Clipping Diário - 28/05/2014
Publicado em 28/05/2014
Clipping Diário - 28/05/2014
Corte de impostos será permanente Benefício será mantido para 56 setores, mas não vai ser ampliado neste ano O governo federal decidiu tornar permanente a política de desoneração da folha de pagamentos, mas, sem espaço fiscal, não conseguiu atender o pleito dos empresários de ampliar o benefício para novos setores. Mesmo assim, e sem a definição se a presidente Dilma Rousseff continuará no poder a partir do próximo ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez promessas. – Para os próximos anos, novos setores serão incorporados, dando mais competitividade a toda estrutura produtiva brasileira – afirmou. A desoneração da folha, que começou em 2011 e beneficia atualmente 56 segmentos da indústria, serviços, transportes, construção e comércio, terminaria no fim deste ano. Para tornar a medida permanente, o governo enviará uma medida provisória ao Congresso Nacional ou articulará para incluir a matéria em uma emenda. – Como isso começa a valer em 2015, temos tempo para ver qual o melhor caminho. Não acredito que possa haver qualquer dificuldade dessa lei por parte do Congresso – disse Mantega, após reunião com Dilma e empresários no Palácio do Planalto. Governo já abriu mão de R$ 7,6 bilhões Para sustentar as desonerações da folha de pagamentos nos quatro primeiros meses deste ano, o governo já abriu mão de R$ 7,663 bilhões. Isso porque a desoneração permite que as empresas contempladas deixem de pagar 20% como contribuição patronal à Previdência Social e passem a pagar 1% ou 2% do faturamento, dependendo da atividade. Em 2014, a expectativa é que a renúncia chegue a R$ 21,6 bilhões. Para os próximos anos, o governo não apresentou novos valores. – Deverá ser esse o número que vai se replicar nos próximos anos. É claro que nos próximos anos você vai ter um aumento da força de trabalho e, portanto, pode ser que a renúncia seja um pouco maior – disse o ministro. Mantega lembrou que a desoneração já está prevista no orçamento deste ano e garantiu que será incluída nas previsões para o próximo ano, quando o governo poderia acrescentar novos segmentos no benefício. A manutenção da desoneração foi comemorada pelo presidente da Bosch, Besaliel Botelho, que participou da reunião. – Essa medida contribui muito com o setor, que tem um uso intensivo de mão de obra, o que gera um alto custo, e ajuda na competitividade com os importados – disse. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 28-05 Memória da Desterro A tradicional Kotzias Tecidos completa 104 anos de fundação hoje. A primeira unidade da empresa familiar foi inaugurada pelo imigrante grego Anastácio Kotzias em 1910, na Rua Conselheiro Mafra. Anos depois a loja foi transferida para a Rua Felipe Schmidt, em prédio construído pela família, onde está até hoje. A Kotzias se confunde com a história do centro de Floripa e é uma das poucas lojas do ramo que ainda operam no Brasil. Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 28-05 Marca Valiosa A Natura está entre as 50 marcas mais valiosas do mundo. Seu valor supera 2 bilhões de dólares, segundo o ranking da Brand Finance. É a única brasileira da lista Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 28-05 Expansão menor A preferência por pescados segue avançando no Brasil, mas com aceleração menor. Foi isso que constatou a Kondelli, empresa de SC, que é a maior importadora de salmão do Chile. A expansão até abril subiu 30% enquanto o plano era atingir 50%. Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 28-05 6,2% Foi quanto aumentou a inadimplência das empresas no primeiro quadrimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Pesquisa é da Serasa Experian. Desaceleração da atividade econômica e elevação dos custos são as razões apontadas pelos economistas da Serasa. Fonte: Jornal de Santa Catarina – Mercado Aberto– 28-05 MEIS Esta é a última semana para que os microempreendedores individuais (MEIs) do Brasil efetuem a declaração anual do simples nacional. O prazo se encerra neste sábado, dia 31. Os 4 milhões de MEIs devem declarar o faturamento do ano anterior para evitar o pagamento de multas e a perda de benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e licença-maternidade. Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 28-05 Sine reduz número de senhas Falha em sistema, que deve ser resolvida na próxima segunda, fez com que o órgão liberasse apenas 40 fichas ontem As pessoas que estiveram ontem no Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Joinville para encaminhar o seguro desemprego foram surpreendidas pelas poucas senhas distribuídas. Em vez de 80 fichas, apenas 40 acabaram sendo liberadas. A justificativa do órgão para a mudança é que na segunda-feira houve um problema no sistema e o atendimento precisou ser transferido. – Como ficaram dez atendimentos pendentes para a parte da manhã de hoje (ontem), e 30 para a tarde, liberamos somente metade das senhas. Se o sistema voltar a ficar lento ou não funcionar, existe a possibilidade de as pessoas serem remanejadas para o dia seguinte de novo – disse o administrador do Sine, Magnus Klostermann. O Sine realiza cerca de 50 atendimentos no período da manhã para seguro-desemprego e 30 à tarde. No entanto, o número reduzido de senhas ontem não foi suficiente para atender a todos que procuraram pelo serviço. Este cenário causou indignação em Daniel Laerte, que chegou de madrugada para garantir uma ficha. – Às 4h15 eu já estava na fila e, ainda assim, peguei a senha número 15. Fui chamado por volta das 11 horas – relatou. Os serviços de emprego e de cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) funcionam normalmente e não há limite para senhas. Na sexta-feira, o Sine estará de portas fechadas porque o sistema passará por manutenção, inclusive no final de semana. Klostermann acredita que a partir da próxima segunda-feira tudo volte ao normal. Fonte: A Notícia – Economia – 28-05 Confiança do setor de Serviços cai 5,7% em maio, diz FGV RIO - O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 5,7% na passagem de abril para maio, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi o recuo mais intenso desde dezembro de 2008, quando o ICS diminuiu 13,8%. No mês passado, o indicador já havia caído 3,1%. Com o resultado anunciado nesta quarta-feira, 28, o indicador saiu de 113,3 para 106,8 pontos no período. É o menor nível desde abril de 2009, quando estava em 103,5 pontos. O ICS se mantém abaixo de sua média histórica, que é de 123,5 pontos. "Das doze atividades pesquisadas, dez apresentaram redução da confiança entre abril e maio", informou a FGV, em nota. O ICS é dividido em dois indicadores, o Índice de Situação Atual (ISA-S) e o Índice de Expectativas (IE-S). O ISA-S teve queda de 4,6% em maio, alcançando 93,1 pontos, depois de recuo de 3,8% registrado em abril. Já o IE-S caiu 6,6%, para 120,5 pontos (o menor nível desde março de 2009), após queda de 2,5%, na mesma base. A coleta de dados para a edição de maio da sondagem foi realizada entre os dias 05 e 26 deste mês e obteve informações de 2.422 empresas. Fonte: O Estado de São Paulo – 28-05 Vendas nos supermercados sobem 2,82% em abril, diz Abras SÃO PAULO - As vendas reais do setor supermercadista acumularam alta de 2,82% em abril na comparação com o mês anterior, segundo informou nesta terça-feira, 27, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a abril de 2013, as vendas reais registraram alta de 10,29%. No acumulado dos primeiros quatro meses deste ano, as vendas reais crescem 2,05%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores nominais, as vendas do setor em abril apresentaram avanço de 3,51% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a abril de 2013, aumento de 17,22%. No acumulado do ano, as vendas nominais evoluíram 8,11%. A comparação do mês de abril de 2014 com abril de 2013 é distorcida em razão de um efeito calendário. Em 2013, a Páscoa ocorreu em março e, em 2014, o evento foi realizado em abril. A data tem grande peso nas vendas de alimentos. O presidente do conselho consultivo da Abras, Sussumu Honda, afirma, em nota, que os resultados acumulados do ano mostram o efeito positivo das vendas de Páscoa. "Nossa expectativa é que essa tendência de crescimento continue, pois teremos ainda bons momentos de vendas durante esse ano", diz. "O equilíbrio entre renda e emprego tem mantido as vendas do nosso setor em crescimento, o que motiva investimentos constantes em novas lojas e serviços e em campanhas e promoções", acrescenta. Fonte: O Estado de São Paulo – 28-05 País que é campeão da Copa ganha estímulo na Bolsa Vencer a Copa do Mundo traz ao país campeão muito mais do que prestígio. Segundo um relatório do banco Goldman Sachs divulgado nesta terça-feira (27), o país vencedor vê seu