Clipping Diário - 27/01/2015
Publicado em 27/01/2015
Bate e Volta
Prefeito Cesar Souza Junior encaminhou à Câmara de Vereadores, ontem, a mensagem de veto ao projeto que pretendia suspender a aplicação da lei que atualizou a Planta Genérica de Valores, aprovada pela mesma Câmara em 2013 e declarada constitucional pelo Tribunal de Justiça no ano passado.
A proposta foi rejeitada com base em pareceres da procuradoria do Legislativo e da prefeitura, que atestam a ilegalidade do projeto de lei por tratar de matéria tributária, de iniciativa exclusiva do Executivo. Os carnês do IPTU 2015 devem começar a chegar na segunda quinzena de fevereiro, com o tradicional desconto de 20% para o pagamento à vista. O reajuste médio ficará entre entre 40% e 50%.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 27-01
Infraestrutura - Obras em marcha lenta
Promessas que poderiam ajudar a desafogar o trânsito em Florianópolis e já deveriam estar prontas ou, ao menos, ter sido iniciadas, seguem a passos lentos. São projetos da prefeitura, dos governos estadual e federal, que a cada atraso recebem novos prazos para conclusão. Apesar da demora, alguns casos têm previsões mais otimistas, como o elevado de Canasvieiras e a duplicação da rua Deputado Antônio Edu Vieira, enquanto outros continuam sem grandes expectativas, como a duplicação da Via Expressa e o novo acesso ao Aeroporto Hercílio Luz.
O ano de 2015 começou, mas algumas obras de infraestrutura previstas para serem iniciadas ou concluídas em Florianópolis ainda em 2014 sequer saíram do papel ou continuam em andamento. E mais uma vez a capital catarinense enfrenta a temporada de verão com gargalos em ruas e rodovias cuja responsabilidade vai do município ao governo federal.
Os projetos do elevado de Canasvieiras, da duplicação da SC-403, do novo acesso ao Aeroporto Hercílio Luz, previstos para serem entregues ainda no ano passado, continuam em fase de operação. A proposta de ampliação da Via Expressa se arrasta desde 2011, mas ainda não foi iniciada. A duplicação da rua Deputado Antônio Edu Vieira, que a prefeitura pretendia iniciar ainda em dezembro, foi adiada. E o elevado do Rio Tavares, promessa na campanha de 2012, não começou.
Em meio a uma série de projetos não finalizados, a Prefeitura de Florianópolis dá início a mais um pacote de obras voltado para a mobilidade urbana. Incluem-se aí faixas de ciclovia, corredores de ônibus em sentido norte, sul e ao oeste continental e o teleférico que ligará o bairro Trindade ao Centro. O secretário de Obras do município, Rafael Hahne, explica que as novas promessas fazem parte de um planejamento maior para diminuir o número de veículos nas vias, dando ênfase ao transporte coletivo:
– Obras como o elevado de Canasvieiras, por exemplo, são ações pontuais. Mas não podemos ter a expectativa de que uma obra irá resolver todo o problema de um bairro. É preciso atuar num contexto mais amplo.
Para o coordenador da Comissão de Estudos de Transporte e Mobilidade da UFSC, Carlos Roberto Vieira, as obras até agora prometidas amenizam apenas parcialmente os problemas do trânsito. Para ele, são necessárias mudanças maiores, que reduzam a utilização cotidiana de carros, uso de transporte público para locomoção ao trabalho e investimento em meios alternativos como bicicleta e transporte marítimo.
– Em época de turismo, como no verão, seria correto apostar em transporte contemplativo. Por exemplo, se usar apenas carro para ir às praias, ponto forte da Ilha, o caos se instala. Disponibilizar um transporte marítimo adequado, um BRT (Bus Rapid Transit), seria uma forma de amenizar o trânsito e atuar na raiz do problema da grande complexidade da mobilidade no verão.
Fonte: Diário Catarinense – 27-01
Prioridade total
Anel viário apresentará primeiros resultados na próxima temporada. Primeiro trecho das obras que prometem desafogar o trânsito na área central de Florianópolis iniciou com a construção de um corredor exclusivo para ônibus. Foco é investir no transporte coletivo.
