Clipping Diário - 26 e 27/05/2016
Publicado em 27/05/2016
Clipping Diário - 26 e 27/05/2016
Geral
Quinta-feira - 26/05
Fonte: Diário Catarinense
16% dos eleitores biometrizados transferiram título de cidade em Santa Catarina
Santa Catarina iniciou 2015 com um desafio: realizar o cadastramento biométrico de todos os eleitores aptos a votar nas sete maiores cidades do Estado. E com o prazo final esgotado no dia 4 de maio, mais de 1 milhão de eleitores catarinenses cumpriram a determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Além disso, cerca de 260 mil eleitores catarinenses – 16% dos que realizaram a atualização do cadastro – aproveitaram a oportunidade para transferir o título eleitoral de cidade. Desde maio de 2015 até o começo deste mês, a cidade de São José foi a que recebeu o maior número de eleitores transferidos: cerca de 31 mil. Até a última eleição, em 2014, a cidade somava 153.188 mil eleitores.
A integração dos novos eleitores é, para o município, um acréscimo considerável. Nas últimas eleições municipais, em 2012, o candidato que ficou em segundo lugar recebeu 36.934 votos. De acordo com o TRE o aumento das transferências já era esperado, pois além de simplificar a eleição e torná-la mais segura, o processo de biometria obriga os eleitores a comprovarem o local com o qual possuem vínculo (moradia, trabalho ou estudo) de, no mínimo, seis meses. Isso reorganiza os eleitores em suas cidades.
– Além da natural variação migratória, a ocorrência de revisões de eleitorado nos maiores municípios e as campanhas da Justiça Eleitoral, em âmbito nacional, inclusive, estimularam o comparecimento (à cidade de votação) e, certamente, afetaram o resultado das transferências – explicou o Coordenador de Gestão do Cadastro Eleitoral de SC, Giovani Moisés Pacheco.
Leliane Machado, 45 anos, foi uma das catarinenses que viu a obrigatoriedade da biometria como uma oportunidade para atualizar os dados e realizar a troca da zona eleitoral. A auxiliar administrativa sempre morou e trabalhou em Florianópolis, mas mudou o emprego e a residência para São José em 2010. Com a nova determinação, ela foi até o posto do TRE e fez a mudança. Nas eleições deste ano, votará pela primeira vez no município onde mora.
– Estou há cinco anos em São José, mas nas últimas eleições, (2010 e 2012) acabei votando em Florianópolis pois não havia nenhuma obrigação em mudar o título – contou.
Número de cadastros ultrapassou a meta
Logo atrás de São José está Florianópolis, com 28.252 mil títulos transferidos. Joinville chega em terceiro, com quase 26 mil. Desde que o processo de biometria tornou-se obrigatório em Joinville, Blumenau, Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatiz, 1.337.511 eleitores regularizaram a situação junto à Justiça Eleitoral catarinense.
Segundo o TRE, esse número representa, em dados preliminares, 27,12% dos eleitores de todo o Estado.
Balanço eleitoral
SC tem 4.932.343 eleitores
1.337.511 eleitores já estão biometrizados
O número representa 27% do eleitorado catarinense, ou seja, mais de um quarto da população eleitoral
Destes, 260 mil ou 16% aproveitaram a oportunidade para transferir o título eleitoral de cidade.
Número de títulos eleitorais transferidos
Veja o número de transferências realizado para cada cidade onde o recadastramento biométrico foi obrigatório. Os dados foram computados entre maio de 2015 e 4 de maio de 2016.
Joinville 25.858
Blumenau 17.030
Biguaçu 10.286
São José 31.150
Santo Amaro da Imperatriz 2.622
Palhoça 22.299
Florianópolis 28.252
Fonte: Diário Catarinense
Produtores e comerciantes ficam insatisfeitos com interdição de ostras em Santa Catarina
A interdição da retirada, comercialização e consumo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões desde quinta-feria reflete em todo Estado desde esta quinta-feira, início do feriado. Produtores e comerciantes criticam a decisão que afeta o comércio em todas as regiões do litoral catarinense.
