Clipping Diário 27/09/2013
Publicado em 27/09/2013
Clipping Diário 27/09/2013
RELAÇÕES BILATERAIS
Motivo seria o déficit na balança
Depois de mais um embargo à carne suína catarinense, a Rússia tem sido vista por autoridades do setor no Estado como um mercado desleal.
O presidente da Cidasc, Enori Barbieri, lembra que Santa Catarina já exportou ao país um volume bem maior que o atual, de quase 54 mil toneladas. Segundo ele, a Rússia chegou a comprar 180 mil toneladas da carne suína catarinense em 2005.
Para Barbieri, o principal motivo para os embargos é o déficit da balança comercial: enquanto a Rússia compra US$ 8 bilhões ao ano do Brasil, o mercado brasileiro importa US$ 3 bilhões daquele país.
A restrição, segundo o diretor do Sindicarne, Ricardo Ávila, deixa o mercado instável. Ele orienta ainda a indústria catarinense a corrigir os erros indicados.
O uso de ractopamina na ração dos animais também foi apontado entre os motivos para uma restrição feita recentemente à carne do Rio Grande do Sul.
Procurado pela reportagem do Diário Catarinense, o frigorífico catarinense Pamplona, de Rio do Sul, preferiu não comentar sobre a restrição da Rússia.
Fonte: Diário Catarinense – Economia - 27-09
AGOSTO EM ALTA
Vendas em supermercados sobem 10,7%
As vendas reais do setor supermercadista registraram alta de 10,7% em agosto em relação a igual mês de 2012, de acordo com índice divulgado ontem pela Associação Brasileira de Supermercados. Na comparação com julho deste ano, o indicador aponta alta de 0,9%. Entre janeiro e agosto, o setor acumula alta de 4,95% em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: Diário Catarinense – Economia - 27-09
BANCÁRIOS
Greve segue sem prazo para acabar
A greve dos bancários completou uma semana ontem sem prazo para terminar. Mesmo com a paralisação, não foram registrados tumultos e nem maiores transtornos, já que a população dispõe de diversas alternativas de acesso ao serviço bancário.
De acordo com a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de Santa Catarina (Fetec-SC), estão em greve, por tempo indeterminado, bancários das regiões de Florianópolis, São Miguel do Oeste, Joaçaba, Chapecó, Concórdia e Blumenau.
De acordo com levantamento da Fetec, 182 agências estão fechadas no Estado. Deste número, 80 unidades bancárias pertencem ao Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região (Seeb). No Oeste, pelo menos 60 agências estão paralisadas.
Na região do Alto Vale cerca de 30 agências estão fechadas. A categoria reivindica 11,93% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho.
Fonte: Diário Catarinense – Economia - 27-09
Déficit
58 bilhões de dólares é o déficit em transações correntes do país de janeiro a agosto. A cifra supera em US$ 26 bilhões a média registrada ano passado no período.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti - 27-09
Reconhecimento à Fecomércio
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-SC) ainda está em ritmo de comemoração dos seus 65 anos de atividades. Um dos focos da entidade é a formação profissional de qualidade. A entidade foi homenageada pelo Grupo RBS esta semana. O presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt (E) recebeu uma placa entregue pelo diretor-geral da RBS TV em Santa Catarina, Mário Neves (D).
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti - 27-09
Dólar retorna ao patamar de R$ 2,24
Nem a atuação do Banco Central (BC) conseguiu conter ontem a pressão de alta do dólar, que avançou 0,71%, encerrando no mercado à vista a R$ 2,2460. Ao contrário da véspera, quando rejeitou parte das propostas, o BC obteve sucesso na realização de um leilão de swap cambial tradicional, no qual vendeu ontem 10 mil contratos com vencimento em fevereiro de 2014 no total de US$ 497,7 milhões. Dentro da programação de intervenções, a instituição oferece hoje US$ 1 bilhão por meio de linhas de crédito em dólar com compromisso de recompra. No Exterior, porém, a jornada foi de pequenas variações, com o euro fechando levemente abaixo de US$ 1,35.
Na direção contrária de Wall Street, que subiu 0,36% após cinco sessões no negativo, a Bolsa de São Paulo (Bovespa) amargou queda (0,88%) pela terceira vez seguida. Os negócios somaram apenas R$ 5,094 bilhões no pregão, no qual pesou o desempenho das blue chips do setor de petróleo. As ações preferenciais da Petrobras caíram mais de 1%, enquanto os papéis ordinários da OGX Petróleo despencaram 16% por conta de desconfianças de que a empresa não consiga honrar dívidas no Exterior. Os destaques positivos foram Siderúrgica Nacional ON (3,06%), Usiminas PNA (1,25%), Gerdau PN (1,19%) e Vale ON (0,69%).
