Clipping Diário - 27/08/2014
Publicado em 27/08/2014
Clipping Diário - 27/08/2014
IPTU TEM ACORDO
O secretário de Finanças da prefeitura de Florianópolis, Júlio Cesar Marcelino, assumiu compromisso de liberar os estudos sobre o reajuste da Planta Genérica de Valores dos imóveis da Capital, origem da polêmica sobre reajuste do IPTU. As entidades ajuizaram ação e terão acesso a todos os dados. Fruto da nova postura do prefeito Cesar Sousa Júnior.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 27-08
DIGITAL
O presidente da Junta Comercial do Estado, Jaime Tonelo, estará hoje, às 10h, na sede do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina. Vai fazer uma exposição sobre a Junta Digital, programa de comunicação pela internet que objetiva desburocratizar e agilizar os processos de registro de comércio. A implantação deve ocorrer em outubro.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 27-08
PONTE QUE BALANÇA INTERDITADA
Foi interditada ontem a ponte da Integração, na BR-158, no Oeste catarinense, entre Palmitos (SC) e Iraí (RS), que ficou conhecida como a “ponte que balança”. O motivo é um grave problema estrutural em um dos pilares, identificado por técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT).
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que se o tráfego não fosse interrompido, o problema poderia levar à queda da ponte. Hoje, um especialista em estruturas do DNIT deve fazer uma nova vistoria em todos os pilares.
O caso iniciou em novembro do ano passado, quando um leitor registrou a ponte movendo-se com a passagem de veículos. Após o vídeo, o DNIT limitou a passagem de caminhões com mais de 57 toneladas e iniciou um período de vistorias e obras na travessia.
Até então, o bloqueio estava em meia pista e havia uma restrição para veículos com mais de 20 toneladas. Desde às 17h de ontem, somente pedestres podem passar entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul pela ponte.
IMPACTOS DA PONTE I
A ponte na BR-158 é uma das principais ligações entre SC e RS. Muitas pessoas de Iraí compravam produtos em Palmitos, moradores de uma cidade trabalham na outra, parte da produção de leite da região catarinense é vendida para um laticínio no RS e cerca de 120 estudantes de Palmitos estudam no RS. Eles devem atravessar a ponte a pé e embarcar no outro lado. “São prejuízos incalculáveis. O governo já deveria ter viabilizado uma balsa”, afirma Elson Otto, presidente da Associação Comercial e Industrial e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Palmitos.
IMPACTOS DA PONTE II
A Cooperativa A1, que tem sede em Palmitos, entrega mercadorias no RS. “Com os desvios vai dobrar o trajeto”, prevê o gerente de logística da A1, Nilson Schlemer, acreditando em um aumento de 30% a 40% com os desvios. A Aurora Alimentos também desviou pela barca de Itapiranga o transporte de 35 mil aves por dia. São 50 quilômetros e R$ 50 a mais por viagem, diz o gerente de operações, Celso Capelaro.
CAMINHOS ALTERNATIVOS
Ponte do Goio-Ên, SC-480, em Chapecó: comporta até carretas bitrem. Liga Chapecó (SC) a Nonoai (RS). De Palmitos até essa ponte, pela SC-283 e depois SC-480, são 80 quilômetros. Tudo pavimentado.
Barca de Itapiranga: de Palmitos até a barca são cerca de 90 quilômetros, pela SC-283 e SC-163. São permitidos caminhões e carretas até sete eixos. A barca liga Itapiranga com o município de Barra do Guarita (RS). A rodovia foi pavimentada recentemente no lado gaúcho.
Barca de Mondaí: indicada apenas para veículos pequenos. Liga Mondaí (SC) a Vicente Dutra (RS), mas tem um trecho de estrada de chão no lado gaúcho. Fica a 32 quilômetros de Palmitos.
Ponte da Usina Foz do Chapecó: liga Águas de Chapecó (SC) a Alpestre (RS). Tem 18 quilômetros de estrada de chão no lado gaúcho. Não é recomendado para caminhões e carretas. São 25 quilômetros de Palmitos até a ponte, pela SC-283 e ACH-050.
Fonte: Diário Catarinense – Trânsito 24h – 27-08
Centro empresarial
As obras de expansão do Casa Hall Shopping, de Balneário Camboriú, acabam de atingir 80% de seu cronograma. A previsão é concluir os trabalhos em setembro. Após finalizada a expansão, o empreendimento terá a sua área bruta locável ampliada de 5 mil m² para 10 mil m². O número de lojas passará de 13 para 24. Uma das novidades é o Casa Hall Offices, um centro empresarial com capacidade para 25 escritórios comerciais e que deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2015. Para a realização de todas as obras, estão sendo investidos R$ 15 milhões.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz– 27-08
Quase um terço dos consumidores ouvidos em pesquisa é racional na hora das compras, diz SPC
Estudo estima que 44,8 mi brasileiros são controlados e cautelosos. Uma pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal Meu Bolso Feliz estima que quase um terço (31%) dos consumidores é racional na hora de comprar, planeja antes de gastar, paga as contas em dia e segue os limites do próprio orçamento. O estudo, feito com 1245 pessoas de todo o país procurou identificar e entender o perfil comportamental dos consumidores brasileiros frente às compras, ao planejamento financeiro e à situação de endividamento.