Santa Catarina é conhecida por ser responsável por 95% da produção nacional de ostras e mexilhões, sendo a capital catarinense considerada a maior produtora de ostras. A determinação da Secretaria de Agricultura e Pesca é devido à constatação da presença massiva de toxinas que podem causar intoxicação alimentar.
A medida prevê a segurança no consumo e comercialização dos moluscos. A interdição segue por tempo indeterminado até que novas coletas apontem resultados satisfatórios.
—São cerca de 4 mil dúzias de ostras que deixarão de serem consumidas durante o feriado em Santo Antônio e Sambaqui, no Norte da Ilha, tudo por uma dúvida—questiona o produtor e proprietário de restaurante, Leonardo Costa.
Segundo ele, há 27 anos não é detectado uma alga nociva na região do Norte da Ilha, em Florianópolis. O relatório da Cidasc aponta que o último teste realizado em 24 de maio deu negativo para a presença de toxinas. Desta forma, Costa critica a proibição e sugere mais fiscalização em todos os pontos de forma a definir locais onde o consumo pode ser liberado.
—Num período de feriado como este só em Santo Antônio deixamos de comercializar 1.500 dúzias de ostras. Os pontos são distantes daqui, mas a interdição é generalizada—reclama o comerciante.
Nei Leonardo Nolli , 43 anos, é agrônomo e trabalha com produção de ostras no Norte da Ilha há 19 anos. Ele lembra que a interdição já ocorreu em outros anos e é preciso esperar um período para voltar a colheita do molusco.
Segundo a Secretaria de Agricultura a proibição no Estado se faz necessária por conta da alta intensidade de toxinas em todas as áreas de cultivo, sendo o consumo um risco para a população.
— É um prejuízo que tem que ser absorvido. O que está processado nos restaurantes pode ser vendido. A nota técnica foi distribuída a todos os órgãos envolvidos e equipes da Vigilância Sanitária fazem a fiscalização. Contamos também com a ética e responsabilidade dos restaurantes—salienta Airton Spies, secretário-adjunto da Secretaria de Agricultura e Pesca.
Como funciona:
-A partir do dia 26 (quinta-feira) não pode ser realizada nenhuma colheita de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões em todo o litoral entre Palhoça e São Francisco do Sul - locais onde se concentram os 23 pontos de cultivo do Estado; Nos restaurantes os alimentos processados e comprados antes das datas de interdições (vide abaixo) pelos restaurantes podem ser vendidos e consumidos. Consumidores podem exigir as guias emitidas para verificação da data de compra.
Últimas interdições
24 de maio: Foi detectada a presença da toxina diarreica em cultivos da localidade de Caieira da Barra do Sul, município de Florianópolis;
25 de maio: Detectada a presença da mesma toxina em cultivos localizados na localidade de Enseada do Brito, município de Palhoça, Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos e Laranjeiras, em Balneário Camboriú.
Neste mesmo período, foi detectada alta contagem de algas produtoras de toxinas em localidades de produção de moluscos nos municípios de Florianópolis, Palhoça, Governador Celso Ramos, Bombinhas, Balneário Camboriú e Penha.
Fonte: Diário Catarinense
Governo estadual realizou 84 operações contra sonegação e fraude tributária em 2016
O governo do Estado, através da fiscalização da Secretaria da Fazenda, realizou 84 operações no primeiro quadrimestre deste ano, número maior do que em todo o ano de 2013, quando foram 66 ações. O saldo inclui ações presenciais e auditorias internas a partir do cruzamento de dados disponíveis no Sistema de Administração Tributária (SAT). A meta é fechar 2016 com pelo menos o mesmo número de operações realizadas no ano passado — 259 — um recorde histórico do fisco catarinense.
— Nos últimos anos, investimos muito em sistemas tecnológicos que facilitam o controle fiscal e dificultam fraudes tributárias. Esse trabalho faz de Santa Catarina um dos estados com menor índice de inadimplência do ICMS, menos de 5% — afirma o secretário Antonio Gavazzoni.