Promessa de aliviar alguns dos principais gargalos do trânsito na Ilha de Santa Catarina, o anel viário central de Florianópolis vai demorar cerca de 11 meses para apresentar os primeiros resultados, segundo a expectativa da prefeitura.
Os trabalhos no trecho 1, cerca de 600 metros entre o Direto do Campo e a Polícia Federal, na Beira-Mar Norte, começaram no fim de semana com a retirada de árvores. Os serviços vão continuar com detonação de rochas, pavimentação, drenagem e construção de calçadas. Em frente à PF serão feitas adequações no estacionamento e nas vias de acesso até as proximidades do Angeloni, criando três novas faixas.
No trecho 2, do Terminal de Integração da Trindade (Titri) até a altura da Secretaria de Saúde, os cerca de 400 metros de extensão também vão receber ações de engenharia e o resultado será semelhante ao do primeiro trecho. As obras começam na semana que vem.
– O anel viário é nossa absoluta prioridade. Fazer o que Florianópolis sempre fez, que foi priorizar o transporte individual, e esperar resultados diferentes, não leva a um bom caminho – destacou o prefeito Cesar Souza Junior.
Previsão de término é de três anos
A prefeitura projeta que o restante do anel viário começará a ser construído no primeiro semestre de 2015, mas ainda não há data marcada. O projeto está em fase final de aprovação para ser aberto o processo licitatório.
O foco principal da obra é o transporte público, com a criação de 17 quilômetros de faixas para ônibus. Deste total, cerca de 70% do percurso terá vias exclusivas. Os outros 30%, a maior parte concentrada no bairro José Mendes, terá faixas preferenciais.
O anel viário fará o contorno da região central (veja ao lado), passando pelo Terminal de Integração do Centro (Ticen), Beira-Mar Norte, Trindade, Pantanal, Saco dos Limões e Prainha. O projeto prevê melhoria nas calçadas, sistema de controle de semáforo integrado (ITS), sinalização horizontal e vertical, faixa para pedestres e abrigos de passageiros.
Fonte: Diário Catarinense – 27-01
Liminar negada
Ao negar liminar requerida pela Espaço Aberto, pedindo anulação do contrato de duplicação da SC-403 pelo Deinfra, o juiz Rafael Sandi critica a construtora pela forma como executava as obras. Afirma que faltou eficiência e responsabilidade e condena os transtornos provocados aos usuários e rejeitou pedido de pagamento de R$ 264 mil por serviços executados.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 27-01
Com déficit
Continua preocupante o déficit da balança comercial apesar do dólar mais alto. Nas quatro primeiras semanas de janeiro a balança fechou deficitária em US$ 2,330 bilhões informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). As exportações somaram US$ 10,557 bilhões e as importações, US$ 12,887 bilhões.
Frente ao mesmo período de 2014 a média diária ficou em US$ 659,8 milhões, queda 9,4%,
INSTITUÇÕES OUVIDAS PELO BANCO CENTRAL NA PESQUISA FOCUS SEGUEM DERRUBANDO A PREVISÃO DE ALTA DO PIB PARA ESTE ANO. NA SEMANA PASSADA PROJETAVAM CRESCIMENTO DE 0,38%. ONTEM, ESTIMARAM 0,13%. E PARA A INFLAÇÃO, ELEVARAM DE 6,67% NO ANO PARA 6,99%.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti –27-01
Inadimplência em telefonia e internet bate recorde, revela SPC Brasil
Em quase cinco anos, participação do setor de telecomunicações no total de dívidas no Brasil praticamente dobrou, mostra indicador. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) a inadimplência do consumidor com empresas de telecomunicações, que prestam serviços de telefonia, acesso à internet e TV por assinatura, tem apresentado crescimento superior aos demais setores da economia brasileira. Enquanto a inadimplência total no país vem desacelerando - em dezembro último o crescimento do total de dívidas não pagas foi de 3,19% contra 5,43% em agosto de 2014 - a quantidade de contas atrasadas no setor de telecom avançou 16,21%, a maior alta em 24 meses.