Os entrevistados foram classificados em quatro tipos diferentes: imprudentes, racionais, moderados e apáticos. Para construção desses perfis apontados na pesquisa, os entrevistados responderam uma extensa bateria de perguntas relacionadas a temas como consumo, contas e dívidas, planejamento orçamentário e futuro financeiro.
Imprudentes
A maior parte desses consumidores imprudentes veio da chamada nova classe média brasileira. Levando em conta os estudos e as bases de dados as quais o SPC Brasil tem acesso, estima-se que este grupo represente 17% da população economicamente ativa ou 23,3 milhões de consumidores. Com o aumento da renda e com o maior acesso ao crédito, eles encontraram justamente no consumo um meio de reafirmar sua nova condição social. De acordo com o estudo, os imprudentes têm comportamento voltado para a cultura do excesso e valorizam produtos de grife para reivindicar seu novo lugar na sociedade a partir da exibição e da ostentação.
Esses consumidores são impulsivos, imediatistas, não se preocupam com o futuro e não têm o hábito de planejar e nem de poupar, o que segundo os especialistas, pode acarretar sérias consequências na vida financeira. A pesquisa mostra que 51% dos consumidores dessa categoria estão com o nome sujo simplesmente por não terem o hábito de planejar o próprio orçamento. "Essas pessoas parcelam as compras ao máximo para adquirir novos produtos e deixam até de pagar uma conta para poderem comprar ainda mais. Como também tendem a pensar principalmente no curto prazo, não se organizam para pagar as dívidas, não honram os compromissos e acabam ficando inadimplentes", explica Marcela Kawauti, economista do SPC Brasil.
Racionais
No pólo oposto aos imprudentes, os racionais não são movidos pelo consumismo e buscam sempre a melhor opção entre custo e benefício. Para este tipo de consumidor, o valor simbólico dos produtos está em segundo plano e a funcionalidade e o preço são os quesitos mais importantes. Só compram algo se o item for útil e necessário. "Por serem pacientes e estarem aptos a pensar mais no futuro, os racionais costumam economizar e poupar para realizar metas mais desafiadoras, como comprar um automóvel, a casa própria ou fazer uma viagem", explica a economista.
De acordo com o estudo, eles representam a maior parte da população economicamente ativa: 31% ou 44,8 milhões de consumidores. Os racionais sabem onde querem chegar. Controlam os próprios impulsos, planejam as compras, preferem pagar a vista, pesquisam preços e consideram o nome limpo um bem precioso. Na visão do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, para esses consumidores: "cada compra é um processo decisório lógico, que respeita o próprio orçamento e as consequências de curto, médio e principalmente as de longo prazo".
Apesar do cuidado com que conduzem a vida financeira, os racionais não estão completamente livres dos problemas com dinheiro, já que 26% que estão adimplentes dentro deste grupo admitem já ter ficado com o nome sujo. Mas existe uma diferença importante em relação aos imprudentes: o maior motivo para acumular débitos é a perda do emprego, segundo afirmam 25% dos entrevistados classificados como racionais e que têm dívidas em atraso.
Moderados
Este grupo representa um quarto (25%) dos consumidores ou 35,9 milhões de pessoas. De acordo com o estudo, os moderados adotam um planejamento financeiro como os consumidores racionais, mas de vez em quando as tentações fazem com que eles não consigam segui-lo à risca o tempo todo. "Isso ajuda a explicar o fato de que 40% dos moderados sem dívidas em atraso admitem já ter ficado com o nome sujo", disse Kawauti.
De acordo com a pesquisa, a maior parte deste grupo é composta por pessoas predominantemente jovens, que veem no consumo uma forma de expressão. "Essas características aparentemente opostas não são incoerentes. Na verdade, são. São escapadas ocasionais que os fazem comprar mais do que precisam e que resultam de apelos da propaganda, aos quais todos estão sujeitos, mas que não os fazem perder o controle das contas", explica José Vignoli.
O estudo mostra que, entre os adimplentes, a maior parte (68%) afirma que prefere pagar suas contas à vista. Para o educador, apesar de terem um lado impulsivo, adotam estratégias eficazes para evitar o endividamento.
Apáticos
Para estes consumidores, consumir é mais uma atividade normal em meio a tantas outras do cotidiano, não sentem prazer ou emoção com a experiência do consumo e não ligam para marcas. Eles representam 27% dos consumidores ou 27,3 milhões de pessoas. Segundo a pesquisa, eles não entendem o consumo como forma de expressão da personalidade, nem enxergam alegria extrema no ato de comprar. "Esse grupo não acredita, por exemplo, que roupas e outros produtos possam tornar alguém especial ou traduzir, essencialmente, quem essa pessoa é", explica Kawauti. Se por um lado não são consumistas como os imprudentes, também não se mostram tão focados no futuro, porque não demonstram desejo e disciplina suficientes para fazer seu dinheiro render mais como os racionais.
De acordo com a pesquisa, além de evitarem compras por impulso, eles evitam dívidas, preferem pagar à vista, valorizam ter um nome limpo e acreditam que honrar os compromissos assumidos é muito importante. Essas preocupações, na avaliação dos especialistas, indicam que os apáticos tendem a evitar chateações relacionadas ao dinheiro. No entanto, ao mesmo tempo, não se trata de um comportamento guiado pela busca de grandes melhorias da vida financeira como costuma acontecer com os consumidores racionais.
Os consumidores com este perfil não têm o hábito de fazer dívidas, mas isso não significa que estejam imunes à negativação: 38% dos apáticos adimplentes admitem que já ficaram com o nome sujo. Entre os apáticos inadimplentes, o maior motivo é a falta de planejamento financeiro motivo por 39% dos entrevistados.
