão cerca de R$ 50 bilhões e começariam em 2016, após a aprovação do projeto.
Apoio. Para obter o apoio dos governadores, o Planalto já aceitou a convalidação, com uma data de corte, dos benefícios já concedidos com ICMS pelos Estados às empresas, a chamada “guerra fiscal”. Há uma preocupação, porém, com o tamanho da renúncia de receitas. Por isso, a reforma pode ser implementada de forma gradual.
Na luta entre Estados para atrair fábricas e investimentos, os governadores oferecem incentivos, entre eles o ICMS reduzido. Há uma discussão jurídica sobre a legalidade dessas operações. Por isso, os governadores querem a convalidação dos benefícios já concedidos para apoiar o projeto do governo. Afinal, a proposta do Planalto retira dos Estados o poder de barganha com o ICMS, que será único e fixo.
O governo tenta vincular o início do “perdão” que será dado aos Estados ao início da unificação do ICMS, segundo projeto que tramita na Câmara dos Deputados.
Além disso, o governo deve bater o martelo no pacote de unificação e simplificação do PIS e da Cofins. A medida, pronta para ser anunciada desde o segundo turno das eleições, aguarda apenas uma decisão da presidente Dilma, como já informou oEstado.
Falta definir se a medida será tomada por meio de um projeto de lei ou de uma medida provisória. O projeto do governo prevê a unificação do PIS/Cofins em um único tributo sobre o valor agregado, com alíquotas fixas. Toda a operação vai gerar créditos tributários. Se o planejamento do governo der certo, entrará plenamente em vigor em 2016. A indústria deseja desesperadamente esse pacote. O setor de serviços, que tem uma cadeia produtiva considerada curta, teme o encarecimento da operação e pede para ficar fora do pacote.
Os técnicos do governo defendem um período de transição para que as empresas e a Receita possam se preparar para a mudança e adequar sistemas. O modelo em estudo considera uma gestão eficiente dos créditos do PIS e Cofins. Hoje, 50% dos créditos que as empresas compensam são glosados pela Receita, o que acaba levando a litígios nas esferas administrativa do Fisco e na Justiça. / COLABOROU TANIA MONTEIRO
Fonte: O Estado de São Paulo – 29-10
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,queda-do-poder-de-compra-muda-estrategia-das-marcas-de-consumo-imp-,1584697
Queda do poder de compra muda estratégia das marcas de consumo
GABRIELA VIEIRA - O ESTADO DE S.PAULO
Para driblar a alta dainflação, tendência do consumidor é substituir itens de compras por produtos mais baratos
Diante da queda do poder de compra do brasileiro, as indústrias de consumo começam a rever suas estratégias de vendas no País. A alta dos índices inflacionários e a perspectiva de desaceleração da renda e do crédito em 2015 pressionam a demanda doméstica. Segundo especialistas, com menos dinheiro no bolso o consumidor é mais criterioso, o que dificulta o crescimento de vendas das companhias no mercado interno.
Na avaliação do economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando de Holanda Barbosa Filho, a piora da economia já produz impacto no consumo doméstico e a perspectiva é ainda mais negativa para 2015. "O crédito não vai crescer como no passado, até porque os juros no Brasil são altos e devem subir ainda mais em 2015. Além disso, no ano que vem o desemprego deve aumentar e a renda diminuir", afirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Até mesmo o setor de alimentos, menos sensível a mudanças na capacidade de compra, já sente os primeiros impactos da inflação. Segundo pesquisa da Kantar Worldpanel, no primeiro semestre de 2014 os consumidores frequentaram menos pontos de venda como supermercados, mercearias ou padarias. O número de viagens caiu 10,5% ante o mesmo período de 2013, enquanto o volume médio de itens comprados permaneceu estável na mesma base de comparação.
Apesar do volume de compras permanecer o mesmo, a tendência é de substituição por itens mais baratos. Segundo Barbosa, no segmento de bebidas, por exemplo, as cervejas premium devem apresentar queda em detrimento de um aumento das vendas de marcas mais populares da bebida.