A tendência também se reflete no aumento da participação do setor de telefonia, internet e TV por assinatura no total de dívidas registradas no país. Desde janeiro de 2010, quando teve início a série histórica revisada do SPC Brasil, a participação deste setor quase dobrou, passando de 8,70% para 15,82% em dezembro de 2014.
Os dados apurados pelo SPC Brasil mostram ainda que a maior parte das dívidas pertence aos consumidores com idade entre 30 e 39 anos (27,79%), seguidos pelos devedores de 40 a 49 anos (19,49%), de 50 e 64 anos (16,13%) e pelos que têm idade entre 25 e 29 anos (14,43%).
O destaque da inadimplência de pessoas físicas com empresas de telefonia, internet e TV por assinatura foi na região Norte, onde o crescimento foi mais expressivo: 37,42%. Em segundo lugar aparece a região Nordeste (21,24%), seguida pelas regiões Sudeste (14,49%), Sul (11,47%) e Centro-Oeste (9,885).
A abertura dos dados por tempo de atraso da dívida revela que as mais antigas, com mais de 90 dias de atraso, tiveram alta de 16,26%. Essa faixa concentra mais de 99% das dívidas de telecom. As dívidas mais recentes, com até 90 dias, tiveram avanço mais moderado e cresceram 9,12% em dezembro de 2014.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o aumento expressivo do número de dívidas no segmento de telecomunicações acompanha a presença cada vez maior de serviços como TV por assinatura, internet e telefonia na vida dos brasileiros. Uma pesquisa recente realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito revelou que dentre os consumidores que tiveram gastos com contas de celular e internet ao longo de 2014, 87% consideram o gasto como algo "necessário". Além disso, o valor médio do brasileiro com esse tipo de despesa chega a R$ 104,00, o que é uma cifra elevada quando consideramos a renda média dos brasileiros.
"No geral, o crescimento do número de dívidas em atraso está desacelerando no Brasil, em virtude, principalmente, da queda na concessão de crédito. No entanto, os dados da inadimplência no setor de telecomunicações mostram números na contramão da tendência dos outros setores. Os chamados 'combos', que unem internet, telefone e TV por assinatura, têm se popularizado no Brasil, mas muitos consumidores ainda não se planejam financeiramente para lidar com essas despesas e a quantidade de atrasos tem sido cada vez maior", explica a economista.
Em pesquisa limitada aos brasileiros que têm o nome registrado em serviços de proteção ao crédito, 5% deles admitiram que o compromisso financeiro que levou a essa situação foi a conta de telefone (fixo ou celular). Na hora de apontar onde pretendem economizar para pagar dívidas, por outro lado, o telefone celular é citado por 14% dos inadimplentes entrevistados, e o telefone fixo foi apontado por 8% deles.
Fonte: Portal Adjori/SC – 27-01
Levantamento aponta contratações de trabalhadores na temporada de verão
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo divulga índices de contratação de temporários. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) irá divulgar nesta terça-feira (27), um estudo com previsões referentes à contratação de trabalhadores temporários na área de turismo para o verão de 2015. O estudo da Divisão Econômica da CNC apresenta dados sobre a geração de vagas, os principais setores contratantes, a média salarial e o perfil do trabalhador do turismo.
Sobre a CNC
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é a entidade sindical que representa 2,2 milhões de empresas do comércio de bens, serviços e turismo, categorias que, juntas, respondem por cerca de 1/4 do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram aproximadamente 16 milhões de empregos diretos e formais. A CNC trabalha de forma integrada com 34 federações patronais (27 estaduais e sete nacionais), que agrupam mais de 950 sindicatos. A Confederação administra, também, um dos maiores sistemas de desenvolvimento social do mundo – o Serviço Social do Comércio (Sesc), com atuação nas áreas de educação, saúde, cultura e lazer, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), principal agente da educação profissional voltada para o setor do comércio de bens, serviços e turismo.