Coexistência de perfis
Os pesquisadores alertam, no entanto, que as características de alguns consumidores muitas vezes confundem-se com as de outros, fazendo com que seja possível que muitas pessoas possam apresentar, ao mesmo tempo, comportamentos de dois ou mais perfis. "Mas observando os hábitos de compra e as atitudes diante do próprio orçamento, é razoável dizer que, em qualquer consumidor, vai prevalecer como característica mais forte um dos quatro perfis traçados na pesquisa", explica José Vignoli.
A pesquisa também mostra que ao comparar esses quatro tipos de consumidores, observa-se que há muito mais similaridades do que diferenças comportamentais entre os consumidores adimplentes e inadimplentes. "A maior diferença está na intensidade com que cada grupo vivencia suas experiências de consumo. O consumidor pode apresentar um comportamento impulsivo para comprar sapatos, mas um comportamento racional para planejar as férias, por exemplo”, diz Kawauti. Mas explica que ao analisar todas as esferas do consumo e a maneira de lidar com o próprio orçamento, o estudo consegue identificar e extrair a característica mais predominante nos entrevistados.
O perfil racional, segundo os dados do estudo, se sobrepõe entre os entrevistados e supera o perfil imprudente na proporção de praticamente dois pra um, mostrando que a maior parte das pessoas tende a evitar atitudes inconsequentes em relação às próprias finanças. "Mesmo assim, a representatividade dos imprudentes é significativa e demonstra que a inadimplência e o superendividamento são problemas graves, não apenas para milhões de consumidores, mas também para a economia do país", explica Kawauti.
Metodologia
A amostra do estudo foi composta por consumidores das 27 capitais brasileiras, com mais de 18 anos, de ambos os sexos, pertencentes a todas as classes sociais e divididas em dois grandes grupos: 639 pessoas adimplentes e 606 pessoas inadimplentes. O critério utilizado para definir quem está no grupo do adimplente e do inadimplente foi ter, ou não, conta vencida há mais de 90 dias.
Fonte: Portal Adjori /SC – 26-08
SPC Brasil lança novo indicador de inadimplência da Pessoa Jurídica
Com atividade econômica estagnada, número de empresas inadimplentes cresce 7,11%. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) lança, nesta quarta-feira (27), o novo indicador de inadimplência da Pessoa Jurídica. O estudo mostra que as empresas brasileiras estão com mais dificuldades para pagar suas contas, a quantidade de empresas com dívidas em atraso cresceu 7,11% no mês de julho, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar da leve desaceleração em relação à alta de junho (7,80%), este é o quarto mês seguido em que o crescimento se mantém acima de 7%. Já na passagem de junho para julho, os dados do SPC Brasil mostram que houve uma ligeira aceleração e o crescimento ficou em 0,37%.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o atual cenário de estagnação da economia e custos maiores impactaram o fluxo de caixa das empresas. "O aumento do custo dos financiamentos com juros elevados, inflação no limite da meta e o ambiente de baixa atividade econômica estão impondo dificuldades à situação financeira das empresas. Além disso, a piora da confiança do consumidor e o crescimento da inadimplência da pessoa física são fatores que influenciam", explica a economista.
Na comparação anual, a região nordeste apresentou o maior crescimento do número de pessoas jurídicas inadimplentes (9,2%), seguida pelos Estados do Norte (6,9%), Sudeste (6,3%), Centro-oeste (4,6%) e Sul (4,0%). Apesar da variação abaixo da média nacional, os Estados da região Sudeste concentram 43,29% do total de empresas com dívidas em atraso no Brasil.
Dívidas em atraso
A alta do número de dívidas em atraso, que ficou em 6,17% na base anual de comparação, foi puxada principalmente pelo crescimento de compromissos financeiros atrasados em que o comércio é o setor credor. O segmento respondeu por 1,8 pontos percentuais da alta total, mesma contribuição do setor de bancos e pouco à frente da indústria, que contribuiu com 1,3 pontos percentuais do crescimento global das dívidas em atraso.
Na avaliação dos economistas do SPC Brasil, o levantamento de julho denota que as empresas estão com dificuldades para pagar seus compromissos financeiros no curto prazo. Exemplo disso é que na análise das empresas com dívidas pendentes por tempo de atraso, observa-se uma perda de fôlego das dívidas atrasadas em até 90 dias. Em junho, o crescimento desta faixa de atraso estava em 17,45% e desacelerou para uma alta de 8,23% em julho. Por outro lado, as empresas com dividas em atraso de 91 a 180 dias foram as que mais crescerem na comparação anual: partindo de um crescimento de 10,37% em junho para 11,07 em julho. O movimento do indicador mostra que as dívidas estão se mantendo na base de compromissos em atraso, passando da categoria de até 90 dias para a categoria de 90 a 180 dias.
Novo indicador
A partir deste mês de julho, o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) passam a divulgar o Indicador Mensal de Inadimplência da Pessoa Jurídica. O objetivo é proporcionar uma ferramenta de análise e indicador de tendências para as empresas brasileiras, a exemplo do que já acontece com o indicador de inadimplência da Pessoa Física, divulgado mensalmente pelas duas instituições.