O mesmo ocorre com as carnes, que tiveram alta de 3,17% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro. Segundo companhias do setor, já é possível perceber uma diminuição da procura por cortes nobres no mercado doméstico.
Com a desaceleração do consumo interno, os frigoríficos apostam no aumento das exportações, aquecidas com a demanda pela proteína brasileira, especialmente de mercados emergentes, como China e Rússia. A Marfrig, por exemplo, segunda maior processadora de carnes do País, já exporta cerca de 60% do que produz no Brasil. Para o diretor-presidente da companhia, Sérgio Rial, o crescimento das vendas externas é justamente o fator responsável por evitar uma pressão das margens das operações brasileiras.
No mercado doméstico, a expectativa da Marfrig é manter o crescimento das vendas em volume, mesmo com produtos mais baratos. "O aumento dos preços faz com que o consumidor brasileiro seja mais seletivo, saindo de uma categoria de cortes para outra. Em relação ao consumo interno, posicionamos a Marfrig em produtos que atendam o quesito qualidade e também o de capacidade econômica de consumo", disse Rial.
Já a BRF, com foco no segmento de aves, suínos e industrializados, aposta no crescimento da marca Perdigão no Brasil, cujos produtos têm preços mais acessíveis na comparação com os da Sadia. "Nesse período mais racional da decisão de consumo, não há necessariamente uma mudança de estratégia, mas sim um fortalecimento da comunicação para produtos que neste momento são mais adequados para o consumidor brasileiro. Entre as duas marcas, a Perdigão, em termos de volume, tem mais espaço de crescimento no País", disse ao Broadcast o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia, Fernando Erne.
O impacto, no entanto, deve ser maior para outros setores do varejo. "O setor de alimentação é menos elástico. Quando a renda cai você primeiro diminui compra de outros itens, como gastos pessoais, higiene e vestuário", explicou Barbosa.
Na indústria de produtos de higiene pessoal, a percepção também é de que o consumidor está mais sensível a preços. A Hypermarcas, fabricante de produtos de higiene e cuidados pessoais, adotou a estratégia de segurar os preços para buscar elevação no volume de vendas mesmo havendo alguns impactos nos custos. Com isso, a margem bruta da divisão Consumo da companhia chegou a cair no terceiro trimestre de 2014 ante o ano anterior.
A companhia chegou a revisar sua expectativa de crescimento para o mercado como um todo, mas espera que a estratégia a ajude a conquistar um maior market share, disse o presidente Claudio Bergamo em teleconferência com analistas e investidores. "Passamos a posicionar nossas marcas para que tenham melhor relação entre custo e benefício no mercado." A conclusão é que, embora ainda busque produtos com boa percepção de valor, o consumidor já não tem muita renda disponível para gastar e está fazendo escolhas. / COLABOROU DAYANNE SOUSA
Fonte: Folha de São Paulo – 29-10
http://dinheiropublico.blogfolha.uol.com.br/2014/10/29/receita-cresce-so-07-ate-setembro-e-indica-escassez-no-proximo-governo/
Receita cresce só 0,7% até setembro e indica escassez no próximo governo
POR DINHEIRO PÚBLICO & CIA
A arrecadação de impostos e contribuições federais teve mais um resultado fraco em setembro, o que compromete o fechamento das contas neste ano e prenuncia um cenário de escassez no início do próximo governo.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29), arrecadaram-se R$ 90,7 bilhões no mês passado, com alta de 0,9% em relação ao período correspondente de 2013, descontada a inflação; no ano, são R$ 862,5 bilhões, com alta de 0,7%.
É pouco, se comparado aos 3,5% esperados inicialmente pela equipe econômica da administração petista -que, com essa estimativa de receita, programou os gastos recordes deste ano eleitoral.
Os tributos apresentam desempenho declinante desde 2012, em consequência da desaceleração da economia, agravada neste final de mandato da presidente Dilma Rousseff. Desde maio, o caixa do Tesouro Nacional está no vermelho.
