Clipping Diário 29/09/2013
Publicado em 29/09/2013
Clipping Diário 29/09/2013
Antes que seja tarde
Acordar na hora certa para os problemas e buscar ajuda profissional são pontos fundamentais para a saúde financeira da empresa
Quando uma empresa respeitada no mercado entra em uma bola de neve de endividamentos, é difícil para quem assiste de longe entender o que está acontecendo. As dúvidas afloram, as portas se fecham e a situação pode se tornar insustentável. O caso mais simbólico em Joinville é a falência da fabricante de ônibus Busscar, que completou um ano nesta sexta-feira.
A agonia da empresa ficou marcada na memória de ex- trabalhadores, analistas e população. Quando dificuldades vividas por outras companhias ganham visibilidade, a luz amarela já acende: “Será que pode virar uma nova Busscar?”. Não exatamente.
Salvatore Milanese, sócio-líder de reestruturação da KPMG no Brasil, explica que as crises fazem parte do ciclo normal das empresas e o intervalo de tempo entre uma e outra vem encurtando, segundo ele, devido à interdependência. As empresas localizadas em países expostos à economia global têm maior incidência de crises, diz. Para Milanese, o que não é normal é correr atrás dos remédios quando a empresa “já está com o pé na cova”.
O correto seria acordar antes, mas Milanese identifica que quando as coisas não estão bem, os empresários entram no estágio da negação. Tentam salvar o patrimônio sozinhos, cercam-se de milagreiros e insistem em contrair novos empréstimos.
– O primeiro passo é reconhecê-la e cercar-se de experts.
O consultor explica que o endividamento não é algo ruim, necessariamente, porque quando uma empresa de infraestrutura, por exemplo, investe a longo prazo e adquire alto endividamento, o retorno do projeto vai gerar caixa para pagá-lo.
– O problema é quando o endividamento é alto e não há perspectivas. Essa é a hora de pedir ajuda, instalar um comitê de crise, fazer a gestão de caixa e garantir os pagamentos para não parar a operação. Sem deixar de planejar outras ações, como reestruturação e venda de ativos.
Ele reforça que não se pode deixar chegar à total deterioração. Mas muitos empresários acham que uma nova dívida vai resolver.
– Por isso é aconselhado que se cerque de especialistas de forma profissional, sem vínculo emocional. Só internamente, a solução pode sofrer resistências ou demorar para implementada.
Gestão diária das contas
Se as decisões da alta liderança definem os rumos estratégicos de uma empresa, é na gestão diária que se cultiva a saúde financeira. O diretor de operações e finanças da Syspro, Jonas Jacques, diz que as causas para perda da saúde financeira estão ligadas à falta de habilidade gerencial e ao fator cultural de não crer no planejamento e preferir errar e aprender com os erros.
Jacques sugere o acompanhamento diário, com métricas expostas em painéis simples mostrando indicadores como estoque, prazos de recebimento, volume de vendas, entre outros. Empresas mesmo grandes podem ter controle, segundo ele, por meio da coordenação de cada área.
Para o professor do departamento de economia da Univille José Kempner, o segredo é pagar as contas do dia a dia. O que não é coberto, afirma, vai refletir no endividamento até um ponto em que alguém diz “chega”.
A falta de controle abre espaço para práticas que geram desperdício, prejudicam a leitura do cenário e podem até terminar em casos de má-fé.
– O problema não é a compra do mês, mas a despesa da padaria – afirma Jacques.
Fonte: Diário Catarinense – Economia - 29-09
Atenção aos sinais da empresa
Agir logo após os primeiros indícios de problema é ponto fundamental, o sucesso depende do olhar profissional do gestor
Todo gestor quer passar bem longe da crise, mas, curiosamente, muitos se deixam levar até ela, sem tomar consciência ou medidas preventivas. A maioria pede ajuda quando a situação já está instalada. É o que verifica o presidente da Corporate Consulting, Luis Alberto de Paiva. Poucas são as demandas de consultoria financeira na fase dos primeiros sinais, quando a empresa começa a perder margem, mercado, o caixa se torna apertado e deveria buscar ajuda para retomar o ciclo do produto, afirma.
Quando a organização não consegue pagar a folha e os fornecedores e as dívidas se acumulam, a crise chegou. Em situação emergencial, a saída pode ser a recuperação judicial, como fez a Douat Têxtil, tradicional empresa familiar de Joinville fundada em 1973.