desempenho no mercado de ações melhorar de forma considerável no mês que segue a vitória. Um levantamento feito pelo banco mostra que, em média, esses países têm um desempenho 3,5% superior ao mercado global no primeiro mês após a final. Os dados foram levantados desde 1974, e desconsideram a Argentina (campeã em 1978 e 1986). A Itália, que tinha uma queda de 0,7% um mês antes da decisão de 2006, viu seu desempenho subir para 0,5% um mês depois de seu time levantar a taça. O mesmo aconteceu com a França em 1998: -1,3% e 0,7%, respectivamente. Cercado por companheiros de equipe, o capitão da seleção italiana, Fabio Cannavaro, ergue a taça da Copa do Mundo de 2006 Cercado por companheiros de equipe, o capitão da Itália, Fabio Cannavaro, ergue taça da Copa de 2006 O desempenho do Brasil após o "tetra", em 1994, é o que mais surpreende: de 9,6% antes da Copa para 21,1% no mês que se seguiu à vitória. Nesse período houve a implantação do Plano Real. Ao contrário do que foi visto com outros campeões, o Brasil de 1994 ainda conseguiu segurar o bom humor dos mercados nos três meses seguintes, subindo 37,9%. No entanto, o mesmo não ocorreu com o Brasil do "penta", em 2002. No mês seguinte à vitória, o desempenho do país foi de -18,9%, comparado aos -13% do mês anterior. "Nesse caso, em particular, macroeventos [recessão e crise cambial] ofuscaram o impacto da vitória no futebol", diz o relatório. Para o Brasil, contudo, só o fato de sediar a Copa já pode influenciar positivamente, diz o Goldman sachs. Em média, as nações que receberam o Mundial registraram uma variação de 2,7% em relação ao mercado global no mês seguinte ao fim da Copa. "O foco no anfitrião tende a trazer com ele tanto orgulho quanto confiança." Fonte: Folha de São Paulo – 28-05 Motéis, lojas e bares tentam 'antecipar' Dia dos Namorados Restaurantes, bares, lojas e motéis aderiram a uma campanha para convencer os casais a antecipar a comemoração do Dia dos Namorados, que cai no mesmo dia da abertura da Copa do Mundo. Com medo de que a data seja deixada "em segundo plano", as empresas querem antecipar a comemoração para o dia 11 de junho. A campanha, batizada de "Movimento 11", teve até esta terça-feira (27) adesão de 11 redes de restaurantes, lojas e associações de motéis. De acordo com Cristiano Fonseca, diretor de marketing da Brahma, a ideia surgiu na Ambev em 2013. No entanto, a adesão dos empresários começou a ocorrer após perceberem que poderiam ter redução no faturamento usual dessa data. A campanha também tenta convencer os casais pelo lado emocional. Entre os motivos elencados no site do Movimento 11 estão "sou tão romântico que não posso esperar até o dia 12", "senão posso ser eliminado antes mesmo da fase de grupos". De acordo com Fonseca, a exigência é que os parceiros da campanha ofereçam algum benefício aos clientes. O diretor administrativo da Abmotéis (Associação Brasileira de Motéis), Antonio Carlos Morilha, disse que o Dia dos Namorados é o mais importante para o setor. O aumento é de até 50%, em comparação com fins de semana. "Nossa principal data de faturamento se tornou uma incerteza com a Copa, mas a campanha caiu perfeitamente. Ela cria duas oportunidades para as comemorações." A rede Aplebee's, que tem 13 restaurantes no país, diz que o Dia dos Namorados aumenta em 30% seu movimento. O gerente de marketing, Hermelindo Fuglini, disse que a campanha ganhou força com o fato de o dia 12 ser feriado. "As pessoas vão aproveitar que dia 11 será véspera de feriado. Alguns podem começar a comemorar no dia 11 terminar no dia 12." O Dia dos Namorados, no entanto, não impulsiona as vendas do comércio em geral, segundo a Federação do Comércio de São Paulo, com base em dados dos últimos cinco anos. A entidade espera um junho mais fraco que o do ano passado, por causa da alta dos juros, da desconfiança do mercado consumidor e pela "distração" dos jogos da Copa do Mundo. Fonte: Folha de São Paulo – 28-05 Confiança do comércio cai 4,4% no tri até maio ante 2013, diz FGV O Icom (Índice de Confiança do Comércio) caiu 4,4% na média do trimestre encerrado em maio frente ao mesmo período do ano anterior, ao passar para 117,4 pontos, menor nível da série histórica, informou nesta terça-feira (27) a FGV (Fundação Getulio Vargas). No resultado anterior, referente ao período de três meses terminados em abril, houve queda de 3,1%. "Com o resultado, os indicadores da sondagem sugerem