As consequências deverão ser mais visíveis a partir do próximo ano, quando dificilmente o governo poderá adiar um corte mais drástico de despesas: o projeto de Orçamento de 2015 conta com um aumento da arrecadação de muito improváveis 4% acima da inflação.
O cálculo está amparado numa projeção de crescimento de 3% da economia, também muito otimista diante das expectativas de analistas e investidores, que oscilam em torno de 1%.
A discrepância entre o que o papel prevê para o futuro e os resultados efetivos de hoje pode provocar um buraco orçamentário na casa dos R$ 50 bilhões no próximo ano -o dobro das verbas do Bolsa Família.
Mas os números são piores do que aparentam: a arrecadação deste ano está inflada pelo lançamento de mais um programa de parcelamento de dívidas de contribuintes com o Fisco, como já havia sido feito em 2013.
A nova versão do programa, conhecido pelo nome genérico de Refis, engordou o caixa do Tesouro em R$ 7,1 bilhões em agosto, quando foi inaugurado, e R$ 1,6 bilhão em setembro. Graças ao expediente, a arrecadação de setembro foi recorde para o mês.
Analisados em separado, diversos tributos mostraram queda da receita no mês passado, casos de Cofins (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), PIS (contribuição para o Programa de Integração Social) , IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), II (Imposto sobre Importações) e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Fonte: Valor Econômico – 29-10
http://www.valor.com.br/brasil/3754868/igp-m-sobe-019-no-mes-preveem-analistas#ixzz3HXK28Nrh
IGP-M sobe 0,19% no mês, preveem analistas
Por Arícia Martins | De São Paulo
A deflação mais fraca de commodities agrícolas e o avanço de alguns alimentos in natura devem pressionar os preços no atacado em outubro, avaliam economistas, mas esse movimento tende a ser compensado por novo recuo do minério de ferro e taxas menores em outros produtos industriais. Por isso, a avaliação é que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), deve se manter em nível muito parecido ao registrado em setembro.
Após ter subido 0,20% no mês passado, a média de 15 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data aponta que o IGP-M aumentou 0,19% em outubro. As estimativas para o indicador, a ser divulgado amanhã pela FGV, vão de alta de 0,10% a 0,25%. De acordo com a média de projeções, a inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M vai recuar de 3,54% para 2,87% na passagem mensal, menor patamar nessa comparação desde março de 2010. No ano encerrado naquele mês, o IGP-M havia avançado 1,94%.
Fabio Romão, da LCA Consultores, observa que o IGP-M chegou a alcançar 7,98% nos 12 meses até abril, mas caminha para encerrar 2014 com alta de 2,68% em seus cálculos - menor taxa anual desde 2009, quando, devido aos efeitos da crise internacional, o índice da FGV caiu 1,72%. No primeiro quadrimestre do ano, lembra Romão, a trajetória do indicador foi afetada pela estiagem, que pressionou os preços agropecuários no atacado e repercutiu nos alimentos industrializados e no varejo.
A partir de maio, essas pressões começaram a ser devolvidas e o IGP-M registrou quatro deflações seguidas, voltando ao terreno positivo somente em setembro. Para o mês, o economista trabalha com alta de 0,17% do índice, puxada principalmente pelos produtos agropecuários, que devem aumentar 0,68%, ante 0,10% na medição passada. "Os principais fatores para essa aceleração são deflações menos intensas de itens com grande peso, como soja e milho", diz. Aves e alguns itens in natura, como o mamão, também devem mostrar aceleração.
Segundo Flavio Serrano, economista-sênior do banco Besi Brasil, milho, soja e trigo ainda devem recuar, mas bem menos que em setembro, ao passo que o tomate, item que não tem peso tão grande na inflação do atacado, terá impacto importante na ascensão dos preços agrícolas, ao deixar queda de 11% para mostrar alta superior a 20%. Nas projeções de Serrano, o IGP-M avançou 0,24% em outubro, com aumento entre 0,8% e 0,9% dos produtos agropecuários. "Vamos entrar em um período de entressafra de muitas culturas, é natural que alguns preços subam."