Fonte: O Estado de São Paulo – 27-08
Preços de calçados e couro no IPP recuam 1,38%, diz IBGE
A indústria de calçados e couro busca se desfazer de estoques diante da atividade mais fraca que tem afetado o setor. Com isso, os preços do segmento no âmbito da indústria de transformação ficaram 1,38% menores em julho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o Índice de Preços ao Produtor (IPP), nesta quarta-feira, 27. Segundo o órgão, trata-se da queda mais intensa de toda a série para o setor, apurada desde janeiro de 2010.
"Os relatos são de que empresas estão recorrendo a promoções e descontos. Isso já vinha acontecendo no mês passado e agora ocorre de novo. Elas estão se desfazendo de estoques, talvez porque estão sofrendo um pouco mais com a crise. Obviamente tem uma questão de moda, isso também acaba tendo efeito, mas é menor", disse o técnico Alexandre Brandão, gerente do IPP.
Neste mês, os calçados e couro contribuíram com -0,02 ponto porcentual na taxa do IPP, que registrou queda de 0,29% em julho, o quinto recuo consecutivo. Segundo Brandão, a taxa expressiva do setor fez com que ele figurasse entre as maiores influências, algo não muito usual, já que ele detém um pequeno peso no índice.
Apesar disso, as taxas acumuladas estão acima do registrado em média na indústria de transformação. No ano, calçados e couro apresentam alta de 1,99%, enquanto em 12 meses o avanço é de 7,76%. No IPP geral, essas taxas são de 0,61% e de 3,45%, respectivamente. "Em fevereiro deste ano, houve um aumento expressivo, provavelmente relacionado à questão da moda. Em dezembro (de 2013) também houve aumentos maiores. Isso ainda aparece", explicou Brandão.
Fonte: O Estado de São Paulo – 27-08
Há Muita Coisa Em Desaceleração Na Economia: A Atividade Produtiva, A Renda, O Emprego, O Investimento, A Poupança… Mas O Que Aparentemente Mais Preocupa A Área Econômica Do Governo Dilma É A Desaceleração Do Crédito
Há muita coisa em desaceleração na economia: a atividade produtiva, a renda, o emprego, o investimento, a poupança… Mas o que aparentemente mais preocupa a área econômica do governo Dilma é a desaceleração do crédito.
No gráfico ao abaixo você tem a evolução do crédito no segmento livre (53,5% do total) e no direcionado. Se for levada em conta a inflação, de 6,5% no período de 12 meses terminado em julho, a conclusão é a de que o estoque de crédito enfrenta queda real.
Houve um tempo em que o diagnóstico oficial para o travamento era a má vontade dos bancos. Eles não se interessavam em conquistar mais clientes, punham o spread (diferença entre o que pagam e o que cobram) lá em cima, operavam com custos altos demais. A queixa do governo agora é a de que os bancos tiraram o pé do acelerador porque estão com medo de calote (inadimplência).
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um pacote destinado a relançar o crédito, baseado em redução do depósito compulsório sobre depósitos a prazo, a parcela entregue pelos aplicadores que têm de ser recolhida ao Banco Central. Ou seja, o governo entendeu que seria preciso injetar um acorda leão nos bancos.
Algum efeito essas decisões deverão produzir, mas ninguém acredita que deem resultados imediatamente. A inadimplência (atrasos dos pagamentos superiores a 90 dias) está relativamente estável no segmento do crédito livre, tanto para pessoas jurídicas como para pessoas físicas (veja o Confira). Ou seja, apesar do mau momento econômico, marcado pela estagnação dos negócios e da renda, os bancos não enfrentam problemas graves com quebra de qualidade de sua carteira de crédito. Isso significa que a evolução mais lenta das concessões tem mais a ver com a falta de demanda, e não com a falta de oferta.
As empresas e as famílias estão recorrendo menos aos financiamentos bancários, tanto porque já estão excessivamente endividadas quanto porque assumiram um comportamento mais conservador para enfrentar as incertezas com o futuro da política econômica. É a temporada eleitoral, que deve levar a mudanças de orientação do governo.
Mais do que com a relativa estagnação do crédito em geral, o governo deveria se preocupar com o emperramento do crédito de longo prazo. Não há na rede bancária financiamentos de longo prazo para dar cobertura a projetos de infraestrutura. Só o BNDES opera nessa linha.
Isso não quer dizer que o crédito de longo prazo esteja impossibilitado porque, apesar dos juros, da inflação e das incertezas, os bancos já trabalham com financiamentos de até mais de dez anos no crédito imobiliário (hipotecas).
O governo Dilma bem que tentou criar interesse para aquisição de debêntures, um título de longo prazo que se prestaria a garantir recursos para o financiamento de obras de infraestrutura. Foi mais um aviãozinho que não decolou. Por que razão um aplicador deveria se interessar por ativos de longo prazo se tem à sua disposição modalidades de curto prazo que pagam o mesmo? Mas essa omissão vai custar caro para um país que precisa modernizar sua logística.
Fonte: O Estado de São Paulo – 26-08
Burger King compra rede canadense e vira o 3º fast-food do mundo
Empresa controlada pela 3G Capital, do bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann, pagou US$ 11,5 bilhões pelo negócio, mas vai economizar impostos ao transferir sede para o Canadá. Rede terá 18 mil restaurantes em 100 países.
O Burger King anunciou nesta terça-feira planos para comprar a rede canadense de lojas de café e donuts Tim Hortons por US$ 11,5 bilhões (ou US$ 12,61 bilhões de dólares canadenses), num acordo em dinheiro e ações para criar o terceiro maior grupo mundial de restaurantes de fast-food.