O secretário ressalta ainda que a crise econômica e a queda na arrecadação reforçam a importância da fiscalização. Entre as ações realizadas no primeiro quadrimestre, destaca-se a recuperação de elevadas quantias de ICMS, pagas de forma espontânea pelo contribuinte, ou seja, sem a necessidade de notificação fiscal, com reflexo praticamente imediato aos cofres públicos.
Em duas auditorias fiscais realizadas neste ano no segmento de redes de lojas, por exemplo, a Fazenda recuperou R$ 18 milhões, volume de recursos suficiente para construir três escolas para 1,2 mil alunos cada. No setor de combustíveis, o fisco recuperou R$ 2,9 milhões de um único contribuinte.
A operação Concorrência Leal é um exemplo de como sistemas tecnológicos podem ajudar a monitorar os contribuintes e combater a sonegação. Elaborada por apenas três auditores fiscais, a ação trouxe à tona uma série de irregularidades fiscais de empresas do Simples Nacional a partir do cruzamento de diferentes fontes de dados. Desde a primeira edição, em 2012, a arrecadação desse grupo de contribuintes aumentou em quase 50%, um acréscimo de receita de mais de R$ 250 milhões.
Outro caso bem sucedido de modernização do fisco catarinense é ITCMD Fácil, sistema automatizado de recolhimento do imposto sobre doações e heranças. Aliado à operação Doação Legal, auditoria que cruza dados da Fazenda com os das declarações do imposto de renda disponibilizados pela Receita Federal, o ITCMD Fácil impulsionou a arrecadação deste tributo nos últimos anos. No ano passado, o Estado recolheu R$ 213 milhões com ITCMD, 19,7% a mais do que em 2014.
Mesmo com o intenso uso de tecnologias, a Fazenda continua investindo em operações presenciais, especialmente no varejo. A operação Veraneio, que registrou irregularidades em 238 dos mil restaurantes e bares fiscalizados no Litoral catarinense, mostra a importância da presença do fisco para coibir fraudes. Nesta operação, os auditores encontraram inclusive estabelecimentos sem inscrição no cadastro de contribuintes de ICMS.O fisco catarinense também investe em grandes auditorias.
No setor de medicamentos e produtos de higiene e beleza, por exemplo, a Fazenda deflagrou no primeiro quadrimestre duas operações que irão fiscalizar 4,8 mil empresas, dentre as quais 3.283 já apresentaram irregularidades em verificações preliminares dos auditores. O potencial de recuperação de ICMS nessas duas ações chega a R$ 26 milhões.
Evolução da fiscalização
2013: 66 operações
2014: 140 operações
2015: 259 operações
2016 (meta): 259 operações
Fonte: Diário Catarinense
Comando da PM em Florianópolis promete ação para coibir "bicos"
Somente depois da morte do advogado Roberto Caldart, 42 anos, na última terça-feira, em Palhoça, a Polícia Militar (PM) admitiu que precisa rever o controle dos policiais que prestam serviços fora do expediente. Para isso, garantiu em coletiva de imprensa nesta quinta-feira que será criteriosa nas investigações de profissionais que fazem os conhecidos "bicos".
O comando PM informou que vai criar um grupo de trabalho para investigar as irregularidades e promete não fazer vistas grossas para a prática. Conforme o comandante da 11ª Região da PM,
— A partir da discussão que se instalou nesses eventos, já houve uma decisão de que a polícia deve dar mais atenção a essa questão e desenvolver ações, projetos e programas voltados especificamente para lidar com essa situação — prometeu, e colocou à disposição da comunidades os telefones 190 e 181 para denúncias de policiais que fazem "bicos".
O comandante ressaltou que o estatuto da PM exige dedicação integral, com exceção de trabalhos de docência e na saúde. Acrescentou que desde 2005 existe uma norma interna que proíbe qualquer atividade paralela no ramo da segurança. No momento da morte de Caldart, os cinco PMs estavam em horário de folga.
Gomes ainda rebateu que o termo milícia, usado pela OAB, não é apropriado, pois milícia pressupõe a ausência do Estado, com territorialização, mas, segundo ele, o Estado agiu prontamente ao saber do que tinha acontecido em Palhoça.
— Não se pode confundir milícia com quadrilha — diz.
