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Clipping Diário 28/10/2013

Publicado em 28/10/2013
Clipping Diário 28/10/2013

  Tarifas sobem mais que inflação Produtos e serviços como combustíveis, energia elétrica, telefonia e planos de saúde aumentaram 474,6% desde 1995 Tarifas de energia, telefone e planos de saúde têm controles adicionais em relação a outros preços, mas mesmo assim subiram três vezes acima da inflação desde 1995, primeiro ano cheio desde a adoção do real como moeda brasileira. Chamados de preços administrados, esses valores geralmente são relativos a serviços privatizados ou essenciais. Nos últimos 18 anos, produtos e serviços como combustíveis, energia elétrica, telefonia e planos de saúde aumentaram 474,6%, enquanto a variação média de todos os preços ao consumidor foi de 261,3%. Destaca-se a intensidade das remarcações de gás de botijão e telefone fixo, que superaram os 800%, muito acima da recuperação do salário mínimo no período (578%). Como são itens difíceis de evitar ou substituir, o peso no bolso é praticamente irreversível. – Os maiores reajustes nos preços administrados ocorreram no início das privatizações, para permitir os investimentos que o país precisava em infraestrutura. Mas gradativamente foram desacelerando – analisa André Braz, responsável pelo cálculo do IPC da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. O custo das empresas que fornecem esses serviços são descolados da inflação percebida pelas famílias quando vão ao supermercado ou ao cinema, o que explica por que muitas vezes o reajuste de alguma tarifa soa exagerado. Definidos com autorização de agências reguladoras, esses preços representam a sobrevivência de um mecanismo considerado causador de mais inflação, a chamada indexação. Ocorre quando, para definir um novo valor, é usada a alta de preços do período anterior – ou seja, é inflação passada definindo a inflação futura. Serviços são indexados quando, no seu reajuste, é usado algum índice de correção, como os vários indicadores de preços – IPCA, IGP-M, IPC. Desindexação afetaria outros setores da economia Especialistas concordam que a economia do Brasil não é madura o suficiente para que o governo deixe os preços de serviços essenciais fluírem com mais autonomia, como ocorre nos Estados Unidos e na Europa. Debatida no início do governo Lula, essa hipótese perdeu fôlego nos últimos anos, em razão da inflação ter permanecido próximo do limite estabelecido pelo governo, 6,5% ao ano. Mansueto Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), explica que em períodos de inflação relativamente alta, uma permissão para os preços correrem livremente pode levar empresas que forneçam o serviço essencial a elevar exageradamente os preços, por temer que seus custos aumentarão no futuro próximo: – Uma desindexação afetaria outros setores da economia, alimentando uma alta generalizada de preços. 261,3% foi a variação média de todos os preços ao consumidor nos últimos 18 anos. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 28-10   Brasileiro deve menos Em grande parte dos países desenvolvidos, a população deve mais do que a própria renda Apesar de ter atingido níveis recordes, o endividamento das famílias brasileiras é baixo em relação a outros países. Segundo levantamento divulgado pelo Banco Central (BC), os brasileiros tinham 45,36% dos rendimentos comprometidos com dívidas, no maior nível registrado desde o início da série, em janeiro de 2005. O número refere-se à comparação entre as dívidas das famílias com o Sistema Financeiro Nacional e os rendimentos acumulados nos últimos 12 meses. Há oito anos, esse percentual correspondia a apenas 18,39%, mas subiu gradualmente até ultrapassar 40% em março de 2011. Mesmo com esse salto, os brasileiros ainda usam pouco o crédito na comparação com as economias avançadas. Segundo os levantamentos mais recentes, em grande parte dos países desenvolvidos, a população deve mais do que a própria renda. Na Europa, as dívidas superam 100% da renda na Estônia, na Espanha, na França, em Portugal, na Finlândia, na Suécia e no Reino Unido, conforme o Eurostat – órgão oficial de estatísticas da União Europeia. Na Dinamarca, na Irlanda, no Chipre, na Holanda e na Noruega, a proporção supera 200%. De acordo com o economista Fabio Gallo, especialista em crédito da Fundação Getulio Vargas, o que impede o endividamento dos brasileiros de atingir os níveis dos países desenvolvidos são os juros altos, que se refletem no alto valor das prestações. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 28-10   Evento discute governança corporativa O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) realiza nesta quarta-feira, na sede da Fiesc, em Florianópolis, um encontro gratuito para discutir como tornar o conselho de administração um órgão representativo dos acionistas e das partes interessadas durante a direção da organização. O evento ocorre a partir das 18h30min e conta com a participação do secretário de Estado da Fazenda, Antônio Marcos Gavazzoni. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 28-10   Cartões são usados em metade dos pagamentos Os cartões de crédito, débito e de loja, os chamados private label, aumentaram sua presença nos meios de pagamentos utilizados pelos brasileiros. É o que revela pesquisa feita pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) e do Datafolha. Pela primeira vez, os plásticos conseguiram alcançar participação nos gastos mensais de brasileiros de 50% ante fatia de 42% registrada em 2011. R$ 1 bi é quanto a Mercedes-Benz irá investir nas fábricas de caminhões e ônibus no Brasil. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 28-10   Homem tem mais chances que mulher Pesquisa mostra que possibilidade para subir na empresa é 20 vezes maior para o sexo masculino Um homem tem 20 vezes mais chances de chegar ao cargo de presidente-executivo de uma empresa do que uma mulher. É o que mostra um levantamento da consultoria empresarial Bain & Company. A pesquisa entrevistou 514 pessoas, igualmente divididas entre mulheres e homens. Dos participantes, 42% ocupa posições de gerência sênior ou executiva. Segundo o estudo, apenas 14% dos cargos de gerência executiva são ocupados por mulheres. O número de presidentes-executivas é ainda menor: apenas nove do sexo feminino no ranking de importantes companhias do país. De acordo com o estudo, ambos os sexos acreditam que a igualdade de gêneros traz benefícios ao ambiente de trabalho – os homens até mais, com 84% ante 66% das mulheres. Mulheres reconhecem baixa remuneração Ao mesmo tempo, 71% das entrevistadas e 69% dos entrevistados creem que conquistar esse cenário deveria ser um elemento estratégico obrigatório para as empresas, enquanto apenas apenas 31% das mulheres e 35% dos homens acreditam que as companhias façam disso algo prioritário. As mulheres também parecem estar mais cientes da disparidade do que os homens: elas reconhecem que são pior remuneradas para cargos semelhantes três vezes mais que os homens. Além disso, apenas 31% delas concordam que têm as mesmas oportunidades de participar de processos de seleção para posições executivas ou de gestão, 19% dizem acreditar ter as mesmas chances que homens de serem promovidas essas posições, e 22% confiam que terão chances iguais de serem indicadas a cargos de governança corporativa ou posição chave de liderança. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 28-10   Florianópolis sedia encontro de shopping centers A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) promove no dia 31 de outubro, em Florianópolis, encontro com empresários do setor na região Sul do país. Os encontros são exclusivos para profissionais de shopping centers associados à Abrasce. Eles deverão avaliar o mercado local, discutir ações, fomentar a troca de ideias e o fortalecimento da indústria. Os interessados podem se inscrever pelo site www.portaldoshopping.com.br/agenda. A região Sul é a segunda de maior destaque do setor de shopping centers brasileiro. Atualmente, dos 476 estabelecimentos em funcionamento no país, 86 localizam-se na região – 21 em Santa Catarina, totalizando 1.788.840 metros quadrados de área bruta locável. Em 2012, os shoppings do Sul faturaram cerca de R$ 19,057 bilhões. Assim como em outras regiões do país, cidades que não são capitais receberão um maior número de empreendimentos. Entre os fatores que pesam para essa migração de investimentos estão a demanda crescente por este modelo de comércio, a prestação de serviço, além da maior disponibilidade de terrenos em áreas fora das capitais. As cidades que recebem um novo shopping center passam a oferecer mais empregos durante a construção e após sua inauguração, na operação do empreendimento e das lojas; profissionalização do comércio, melhorias no entorno do centro de compras, valorização imobiliária e aumento na arrecadação de impostos. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti - 28-10   Wall Street encosta em marca recorde A Bolsa de Nova York (Nyse) avançou nos últimos pregões embalada por resultados corporativos acima do esperado, entre os quais da Microsoft e Amazon, e pode bater novo recorde esta semana. O índice Dow Jones alcançou 15.570 pontos, bem perto da marca histórica de 15.658 registrado no dia 2 de agosto passado. Em 2013, Wall Street tem valorização de 20%. Mais considerado em razão de incluir em sua carteira um maior número de empresas e setores da economia, o índice Standard & Poor's 500 superou seguidos recordes na semana passada, encerrando o período com inéditos 1.759 pontos. Na contramão da direção de Wall Street, seu principal parâmetro de preços, a Bolsa de São Paulo (Bovespa) operou no vermelho nas últimas três jornadas, ampliando a perda acumulada no ano para 11%. Composto pelas 70 ações mais negociadas no pregão, o Ibovespa encontra dificuldade para superar o patamar de 56 mil pontos, flutuando sob o impacto de operações especulativas, especialmente dos papéis do grupo do empresário Eike Batista. No encerramento da semana, OGX Petróleo ON despencou quase 20% sob influência de rumores de que a petroleira deve protocolar pedido de recuperação judicial. Esses papéis respondem por 4% no Ibovespa, no qual ocupam a quarta posição e amargam queda de 93,3% desde janeiro. No segundo lugar em peso no índice, com 7% de participação e atrás apenas da Vale, as ações preferenciais da Petrobras fecharam a semana com desempenho positivo, reduzindo para apenas 5,3% a perda registrada em 2013. Fonte: Diário Catarinense – Economia - 28-10   Convenção Cerca de 500 dirigentes do sistema cooperativo brasileiro estarão em Florianópolis a partir de quinta-feira, dia 30, participando da 10a Convenção Nacional da Cooperativa de Crédito Unicred. No encerramento, palestra do jornalista Luiz Nassif, que abordará os reflexos das altíssimas taxas de juros na economia brasileira. Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira - 28-10   Oportunistas Essa história de comerciantes paulistas invadirem nossas cidades com "feirões" de produtos populares já acabou na Justiça e pode terminar na polícia. Houve problemas em São José e em Itajaí. Roupas são vendidas a preços absurdamente baratos, competindo de forma desigual com os lojistas locais, que empregam milhares de pessoas e pagam pesados impostos. Sem falar que o comércio catarinense vive a duras penas, com previsão de crescimento de pouco mais de 2% em 2013. Fonte: Notícias do Dia – Damião – 28-10   Bombinhas... A Semana Lixo Zero, que terminou no fim de semana em Florianópolis, produziu resultados até fora da Capital. A prefeitura de Bombinhas formalizou por meio de decreto assinado pela prefeita Ana Paula Silva que a cidade assumiu o compromisso de ser Lixo Zero até 2020. Segundo Rodrigo Sabatini, presidente do Instituto Lixo Zero Brasil, esta é a primeira cidade brasileira a assumir este compromisso.   ...Lixo Zero O fato deve ter repercussão internacional, já que Bombinhas tem 29 praias e o foca o desenvolvimento em turismo, agora com mais força na âncora sustentável. A assinatura do decreto foi paraninfada pelo presidente da Zero Waste Alliance International, o norte-americano Richard Anthony, que participou da Semana Lixo Zero realizada na Capital. Fonte: Notícias do Dia – Damião – 28-10   Economistas veem inflação e PIB mais baixos em 2014 Economistas de instituições financeiras deixaram inalteradas suas projeções para a inflação e o crescimento da economia neste ano, mas reduziram suas expectativas para 2014. Pesquisa Focus do Banco Central mostrou nesta segunda-feira que a estimativa para o IPCA deste ano foi mantida em 5,83%, mas para 2014 a projeção para o indicador foi a 5,92%, ante 5,94% na pesquisa anterior. Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), o Focus mostrou que a projeção de expansão permaneceu em 2,50% para este ano, mas caiu a 2,13% para 2014, ante 2,20% anteriormente. A mediana das estimativas aponta para Selic de 10% no fim de 2013, mesma projeção da semana anterior. Para 2014, a projeção também foi mantida em 10,25%. Aperto dos juros deve continuar Assim, para a reunião de novembro do Comitê de Política Monetária (Copom), a última do ano, a perspectiva foi mantida em nova alta de 0,5 ponto percentual. A mediana das estimativas do Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, manteve a perspectiva de aperto monetário. Para 2013, a estimativa para a Selic ficou em 10% e, para 2014, permaneceu em 10,50%. Na última reunião do Copom, o BC sinalizou que seguirá com o aperto dos juros, ao defender ser "apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso". Fonte: Portal O Globo – 28-10   Preço dos serviços dobra e muda a vida de brasileiros Em dez anos, IPCA subiu 69,6%, enquanto a inflação dos serviços disparou 102,4%, exigindo habilidade no orçamento familiar  Os preços dos serviços, que pesam um pouco mais de um terço no orçamento das famílias, dobraram em dez anos. Isso mudou o modo de vida dos brasileiros. Menos idas ao restaurante, negociação de pacotes com cabeleireiros, eletrodomésticos "possantes" em casa e uso de equipamentos automáticos em condomínios para reduzir a dependência dos serviços da empregada doméstica e dos porteiros, por exemplo, foram algumas das saídas para driblar a pressão de preços. Para uma inflação geral ao consumidor de 69,64%, acumulada entre setembro de 2003 e o mesmo mês deste ano, os serviços subiram 102,4%, aponta um estudo feito a pedido do Estado pela LCA Consultores. Com base nos dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a consultoria reuniu os preços dos serviços em dez grupos e constatou que em nove deles a alta acumulada em dez anos superou a inflação geral. Em três grupos, o aumento de preços em dez anos ficou acima da elevação média dos serviços. O campeão de alta de preço dos serviços foi o gasto com empregado doméstico, que subiu 164,25% no período, seguido pela alimentação fora do domicílio (131,68%). Despesas com serviços de depilação, que ficaram 144,55% mais caros em dez anos, com manicure (107,66%) e cabeleireiro (100,51%) também foram os destaques. Estratégias. Os preços dos serviços dispararam e o brasileiro criou estratégias defensivas. "Dei um basta na alta dos preços dos serviços", diz Lilian Elizabeth Bizio, 49 anos, casada e mãe de uma filha de 17 anos. A contabilista, que há 30 anos ocupa o cargo de controller em empresas, decidiu empregar as técnicas que usa no seu trabalho em casa para identificar as despesas que corroem o orçamento. "O meu orçamento doméstico é desmembrado por centros de custo. Eu, meu marido e a minha filha, cada um é um centro de custo", conta. Lilian frisa que o controle, feito de forma "feliz", foi o caminho para identificar gastos elevados. Nas despesas com cabeleireiro, Lilian negociou "pacotes". "Comprando um número de manicures e cortes e pagando à vista, economizei 15%." Já a saída para reduzir o gasto com empregada foi diferente. "Investi na casa para que ficasse automática e simples", diz Lilian. Até 2008, ela tinha uma empregada que chegava no domingo à noite e ia embora na sexta à noite. Agora, a jornada é das 7h às 13h e de segunda a sexta. Assim como Lilian, que aplicou a rotina do trabalho para cortar despesas com serviços, o engenheiro Odinir Penteado de Souza Junior, 48 anos, automatizou portas e instalou circuito de TV para reduzir gastos com mão de obra no condomínio no qual é síndico. Com o torno automatizado na indústria é possível ter rendimento maior do que com um manual, compara. Hoje, o valor do condomínio que ele administra é de R$ 900. Os gastos com salário respondem por mais de 50% desse valor. Com as pressões de custos advindas da mão de obra, havia necessidade de reajustar o valor para R$ 1,2 mil, mas ele conseguiu mantê-lo. Fonte: O Estado de São Paulo – 28-10   Crédito consignado cresce mais que o pessoal Com uma das menores taxas de juros do mercado, cerca de 2% ao mês, o crédito consignado cresceu a uma velocidade 51% maior que a do empréstimo pessoal em cinco anos e meio. O saldo concedido na modalidade teve um aumento de 208% entre janeiro de 2008 e agosto de 2013, de R$ 69,7 bilhões para R$ 214,7 bilhões, segundo dados do Banco Central. Os valores consideram os chamados recursos livres, que excluem créditos como habitacional e rural. No mesmo período, o empréstimo pessoal, com juros de 5,5% ao mês em média, cresceu 138%, para R$ 96,8 bilhões em agosto deste ano. Embora mais vantajoso em termos de custo, com juros menores, o crédito consignado não é acessível a todos. QUEM PODE Para conseguir um empréstimo nessa linha, é preciso ser aposentado ou pensionista do INSS (Previdência Social), funcionário público ou empregado com carteira assinada de uma empresa privada que tenha convênio com bancos que ofereçam o