Com vendas anuais combinadas de cerca de US$ 23 bilhões, mais de 18 mil restaurantes em 100 países e duas marcas fortes e independentes, a nova companhia terá uma ampla presença global e um potencial significativo de crescimento, disseram as companhias em um comunicado.
As companhias tinham dito no domingo que estavam em conversas para uma fusão, o que fez com que as ações de ambas saltassem na segunda-feira.
O negócio marca a mais recente ofensiva no mundo dos negócios da 3G Capital, holding de investimentos sediada em Nova York que controla o Burger King. A 3G é liderada pelo bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann e tem ainda como co-fundadores Carlos Alberto Sicupira, Marcel Hermann Telles e Roberto Thompson Motta.
Pelos termos do negócio anunciado nesta terça, os acionistas da Tim Hortons receberão 65,50 dólares canadenses em dinheiro e 0,8025 ação na nova companhia por cada um de seus papéis. Com base no fechamento na segunda-feira, o acordo coloca o preço do papel da Tim Hortons em 94,05 dólares canadenses, um prêmio de quase 37% sobre o valor no encerramento na bolsa de Toronto na sexta-feira.
Após a transação, a 3G Capital terá cerca de 51% da empresa combinada, contra os cerca de 70% que possui atualmente do Burger King.
Os atuais presidente do Conselho, Alex Behring, e presidente-executivo do Burger King, Daniel Schwartz, terão os mesmos cargos na empresa combinada. O presidente-executivo da Tim Hortons, Marc Caira, será vice-presidente do Conselho.
A companhia terá sede no Canadá, seu maior mercado.
Investidores e especialistas em impostos dizem que o principal motivo para o Burger King mudar seu domicílio para o Canadá é evitar pagar uma tributação dupla sobre os lucros gerados no exterior, como a companhia teria que pagar se continuasse sediada nos Estados Unidos.
O Burger King, no entanto, reiterou que Miami continuará sendo sua casa global, enquanto Oakville, em Ontario, permanecerá como a base mundial da Tim Hortons.
As ações da nova empresa resultante da fusão serão listadas nas bolsas de valores de Nova York e de Toronto.
O Burger King assegurou um total de US$ 12,5 bilhões em dinheiro para financiar a operação, incluindo um pacote de dívida de US$ 9,5 bilhões liderado por JPMorgan e Wells Fargo.
A Berkshire Hathaway, do bilionário norte-americano Warren Buffett, se comprometeu a colocar US$ 3 bilhões para financiar o negócio, mas não terá qualquer função na gestão das atividades, disseram as empresas.
Lemann, o brasileiro mais rico com um patrimônio estimado em quase US$ 23 bilhões pela lista da revista Forbes, começou sua fortuna no setor financeiro. Ele foi um dos arquitetos da fusão entre Antarctica e Brahma para criar a Ambev e então na combinação da cervejaria brasileira com a belga Interbrew em 2004 para dar origem à InBev.
Em setembro de 2010, a 3G comprou o Burger King por US$ 3,3 bilhões. Em abril de 2012, a rede de lanchonetes foi listada na bolsa de valores de Nova York.
Fonte: O Estado de São Paulo – 26-08
Crédito tem nova desaceleração
O mercado de crédito apresentou a sexta contração consecutiva em de julho, perfazendo o maior período de queda da série histórica iniciada em março de 2007, considerando o comportamento em 12 meses. No mês passado, a taxa de expansão foi de 11,4%, também a menor da série histórica. O estoque de crédito ficou em R$ 2,835 trilhões ou o equivalente a 56,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
Na margem, foi registrado um breve avanço de 0,2% sobre junho, resultado puxado pelos bancos estatais, que foram os únicos a ampliar suas carteiras.
As instituições públicas ampliaram o crédito em 0,7%, para R$ 1,5 trilhão, e respondem por 53% do mercado. Os privados nacionais viram suas carteiras caírem em 0,2%, para R$ 919,246 bilhões, e os estrangeiros encolheram 0,7%, para R$ 416,088 bilhões.
E quem tomou crédito em julho foram a União, Estados e municípios, que ampliaram seu estoque de endividamento em 2,3%, enquanto o segmento privado cresceu apenas 0,1%, puxado, basicamente, pelo crédito imobiliário.
Olhando apenas os recursos livres, o crédito caiu 0,5% na passagem de junho para julho, para R$ 1,516 trilhão, primeira contração em seis meses. Em 12 meses, ainda há modesta alta de 5%. O crédito direcionado subiu 1% na margem, e cresce 19,8% em 12 meses, para R$ 1,319 trilhão.
E esse desempenho historicamente fraco do crédito não guarda relação com as medidas tomadas pelo Banco Central (BC) no fim de julho e na semana passada. A autoridade monetária liberou compulsórios e alterou fatores de ponderação de risco, desarmando as medidas macroprudenciais adotadas em 2010.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Depec/BC), Túlio Maciel, há algum efeito dessas medidas sobre o mercado de crédito, mas ele afirmou, mais de uma vez, que as medidas têm caráter mais regulatório, no sentido de normalizar as condições de crédito, do que dar um impulso ao mercado.
"Tem algum efeito no crédito, claro que tem, pode vir a ter, mas é um impacto moderado, mais específico em alguns segmentos. Está dentro do nosso cenário de evolução do crédito de 12% ao ano", disse.