Para a Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) a criação do grupo de trabalho é positiva. O presidente da entidade, Edson Fortuna, no entanto, pondera que a PM precisa também fiscalizar quem contrata os serviços dos policiais:
—É positivo, mas não resolve o problema original. O bico é só a ponta do iceberg. Gostaríamos que esse assunto fosse tratado com a seriedade que deveria ser tratado — aponta.
Fortuna conclui que a corporação não deve tratar a ação somente como fiscalização, mas também de orientação.
O advogado Roberto Caldart foi morto terça-feira à tarde, num terreno na Barra de Aririú. Ele defendia moradores de quitinetes que ficam no terreno e foi agredido com um soco na traqueia.
No grupo de sete pessoas onde ocorreu a agressão estavam cinco policiais que já foram identificados, afastados pela PM até o fim da investigação e estão presos em seus batalhões.
Sexta-feira - 27/05
Fonte: Diário Catarinense
Dois nomes miram a presidência da Câmara
Dois dos líderes de confiança de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) despontam como candidatos à sucessão do peemedebista. A pouco mais de oito meses da eleição que definirá o presidente da Câmara para o biênio 2017-2018, Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF) disputam a condição de nome do centrão.
Mesmo afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha quer controlar a indicação. Seus escudeiros acreditam que o grau de interferência dependerá do desfecho do processo por quebra de decoro que ele enfrenta. Caso o deputado escape da cassação, terá força para ungir um candidato e influenciá-lo durante o mandato. Do contrário, tentará apenas direcionar a escolha.
Se mantiver a aliança de 13 partidos, o centrão deve somar na eleição para a presidência da Casa no próximo ano mais de 200 votos, descontando deserções, garantindo seu nome no segundo turno. Com apoio do PMDB, asseguraria a vitória em primeiro turno, como ocorreu com Cunha em 2015. Assim, Jovair e Rosso mantêm a fidelidade ao comandante do bloco, com visitas periódicas à residência oficial da presidência da Câmara. O parlamentar afastado confia em ambos, tanto que avalizou os acordos que emplacaram Jovair como relator e Rosso como presidente da comissão do impeachment.
– Os dois fazem força para mostrar que são úteis a Cunha – avalia um integrante do centrão.
As articulações para ocupar o vácuo de Cunha ainda são sutis. Jovair e Rosso descartam eventual substituição do interino Waldir Maranhão (PP-MA), resistente diante da pressão para renunciar, pois herdariam mandato tampão, a se encerrar em fevereiro. Um dos generais de Cunha, André Moura (PSC-SE) foi contemplado com a liderança do governo Temer. Quem ensaia corrida por fora é Aguinaldo Ribeiro (PB), líder do PP e neófito no centrão.
Candidatos já reúnem apoiadores para disputa
No momento, parlamentares colocam Jovair em vantagem por seu trânsito entre as siglas e por ser mais próximo de Cunha. No sexto mandato, ele é reconduzido há 10 anos para comandar a bancada do PTB. Rosso, líder do PSD, está no primeiro mandato. Nas últimas semanas, o petebista posa de estrela, procurado por deputados interessados em cargos. Bonachão, contador de causos, tem fama de cumpridor de acordos – fator decisivo.
– Ainda estou avaliando, mas não descarto concorrer. Vou decidir depois das eleições municipais – diz Jovair.
Considerado mais técnico e ponderado, Rosso também reúne aliados. Ex-governador do Distrito Federal, é conhecido pelo estilo conciliador, hábil nas alianças e sem pressa. Seus defensores dizem que "tem mais porte de presidente da Câmara do que Jovair".
Quem são
Em comum, com apoio de Cunha, Rosso e Jovair foram protagonistas na tramitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara.
Rogério Rosso (PSD-DF)
Líder do PSD, está no primeiro mandato de deputado federal. Chegou à Câmara com a vitrine de ter sido governador-tampão do Distrito Federal, em 2010, após os escândalos que derrubaram José Roberto Arruda. Conciliador, presidiu a comissão do impeachment na Câmara, função que conquistou com ajuda de Eduardo Cunha. Ao longo de 2015 e 2016, manteve apoio a Cunha, porém também circulou com desenvoltura entre a equipe da presidente afastada Dilma Rousseff. Roqueiro apaixonado, toca baixo, guitarra e teclado.