Em sentido contrário, o economista estima que o conjunto de preços industriais no atacado recuou por volta de 0,10% neste mês, vindo de alta de 0,14% em setembro, ainda influenciado pelo minério de ferro, mas também com a participação de produtos alimentícios e bebidas.
Para Serrano, esses preços aumentaram apenas 0,10% na leitura atual do IGP-M, bem menos do que o 1,13% observado no mês anterior, puxados por óleos e gorduras vegetais, que estão respondendo à queda da soja, e também por laticínios. Com a ajuda desses itens, o analista projeta que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% do indicador geral, vai subir pouco na passagem mensal, de 0,13% para 0,20%.
Romão, da LCA, menciona que o minério está em deflação no IGP-M desde março e, neste mês, deve ter caído 4,8%. "O mercado internacional tem excesso de estoques e o mundo está se recuperando, mas não é um crescimento que salte aos olhos. Tudo isso contribui para a trajetória negativa do minério", afirma ele, que projeta retração de 0,18% para os produtos industriais.
Para o varejo, os economistas ouvidos esperam pequena aceleração de preços. Em relatório, a equipe econômica da Rosenberg & Associados prevê que o Índice de Preços ao Consumidor - M (IPC-M), que representa 30% do IGP-M, avançou de 0,42% para 0,44% entre setembro e outubro, com taxas maiores nos grupos alimentação e vestuário. Na parte de alimentos, a Rosenberg destaca a influência positiva dos produtos in natura, cujo período de deflação já se encerrou.
Divulgado ontem pela FGV, o Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) passou de alta de 0,16% no mês passado para 0,20% no atual, com aceleração de 0,34% para 0,43% no segmento de materiais, equipamentos e serviços e estabilidade nos custos de mão de obra.
Fonte: Valor Econômico – 29-10
http://www.valor.com.br/brasil/3754876/inadimplencia-das-empresas-aumenta-134-em-setembro#ixzz3HXKVC8c5
Inadimplência das empresas aumenta 13,4% em setembro
Por De São Paulo
A inadimplência das empresas teve queda de 0,5% em setembro ante agosto, mas aumentou 13,4% sobre o mesmo período do ano passado, de acordo com a Serasa Experian. No acumulado do ano, a inadimplência das pessoas jurídicas cresceu 7,4%, segundo o levantamento.
O enfraquecimento da atividade econômica tem prejudicado a geração de caixa das empresas, ao mesmo tempo que o encarecimento do crédito tem dificultado a vida financeira, elevando a inadimplência no ano, avalia a Serasa.
Na comparação de setembro com agosto, os cheques sem fundos, com recuo de 11,9%, foram os principais responsáveis pela queda de 0,5% na inadimplência. As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) também tiveram ligeiro declínio de 0,2% e contribuição negativa de 0,1%. A inadimplência com os bancos cresceu 0,1% e os títulos protestados registraram alta de 6,8%.
O valor médio dos cheques sem fundos caiu 6,2% no acumulado de janeiro a setembro de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio das dívidas com os bancos também apresentou declínio de 2,7%. Já o valor dos títulos protestados e das dívidas não bancárias registrou alta de 9,8% e 7,3%, respectivamente.
Fonte: Portal Varejista – 29-10
http://www.varejista.com.br/noticias/9531/pesquisas-apontam-familias-brasileiras-irao-gastar-pouco-no-natal
Pesquisas apontam: famílias brasileiras irão gastar pouco no Natal
Para o Natal 2014, os brasileiros irão fazer compras modestas para presentear os familiares. As ditas “lembranças” serão o grande filão e os comerciantes não devem esperar vendas altas neste ano. Apesar de uma alta nas vendas no varejo em agosto, conforme divulgado pelo IBGE, depois de quedas nos meses de junho e julho, o Instituto não acredita que as vendas irão melhorar nos próximos meses. Já no setor específico do varejo de alimentos, como todos os anos, haverá um incremento de vendas de produtos típicos de festas.