Segundo Maciel, ainda assim, as medidas podem levar o BC a não revisar para baixo, novamente, a previsão de expansão do crédito de 12% em 2014. A revisão de projeções será feita em setembro.
Entre as medidas anunciadas pelo BC, estão estímulos específicos para o mercado de veículos e crédito consignado.
De acordo com Maciel, há alguns sinais preliminares de que houve melhora na concessão nesses segmentos, mas o BC não dispõe de dados. Em julho, o crédito para veículos caiu pelo sexto mês seguido, encolhendo 0,7% para R$ 185,204 bilhões Em 12 meses, o saldo acumula queda de 4,5%. A carteira de consignado subiu 1,2% no mês e 13,5% em 12 meses.
Segundo Maciel, o quadro geral para o mercado de crédito é de expansão em ritmo moderado, com inadimplência em patamar historicamente baixo.
O destaque negativo do mês foi o crédito para pessoas jurídicas com recursos livres, que caiu 1,1% no mês. "Há um componente sazonal para o crédito às empresas no mês de julho", disse, apontando que em julho do ano passado também foi observada uma redução. O saldo das carteiras de crédito para indústria, para o segmento rural, para o comércio e serviços apontou retração no mês passado.
Depois de breve recuo em junho, as taxas de juros voltaram a avançar. O juro médio total do sistema subiu a 21,4%, alta de 0,3 ponto percentual. Com recursos livres, a taxa para pessoa física foi a 43,2% nova máxima histórica.
O aumento dos juros ocorre apesar da queda no custo de captação dos bancos, que caiu pelo segundo mês, para 8,3% ao ano, menor desde outubro (8,2%).
Assim, o que explica a alta no custo do dinheiro para o tomador final são os spreads, que subiram a 13,1 pontos percentuais no mês passado, maior desde maio de 2012 (13,7 pontos). Para as pessoas físicas o spread foi de 19,4 pontos percentuais no mês passado, também o mais elevado desde maio de 2012 (19,8 pontos). Para as empresas o spread foi de 8,1 pontos, ante os 7,7 pontos em junho.
Desses dados pode-se inferir que embora emprestando menos, os bancos conseguem, em alguma medida, proteger suas margens de lucro, captando mais barato e cobrando mais do tomador na ponta do crédito. Tal percepção é reforçada pelo comportamento da inadimplência, que se manteve estável em 3% considerando a média do mercado. De fato, desde novembro do ano passado a taxa de calotes oscila entre 3% e 3,1%.
Considerando as operações de pessoas físicas com recursos livres, a taxa de calote foi de 6,6%, após 6,5% em junho. Essa taxa é a maior desde janeiro. Já as empresas mostraram inadimplência de 3,5% vindo de 3,4% no sexto mês do ano. A inadimplência total com recursos livres subiu de 4,8% para 4,9% no mês passado. No crédito com recursos direcionado, a inadimplência total se manteve em 1%.
Fonte: Valor Econômico – 27-08
Vendas do comércio varejista do Rio cresceram 4,2% no mês de julho
As vendas do comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro registraram crescimento de 4,2% em julho de 2014, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a pesquisa Termômetro de Vendas, feita pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), foi o sétimo mês consecutivo de resultado positivo, mantendo o crescimento do comércio na capital fluminense.
Em comparação com o mês anterior (junho), o índice alcançou 8,5%, e no acumulado dos sete meses do ano (janeiro/julho), ante o mesmo período do ano passado, houve aumento de 5,1%. De acordo com o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, os feriados da Copa do Mundo, no mês de julho, dificultaram as vendas, mas o comércio conseguiu um bom resultado.
“Esse resultado positivo pelo sétimo mês consecutivo só foi possível graças às ações pró-ativas dos lojistas, estimulando os consumidores com liquidações, promoções, planos de pagamento diversificados e crediário mais fácil”, explicou. A entidade reúne cerca de 750 estabelecimentos comerciais da cidade.
Os resultados do mês de julho foram puxados principalmente pelo crescimento de 4,4% nas vendas do chamado ramo mole - confecções e moda infantil, tecidos e calçados - e de 4,1% do ramo duro - eletrodomésticos, joias, móveis e óticas. A modalidade de pagamento mais utilizada pelos clientes foi a venda a prazo, que cresceu 4,6%, seguida da venda a vista, com 4,1%.
Ainda segundo a pesquisa, o comércio varejista da cidade do Rio teve um aumento de 5,1% na quantidade de dívidas quitadas. O índice indica o número de consumidores que colocaram os compromissos em dia no mês de julho em relação ao mesmo mês de 2013. As consultas de cadastro (que indicam o movimento do comércio) aumentaram 0,7% e a inadimplência cresceu 0,8%, também em relação ao ano passado.
Fonte: Valor Econômico – 27-08
Agências de fomento oferecem crédito mais barato para MPMEs nos estados
São 16 instituições no país, além de três bancos de desenvolvimento local, com crédito a juros abaixo de 1% ao mês. Agências de fomento estaduais — instituições financeiras não-bancárias, controladas pelos governos estaduais — oferecem linhas de crédito mais baratas e vantajosas para micro, pequenos e médios empreendedores que queiram alavancar os negócios e investir em setores considerados estratégicos para o desenvolvimento regional. O fomento é apoio às empresas é feito a partir de recursos estaduais ou com repasse do BNDES Ao todo, de acordo com a Associação Brasileira de Instituições Financeiras e de Desenvolvimento (ABDE), 16 estados do país possuem agências de fomento, com linhas que liberam de R$ 300 a R$ 30 milhões. E, para que o crédito seja interessante para o setor de MPMEs, as taxas são menores do que as praticadas em bancos de varejo (Confira tabela abaixo).