Jovair Arantes (PTB-GO)
Líder do PTB há uma década, está no sexto mandato de deputado federal. Integrante da bancada da bola, é cartola do Atlético-GO. Conhecido pelo trânsito entre as bancadas, teve auxílio de Eduardo Cunha para ser o relator do impeachment na Câmara. Já beneficiou o aliado ao costurar substituições dos nomes do PTB no Conselho de Ética. No partido, rivaliza com Roberto Jefferson desde a crise do mensalão, quando segurou o PTB na base de Lula. Em um grampo da Polícia Federal, foi flagrado solicitando doações de campanha ao bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti
Economista elogia plano de Temer e diz que vendas podem voltar a crescer no final do ano
Momento Econômico do Brasil é o tema da palestra do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas, nesta sexta, a partir das 9h, no 32 º Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio, em Blumenau. Em entrevista à coluna, ele elogiou o plano econômico do presidente em exercício Michel Temer e afirmou que o varejo pode melhorar no final do ano.
Como avalia as medidas econômicas do governo Temer?
O plano econômico do governo é muito bom em termos gerais. O ponto mais importante, na minha opinião, é que a partir do ano que vem só vamos ter aumento nominal das despesas públicas. Isto significa que se a inflação deste ano for X, no ano que vem as despesas públicas poderão aumentar apenas X, inclusive gastos com educação, saúde, na área social, transferências, funcionários públicos, custeio e outros. Isso vai significar um aperto razoável porque nos últimos anos temos tido aumento real de despesas.
E as medidas para este ano?
Neste momento, o governo está pedindo uma meta fiscal nova. No curtíssimo prazo não tem nenhuma medida fiscal de arrocho. A partir do ano que vem vamos ter. A maior preocupação hoje é o crescimento insustentável da dívida pública. Se houver essa limitação de gastos, no ano que vem vamos ter um crescimento da dívida pública menos insustentável. Se vier uma reforma da Previdência vai ajudar mais. O Brasil vai entrar numa trilha certa, sustentável.
O senhor acredita que trarão de volta a confiança?
Essas medidas podem agravar a recessão se o país não voltar a crescer. Se o governo conseguir aprovar as medidas no Congresso, pode conseguir a volta da confiança e do crescimento.
Como vê o cenário para o varejo brasileiro?
O Brasil teve um crescimento chinês no varejo entre 2004 a 2011. Crescemos 9% ao ano em termos reais. Coisa inédita no país nos últimos anos. Isso ocorreu porque o crédito começou a ficar mais longo e o dólar caiu a partir de 2004. Muitas pessoas passaram a comprar. Mas em 2012 chegou a nossa realidade porque grande parte do consumo foi incentivada. Os juros e o dólar começaram a subir. Este ano, devemos ter queda real de 4% nas vendas do varejo restrito e 8,5% de queda no varejo ampliado (que inclui veículos e materiais de construção).
E o consumidor?
O consumidor já começa a dar sinais menos ruins. Mas muitas pessoas estão razoavelmente endividadas e ainda temem perder o emprego. Quando mudar isso, voltarão a comprar. O final do ano pode ser melhor.
Quando as vendas voltarão a crescer?
À medida que o governo começa a ter sucesso, podemos ter um segundo semestre melhor. No ano passado fecharam 100 mil lojas no país. Mas a confiança do empresário do comércio já está estável. À medida que caem os juros, as pessoas podem comprar mais. Tudo vai depender da credibilidade que o governo passar ao mercado.
Um dos objetivos é ampliar os investimentos em infraestrutura. É possível?
Os investimentos já estão voltando porque o pior já passou. O dólar subiu, os preços da energia subiram bastante. Não há um ritmo maior de investimentos porque há dúvidas se a nossa dívida pública vai continuar insustentável ou não. Se o governo conseguir passar no Congresso o mínimo possível do que anunciou, o investimento privado volta e o Brasil retoma o crescimento no ano que vem. O grande problema é que o desemprego ainda vai continuar aumentando. Ninguém vai contratar mais agora sem ter certeza de que a economia vai deslanchar. Se houver um passo positivo na política, o desemprego pode começar a diminuir. Isso não deve ocorrer este ano porque é a última variável a mudar na economia.