Ainda assim, de acordo com o Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo), carnes especiais como peru, tender e lombo, panetones, bolos de Natal e bebidas terão vendas também modestas em relação aos anos anteriores. Produtos importados, como nozes e frutas, perderam atrativo por causa da alta do dólar.
"No geral, há uma tendência sendo percebida este ano de comemorações mais simples, com churrasco, frango e linguiças entre os itens mais procurados. Espumantes mais baratos (e há atualmente muitas opções disponíveis) sairão mais do que vinhos importados ou mesmo champanhe. A cerveja e os refrigerantes predominarão nas mesas”, afirma o presidente do Sincovaga, Álvaro Furtado.
Para Bruno Dixini Carvalho, presidente da Rede Giroforte, com sede em Três Pontas, sul de Minas Gerais, para que as vendas no fim de ano sejam satisfatórias é fundamental criar estratégias de marketing. “Nós já iremos colocar em todas as nossas 14 lojas uma promoção de Natal para atrair e fidelizar o consumidor. A cada R$ 50 em compra, o cliente recebe uma raspadinha e ainda participa de um grande sorteio final. Serão no total mais de 4 mil e 400 prêmios sorteados, quase 300 por loja associada”, comenta Carvalho.
“Para realmente atrair a atenção do consumidor e haver uma participação efetiva, os prêmios precisam ser atraentes. Entre os prêmios finais, por exemplo, que serão sorteados entre todos os cupons, haverá máquina de lavar roupas, multiprocessador, tablet e outros produtos eletroeletrônicos”, enumera Carvalho.
Em tempos de economia fraca é preciso que os comerciantes e empresários criem ações pontuais para, ao menos, não deixar que as vendas diminuam. O consumidor está meio perdido, pois ele já estava acostumado a colocar em seu carrinho de compras itens importados e carnes mais caras. A desaceleração econômica deste ano mudou essa realidade. Agora, é aguardar para ver o que a presidente reeleita, Dilma Roussef, irá fazer para colocar a economia novamente nos trilhos.
Fonte: Brasil Econômico – 29-10
http://brasileconomico.ig.com.br/negocios/2014-10-29/via-varejo-registra-crescimento-acima-da-media-em-comunidades.html
Via Varejo registra crescimento acima da média em comunidades
Dona das Casas Bahia e Ponto Frio fechará 2014 com 1.058 lojas, a maior parte para o consumidor das classes C e D
Rio - A Via Varejo, braço do Grupo Pão de Açúcar que reúne as varejistas do setor de eletrodomésticos Casas Bahia e Ponto Frio, vai fechar o ano mantendo o ritmo de expansão de anos anteriores, com 70 novas lojas abertas — chegando a 1.058 em dezembro — e a preocupação em estudar ainda mais os pontos de venda com foco na rentabilidade. Para Jorge Herzog, passado o período difícil do começo do ano, que se estendeu com a realização da Copa e a alta da inflação, fica ainda mais claro a necessidade de olhar as oportunidades, desde que tragam “o retorno que nosso acionista exige”, comentou ele durante o Congresso da Associação de Lojistas de Shopping Centers (Alshop), ontem, no Rio.
Herzog acredita que para os próximos anos a Via Varejo deverá manter o mesmo ritmo de inaugurações, mas evitou cravar um número, já que isso depende de sua controladora, o grupo francês Casino. O que está certo mesmo é que cada marca terá fortemente definido o seu público-alvo e a expansão estará baseada neste perfil.
“Casas Bahia sempre manteve o foco nas classes C e D e Ponto Frio, com o tempo, perdeu identidade ao querer falar com todos os públicos. Isso torna a comunicação com o consumidor mais difícil. Foi quando decidimos trabalhar a marca Ponto Frio voltada para as classes A e B. Temos uma evolução dos clientes C e D no país e também investimos na entrada em comunidades. A mais recente é a loja do Complexo do Alemão, no Rio. Estas lojas [são cinco, sendo três no Rio e duas em São Paulo] vão muito bem, com vendas acima da média”, afirma Herzog.