Fonte: Portal Adjori/SC – 27-01
O declínio esperado do setor de serviços
O setor de serviços depende do comportamento da indústria, do comércio e do agronegócio. Portanto, com o enfraquecimento da produção industrial e das vendas do comércio varejista, o recuo do setor terciário - verificado em quase todo o ano passado - era não apenas esperado, mas praticamente inevitável. A surpresa foi a intensidade da queda: os dados de novembro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que houve crescimento nominal da receita de apenas 3,7% em relação a novembro de 2013, o que significa um forte declínio real, pois a inflação no período foi de 6,56%.
A indústria, o comércio e o governo "estão cortando custos e demandando menos serviços", explicou o responsável pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, Roberto Saldanha. Entre os que mais demandam serviços, as famílias "estão mais seletivas", acrescentou. É o resultado da inflação renitente que corrói a renda das famílias e, em consequência, as receitas do setor de serviços.
A evolução da receita nominal de serviços declinou ininterruptamente desde fevereiro do ano passado, quando crescia à taxa anual de 9,8% - chegou a 6,2% em novembro. Se a queda continuar, como se supõe, enquanto os preços se aceleram, na média, o setor de serviços tende a passar da estagnação para a recessão nos próximos meses. Os especialistas já consideram que os dados de novembro do setor contribuirão para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre.
Os itens que mais pesam na PMS são os serviços profissionais, administrativos e complementares (cuja receita evoluiu 6,6% entre os meses de novembro de 2013 e de 2014) e transportes, serviços auxiliares de transportes e correio (cuja receita subiu apenas 3,9%, na mesma base de comparação).
Em termos regionais, houve declínio das receitas nominais do setor no Amapá, Roraima, Rondônia e Mato Grosso. Em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a receita cresceu menos do que a média nacional.
Com um peso de mais de 2/3 na economia brasileira, os serviços geraram 476 mil vagas formais em 2014 - em geral, de baixa qualificação. Mas, na indústria, cujos trabalhadores recebem melhores salários e são, portanto, consumidores de serviços, foram suprimidos quase 164 mil postos. Assim, é provável maior queda na demanda de mão de obra do setor terciário.
Fonte: O Estado de São Paulo – 27-01
Projeção do mercado para a inflação em 2015 dispara a 6,99%, diz BC
A projeção de economistas de instituições financeiras para a inflação neste ano disparou para quase 7% após o anúncio de aumentos de impostos ao mesmo tempo em que a estimativa de crescimento da economia despencou.
No entanto, a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2015 ficou inalterada.
De acordo com o Boletim Focus, realizado pelo Banco Central e divulgado nesta segunda-feira (26), a projeção para a alta do IPCA neste ano foi elevada pela quarta semana seguida, a 6,99%, contra 6,67% anteriormente.
A última vez que a inflação oficial brasileira ficou acima de 7% foi em 2004, quando o IPCA subiu 7,60%. A meta oficial é de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos..
A forte revisão da projeção no Focus aconteceu depois que o governo anunciou pacote de aumento de impostos, com destaque para tributos sobre combustíveis, como parte da investida do governo para colocar as contas públicas em ordem.
A alta dos preços administrados é uma das maiores fontes de pressão neste ano, e a estimativa para esse caso subiu para 8,70%, alta de 0,5 ponto percentual sobre a semana anterior.
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, acelerou a alta de 0,89% em janeiro, maior nível em quase quatro anos, como resultado dos preços de alimentos e tarifas públicas, acumulando alta de 6,69% em 12 meses.
Para o final 2016, entretanto, a perspectiva para o IPCA no Focus foi reduzida em 0,1 ponto percentual, a 5,6%.
PIB
Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto, para 2015 a estimativa despencou a 0,13%, contra 0,38% no levantamento anterior, quarta semana seguida de redução.
A economia deve melhorar em 2016 na visão dos especialistas consultados, mas a projeção foi reduzida em 0,26 ponto percentual, a 1,54%.
JUROS
Os sinais de fraqueza da economia fizeram os economistas consultados a não mudar a projeção para a Selic neste ano, mesmo com a perspectiva de inflação mais alta. Segundo as revisões, a taxa básica de juros deve terminar 2015 a 12,50%.