Quais são suas projeções para o PIB este ano e no ano que vem?
Para este ano o PIB já está dado. Vai ter uma queda na faixa de 4% ou até um pouco menos se o país voltar a ter credibilidade. No ano que vem, pode não crescer nada ou crescer um pouco em função da virada na economia.
E a taxa Selic cai quando?
Acho que o Copom (Comitê do Banco Central) vai dar sinais de que a taxa de juros Selic vai começar a cair este ano. E no ano que vem, vai continuar caindo. Isso dentro desse ambiente de sucesso que estamos vendo agora, com a meta do governo de cortar despesas em termos reais nos próximos anos. À medida que o governo mostra que vai ficar menos tomador de recursos no mercado, os juros podem cair. Agora, se mudar todo o cenário de novo, ou seja, nada for aprovado no Congresso, o juro volta a subir e o dólar volta a subir também.
Qual é o cenário para o dólar?
O dólar já subiu muito, mais do que devia. Ele pode voltar num patamar mais baixo porque a entrada de recursos no Brasil está muito boa. O patamar para o dólar numa fase de estabilidade pode ser ao redor de R$ 3.
Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira
Prefeito de Florianópolis: definição no dia 10
O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior (PSD), anunciará sua decisão sobre a hipótese de concorrer ou não à reeleição no dia 10 de junho. Fundamentará a definição em quatro pontos:
1. Segurança econômica e financeira da Prefeitura - Se a crise se agravar e tiver sinais de que poderá atrasar os compromissos financeiros estará fora da disputa. Ela será mortal. A situação financeira do município se agravou nos últimos meses, com queda inesperada em vários tributos.
2. Apoio político e administrativo - O prefeito está convencido de que, sem o respaldo do governador Raimundo Colombo e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merisio, presidente estadual do PSD, não terá como sustentar o projeto.
3. Concordância familiar - A posição do pai do prefeito, deputado Cesar Souza, já é conhecida. Ele é um dos maiores defensores da desistência, considerando a crise, as dificuldades de administração da máquina e os graves problemas de insegurança jurídica de Florianópolis. A sinalização da esposa também poderá ser decisiva.
4. Custo da reeleição - Cesar Souza Junior exterioriza a lideranças, assessores e amigos que, se a campanha for incompatível com medidas duras a serem adotadas na prefeitura, como enxugamento da máquina e corte de despesas, não será candidato. Rejeita a hipótese de repetir Dilma Rousseff, que colocou o Brasil no buraco para se reeleger.
No círculo do prefeito há convicção de que não será candidato.
Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira
Deputado quer agilidade na aprovação do Centro de Monitoramento da Defesa Civil
Deputado Miltom Hobus (PSD) está retornando dia 6 de junho à Assembleia Legislativa para cumprir, de imediato, três objetivos: aprovar o projeto que cria o Centro de Monitoramento de Alerta da Secretaria da Defesa Civil, que coordenará os radares; ficar mais livre para articular as eleições de candidatos do PSD em municípios do Vale do Itajaí; defender na Assembleia o pacote que vai reestruturar a Defesa Civil de Santa Catarina.
Fonte: Exame
G7 alerta para aumento dos riscos sobre a economia
Shima, Japão - O Grupo dos Sete países mais industrializados do mundo (G7) alertou na noite de quinta-feira sobre os riscos para a economia global e pediu para que as respostas políticas sejam realizadas de forma conjunta. A reunião de dois dias termina hoje no parque natural de Ise-Shima, no Japão.
"Desde nossa última reunião, os riscos para as perspectivas mundiais têm aumentado", disseram os líderes do G7, em uma declaração conjunta.
"Nos comprometemos a fortalecer nossas respostas políticas econômicas de forma conjunta e empregar uma combinação de políticas mais fortes e equilibradas, a fim de alcançar rapidamente um padrão de crescimento forte, sustentável e equilibrado", apontou o comunicado.