Os motivos que levaram à dificuldade financeira foram o alto nível de endividamento, elevação das taxas de juros e aumento do custo de matéria-prima, informou Paiva. Após o deferimento do pedido de recuperação judicial em fevereiro, a consultoria iniciou o aporte de capital levantado no mercado financeiro para voltar às atividades com normalidade.
– Começamos a estabelecer uma série de medidas dentro da Douat para ter maior controle de custos e contenção de despesas – destaca.
Oscilação do dólar contribui para a crise no setor
A Douat não está sozinha. Segundo Paiva, o setor têxtil passa por um momento de crise, pois a indústria nacional não tem preço competitivo e quando o dólar aumenta, explode o custo de matéria-prima.
Ao analisar o caso da Busscar, cuja decretação de falência completa um ano, Paiva diz que é um exemplo de empresa com sucessão malfeita, que não conseguiu capacitar a transição da família para o mercado.
– Se a empresa tivesse feito a reestruturação em um momento adequado, não precisaria chegar à falência – completa.
Fonte: Diário Catarinense – Economia - 29-09
Blumenau se veste para a Oktober
A poucos dias para o início da festa, trabalhos de decoração e montagem na Vila Germânica e no comércio ganham ritmo
Ia, ia, ia, ô! Calma, ainda faltam alguns dias para matar a saudade da Oktoberfest e poder sair por aí cantando as músicas típicas da festa. Neste ano, o evento que inicia quinta-feira e segue até o dia 20 de outubro está cheio de novidades para arrancar suspiros e elogios do público.
Mas, enquanto os festeiros não são oficialmente liberados para tomar conta do Parque Vila Germânica e conhecer as atrações, operários não economizam energia e atenção para deixar tudo nos trinques. O mesmo ocorre no comércio, que investe em uma decoração especial para atrair mais vendas.
Uma das novidades na Vila Germânica é a construção de uma Praça de Alimentação na área externa, que chega a ocupar uma parte da rua Alberto Stein. Presidente da vila e secretário de Turismo, Ricardo Stodieck explica que já havia praças de alimentação na área externa, mas que agora elas foram agrupadas, melhorando as condições de trabalho, de higiene e também para o público.
– Na praça, teremos bancos com encostos para que as pessoas possam comer e descansar – diz.
Na decoração, mais novidades. Os três setores vão remeter à produção da cerveja. Nos tetos, fitilhos coloridos. Lonas que trazem imagens da produção da cerveja e da cidade estão sendo colocadas para dar charme aos ambientes. O Biergarten também estará de cara nova. A decoração terá elementos da agricultura cervejeira e muito verde. E não deixará de existir depois da Oktober, ficando montada até fevereiro, para a Sommerfest.
Já o Bierwagen, o carro da cerveja, vai circular pelas ruas do Centro e anunciar a chegada da 30a Oktoberfest. O Chevrolet Ramona vermelho, ano 1929, circulará de segunda a sexta-feira, às 15h, e sábado, às 10h. Nos domingos, ficará na garagem. A primeira saída estava marcada para quarta, mas pela enchente do último fim de semana, foi adiada.
Fonte: Diário Catarinense – Economia - 29-09
Lojas também preparadas
Não é apenas a Vila Germânica que se prepara para receber a Oktoberfest. Nas ruas centrais, já é possível ver o clima da festa nas vitrinas e até nos telhados. Sexta-feira, o eletricista que aproveita para ganhar um dinheiro extra fazendo decorações para datas especiais trabalhava para deixar uma loja da Rua XV no clima da festa:
– Eu tenho algumas ideias, o cliente tem outras. Aí junta tudo e a gente cria uma decoração especial.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Paulo César Lopes, afirma que orientação é para que os lojistas aproveitem da melhor maneira possível a Oktober. Cita que a decoração é um ponto que chama a atenção dos turistas:
– A nossa orientação é para que até o pessoal das lojas seja uniformizado com traje típico, sendo assim uma forma de chamar ainda mais atenção.
Lopes salienta ainda que a festa é o início das vendas de fim de ano. Diz que muitas lojas chegam a contratar funcionários temporários para atender a demanda e acabam ficando com eles até o Natal.
A agricultura cervejeira ganha espaço de destaque
Construído ao lado do Setor 1 do Parque Vila Germânica, o Biergarten será decorado com elementos da agricultura cervejeira. A cor verde vai predominar na decoração.
Canteiros estarão sobre cercas de madeira e serão enfeitados com matérias-primas do processo produtivo da cerveja. Terá guirlandas de quatro metros no teto. Para receber os visitantes, mesas e bancos estarão à disposição. Em frente ao palco, haverá espaço para dança.
Fonte: Diário Catarinense – Economia - 29-09