Clipping Diário - 28/12/2014
Publicado em 28/12/2014
Clipping Diário - 28/12/2014
Crédito deve crescer menos em 2015 e bancos apostam em tarifas
Projeção de baixo crescimento econômico, aumento no calote e temores de alta no desemprego reduzem procura por empréstimos. A oferta de crédito nos grandes bancos deve ter mais um ano de crescimento tímido, com desempenho similar ao visto em 2014 ou até mesmo inferior considerando a fraca demanda e o baixo crescimento econômico esperado para 2015. O sinal amarelo nos calotes com juros maiores e temores quanto ao aumento do desemprego sustentam a o perfil seletivo dessas instituições que não demonstram apetite por aumento de risco e devem continuar compensando com tarifas e serviços o menor ganho com empréstimos.
A exemplo de 2013, este ano os bancos cortaram as projeções esperadas para o desempenho das carteiras e se voltaram para segmentos de menor risco. O próximo exercício, segundo executivos e analistas, não deve ser diferente. O Banco Central espera alta de 12% do crédito em 2015, mesma expansão estimada para este ano.
No acumulado de 2014 até novembro, o estoque de crédito subiu 9,1% ante o mesmo período de 2013 e 11,8% em 12 meses, totalizando R$ 2,963 trilhões, segundo dados do BC divulgados nessa semana. No caso dos privados, embora os guidances (metas) sejam divulgados somente junto com os resultados do quarto trimestre, analistas esperam alta de apenas um dígito enquanto os oficiais devem continuar desacelerando a expansão de suas carteiras. "O crédito deve crescer menos de 10% em 2015 e, principalmente, em linhas de menor risco. O foco deve ser tarifas. As margens pararam de cair e na melhor das hipóteses devem ficar estáveis em 2015", avalia Carlos Macedo, analista do Goldman Sachs, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Do lado dos calotes, é esperada leve piora na qualidade dos ativos durante 2015 como já ocorreu ao longo deste ano. Dois dígitos. No consumo, a desaceleração da oferta de crédito é dada como certa. Os destaques positivos continuarão sendo imobiliário e consignado (com desconto em folha) que apesar de renderem margens menores e terem sido alvo de forte concorrência entre os bancos possuem garantias que dão mais conforto para essas instituições operarem. Para ambas as carteiras, ainda é esperado avanço de dois dígitos. O segmento de cartões também continua com expectativas otimistas e prioridade para os grandes bancos.
Na outra ponta, veículos e crédito para pequena e média empresa (PMEs), que têm sido alvo de baixo apetite por parte dos bancos devido à mudança de mix nos portfólios e preferência por créditos com garantias, devem continuar na berlinda. Nem mesmo estímulos como a facilitação da retomada do bem, medida que passou a vigorar em novembro último, devem ser suficientes para inverter a trajetória dessas carteiras. Em um cenário mais otimista, espera-se estabilidade.
A notícia positiva pode vir da agenda de infraestrutura ou melhor da concretização deste calendário e maior participação dos bancos privados nos financiamentos de longo prazo. Em conversa com a imprensa, nesta semana, a presidente Dilma Rousseff voltou a cobrar maior participação dessas instituições. Pesa, porém, o custo do funding, segundo um diretor de um grande banco. Isso porque se for o tradicional, considerando a atual Selic, o crédito pode ficar caro. E ainda o risco em jogo considerando o perfil bastante seletivo dos privados para emprestar.
"O governo tem uma excelente oportunidade de acelerar na infraestrutura com os bancos privados, com vistas a reduzir a contração total", diz um executivo de alto escalão.
Há ainda preocupações quanto à cadeia de fornecedores da Petrobrás por conta da suspensão de pagamentos das empresas sub-contratadas de grandes construtoras que estão tendo de tomar dinheiro no mercado. O Itaú Unibanco, segundo Roberto Setubal, presidente da instituição, está preocupado, mas não vê nada que desperte atenção em seu balanço. Outro executivo diz que a restrição de crédito para empresas ligadas a Petrobrás já ocorreu e, portanto, o pior impacto pode ter ficado no passado.
Inadimplência. Do lado dos calotes, é esperada leve piora na qualidade dos ativos durante 2015 como já ocorreu ao longo deste ano. Na opinião de Frederic De Mariz, do UBS, a inadimplência, considerando os atrasos acima de 90 dias, deve aumentar reagindo a um maior número do desemprego. Ele não vê, contudo, um crescimento "muito preocupante".
O único banco que segue melhorando o indicador por um período mais longo é o Itaú Unibanco. Segundo Setubal, a expectativa é que os calotes caiam mais no próximo ano, beneficiados pela mudança de mix. O Bradesco e o BB tiveram a segunda piora consecutiva no terceiro trimestre deste ano e o Santander reverteu a alta vista no segundo.