Ao contrário dos mercados de economia emergente, como o Brasil, onde já iniciaram novos rumores sobre mudança no programa de estímulos dos EUA, os norte-americanos concentram atenções na discussão do orçamento no Congresso.
Fonte: Diário Catarinense – Mercado em Dia - 27-09
Texto questiona evolução do país
De um foguete que apontava para o alto a uma aeronave desgovernada nos céus. Essa é a comparação feita pela capa da revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos.
A edição distribuída na América Latina tem na capa uma imagem do Cristo Redentor fazendo piruetas no céu do Rio de Janeiro com a pergunta: Has Brazil blown it?. A questão pode ser traduzida como “O Brasil se perdeu?”.
A reportagem especial de 14 páginas sobre o país é assinada pela jornalista Helen Joyce, correspondente da publicação no Brasil.
Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do país. “Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o país é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo”, diz o texto.
Fonte: Diário Catarinense – Economia - 27-09
ANIVERSÁRIO
“O consumidor quer a experiência da compra”
Prestes a completar 56 anos, o fundador e CEO da maior empresa regional de shopping centers do Brasil, Jaimes Almeida Júnior, comemora domingo 20 anos de sua entrada no setor: o Neumarkt. Repórter político de uma rádio na Capital aos 15 anos, Jaimes hoje administra quase 1,3 mil colaboradores diretos, em cinco shoppings. Pai de quatro filhos e futuro avô de gêmeos, nesta entrevista o empreendedor recorda um pouco de sua história e faz projeções para o futuro.
INÍCIO
Sou de Florianópolis, atuava no setor imobiliário, e Blumenau, no final da década de 1970, era a mais moderna do Estado, com as principais empresas, onde as lideranças empresariais tinham o maior destaque no cenário econômico estadual. Fazia todo o sentido vir para Blumenau. Tinha 20 anos. Três meses depois de completar 22, abri minha empresa do ramo imobiliário. Tive um desenvolvimento muito rápido. Em três anos mudei três vezes de endereço, por precisar de um lugar maior.
NOVOS RUMOS
Depois dos planos Cruzado, Bresser e Verão, muita gente estava quebrando e havia uma instabilidade política e econômica no país. Resolvi parar de investir no setor imobiliário e me preparar para entrar na indústria de shoppings, o que ocorreu em 1990. Quando já estava me sentindo pronto, com conhecimento sobre o setor, investi no terreno onde hoje está o Neumarkt.
DIFICULDADES
Foram várias, mas a que mais marcou foi em 1997, quando Blumenau enfrentou uma crise no setor têxtil. O shopping foi inaugurado em 1993, em 1995 comecei a expansão. Exatamente no meio do investimento, a cidade quebrou. Quando inauguramos a nova parte, os lojistas mal tiveram ânimo para abrir as lojas, porque as pessoas começaram a não comprar mais.
INOVAÇÃO
Shopping center é um equipamento vivo. A gente quebra a toda hora. A missão do empreendedor é sempre investir, atualizando o empreendimento. O Neumarkt já nasceu com uma concepção moderna. Poucos são os shoppings no Brasil com 20 anos que tem a jovialidade do Neumarkt. A empresa todos os dias vai atrás de novidades. Não tem como trabalhar no varejo e serviço sem essa dinâmica.
COMÉRCIO
A Rua XV de Novembro é linda, mas tem que se renovar. Vejo as pessoas muito paradas. Muito mais do que o produto, o consumidor quer a experiência da compra. Ele quer entrar na loja e se sentir hiper bem, um ambiente moderno, cheiroso, para cima, com projeto arquitetônico agradável, pessoas motivadas. O produto é um item, mas a experiência é que faz a diferença.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia – 27-09
The Economist avalia evolução do Brasil
De um foguete que apontava para o alto para uma aeronave desgovernada. Essa é a comparação feita pela capa da revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina tem na capa uma imagem do Cristo Redentor fazendo piruetas no céu com a pergunta: Has Brazil blown it?. A questão pode ser traduzida como O Brasil estragou? ou O Brasil se perdeu?.
A Economist fez uma referência à capa da publicação que ficou conhecida ao mostrar o mesmo Cristo Redentor decolando como se fosse um foguete. “O Brasil decola” foi capa da edição de 12 de novembro de 2009.