O BC elevou a Selic pela terceira vez seguida na semana passada, a 12,25% ao ano, e sinalizou nova alta no curto prazo. Os agentes econômicos aguardam agora a divulgação da ata da reunião na quinta-feira (29) em busca de mais pistas sobre os próximos passos.
Para o final de 2016, a perspectiva da Selic também não mudou, ficando em 11,50%.
Fonte: Folha de São Paulo – 27-01
Varejistas começam 2015 com pressão para elevar preços
Se o ano de 2014 não foi dos melhores para o varejo, 2015 promete pressão adicional sobre as companhias do setor no Brasil, que devem se deparar com o dilema de repassar preços e perder apelo em vendas, ou priorizar produtos mais baratos para seduzir os consumidores, sacrificando suas margens.
Segundo analistas e especialistas do setor, as recentes medidas fiscais do governo federal para aumentar a arrecadação devem ter impacto direto sobre a demanda, seja encarecendo a tomada de crédito com aumento do IOF, seja tornando os artigos mais caros pelo possível repasse de tributos mais altos.
Pelo menos para o início de 2015, as perspectivas sobre o desempenho do setor são mais modestas que um ano atrás. Em pesquisa com empresas associadas, o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) projetou um crescimento médio nas vendas de 5,2 por cento em janeiro, 4,8 por cento em fevereiro e 4,7 em março, na comparação com iguais meses do ano passado.
Em 2014, as estimativas do IDV para os mesmos meses eram de alta de 6,4 por cento em janeiro, 9,7 por cento em fevereiro e 6,9 por cento em março. A entidade representa empresas como Lojas Americanas e Magazine Luiza.
"A maior parte das empresas brasileiras estão bastante ajustadas em relação a despesas, estão com pouca gordura. Então provavelmente é isso que vai acontecer - o repasse aos consumidores nos preços dos produtos", afirmou o presidente da varejista de moda Lojas Renner, José Galló.
Ele ressalvou, no entanto, que diante dos desafios no ambiente macroeconômico, as companhias seguirão buscando eficiências antes de mexerem nos preços.
"Tenho certeza que todos vão procurar em primeiro lugar a eficiência, a racionalização e o que pode ser feito. No último caso que repassa. A gente sabe que mercado é competitivo", afirmou.
A cautela em elevar o valor dos produtos tem como pano de fundo um horizonte que se desenha ainda mais fraco para o varejo que no ano passado, quando a atividade do comércio teve, segundo a Serasa Experian, o pior desempenho em 11 anos.
Após o pacote com aumento de impostos anunciado na semana passada, que inclui elevação de tributos sobre combustíveis e importações, alguns economistas já preveem inflação acima de 7 por cento em 2015. [nL1N0UZ1G2]
Enquanto isso, a perspectiva do mercado financeiro para economia brasileira segue declinando. Relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira mostra redução nas expectativas de crescimento do PIB em 2015 de 0,38 para 0,13 por cento.
"A inflação deverá seguir corroendo o poder de compra do consumidor, que irá filtrar ainda mais sua cesta de compras, dando preferência a produtos essenciais em detrimento daqueles supérfluos", afirmou a analista Maria Paula Cantusio, do BB Investimentos, sustentando que "o comércio varejista deve apresentar uma performance em linha ou abaixo da de 2014".
Após a última decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, a 12,25 por cento ao ano, a analista afirmou em relatório que o aperto monetário deverá acentuar a desaceleração da carteira de crédito voltada ao consumo, impactando a venda de itens duráveis, que são mais caros e dependentes de financiamento.
Para os não duráveis, a situação tampouco é confortável. No pacote da semana passada, o governo também anunciou que vai equiparar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre o atacadista ao que é cobrado do industrial do setor de cosméticos, buscando com isso acabar com planejamento tributário que permitia às empresas pagar menos impostos.
Nas estimativas do Citi, a mudança aliada à alta do dólar deverá fazer a Natura passar adiante encargos para o consumidor, apesar da companhia já ter subido os preços em cerca de 10 por cento em 2014. O repasse dever impactar as vendas da empresa.