arrefecimento do nível de atividade econômica do setor no segundo trimestre", disse a FGV. O ISA-COM (Índice de Situação Atual) recuou 7,2% no período de três meses até maio ante o mesmo período do ano passado, para 90 pontos. Já o IE-COM (Índice de Expectativas) teve recuo de 2,6%, para 144,7 pontos. O setor de Varejo Restrito caiu 1,7% no trimestre concluído em maio na comparação com o mesmo período do ano passado. A FGV informou ainda que no Varejo Ampliado, que inclui também veículos, motos e peças e material para construção, a confiança recuou 4,6%, enquanto no Atacado houve queda de 4,1% no trimestre até maio. A confiança tanto de agentes econômicos quanto de consumidores tem mostrado dificuldades em se recuperar em 2014, diante da economia que perdeu fôlego ao longo dos três primeiros meses do ano, de acordo com dados do Banco Central. As atenções voltam-se agora para a divulgação na sexta-feira (30) do dados sobre o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre deste ano pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Fonte: Folha de São Paulo – 28-05 Desemprego é de 11,1% em abril em 6 regiões, mostra Seade/Dieese SÃO PAULO - A taxa de desemprego no conjunto de seis regiões metropolitanas do país subiu ligeiramente entre março e abril, de 11% para 11,1%, mostra Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). No mesmo período do ano passado, o desemprego atingiu 11,2%. O contingente de desempregados no conjunto das seis regiões foi estimado em 2,324 milhões de pessoas, 30 mil mais que em março. A população economicamente ativa (PEA) ficou em 20,9 milhões de pessoas, 24 mil mais que no mês anterior. Na comparação com março, o setor que mais contratou, em termos relativos, foi a indústria de transformação, com criação de 39 mil postos de trabalho, 1,4% a mais. Os serviços vieram na sequência, com saldo de 77 mil vagas, acréscimo de 0,7% no contingente. O comércio e reparação de veículos automotores cortou 91 mil pessoas, redução de 2,5%, e a construção registrou 26 mil demissões líquidas, decréscimo de 1,7% no volume de trabalhadores. O levantamento é realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza. Na passagem de março para abril, o desemprego aumentou no Recife (de 12,8% para 13,3%) e em Belo Horizonte (de 8,3% para 8,7%), registrou leve oscilação em São Paulo (de 11,5% para 11,6%) e Porto Alegre (de 6% para 6,1%) e diminuiu em Fortaleza (de 7,9% para 7,6%). No caso de São Paulo, o setor que mais contratou em abril, em termos relativos, foi a indústria de transformação, com criação de 39 mil postos de trabalho, 1,4% a mais ante março. Serviços tiveram saldo de 77 mil vagas, acréscimo de 0,7% no contingente. O comércio e reparação de veículos automotores cortou 91 mil pessoas, redução de 2,5%, e a construção registrou 26 mil demissões líquidas, decréscimo de 1,7% no volume de trabalhadores. Renda No conjunto das seis regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos ocupados subiu 0,7% em março, em relação ao mês antecedente, para R$ 1.715. Já o rendimento médio real dos assalariados ficou em R$ 1.738, aumento de 0,8% na mesma comparação. Vale notar que os dados relativos à renda se referem sempre ao mês anterior ao do levantamento. Considerando a região metropolitana de São Paulo, o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados cresceu 0,8% em março, na comparação com fevereiro, para R$ 1.914. O rendimento dos assalariados aumentou 1,1% no período, para R$ 1.922. Fonte: Valor Econômico – 28-05 Incertezas sobre a Copa afetam a confiança dos empresários O aprofundamento da queda da confiança do comércio em maio tem a ver não apenas com a atividade mais fraca, mas também com a perspectiva de greves, manifestações e feriados com a chegada da Copa do Mundo, afirmou ontem o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Aloísio Campelo. “Está bem claro que o segundo trimestre apresenta desaceleração. O comércio achava que ia melhorar, mas isso não se verificou. Mas, além disso, as percepções estão influenciadas pela Copa do Mundo”, disse o economista. No trimestre encerrado em maio, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 4,4% em relação a igual período do ano anterior. Segundo Campelo, parte dos empresários espera uma atividade ainda menos dinâmica durante o período da Copa. Por outro lado, segmentos como móveis e eletrodomésticos, que até então se mantinham mais