Paulo Nogueira Batista, diretor executivo do Fundo Monetário Internacional para o Brasil e outros países avalia como exagerada a percepção negativa de investidores estrangeiros sobre os rumos da economia brasileira, assim como a reportagem que enaltecia o país em 2009.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia – 27-09
Desemprego cai pelo 2º mês seguido em agosto
A taxa de desemprego no Brasil caiu pelo segundo mês consecutivo e ficou em 5,3% em agosto, um recuo de 0,3 ponto percentual em relação a julho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentados nesta quinta-feira, 26. É o menor patamar desde dezembro de 2012, quando ficou em 4,6%.
Fonte: A Notícia - Economia - 27-09
Inflação do aluguel acelera para alta de 1,5% em setembro
A variação acumulada do IGP-M em 2013 é de 3,69%, enquanto a taxa em 12 meses é de 4,40%
A inflação do aluguel, medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) ,acelerou de 0,15% em agosto para 1,50% em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, 27. O resultado do IGP-M de setembro ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, de 1,33% e 1,57%, e acima da mediana de 1,45%.
A variação acumulada do IGP-M em 2013 é de 3,69%, enquanto a taxa acumulada em 12 meses até setembro é de 4,40%.
Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M saiu de 0,14% em agosto para 2,11% em setembro. Na mesma base de comparação, o IPC-M subiu de 0,09% para 0,27%. O INCC-M avançou de 0,31% para 0,43%.
Agropecuários
Os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 2,97% em setembro, após registrarem queda de 0,60% em agosto. Os preços de produtos industriais avançaram 1,79% ante alta de 0,41% em agosto.
Os preços dos bens intermediários subiram 2,20% em setembro ante avanço de 0,80% em agosto. Os dos bens finais registraram alta de 0,28% ante avanço de 0,21%, na mesma base de comparação. Os preços das matérias-primas brutas subiram 4,21% em setembro ante queda de 0,74% em agosto.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou alta de 2,11% em setembro, após avançar 0,14% em agosto. Em 12 meses, o IPA acumula alta de 3,51% e, no ano, de 3,16%.
Fonte: O Estadão On-line – 27-09
Fim do fator previdenciário só deve voltar à agenda em 2015
Na avaliação do governo, tocar nesse tema num momento de recuperação da popularidade de Dilma pode ser prejudicial
O governo desistiu de acabar com o fator previdenciário nas aposentadorias por tempo de contribuição nesta gestão da presidente Dilma Rousseff. O tema, polêmico, foi usado como trunfo por Dilma em negociações para aplacar a ira de aposentados e sindicalistas no auge das manifestações de junho.
O chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, já avisou aos ministros envolvidos nas discussões iniciadas em junho que a presidente "não quer tocar" o assunto em plena recuperação de sua popularidade. O tema, informou uma fonte qualificada ao Estado, só voltará à agenda do governo antes de 2015 em caso de nova catarse nas ruas, hipótese tida como improvável pelo governo federal.
A alteração do atual modelo, que reduz o valor das aposentadorias em até 30%, deve ser oferecida como um benefício aos eleitores nos palanques de políticos aliados durante a campanha de 2014. Assim, deputados e senadores em busca de novos mandatos poderão apresentar-se como "solução política" para "forçar" o governo a alterar a fórmula de cálculo. Hoje, há quase 5 milhões de aposentados e 48 milhões de trabalhadores formais na ativa. "Não é hora de tratar desse tema. Tiramos da prateleira, com as manifestações de junho, mas agora o assunto refluiu", disse um ministro.
Nos bastidores, o governo estima um "refresco" de R$ 11 bilhões aos aposentados, valor anual que a Previdência Social passaria a gastar no caso do fim do fator previdenciário. O estoque dessa economia, segundo conta oficial com valores corrigidos, estaria próximo de R$ 80 bilhões desde 1999, quando o fator começou a ser usado como redutor de aposentadorias.
O governo avalia, ainda, que qualquer alteração do modelo neste momento daria mais visibilidade ao Solidariedade, novo partido do deputado Paulo Pereira da Silva, que também comanda a opositora Força Sindical, a segunda maior central sindical do País. Adversário declarado de Dilma, o deputado teria espaço para faturar esse alívio aos milhões de aposentados.
Em reunião há 40 dias com sindicalistas, no Palácio do Planalto, cinco ministros, coordenados por Gilberto Carvalho, prometeram tocar a reforma do fator previdenciário. Diante dos sinais de freada na agenda, e da retomada na popularidade de Dilma, a Força Sindical já prepara manifestação barulhenta para a próxima semana como forma de lembrar a promessa.