"Esperamos que a Natura suba os preços para compensar a taxação mais alta e para repassar um real mais fraco, o que nos leva a cortar nossa projeção para as vendas do grupo em uma média de 2 por cento em 2015-16", escreveu a equipe do Citi liderada por Alexander Robarts, em relatório divulgado nesta segunda-feira.
Procurada, tanto a Natura quanto a Hypermercas, que também vende produtos de beleza, não se pronunciaram.
Questionado sobre a possibilidade das varejistas absorverem os aumentos nos custos para ganharem em volume de vendas, o consultor em varejo Ricardo Pastore afirmou que em 2015 a tônica deve ser a proteção das margens.
"É lógico que sempre há preocupação em não perder mercado, e as empresas então pontualmente promovem grandes campanhas para buscar resultados de vendas. Mas a prioridade é garantir margens", disse.
Preço mais barato, vendas mais altas?
Até para produtos cujo consumo é essencial, como alimentos, a gestão da variável preço em um ambiente econômico desafiador vem sendo complexa - mesmo quando a decisão é de não elevar os valores dos produtos para os clientes.
Nos últimos dois anos, o Grupo Pão de Açúcar, maior varejista do país, se ateve à estratégia de aplicar a economia obtida em despesas internas em preços mais baratos na sua divisão alimentar, que reúne as bandeiras Extra, Pão de Açúcar e Assaí, buscando com isso turbinar o tráfego de clientes em lojas.
Em 2014, contudo, as vendas em mesmas lojas, que consideram os pontos abertos há mais um ano, subiram 3,5 por cento nessa divisão, contra avanço de 8 por cento do arquirrival Carrefour no país. Embora o GPA utilize as vendas líquidas como referência e o Carrefour adote as vendas brutas, a diferença entre os números aponta, na visão de especialistas, que a estratégia da empresa brasileira pode não estar surtindo efeito como desejado.
"O GPA tem certo desalinhamento funcional entre o posicionamento que eles querem e o que é percebido pelo consumidor", afirmou o consultor de varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer, em referência às ocasiões em que a rede é vista como mais sofisticada e, portanto, mais cara. O GPA não comentou o assunto.
"Acho que preço é um dos fatores para as varejistas em 2015, mas tem outros fatores que vão estar em jogo também", completou Foganholo, citando inovação e qualidade de atendimento como atributos de peso na decisão dos consumidores.
Fonte: Portal Varejista – 27-01
Comércio global gerou US$ 4,4 trilhões em receitas
O comércio global deve estar mais interligado em 2015 através de um fluxo maior de turistas dos países emergentes, principalmente para os Estados Unidos e Europa. As vendas através de smartphones devem ganhar força e ajudar a sacudir o posicionamento das companhias.
Essas são algumas das previsões para o comércio feitas pela consultoria Deloitte, apresentada na National Retail Federation (NRF), em Nova York. A 18ª edição do estudo da empresa deu um choque de consciência ao grupo de empresários cearenses presentes ao evento, sobre como é preciso inovar para ganhar novos mercados.
Pelos estudos da consultoria, dos 250 maiores varejistas do mundo, apenas dois são brasileiros: Lojas Americanas e Magazines Luiza. Os maiores varejistas globais geraram um total de US$ 4,4 trilhões em receitas no período entre junho de 2013 a junho de 2014. A média é de mais de US$ 17,4 bilhões por empresa, de acordo com o relatório Global Powers of Retailing 2015, da Deloitte.
Apesar dos resultados, não há zona de conforto. O estudo aponta como estratégias para 2015 a utilização de mudanças disruptivas (quebra de cultura) que impactam o setor. Foi constatada uma queda do crescimento da receita dos maiores varejistas desde 2011. O crescimento médio da receita do varejo foi de 4,1% em 2013 (no ano fiscal 2012, havia sido de 4,9%). Mesmo assim, quase 80% das empresas participantes (199 maiores companhias) apresentaram aumento das receitas durante o período avaliado.