As linhas de financiamento são para diversos setores e, nas agências, o empreendedor consegue crédito para investir em capital de giro, máquinas e equipamentos, inovação e franquias. Há opções de crédito para profissionais autônomos como eletricistas, pintores, esteticistas, feirantes, taxistas, ambulantes, empreendedores informais, Microempreendedores Individuais (MEIs), micro, pequenas, médias e, em alguns casos, até grandes empresas - mas esta modalidade varia de estado para estado. Além disso, as apoiadoras também liberam crédito para financiamento do setor público, no qual os municípios se beneficiam diretamente das vantagens.
Além das agências espalhadas pelo país, três bancos de desenvolvimento regional apoiam o crescimento das MPMEs. Minas Gerais, Espírito Santo, e a região Sul contam, respectivamente, com financiamentos do Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG), Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Para o superintendente executivo da ABDE, Marco Antônio de Araújo Lima, a atuação das agências de fomento é indispensáveis para o desenvolvimento regional.
“O serviço prestado por essas agências é importante e os estados já perceberem isso. Elas financiam infraestrutura de municípios, além de impulsionar as empresas. Isso é o mais importante. Acredito que, em breve, novas agências surjam pelo país”, diz.
Apesar das agências atuarem em estados estratégicos e propulsores do crescimento no país, Lima destaca que, na maioria dos casos, o empreendedor não chega ao crédito por desconhecimento do serviço. “Muitas vezes, por não saber chegar ao crédito, o empreendedor não consegue crescer. Isso é um problema real no país, mas estamos trabalhando para que o empresário chegue a esse recurso que existe”, destaca.
BNDES
A maioria das operações de crédito com MPMEs feita pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é feita de maneira indireta automática, isto é, contratada por agente financeiro sem consulta prévia ao BNDES. Isso ocorre porque o banco não possui agências, apenas a matriz no Rio de Janeiro e as representações em Brasília, São Paulo, Recife, Montevidéu, Londres e Joanesburgo. Assim, para que o empreendedor chegue ao financiamento pelo BNDES, é preciso contar com a capilaridade e buscar o financiamento através de bancos intermediários credenciados pela instituição.
Entretanto, há exceções em programas ou fundos específicos. As operações de até R$ 20 milhões são indiretas automáticas. Acima desse valor, são diretas com o BNDES ou, quando indiretas, não são automáticas, exigindo consulta prévia ao banco. O banco tem várias modalidades de crédito para MPMEs e os produtos mais usados, de acordo com a instituição, são o Cartão BNDES, Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame) e o BNDES Automático.
De janeiro a abril deste ano — dados mais atualizados do BNDES — a instituição desembolsou para micro, pequenas e médias empresas um total de R$ 19 bilhões. No mesmo período, os estados que mais buscaram financiamento do sistema BNDES foram São Paulo, com R$ 3,8 bilhões, Minas Gerais, com R$ 2,2 bilhões, e Rio de Janeiro, com R$ 725 milhões.
Segundo o porta-voz da Área de Operações Indiretas do BNDES, Bernardo Nabuco, não faltam recursos para financiar o setor de MPMEs do país. “Todos os pedidos de financiamento encaminhados ao BNDES por meio da modalidade indireta automática são devidamente homologados e liberados, desde que as solicitações estejam em perfeito acordo com seus normativos. Sendo assim, não há que se falar em demandas reprimidas por falta de recursos”, afirmou.
Liberação de crédito
De acordo com as agências de fomento, os desembolsos feitos para as PMEs são satisfatórios, e refletem o interesse do setor em investir no crescimento. Em São Paulo, por exemplo, nos primeiros sete meses do ano, a Desenvolve SP já concedeu o equivalente a 83% do que foi liberado em 2013. Entre janeiro e julho deste ano, foram R$ 302,4 milhões para MPMEs. Os setores que mais buscaram crédito foram de serviços, industrial, público, comércio e agronegócio.
Em Minas Gerais, o Banco de Desenvolvimento (BDMG) liberou, no primeiro semestre, R$ 317,3 milhões. Já no ano passado, a instituição desembolsou para micro e pequenas empresas com faturamento de até R$ 30 milhões, R$ 514 milhões. No Rio de Janeiro, de acordo com a AgeRio, “o planejamento é atingir R$ 350 milhões em contratações em 2014, podendo ser ultrapassado este volume, pois não há limitação orçamentária”. Até julho deste ano, foi contratado R$ 85,4 milhões e, em fase de avaliação, conforme informou a agência, são mais R$ 159,1milhões. “Estamos ainda com R$ 300,02 milhões em operações em análise neste momento em diversos estágios na AgeRio”, informou a agência.
No sul do país, a Fomento Paraná desembolsou, no primeiro semestre desse ano, um volume de R$ 120,8 milhões, recorde histórico da instituição. O conjunto de operações com o setor de MPMEs se destina a atender principalmente empresas de comércio, com 32,2%, pessoas físicas, com 4,8%, indústria, com 29%, e outros serviços, com 34%.
Como conseguir financiamento
Para chegar ao crédito nessas agências de fomento é preciso cumprir algumas exigências comuns a muitas delas. A principal é que a empresa precisa estar localizada no estado da agência.