otimistas tendo no horizonte as vendas em função do Mundial (incluindo televisores), já começam a projetar a demanda para o período pós-evento — o que mostra alguma piora. “Para a maioria dos setores, parece que a Copa do Mundo e a instabilidade que vem junto contribuem também para certo pessimismo”, afirmou Campelo, alertando que tal percepção pode ser perigosa em tempos de arrefecimento da atividade. “A manutenção do pessimismo pode gerar inércia, prejudicando contratações, colaborando para redução de investimentos e levando a uma desaceleração ainda maior”, ressaltou. Apesar disso, o economista entende que parte desse efeito é passageiro e deve afetar menos a confiança nos próximos meses. “Tem um aspecto bom que parte pode passar após a Copa, mas isso gera um comportamento empresarial pouco propenso a contratações, levando a uma intensificação da desaceleração”, frisou Campelo. Em maio, os setores de veículos, motos e de material de construção mostraram os piores desempenhos no Icom. No caso dos automóveis, a queda no índice foi de 18,7% no trimestre até maio ante igual período de 2013. “Os veículos realmente estão numa situação muito ruim. A indústria piorou, mas as vendas também caíram muito em relação ao ano passado. Os bancos estão mais cautelosos (para conceder crédito), os juros estão mais elevados e houve recomposição do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)”, explicou o economista. Já no varejo restrito, o segmento de vestuário apresentou intensa desaceleração na alta da confiança. Empresas do setor enfrentam uma situação complicada diante dos estoques elevados, lembrou Campelo. No caso de móveis e eletrodomésticos, o Icom cresceu 6,9% no trimestre encerrado em maio contra igual período do ano passado. A taxa, contudo, é menor do que os 8,3% de alta observados no trimestre até abril, na mesma base. Quem influenciou essa redução no ritmo, de acordo com o economista, foi o índice de expectativas, já que os empresários vislumbram uma demanda menos favorável após a Copa do Mundo. O setor de hipermercados e supermercados, no entanto, foge à tendência de arrefecimento na confiança. O Icom da categoria subiu 1,5% nos três meses até maio ante igual período do ano passado, acelerando ante a taxa de -1,4% de abril, na mesma base. “Os hipermercados ainda estão bem. Provavelmente eles entendem que boa parte dos consumidores ficará em casa durante a Copa e, assim, consumirá mais dos supermercados”, disse Campelo. “Mesmo com a economia e (o crescimento da) massa salarial desacelerando, o movimento de desaceleração do setor é mais suave, embora em curso”, acrescentou. Para este ano, Campelo prevê que as vendas do varejo cresçam entre 4% e 4,5%, após terem avançado 4,3% no ano passado (a menor taxa desde 2003). Mesmo assim, ele não descarta revisões baixistas desta previsão, caso resultados mais fracos do varejo sejam divulgados nos próximos meses. No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, o desempenho deve ser ainda mais fraco, com alta de apenas 2,5% neste ano. Fonte: Portal Varejista – 28-05 Ainda há tempo de aproveitar oportunidades da Copa Brasília - A menos de um mês para a Copa do Mundo da FIFA 2014 é importante compreender quais as expectativas para as empresas de turismo e de comércio no Brasil, especialmente para os pequenos negócios, e como eles podem aproveitar o potencial de consumo que será gerado com o evento para os próximos anos. A Copa do Mundo permitirá ao país aumentar sua visibilidade, já que milhares de espectadores acompanharão os jogos pela internet, revistas, jornais e televisão. Os pequenos negócios podem ocupar um papel de destaque e, por isso, o Sebrae lançou dois estudos com cenários de negócios prováveis nos segmentos de Turismo e Comércio Varejista (que integram a série intitulada “Cenários e Projeções”). “Os resultados da Copa não se encerram com o jogo final; serão colhidos ao longo dos próximos anos”. Carlos Alberto dos Santos - Diretor-técnico do Sebrae Projeções do Ministério do Turismo indicam que por volta de 6,2 milhões de pessoas circularão pelo país durante o torneio. “É uma ótima oportunidade para apresentar a extensão e a diversidade cultural, ambiental e social do Brasil. Isso possibilita aumentar o interesse das pessoas de todo o mundo por conhecer o país e a hospitalidade do nosso povo nos próximos anos”, explica o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. É