Ira Kalish, economista-chefe global da Deloitte, diz que a desaceleração da economia global em 2014 deixou muitos consumidores com maior restrição financeira e as vendas do varejo sob pressão. “A prosperidade do setor de varejo global em 2015 vai depender muito da estabilidade econômica de algumas das maiores economias. A China, a zona do Euro, bem como algumas economias emergentes importantes, tiveram um ano particularmente difícil em 2014”, acrescentou. O lado positivo é que a economia norte-americana e a britânica continuam fortes, com indicadores que apontam a chance de um crescimento robusto em 2015 (Neila Fontenele).
Fonte: Portal Varejista – 27-01
Juro bancário de pessoa física sobe o triplo da alta da Selic em 2014
Taxa de pessoa física subiu 5,4 pontos em 2014, para 43,4% ao ano. Já a taxa Selic subiu 1,75 ponto ano ano passado, para 11,75% ao ano.
A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas suas operações com pessoas físicas com recuros livres (excluindo BNDES, rural e habitacional) registrou queda de 0,7 ponto percentual em dezembro do ano passado, para 43,4% ao ano, contra 44,1% ao ano em novembro, informou o Banco Central nesta terça-feira (27). Foi a primeira queda em três meses.
No acumulado de 2014, porém, os juros bancários nas operações com pessoas físicas avançaram 5,4 pontos percentuais, mais do que o triplo do aumento dos juros básicos da economia, fixados pelo Banco Central. Em todo ano passado, a taxa Selic avançou 1,75 ponto percentual, passando de 10% ao ano, no início de 2014, para 11,75% ao ano em dezembro do ano passado.
Já a taxa de captação dos bancos - que é quanto as instituições financeiras pagam pelos recursos - ficou praticamente estável em 2014 nas operações relativas a pessoas físicas. No fim de 2013, a taxa de captação dos bancos nestas operações estava em 12,2% ao ano, passando para 12,4% ao ano no fechamento do ano passado.
Taxa de todas operações e de empresas
Já a taxa de juros média de crédito de todas operações (pessoas físicas e empresas) caiu de 32,9% ao ano em novembro para 32,4% ao ano em dezembro de 2014. Entretanto, em todo o ano de 2014, a taxa subiu 3,4 pontos percentuais, uma vez que estava em 29% ao ano no fim de 2013. A taxa das operações de pessoas jurídicas, ainda com recursos livres, recuou 0,5 ponto percentual em dezembro, para 23,3% ao ano. No acumulado de 2014, porém, teve alta de 1,9 ponto percentual, pois estava em 21,4% ao ano no fechamento de 2013.
Inadimplência em queda
Segundo o Banco Central, a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres (sem contar crédito rural e habitacional), que mede atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, caiu de 6,6% em novembro para 6,5% em dezembro. Em todo ano passado, recuou 0,2 ponto percentual. No final de 2013, estava em 6,7%.
Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas, ainda no segmento com recursos livres, recuou de 3,5% em novembro para 3,4% em dezembro. Trata-se do menor patamar desde abril do ano passado, quando somou 3,3%. Em 2014, entretanto, a inadimplência das empresas subiu 0,3 ponto (estava em 3,1% no fechamento de 2013).
Considerando a taxa total de inadimplência, que engloba operações com as pessoas físicas e empresas, ainda nas operações com recursos livres, houve queda: de 4,9% em novembro para 4,8% em dezembro. É o menor patamar desde dezembro de 2013 (4,7%). Em 2014, a inadimplência de todas operações com recursos livres subiu 0,1 ponto percentual.
'Spread' bancário sobe no ano
O aumento das taxas de juros bancárias de pessoa física em 2014 contribuiu para elevar o chamado "spread bancário" – que é a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e quanto cobram de seus clientes.
Embora tenha recuado um pouco de novembro para dezembro, o spread nas operações com pessoas físicas avançou fortemente em todo ano passado. Em dezembro de 2013, estava em 25,8 pontos percentuais, avançando para 31 pontos percentuais no mesmo mês de 2014. A alta foi de 5,2 pontos percentuais.
O spread é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros. Em um cenário de inadimplência e tributação praticamente estáveis, o aumento do spread, em 2014, indica que os bancos estão lucrando mais com as operações de crédito.
Fonte: G1 Economia – 27-01
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