Os países do G7 têm utilizado um relaxamento monetário sem precedentes para estimular suas economias, mas os líderes notaram que "a política monetária sozinha não pode levar a um crescimento forte, sustentável e equilibrado".
Os líderes também reafirmaram que a flexibilização monetária não deve ser utilizada para a desvalorização da moeda e torná-la competitiva.
"Reafirmamos que as nossas políticas fiscais e monetárias têm sido e continuarão a ser orientadas no sentido de cumprir nossos respectivos objetivos internos utilizando instrumentos nacionais e que não temos como alvo as taxas de câmbio", disse.
Os líderes do G7 reafirmaram seus compromissos a um "mercado de taxas de câmbio determinadas", e destacaram "a importância de todos os países se absterem da desvalorização competitiva". Fonte: Dow Jones Newswires.
Fonte: Exame
Taxa de juros do cheque especial é a maior desde 1994
Brasília - A taxa de juros do cheque especial subiu para 308,7% ao ano em abril, o maior valor desde 1994, segundo dados do Banco Central. O dado representa um avanço de quase 8 pontos porcentuais em relação à taxa de março deste ano.
O juro do cheque especial só não é maior do que o do rotativo do cartão de crédito, que é a taxa mais alta entre todas as avaliadas pelo BC. Atingiu a marca de 448,6% ao ano em abril ante 449,4% de março, uma ligeira redução de 0,8 pontos porcentuais na margem.
Já a taxa média de juros no crédito livre subiu de 51% ao ano em março para 52% ao ano em abri. Em abril de 2015, essa taxa estava em 41,8% ao ano.
Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 69,2% ao ano para 70,8% ao ano, de março para abril, enquanto a para pessoa jurídica permaneceu estável em 31,1% no mesmo período.
Para o crédito pessoal, aumentou de 53% ao ano para 54% ao ano.
Para veículos, os juros caíram de 27% ao ano para 26,8% ao ano de março para abril. Em abril de 2015, estava em 24,6%. Em 12 meses, a taxa apresenta alta de 2,2 pp e, no quadrimestre, de 0,8 pp.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, acelerou de 32,0% ao ano em março para 32,4% ao ano em abril. No quarto mês de 2015 estava em 26,5%.
O juro médio do crédito direcionado passou de 10,9% ao ano para 10,7% ao ano na margem.
Fonte: Folha de S.Paulo
Quase 3 milhões já ficam sem seguro-desemprego neste ano no Brasil
Mariana Tassi Barbosa, 28, recebeu neste mês a última parcela do seguro-desemprego. A analista de mídias sociais, que está sem trabalho há oito meses, vinha usando o benefício para pagar prestações do apartamento que comprou com o noivo.
"Estou quase aceitando ganhar menos do que antes", diz ela, que achava que já estaria empregada a esta hora.
À medida que o desemprego avança, piora a situação dos que perdem o direito ao benefício pago pelo governo, válido por até cinco meses (veja quadro).
Além de Barbosa, outras 542,4 mil pessoas receberam a última parcela do benefício neste mês. Desde o começo do ano, já foram 2,862 milhões, número 8% superior ao do mesmo período de 2015 (2,650 milhões), segundo o Ministério do Trabalho.
Ao mesmo tempo, fica mais difícil conseguir uma recolocação num momento em que a economia brasileira está fechando vagas em proporção maior que abrindo novas.
Em abril, pelo 13º mês seguido, o mercado de trabalho formal encerrou 62.844 postos de trabalho.
De acordo com o IBGE, 30,9% dos desocupados nas seis principais regiões metropolitanas do país em fevereiro estavam fora do mercado de trabalho havia mais de seis meses. Trata-se do maior índice para o mês desde 2006.
O seguro, com valor máximo de R$ 1.542, é em geral usado para despesas mais básicas, como as de alimentação e remédios.
"Ele já é usado no básico. Quando acaba, nem isso eu consigo manter. Carro e geladeira dá para postergar. Arroz, feijão e remédio, não dá", afirma Fabio Pina, assessor econômico da FecomercioSP.