crédito. "Muitas empresas preferem não solicitar o convênio com medo de que o funcionário se endivide", diz Alexandre Chaia, professor de finanças do Insper, instituto de ensino e pesquisa. Preocupação que procede, afirma Carlos Honorato, professor de finanças da FIA, fundação privada ligada à USP. "Infelizmente, as pessoas usam o crédito consignado para aumentar o consumo indiscriminado", diz. A principal indicação dessa modalidade de crédito é pagar dívidas já contraídas e que tenham juros mais altos, para equilibrar o orçamento. RISCOS O crédito consignado, no entanto, também oferece riscos ao tomador. Para funcionários da iniciativa privada, o maior deles é o de rompimento do contrato em caso de demissão. Nessa situação, as opções que costumam ser oferecidas, previstas em cada contrato, são quitar a dívida à vista com parte do dinheiro (ou todo, dependendo do valor) que seria recebido da empresa na rescisão, ou aceitar que os juros do empréstimo sejam convertidos às taxas de mercado do crédito pessoal. "Por isso, é preciso ler com atenção o contrato antes de assiná-lo", diz Honorato. Fonte: O Estado de São Paulo – 28-10   Perfil do investidor deve virar critério de acesso para aplicação de risco Um investidor com R$ 1 milhão tem hoje acesso livre a aplicações arriscadas, como fundos que investem em empresas fora da Bolsa, em companhias nascentes (start-ups) e até papéis no exterior. São os chamados investidores superqualificados que, em tese, têm dinheiro, conhecimento e assessoria financeira para assumir mais risco ao escolher a aplicação. Mas será que um aposentado que juntou R$ 1 milhão por décadas ou uma dona de casa que vendeu um apartamento têm sempre perfil para uma aplicação como essas? "Nem sempre. Queremos que o valor não seja mais a porta de entrada para esses investimentos, mas a análise do perfil de risco da pessoa", diz Carlos Massaru, vice-presidente da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Para evitar que uma pessoa entre em uma aplicação inadequada, a Anbima e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) querem reclassificar os investidores. Com a revisão das categorias, um investidor com menos recursos teria acesso a aplicações de maior risco, desde que tivesse perfil. A novidade deve valer só a partir de 2014, após a CVM colocar o assunto em consulta pública para receber contribuições dos participantes do mercado de capitais. O QUE É O PERFIL O perfil de risco envolve aspectos como idade (quanto mais velho, menos tempo disponível para esperar o momento certo de resgatar), objetivo do investimento, diversificação (para arriscar em start-ups, a pessoa precisa ter primeiro uma boa quantia em renda fixa), além de conhecimento das aplicações. Hoje, o valor de R$ 300 mil define os chamados qualificados, aptos a comprar cotas de fundos de alto risco, aplicações sem resgate diário e papéis como CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), entre outros. Já para os superqualificados, a nota de corte é de R$ 1 milhão. Além do volume disponível, o investidor ainda tem de assinar um documento declarando sua qualificação. RISCOS Mas há riscos em adotar uma classificação dos investidores por perfil. Uma das preocupações é evitar que determinados investimentos, com taxas de administração altas e taxas de performance (cobradas conforme o rendimento), sejam disseminados aos clientes pelos bancos. Isso porque as instituições financeiras e os gerentes ganham mais vendendo esses produtos. Uma forma de contornar o problema é instituir valores ainda elevados para entrar nessas aplicações -por exemplo, de R$ 100 mil. "Poderia ser uma mescla de perfil de risco e de volume de aplicação. O valor poderia ser menor do que o atual, mas elevado o suficiente para evitar a entrada em determinados produtos com volumes pequenos", afirma Fabio Colombo, administrador de investimentos. Fonte: Folha de São de Paulo – 28-10   Crédito para o varejo cresce no final deste ano O volume de crédito oferecido pelas instituições financeiras ao consumo no varejo neste final de ano deverá ser maior do que em 2012. A Losango, promotora de vendas do Grupo HSBC, no último trimestre deste ano, vai oferecer às redes varejistas em todo o Brasil R$ 1,15 bilhão, 15% a mais em relação ao que foi disponibilizado em 2012. "Esse período do ano é o mais aquecido para o varejo", lembra Hilgo Gonçalves, executivo-chefe da Losango. "Esperamos ter um crescimento interno neste