Fonte: O Estado de São Paulo – 28.12
Temporada para trocar presentes
É preciso ficar atento às regras das lojas para devolver o produto que não serviu ou agradou. Escolher presentes de Natal nem sempre é uma tarefa fácil, ainda mais quando o vendedor coloca o produto errado na caixa e o equívoco só é descoberto depois. Não existe outra alternativa se não a troca. Mas ela não é tão simples assim, já que há estabelecimentos que não aceitam somente a palavra do cliente.
Nessas horas, é preciso ter em mãos um comprovante de que a loja se comprometeu a receber o presente que não serviu ou não agradou. Do contrário, é preciso saber dos direitos do consumidor.
A história da assistente administrativa Letícia Pereira, 23 anos, é daquelas em que a maior surpresa não é o presente. Ela comprou uma sandália para o namorado, o motorista Evandro Prado Cargnin, 32. Ele colocou os pés no calçado, mas não serviu.
– Pedi para o rapaz o número 42, mas não vi que na caixa ele tinha colocado o 41 – lamenta.
Passado o feriado de Natal, os dois foram desfazer o engano. A loja em que a assistente comprou o par de sandálias adotou um procedimento para a troca: carimbou a caixa do produto. No momento em que Letícia escolheu o presente e pagou por ele, o benefício foi garantido a ela.
Fonte: Diário Catarinense – 28.12
MUDANÇAS NO SUPERSIMPLES, POR FÁBIO BRAGA * Presidente da Ampe Metropolitana - Florianópolis
Em 2015 entrarão em vigor as mudanças da nova lei do Simples Nacional. Sancionada pela Lei Complementar 147/2014, trouxe diversas conquistas, entre elas a universalização do Supersimples – o sistema de tributação diferenciado para as micro e pequenas empresas, que unifica oito impostos em um único boleto e reduz, em média, em 40% a carga tributária. O espírito da lei é caminhar para a eliminação da burocracia, para que sobre tempo para o empresário fazer o que melhor sabe, gerar mais emprego, produzir mais e vender mais.
As mudanças são um reconhecimento ao papel das micro e pequenas empresas, que respondem por 27% do PIB, 52% dos empregos formais e 40% da massa salarial do país. Como bem lembrou o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, foram quase 18 anos para a conquista da universalização do Simples.
Com o novo texto, que estabelece como critério de adesão o porte e o faturamento da empresa, em vez da atividade exercida, advogados, médicos, corretores e diversos outros profissionais, principalmente do setor de serviços, podem aderir e passar a pagar menos tributos, com menos burocracia.
Ainda que a adesão seja apenas no período de 2 e 31 de janeiro de 2015, os empreendedores interessados nos benefícios tributários da Lei já poderão realizar o processo de agendamento. O objetivo principal é facilitar o ingresso no sistema de tributação diferenciado, pois vai permitir a verificação prévia de algumas pendências jurídicas e fiscais que podem vir a interferir na concessão do imposto.
Mas não podemos parar por aí. Nos próximos meses devem estar prontos os estudos para revisão das tabelas do Simples, questão essencial para tributação justa. Também lutaremos para que a presidente Dilma cumpra a promessa de aumentar o teto de faturamento para o Microempreendedor Individual. Muitas outras conquistas ainda precisam se transformar em realidade.
Fonte: Diário Catarinense – Artigo – 28.12
Ruído na comunicação
Ainda não se sabe ao certo quem costurou o acordo na Câmara para que os vereadores de oposição aprovassem a autorização para o município contratar empréstimo com a Caixa e parcelar as dívidas com a Previdência. Em troca, a base do governo deveria votar favoravelmente ao projeto de Afrânio Boppré (PSOL) que proíbe o reajuste do IPTU em 2015. A princípio a costura até que deu certo no Legislativo, tanto que passou tudo. Só esqueceram de combinar com o prefeito Cesar Souza Junior, que tem dito e repetido reiteradas vezes que vai reajustar com base na autorização concedida pelo TJ em até 50%. O projeto de Afrânio será vetado pelo Executivo.
Fonte: Diário Catarinense - Visor – 28.12
Elogios ao MP
Equilibrada, prudente e serena são alguns dos adjetivos que estão sendo usados para classificar a atitude do promotor Alexandre Graziotin de pedir mais elementos à PF e não denunciar agora os 14 vereadores envolvidos no caso Cidade Limpa. Nos bastidores, já há quase um consenso de que, nessa denúncia específica, não há provas. A tal agenda com os nomes dos vereadores, sozinha, não vai condenar ninguém! Deglaber Goulart enfrenta a situação mais bizarra: ele não votou na sessão da Câmara que decidiu o assunto porque estava tratando um câncer, mas mesmo assim foi indiciado.
Fonte: Diário Catarinense - Cacau Menezes – 28.12