Na visão do governo, a substituição do fator por novo modelo ficaria "engatilhada" para 2015. Seria aplicada uma fórmula de idade mínima para as aposentadorias, algo semelhante ao que ocorre nos países ricos.
Na mesa de negociação, também está a chamada "fórmula 85/95", que soma a idade dos trabalhadores ao tempo de contribuição até atingir o índice de 85 para mulheres e 95 para homens.
Fonte: O Estadão On-line – 27-09
Economia deve desacelerar, mas risco de PIB em queda é pequeno, diz Ipea
Instituto avalia que após um avanço de 1,5% do PIB no 2º trimestre, é normal um crescimento menor
A economia brasileira deve desacelerar no segundo semestre de 2013, após registrar um pico de crescimento no segundo trimestre deste ano. A avaliação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou nesta quinta-feira sua "Carta de Conjuntura", análise referente ao período compreendido entre os meses de abril e junho.
De acordo com Fernando Ribeiro, coordenador do estudo, o crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre ante o período imediatamente anterior foi importante para uma recuperação em relação aos baixos níveis de 2012, mas "é normal nos trimestres seguintes ter um crescimento mais fraco e uma acomodação."
Na avaliação do pesquisador, os indicadores recentes da economia sinalizam uma desaceleração. A produção industrial está em tendência de queda e os índices de confiança de empresários e consumidores também estão em baixa. O pesquisador cita ainda sinais de perda de dinamismo do mercado de trabalho, com um ritmo mais lento na criação de novas vagas.
"Paramos de ter crescimento expressivo no ganho real dos salários, e isso impacta mais no nível de consumo", afirmou. Também a alta da inflação e a redução do crédito, contribuem para "reduzir o ímpeto para o consumo". Apesar disso, o pesquisador ressaltou que o consumo "não deixa de crescer", em resposta às críticas sobre o esgotamento do modelo de crescimento voltado para o segmento.
Independentemente dos próximos resultados do PIB, o crescimento para o acumulado do ano ficaria em 2,5% apenas pelo efeito "carry over", diz Ribeiro. "Existe algum risco de queda nos próximos trimestres, mas a chance é pequena."
Ribeiro pontuou que a inflação já dá sinais de melhora, sobretudo no segmento de alimentos, e já possui uma menor difusão na economia, o que projeta um cenário favorável para os próximos trimestres. A desaceleração, segundo ele, é efeito da ação do Banco Central sobre a taxa básica de juros, apesar de ele considerar que o ciclo de alta da Selic é maior do que o esperado.
"O Banco Central mudou seu discurso e vem sendo mais enfático em relação ao controle da inflação, para que se aproxime do centro da meta (de inflação) no futuro. Por outro lado, demonstra que está menos preocupado com o desempenho da atividade econômica."
O resultado da balança comercial, que acumulou déficit de US$ 3,7 bilhões no primeiro semestre, também foi destacado pelo economista em função da perspectiva de melhora. "Cerca de 70% do déficit na primeira metade do ano se deveu ao petróleo, que teve alta de importação, queda nas exportações e sofreu ainda o efeito do câmbio", afirmou. Segundo Ribeiro, a tendência de recuperação vem da retomada da produção em plataformas que foram paralisadas para manutenção.
Para o diretor do Ipea, Claudio Hamilton, apesar de todos os indicadores negativos, "a economia não está indo mal, está com crescimento moderado e vai se manter assim." O momento, segundo o pesquisador, é de desafios importantes para a política econômica. "O objetivo seria sustentar o crescimento razoável da economia, com menos ambição", afirma.
Fernando Ribeiro destaca que, para tanto, será preciso equacionar o superávit primário. Segundo ele, o governo precisa estar atento à queda no superávit também dos Estados, o que poderia gerar um acúmulo nas contas federais.
"O espaço fiscal que se tem para adotar novas medidas para acelerar o crescimento é bastante limitado, com a queda das receitas públicas, em função das desonerações tributárias, e a decisão de preservar os gastos sociais, de transferência de renda. Por um lado, o governo precisa investir mais, por outro tem menos receita. O governo anunciou que não fará mais desonerações e tenta ajustar as despesas."