ano de 6%. O primeiro semestre de 2013 foi mais difícil", afirma Gonçalves. A maior oferta de crédito possibilita aos lojistas oferecerem mais opções e prazos mais longos de pagamento ao consumidor final para a aquisição de bens. As operações são feitas por meio do CDC (Crédito Direto ao Consumidor), cartões e empréstimo pessoal. Além de parcerias com grandes varejistas, a promotora de vendas trabalha também com empresas do setor varejista de pequeno e médio porte em mais de 2.000 municípios de todo o Brasil. A maior atuação da financeira concentra-se nos segmentos de móveis, eletroeletrônicos e materiais de construção, que representam 60% dos seus negócios. Demanda reprimida Apesar do grande potencial de desenvolvimento do mercado de microcrédito no Brasil, as instituições financeiras ainda operam de maneira incipiente no fornecimento desse serviço. É o que revela um estudo do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento), desenvolvido em parceria com a Fundação Dom Cabral, que será divulgado amanhã. "As instituições precisam sair da zona de conforto e promover adequações para facilitar o acesso a esse produto", afirma Fernanda Gimenes, coordenadora da câmara de finanças sustentáveis do CEBDS e responsável pela elaboração do estudo. "O microcrédito é destinado a um público que exige uma metodologia diferente e um acompanhamento maior ao longo do financiamento." Educação financeira, capacitação dos agentes de créditos, proximidade com o cliente e monitoramento são algumas mudanças propostas pelo documento. "O microcrédito está entre as mais promissoras estratégias de combate à exclusão social", afirma Marina Grossi, presidente do conselho. "Diferente das iniciativas filantrópicas, ele gera benefícios para todos os envolvidos --empreendedores e vizinhos, empresas e governos." O relatório também aponta como entrave o baixo incentivo da regulamentação atual à concessão do serviço. Conexão Minas e Pernambuco O escritório de direito Azevedo Sette vai se mudar em breve para um novo endereço, no WTorre JK, complexo onde está localizado o shopping center JK Iguatemi, em São Paulo. "Vamos ter uma planta de cerca de 1.300 metros quadrados, com alta tecnologia", diz o sócio fundador, o mineiro Ordélio Azevedo Sette, sem precisar o volume alocado na unidade. "Estamos fazendo um grande investimento, de alguns milhões de reais", diz Azevedo Sette. Além da nova sede, a banca vai inaugurar no mês que vem um novo escritório em Recife, sob o comando do advogado pernambucano Marcelo Cabral. "Serão agora sete escritórios on-line", afirma Sette. Festa das marcas Principal prêmio de lembrança de marca do Brasil, o Folha Top of Mind anunciará amanhã à noite as vencedoras em 54 categorias variadas --de pneu a smartphone. A cerimônia será realizada às 19h30, no HSBC Brasil, em São Paulo. As campeãs são reveladas por pesquisa Datafolha feita em 160 municípios de todo o país em agosto deste ano. O levantamento permite traçar a trajetória de lembrança das marcas em cada camada da população brasileira, segundo o instituto. "O resultado da pesquisa é aguardado pelos que pretendem aprimorar o planejamento das futuras marcas 'top of mind'", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. A revista com conteúdo especial da pesquisa circulará gratuitamente encartada à Folha na quarta-feira (30). Crédito para pequenos O Brasil perdeu quatro posições e ficou em 20º lugar entre 55 países em uma pesquisa sobre as localidades com melhores ambientes de negócios para o microcrédito, segundo estudo da EIU (Economist Intelligence Unit). O país obteve 49,1 pontos em uma escala de 0 a 100 --quanto mais alto o valor, mais favorável é o local para a concessão de crédito para microempreendedores. No ano passado, o país havia recebido 49,2 pontos, o que o colocava em 16º lugar. A regulação da área de microfinanças e o suporte institucional oferecido ao segmento foram levados em consideração na pesquisa. No Brasil, embora exista um trabalho de promoção do microcrédito por parte dos governos, o excesso de documentos necessários é apontado como uma dificuldade, segundo levantamento da consultoria. O sistema de correspondentes bancários, considerado importante para o acesso ao crédito, é bem desenvolvido, mas a rede bancária móvel ainda é frágil, relata o estudo. Com 82,5 pontos, o Peru ficou em primeiro. Das 55 localidades avaliadas, 30 melhoraram as pontuações na comparação com 2012. Fonte: Folha