- É necessário estar em dia com documentação pessoal e com a jurídica, além de estar em dia com as obrigações fiscais e tributárias.
- As agências e bancos de desenvolvimento fazem análises de crédito para comprovar a capacidade de pagamento do tomador do financiamento.
- As instituições também costumam exigir garantias para cobrir riscos da contratação.
-Os interessados precisam apresentar um projeto de viabilidade técnica, econômica e financeira do investimento, bem como um plano de negócios. No projeto é importante ter descrição do investimento proposto, com informações sobre o orçamento, prazo de execução, número de empregos gerados com o investimento, além de dados sobre o próprio investidor.
O que são as agências
A criação das agências de fomento ocorreu como resposta ao fechamento dos bancos estaduais de desenvolvimento e comerciais com carteira de desenvolvimento. O Sistema Nacional de Fomento foi reestruturado na década de 90, com a ampliação dos poderes do Banco Central, a criação do Programa de Estímulo à Reestruturação (Proer). De acordo com a ABDE, a operacionalização foi regulamentada pela Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 2828/2001.
Ainda de acordo com a ABDE, “a existência dessas instituições não é obrigatória, mas ideal”. As agências de fomento permitem que os estados controladores viabilizem os investimentos necessários às políticas de desenvolvimento. Vale destacar que tais instituições seguem as regulamentações do Banco Central e atuam de forma a garantir sua sustentabilidade econômico-financeira dos estados.
Fonte: Brasil Econômico – 27-08
Inadimplência das empresas sobe 12,9% em julho
Segundo o Serasa, títulos protestados e cheques sem fundos puxaram o aumento. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas registrou crescimento de 12,9% em julho deste ano, na comparação com junho. Foi o maior avanço mensal para um mês julho de toda a série histórica, iniciada em 2000. Na relação anual – julho de 2014 contra o mesmo mês de 2013 –, o indicador teve alta de 11,4%. No acumulado de janeiro a julho de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice também subiu 6,9%.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a realização da Copa do Mundo, gerando muitos feriados e paralisações especialmente durante a fase de grupos deprimiu a base de comparação mensal (junho), impulsionando os registros de inadimplência em julho. Por outro lado, a estagnação da economia, prejudicando a geração de caixa das empresas, a elevação do custo financeiro tendo em vista os juros mais altos neste ano em relação aos vigentes no ano passado e o avanço dos salários acima do crescimento da produtividade, vem proporcionando maiores dificuldades às empresas honrarem seus compromissos financeiros, elevando os índices de inadimplência em suas comparações anuais.
Os títulos protestados e os cheques sem fundos foram os principais responsáveis pela alta do indicador em julho, com variações positivas de 39,5% e 23,1% e contribuições de 8,6 p.p. e 3,7 p.p., respectivamente. As dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) também apresentaram crescimento de 2,7%, com contribuição de 1,1 p.p. Já as dívidas com os bancos tiveram queda de 1,8% e contribuíram para que o índice não subisse ainda mais em julho de 2014.
Valor médio das dívidas
O valor médio dos cheques sem fundos caiu 9,7% no acumulado de janeiro a julho de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio das dívidas com os bancos também apresentou declínio de 1,8%. Já o valor médio dos títulos protestados e das dívidas não bancárias registrou alta de 7,5% e 5,5%, respectivamente.
Fonte: Economia SC – 27-08
Taxa de juros para as famílias sobe em julho
Para as empresas, a alta chegou a 0,5 ponto percentual, com taxa em 23,1% ao ano, no crédito com recursos livres. A taxa de juros para as famílias subiu 0,2 ponto percentual, de junho para julho, e ficou em 43,2% ao ano. Para as empresas, a alta chegou a 0,5 ponto percentual, com taxa em 23,1% ao ano, no crédito com recursos livres. As taxas de juros subiram tanto para as famílias quanto para as empresas.
Especificamente em julho, de acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, é característica do período a moderação no crédito, quando as empresas pegam menos dinheiro emprestado. No mês passado, o saldo das operações de crédito para as empresas com recursos livres (os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros) recuou 1,1%, e para as famílias, houve crescimento de 0,2%.
A menor expansão do crédito está associada à moderação da atividade econômica. Em 12 meses, encerrados em julho, o saldo das operações de crédito (R$ 2,835 trilhões) teve crescimento de 11,4%, o menor na série histórica iniciada em março de 2007. Em junho, a expansão ficou em 11,8%, e no ano passado o crescimento ficou em 14,7%. A previsão do BC para este ano é crescimento de 12%.
“A moderação tem aspectos benignos. Um deles é a sustentabilidade. Essa expansão do crédito ocorre em um sistema financeiro robusto e com taxas de inadimplência bem comportadas e sem deixar de contribuir de maneira relevante para a atividade econômica, com expansão de dois dígitos”, argumentou Maciel.
Segundo ele, as medidas anunciadas pelo BC que liberam mais recurso para os bancos emprestarem diminui a possibilidade de haver revisão da projeção de crescimento do crédito este ano. Mas ele enfatizou que as medidas têm “caráter predominantemente regulatório”, com impacto moderado no crédito em segmentos específicos.
No último dia 20, o BC anunciou medidas que liberam R$ 25 bilhões para os bancos emprestarem. No final do mês passado, o BC já havia anunciado ações que injetam R$ 45 bilhões na economia. (Agência Brasil)
Fonte: Economia SC – 27-08