Segundo os pesquisadores, existe a possibilidade de uma retomada da economia a partir do próximo ano, puxada pela recuperação de investimentos que já se vê nos últimos indicadores. "O governo tem jogado as fichas para 2014, apostando nas concessões de infraestrutura", afirmou Hamilton. "É um pacote bastante significativo, com licitações importantes que vão impactar a economia nos próximos trimestres. Os investimentos estruturais não acontecem da noite para o dia."
Fonte: O Estadão On-line – 27-09
Poder de compra do trabalhador cresceu em agosto, diz IBGE
O avanço de 1,7% na renda média habitual do trabalhador em agosto ante julho foi possível devido ao arrefecimento da inflação no mês. "Há um ganho no poder de compra da população", avalia o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, Cimar Azeredo. Em agosto, a renda média ficou em R$ 1.883,00, enquanto em julho havia sido de R$ 1.851,01. Ele pondera, no entanto, que o crescimento poderia ter sido ainda maior, se a desaceleração da inflação tivesse sido mais intensa.
Em 2013, a média para os primeiros oito meses do ano é de R$ 1.871,50, já ajustada pela inflação. O valor é 1,5% a mais do que em 2012, quando foi de R$ 1.843,99.
Já a desaceleração na taxa de desemprego, que ficou em 5,3% em agosto ante 5,6% em julho, é consequência de uma redução na população desocupada. "O que contribui para a retração da taxa de desocupação foi a queda significativa no contingente de desocupados", afirma Azeredo. Na comparação com julho, a queda foi de 83 mil pessoas (-6,0%), apesar de avanço de 0,6% em relação a agosto de 2012.
"Foi a menor taxa de desocupação para um mês de agosto, juntamente com agosto de 2012, quando a taxa já havia sido de 5,3%", ressalta Azeredo. "É a primeira inflexão significativa da taxa".
Apesar disso, o aumento da população ocupada, segundo o gerente da pesquisa, não refletiu um impacto tão significativo. Em relação a julho, houve acréscimo de 90 mil pessoas ao mercado de trabalho, avanço de 0,4%. Em relação a agosto de 2012, foram criadas 274 mil vagas (+1,2%). Já a população em idade ativa se manteve estável ante julho e cresceu 0,9% (369 mil) ante agosto de 2012).
"A ocupação cresce em ritmo menor", destaca Azeredo. "Embora a população ocupada tivesse em um ano crescimento acima da população em idade ativa, isso não foi suficiente para gerar impacto significativo. O nível de ocupação ficou estável." Outro destaque, segundo Azeredo, foi o avanço dos trabalhadores com carteira assinada, com alta de 3,1% ante agosto de 2012 e de 0,9% ante julho. Hoje, esse contingente representa 50,4% do mercado, de acordo com a pesquisa.
Fonte: Portal Varejista – 27-09
Bancos dizem 'não' a aumento real, e greve continua
Em ano de desaceleração da economia, os bancos já decidiram: não haverá aumento acima da inflação para os bancários, que entram hoje no nono dia de greve.
Se não cederem de fato, será a primeira vez desde 2003 que a categoria, uma das mais fortes nas negociações salariais, receberá só a reposição da inflação (6,1%).
As negociações dos bancários serve de modelo para os acordos salariais de todo o setor de serviços, segmento de maior pressão para inflação.
Nos últimos nove anos, a categoria teve 22,2% de aumento real, de acordo com a Contraf-CUT (confederação nacional dos bancários).
"Ninguém está falando em cortar benefícios e conceder zero de reajuste, o que seria um mau acordo. Ao repor o poder de compra, os bancários continuarão com os melhores salários do mercado, os melhores benefícios e a participação de lucros [PLR] garantida em convenção coletiva", diz Magnus Apostólico, diretor de relações trabalhistas da Fenaban (federação dos bancos).
O salário médio dos bancários é hoje de R$ 4.740, sendo que o piso salarial é de R$ 1.519. A PLR paga aos caixas de bancos, segundo o diretor, varia entre 3,5 e 4 salários adicionais.
"Isso corresponde a quase 30% a mais no salário, se dividirmos o valor da PLR por mês", diz o diretor.
Ainda segundo os bancos, a inflação pelo INPC acumulada nos últimos sete anos foi de 42%, enquanto a correção no piso do setor foi de 80%, e a dos salários, 60%.
"A proposta de conceder só a reposição da inflação é indecente. A greve continuará até que haja proposta melhor", diz Juvândia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Região (CUT) e uma das coordenadoras da negociação.
Um dos motivos alegados para não conceder aumento real é o fato de o lucro obtido pelos bancos ter sido menor do que a inflação no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2012.