Segundo ele, depois da desaceleração, as vendas devem crescer no final do ano e o faturamento aumentar em “um dígito alto”.
Com a fusão que originou a Via Varejo, a companhia segue também fechando filiais, cumprindo uma determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que exigiu a descontinuidade de 74 lojas. O processo deverá se concluir no começo do ano que vem. Este ano, foram fechadas 32 unidades.
Para ele, o ano de 2015 não será tão difícil quando foi 2014, que, além da Copa do Mundo, teve o efeito eleições. “Pelo que acompanhamos da indústria e do varejo, vemos algo positivo para o setor no ano que vem. A presidenta também prometeu estar mais perto dos setores produtivos. E o governo sabe a importância do varejo”, afirma o executivo.
A expectativa para o ano que vem é bem diferente para o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. Ele espera um 2015 mais difícil para a indústria de shopping centers. Segundo ele, o momento agora é de confiar que o governo dê continuidade, com a eleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), crie uma linha direta com o empresário.
“Esta é uma das promessas da presidenta Dilma que vamos acompanhar. O empresário precisa de um ambiente econômico e tributário que favoreça a expansão do setor e, consequentemente, a geração de empregos. Tudo depende de desonerações, de uma carga de impostos reduzida e da melhora do poder aquisitivo da população. O choque de credibilidade passa pela escolha de um ministro da Fazenda que seja reconhecido pelo empresariado”, destaca Sahyoun.
O ano de 2014 deverá ser encerrado com mais 25 shopping abertos, que vão se somar aos 688 já existentes. Outros 20 a 25 empreendimentos já estão em andamento para inaugurações até o final do ano que vem. O ritmo é visto como bom pelo presidente da Alshop. Mas ele mesmo admite que o país tem muitos shoppings.
“Sim, temos muitos shoppings. Mas ainda há campo para crescer. Assim como o varejo está mais seletivo, a indústria faz o mesmo. E preciso estudar onde estar, preferencialmente onde não haja um empreendimento semelhante. Hoje, o lojista procura administradoras de shoppings com projetos sólidos e que as auxilie na escolha do ponto de venda”, diz ele.
Quanto ao final do ano, a expectativa é de que os R$ 50 bilhões que serão injetados na economia por conta do 13º salário dos trabalhadores, tenha uma boa fatia para as compras.
“O movimento vai ser bom e deveremos fechar o ano com alta de 7% a 7,5% no faturamento — em 2013, o setor fechou o ano com R$ 129 bilhões. A abertura de 25 shoppings este ano, o que equivale a mais 4.500 lojas no país, vai ajudar neste crescimento”, conclui o presidente da Alshop.
Fonte: Economia SC – 29-10
http://economiasc.com.br/numero-de-novas-empresas-cresce-4-em-setembro/
Número de novas empresas cresce 4% em setembro
O Brasil ganhou 174.517 novos empreendimentos no mês passado, afirma Serasa. Foto: Divulgação
O Brasil ganhou 174.517 novos empreendimentos no mês passado, afirma Serasa. Foto: Divulgação
O Brasil ganhou 174.517 novos empreendimentos em setembro, aumento de 4% em relação ao mês anterior, quando 167.809 novas empresas foram criadas. No acumulado do ano já são 1,5 milhão de novos negócios. Os dados foram divulgado hoje, dia 29, no Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas.
Entre janeiro e setembro deste ano o total de novos empreendimentos criados dentro do território nacional foi de 1.457.956. Este número representa um avanço de 2,1% frente ao total de novas empresas surgidas durante o mesmo período de 2013 (1.427.442).
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o número de dias úteis além do usual em setembro deste ano (22 dias) por conta do feriado do dia 7 ter caído num domingo e o crescente movimento de formalização dos negócios no país explicam o crescimento do número de empresas surgidas no mês passado.