inegável, assinala, a importância do Mundial para incrementar o turismo brasileiro e gerar emprego e renda em diferentes segmentos. Desde o anúncio da escolha do Brasil como sede do Mundial, há muitas expectativas quanto aos resultados do evento para a sociedade e para as empresas brasileiras. No caso do Turismo, o Sebrae identificou que ainda há boas oportunidades para negócios relacionados a hospedagem, alimentação e lazer, serviços ao turista (roteiros e passeios turísticos, artesanato e souvenires), locação de equipamentos turísticos ( veículos com e sem motorista, lazer náutico, passeio de barco), promoção da cultura e atividades correlatas (shows, festas e entretenimento de torcedores). Maria Cristina é proprietária da Brasil Solutions Turismo, no município paulista de Serra Negra. Sua microempresa oferece pacotes turísticos e receptivos em toda a região, conhecida como Circuito das Águas, que engloba nove municípios responsáveis pela produção de 50% de toda água mineral do país, além dos banhos termais. Com dois funcionários, a empresária tem expectativa de que a empresa cresça mais 20% neste ano, por conta da Copa. A região receberá a delegação da Costa do Marfim, que ficará concentrada na cidade de Águas de Lindóia. De olho nos turistas e nos jornalistas que estarão na localidade, especialmente os de língua francesa, Maria capacitou seus servidores nesse idioma e desenvolveu roteiros turísticos especiais. “Estamos oferecendo uma rota de queijos e vinhos, pela Serra Negra e uma rota da cachaça, que passa por diferentes engenhos de Monte Alegre do Sul. Além disso, oferecemos opções para quem curte esportes e aventuras, como arvorismo, rafting e rapel”, informa. A maior concentração de turistas nas primeiras fases da competição se dará nas regiões Nordeste e Sudeste. Nas fases finais dos jogos, haverá grande concentração no Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro – em função da localização dos jogos nas semifinais e finais. Mas os torcedores dos mais de 220 países que compraram ingressos para assistir aos jogos no Brasil aproveitarão para conhecer e visitar diversos lugares no país. “É importante que o pequeno negócio desenvolva ações que facilitem a locomoção do turista, ampliando os locais para sua recepção – já que muitos deles estarão hospedados em cidades vizinhas às cidades-sede. Além disso, é necessário oferecer alternativas para que ele usufrua da região. Também é recomendável desenvolver roteiros que permitam ao torcedor se aproximar do estádio em dias de jogos, sem perder tempo no trânsito”, explica Carlos Alberto. Comércio aquecido A Copa é um evento que mobiliza um grande público com expressiva participação de brasileiros de diversas regiões do país, mas com um número significativo de estrangeiros, na maioria acompanhados de amigos. Na avaliação do Sebrae, trata-se de um público que frequenta bares e restaurantes, gosta de artigos esportivos, dispositivos eletrônicos portáteis (smartphones, tablets e leitores de MP3) e produtos relacionados a hobbies. Para aproveitar a Copa, o empresário Greg-Aparecido João da Silva, dono da Maria Pimentas, em São Paulo (SP), lançou uma linha especial gourmet de pimentas – Brasil (amarela e picante) e Amazonas (malagueta verde suave). Seus produtos são comercializados em supermercados, empórios, padarias, boutiques de carnes e no Mercado Municipal de São Paulo. O empresário acaba de lançar um kit da Copa: uma caixa decorada com bandeiras das seleções que participarão do Mundial e informações em inglês. Ele também já comercializava um caixote, com seis molhos de pimenta, nas cores verde e amarela. A Copa, contudo, não pode ser entendida como garantia de sucesso para o varejo. O evento traz várias possibilidades, mas requer do empresário planejamento e organização, uma vez que existem muitos riscos associados. Entre eles, está o de não conseguir vender todos os produtos ligados ao Mundial e que, passado o evento, esses produtos não sejam mais adquiridos. Assim, o gerenciamento adequado do estoque é um desafio a ser trabalhado pelo varejista, que deve buscar no curto período do evento desenvolver estratégias para girar seu estoque, sem correr o risco de errar por pouca ou excessiva expectativa. O diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto, alerta que essas oportunidades precisam ser analisadas e planejadas em função da realidade de cada negócio, dos