de São de Paulo – 28-10   Déficit externo dá salto, mas tendência é de queda O déficit em conta corrente se tornou um dos temas centrais de preocupação entre analistas ao saltar de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em dezembro de 2012 para 3,6% do PIB nos 12 meses encerrados em setembro. No entanto, sua composição atualmente é mais benigna do que no início da década passada, refletindo mudanças estruturais na economia brasileira. Além disso, há a percepção de que o déficit atingiu o seu pico no mês passado e sua trajetória seria de desaceleração, podendo cair para cerca de 2,5% do PIB já no fim do ano que vem na visão de alguns economistas, ajustado especialmente pelo real mais fraco. Fonte: Valor Econômico – 28-10   Liminares dificultam fiscalização de fundos de pensão Uma avalanche de liminares pode colocar em risco a aposentadoria de milhares de servidores municipais e estaduais. Relatório do Ministério da Previdência, obtido pelo Valor, contabiliza 196 decisões judiciais no Brasil inteiro que obrigam a União a atestar - a contragosto - o suposto bom funcionamento das finanças dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), mesmo daqueles que cometem irregularidades na gestão. Fonte: Valor Econômico – 28-10   Mercado mantém previsão do PIB em 2,50% neste ano Após decréscimos, a avaliação dos economistas consultados pela autoridade ficou mantida em R$ 2,25 neste ano. A consulta é feita pelo BC com cerca de 100 economistas, coletando suas projeções para os principais indicadores brasileiros. O otimismo dos economistas consultados pelo Banco Central (BC) para o boletim Focus ficou estável nesta semana, com a manutenção na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A mediana das projeções para o avanço do PIB neste ano ficou em 2,50%. No entanto, para 2014, as estimativas recuaram de 2,20% para 2,13%. A consulta é feita pelo BC com cerca de 100 economistas, coletando suas projeções para os principais indicadores brasileiros. Inflação No mesmo sentido, os economistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram seu prognóstico para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, em 5,83%. Para 2014, as estimativas para o IPCA caíram de 5,94% para 5,92%. Em relação ao IGP-M, a projeção para 2013 subiu de 5,73% para 5,78%, e para 2014, a expectativa cresceu de 5,96% para 5,98%. Já o prognóstico do mercado para o IGP-DI expandiu de 5,79% para 5,81% em 2013, e ficou estável em 6% em 2014. Câmbio Após decréscimos, a avaliação dos economistas consultados pela autoridade ficou mantida em R$ 2,25 neste ano. Para 2014, as projeções continuaram em R$ 2,40. Selic Sobre os rumos da política monetária, os especialistas mantiveram as projeções para a taxa Selic em 2013, que deve fechar em 10%. Para o ano que vem, as estimativas seguem em 10,25%. Fonte: Brasil Econômico – 28-10     Inflação deve fechar o ano em 5,83%, estima mercado Projeção para 2014 passou de 5,94% para 5,92%. Imagem: Divulgação Instituições financeiras consultadas pelo BC (Banco Central) reforçaram a expectativa de que a inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), feche este ano em 5,83%. Para 2014, houve mudança na projeção, que passou de 5,94% para 5,92%. Os analistas também mantiveram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, em 10% ao ano, no final de 2013, e em 10,25% ao ano, no fim de 2014. Atualmente, a Selic está em 9,5% ao ano. A taxa Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, por consequência a inflação. Quando considera que os preços estão em alta, o comitê eleva a Selic, como tem feito nas últimas reuniões. É função do BC fazer com que a inflaçãoconvirja para a meta, que é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais. Mas as projeções para o IPCA seguem acima do centro da meta (4,5%). A pesquisa do BC também traz a mediana (desconsidera os extremos das estimativas) das expectativas para a inflação medida pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que segue em 4,04%, este ano, e foi ajustada de 5,27% para 5,20%, em 2014. A projeção para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) foi alterada de 5,79% para 5,81%, em 2013, e segue em 6% em 2014. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), as projeções foram ajustadas de 5,73% para 5,78%, este ano, e de 5,96% para 5,98% em 2014. (Agênci Brasil) Fonte: Economia SC – 28-10

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