Entre os segmentos, o de Microempreendedores Individuais registrou a criação do maior número de empresas: 125.728 novos negócios em setembro, contra 121.806 em agosto, crescimento de 3,2%. As Sociedades Limitadas ficaram em segundo lugar, seguido de Empresas Individuais e de Novas Empresas de outras naturezas jurídicas.
Segundo o indicador, das 1.457.956 novas empresas criadas entre janeiro e setembro de 2014, 72,3% (1.053.609) foram de Microempreendedores Individuais (MEIs), 12,1% (176.666) de Sociedades Limitadas, 10,1% (147.243) de Empresas Individuais, e 5,5% do total (80.438) empresas de outras naturezas jurídicas.
A crescente formalização dos negócios no Brasil é responsável pelo aumento constante das MEIs, registrado desde o início da série histórica do indicador. Em quatro anos, passaram de quase metade do total de novos empreendimentos (45,9%, em 2010) para 72,3% no último levantamento.
Já entre os setores, o de serviços é o mais procurado por quem quer empreender: de janeiro a setembro de 2014, 860.180 novas empresas surgiram neste segmento, o equivalente a 59,0% do total. Em seguida, 460.966 empresas comerciais (31,6% do total) e, no setor industrial, foram abertas 122.711 empresas (8,4% do total) neste mesmo período.
Regiões
O Sudeste segue liderando o ranking de nascimento de empresas, com 745.791 novos negócios abertos entre janeiro e setembro de 2014 ou 51,2% do total. A Região Nordeste ocupou o segundo lugar, com 17,9% (261.355 empresas). A Região Sul segue em terceiro lugar, com 16,4% de participação e 238.650 novas empresas. O Centro-Oeste registrou a abertura de 136.914 empresas e foi responsável por 9,4% de participação, seguido pela Região Norte, com 75.246 novas empresas e 5,2% do total de empreendimentos.
Fonte: Economia SC – 29-10
http://economiasc.com.br/apos-ano-fraco-varejo-aposta-nas-vendas-natalinas/
Após ano fraco, varejo aposta nas vendas natalinas
Lojistas esperam crescimento de 3% nas vendas a prazo no Natal, afirmam CNDL e SPC. Foto: Divulgação
Lojistas esperam crescimento de 3% nas vendas a prazo no Natal, afirmam CNDL e SPC. Foto: Divulgação
As vendas a prazo no período do Natal devem crescer 3% na comparação com 2013, segundo avaliação da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Se as expectativas dos lojistas se confirmarem, as vendas devem praticamente repetir o crescimento do ano passado quando a alta verificada foi de 2,97%. Nos anos anteriores, as expansões foram de 2,37% (2012), de 2,33% (2011) e de 10,89% (2010).
Como em 2014 o varejo apresentou desempenho modesto na maior parte das datas comemorativas e sofreu com as vendas no período da Copa do Mundo, os lojistas esperam alavancar as vendas no Natal para recuperar o prejuízo. “A inflação tem pesado no bolso dos consumidores. Os juros se encontram num patamar elevado e a massa salarial já não cresce com tanto vigor como nos últimos anos, o que desaquece as vendas. Ainda assim, em virtude da injeção extra de capital com o pagamento do abono de natal e com as tradicionais compras de última hora, as vendas para o fim do ano devem ser melhores do que nas demais datas festivas de 2014. A expectativa dos lojistas é de que as perdas acumuladas ao longo do ano sejam recuperadas no período natalino”, afirma Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL.
Para o líder do movimento lojista, o período natalino é conhecido por beneficiar praticamente todos os segmentos da economia, de maneira homogênea. “No Natal, é comum que o consumidor direcione seus gastos aos mais variados bens e serviços. Ele pode comprar uma roupa nova, quitar dívidas, revisar o carro da garagem, dar um vinho de presente e até começar uma reforma. Dessa forma, todas as engrenagens giram para fazer a máquina econômica funcionar”, explica Pellizzaro Junior.