concorrentes, parceiros e das características regionais. “As possibilidades são diversas, mas é necessário que o pequeno negócio esteja atento aos detalhes, procure dispor de opções diferenciadas para o turista e ofereça preços adequados. É importante que o empresário analise seu negócio à luz de cada cenário e perceba as oportunidades que despontam de cada situação”, justifica. Os lojistas devem ficar atentos às regras de restrição comercial no entorno das arenas. Por lei, não é permitido desenvolver atividades de marketing não autorizadas pela FIFA em um raio até dois quilômetros dos estádios. Além disso, os varejistas precisam se informar sobre o Programa de Proteção às Marcas FIFA, pois a utilização ou associação aos designs de pôsteres oficiais, emblemas, mascote e identidade visual, assim como as marcas registradas (a exemplo de Copa do Mundo, Copa 2014, Brasil 2014), são proibidas e passíveis de diversas penalidades. Próximas projeções A série “Cenários e Projeções”, do programa Sebrae 2014, ainda lançará, no próximos dias, cartilhas sobre artesanato, economia criativa, serviços, agronegócio, móveis, construção civil, moda e tecnologia da informação. Além de traçarem cenários para esse setores, as publicações trazem casos e lições com a Copa da África do Sul, em 2010; projeções, perfil e hábitos de turistas; informações sobre aspectos de infraestrutura; polícia e economia. O objetivo do Sebrae é estender esse tipo de prática de análise de cenários para outras ocorrências de impacto para o país, como o pré-sal e as concessões de grandes obras. 47% dos empresários temem prejuízos com manifestações na Copa, mostra SPC Na Copa das Confederações, em junho do ano passado, o setor registrou o pior resultado de vendas para o mês Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que 47% dos comerciantes acreditam que o comércio deve sofrer perdas de faturamento por conta das manifestações de rua. O estudo ouviu 600 proprietários e gestores de empresas cujos segmentos de atuação têm relação direta com o evento nas sete cidades-sede que mais receberão partidas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza). O estudo aponta que a maioria dos entrevistados (77%) acredita que vão ocorrer manifestações durante os jogos da Copa. No entanto, este percentual varia, dependendo da cidade-sede analisada. Em Belo Horizonte/MG, por exemplo, o percentual daqueles que apostam na ocorrência de manifestações chega a 100%, seguido por Fortaleza/CE (92%) e Recife (90%). Os percentuais mais baixos estão em Brasília/DF (66%), em São Paulo/SP (72%) e no Rio de Janeiro/RJ (73%). A pesquisa mostra que, no total, 47% dos entrevistados acreditam que a onda de manifestações irá impactar os negócios de forma negativa. Na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, é natural que o os comerciantes estejam receosos, visto que o varejo - principalmente o de rua e o das grandes capitais - amargou prejuízos em junho do ano passado, durante a Copa das Confederações. "O indicador de vendas na época apontou o pior resultado para o mês de junho de toda nossa série histórica. Muitos lojistas tiveram perdas por conta de depredações e outros tiveram que fechar as portas mais cedo por conta dos tumultos", explica Pellizzaro Junior. Os percentuais apresentados na pesquisa também variam muito de cidade para cidade. Em Belo Horizonte, por exemplo, 81% dos empresários afirmam que, com certeza, haverá efeito negativo. Por outro lado , o número cai para 49% em Fortaleza/CE, reduz-se para 11% em Brasília/DF e praticamente desaparece no Rio de Janeiro (3%). Causas Os empresários que participaram do estudo apontaram duas causas principais para um provável impacto negativo: o consumidor vai evitar frequentar locais públicos (55% das respostas) e o estabelecimento ficará mais tempo fechado diante dos riscos de violência, saques e depredações do estabelecimento (45%). Os impactos negativos sobre as vendas seriam fortes, com consequência negativa para o evento como um todo. Pellizzaro Junior explica que, a exemplo do que ocorreu no ano passado, quando grandes vias públicas foram interditadas por conta dos protestos, a população evitou se deslocar até shopping centers ou grandes magazines localizadas em regiões de fluxo, preferindo postergar as compras, ou na melhor das hipóteses, comprar em estabelecimentos menores e mais próximos de suas casas. Fonte: Portal Adjori SC – 28-05