Na média, os bancos lucraram 3,7% a mais, enquanto a inflação está em 6%.
"Um setor que lucrou R$ 59 bilhões não pode dar aumento real? Mesmo que o lucro não tivesse crescido, ainda seria altíssimo. Não tem cabimento", diz a sindicalista.
"A economia está girando mais devagar, com resultados inferiores aos de anos anteriores. O cenário é de indefinição neste ano e no primeiro semestre de 2014. É preciso cautela", afirma o diretor.
AUMENTO REAL
Neste ano, os bancários pedem reajuste salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real, além de PLR no valor de três salários mais R$ 5.553,15 fixos, entre outros.
No ano passado, foram nove dias de paralisação, que resultaram em reajuste de 7,5%, sendo 2% de aumento real. Em 2011, os bancários cruzaram os braços por 21 dias e voltaram ao trabalho com reajuste de 9% (1,5% acima da inflação). Foi a maior paralisação desde 2004.
Patrões e empregados não sentam para negociar há três semanas. Cada um dos lados espera uma contraproposta.
Segundo os bancários, 10.586 agências e centros administrativos nos 26 Estados e Distrito Federal foram fechados devido à greve. A Fenaban não divulga a adesão.
Fonte: Folha de São Paulo – 27-09
Governo quer o recuo de banco público no crédito
Os bancos públicos receberam ordem da presidente Dilma Rousseff para conter seu avanço no mercado de crédito e evitar maior presença estatal no sistema financeiro. A Caixa Econômica Federal, que já vinha cortando a concessão de empréstimos a grandes corporações, poderá ser obrigada também a desacelerar a oferta de crédito a pessoas físicas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estuda reduzir linhas a grandes empresas e dirigir seus esforços para o financiamento das concessões.
Fonte: Valor Econômico – 07-09
Muda o perfil de crédito a empresas
Nos últimos cinco anos, na fotografia das dívidas das empresas brasileiras, fontes de financiamento que estavam em segundo plano vêm ganhando relevância. Desde 2007, o endividamento das companhias cresce puxado não pelas linhas mais tradicionais de crédito a empresas, como o capital de giro ou a conta garantida, mas por uma combinação de empréstimos subsidiados, como os do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com recursos captados no mercado de capitais e no exterior.
Fonte: Valor Econômico – 07-09
Começa o desmonte dos estímulos pós-crise
O setor público brasileiro perdeu a capacidade de gerar superávits primários elevados. O Tesouro Nacional está esgotando a possibilidade de dar crédito aos bancos públicos mediante emissão de dívida ou por instrumento híbrido de capital - até julho foram R$ 440,4 bilhões, ou 9,5% do PIB.
Fonte: Valor Econômico – 27-09
Confiança do setor de serviços fica quase estável em setembro, diz FGV
Índice de Confiança de Serviços (ICS) registrou queda de 0,2%.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou praticamente estável entre agosto e setembro, com queda de 0,2%, atingindo 116,3 pontos.
Na comparação com a média do indicador no terceiro trimestre com o trimestre anterior, houve queda de 4%, mantendo trajetória declinante registrada desde o início do ano, destaca.
Houve aumento da confiança em 7 das 12 atividades pesquisadas, queda em três e estabilidade em duas, mostrando que a tendência na margem não é clara.
A FGV diz que, enquanto a percepção sobre a situação atual dos negócios (ISA-S) voltou a cair (-1,4%), após avanço em agosto (de 3,2%), as expectativas das empresas em relação aos meses seguintes (IE-S) tornaram-se menos pessimistas pelo segundo mês consecutivo, ao avançar 0,7%.
Meses seguintes
O aumento do IE-S entre agosto e setembro foi influenciado pelo indicador do quesito demanda prevista, que avançou 2,4%, diz.
A proporção de empresas prevendo demanda maior no futuro subiu de 41,2% para 43%, enquanto a parcela daquelas prevendo demanda menor passou de 10,2% para 8,9%.
O indicador do quesito que mede o otimismo com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes caiu 0,8%.
Situação atual
Já o recuo do ISA-S entre agosto e setembro refletiu a queda do indicador que mede a satisfação com a situação atual dos negócios, em 3,8%. A proporção de empresas que avaliam a situação atual como forte diminuiu de 23,7% para 20,6%, enquanto a parcela das que a consideram fraca aumentou de 17,8% para 18,7%, destaca a divulgação.
O quesito volume de demanda atual aumentou 1,2%.
Fonte: G1 Economia – 27-09