Entre os profissionais entrevistados pela Folha, vários demonstraram surpresa pela duração do desemprego: mesmo com a crise, não achavam que levariam tanto tempo para se recolocar.
"Não imaginava que ia ser tão difícil. Minha área não é tão concorrida", diz a técnica em biblioteconomia Aline da Silva, 26, desempregada há quase dez meses e ainda recebendo o seguro-desemprego, que representa metade do que ganhava antes.
A técnica já fez ajustes nas contas: a filha de um ano e oito meses foi para uma creche pública, por exemplo.
Ela desistiu de procurar vaga formal: está assessorando o cunhado, que tem um grupo de corrida, e vendendo almofadas personalizadas.
Ciclo em progresso
Para Pina, é difícil afirmar com precisão em que etapa do ciclo de desemprego o país está hoje. O número de beneficiários do seguro ainda pode variar muito conforme a evolução das demissões, das mudanças dos requisitos adotados para a concessão e do próprio caixa do governo.
A tendência, entretanto, é que os profissionais fiquem mais tempo fora do mercado. As seleções estão demorando mais –as empresas têm mais opções e, ao mesmo tempo, mais receio de errar na contratação.
"Tenho executivos que estão há quatro, cinco meses, em um mesmo processo seletivo", diz Claudia Monari, diretora de outplacement da consultoria Career Center, especializada em recolocação.
Katia Beltrão é formada em economia, tem pós-graduação em marketing e trabalha há mais de 20 anos na indústria farmacêutica. Há sete meses, foi demitida de um cargo de diretoria e, apesar de ter um bom planejamento financeiro, teve de reduzir o nível de consumo.
"Você elimina as despesas supérfluas, a academia fora do prédio, reduz o pacote de pacote de telefone, a frequência a restaurantes", conta ela.
Beltrão tem consciência de que, para o seu nível hierárquico, a espera tende a ser maior. "Quando você vai contratar um diretor, há várias etapas, entrevistas. Até falar com todo mundo, é normal que demore um pouco mais."
Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, afirma que ficar desempregado por até seis meses é normal, mesmo em épocas de crescimento econômico. Porém os motivos são distintos: na bonança, é mais comum que a rotatividade seja causada por uma busca de melhores oportunidades. Agora, trata-se de necessidade.
Monari, da Career Center, diz que, durante seleções, os candidatos devem "criar uma narrativa" a respeito do que estão fazendo no período de desemprego e como estão se atualizando –cursos on-line gratuitos, ações para aumentar a rede de contato etc.
"Aos olhos dos recrutadores, não é grave ficar mais tempo fora do mercado em um momento de crise. O problema é quando o mercado está favorável e a pessoa não consegue se recolocar."
Conheça o seguro desemprego
Faixas de valores
Minimo de R$ 880,00
Máximo de R$ 1.542,24
Números de parcelas
de 3 a 5 - a depender se é a primeira solicitação do benefício e do tempo de trabalho no emprego
Prazos para solicitação
Do 7º ao 120º dia - a depender de qual trabalho é exercido
Onde solictar
Nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE), no Sistema Nacional de Emprego (SINE), agências credenciadas da Caixa e outros postos credenciados pelo MTE
Documentos necessários
-Comunicação de Dispensa - CD (via marrom) e Requerimento do Seguro
-Desemprego - SD (via verde)
-Termo de rescisão do Contrato de Trabalho - acompanhado do Termo de Quitação de Rescisão do Contrato de Trabalho ou do Termo de Homologação de Rescisão
-Carteira de Trabalho
-Carteira de Identidade ou Certidão de Nascimento ou CNH ou Passaporte ou Certificado de Reservista
-Comprovante de inscrição no PIS/PASEP
-Documento de levantamento dos depósitos no FGTS ou extrato comprobatório
- CPF
- Comprovante dos 2 últimos contracheques ou recibos de pagamento para o trabalhador formal
Quem tem direito
-Trabalhador formal e doméstico, em virtude da dispensa sem justa causa
-Trabalhador formal com contrato de trabalho suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador
-Pescador profissional durante o período do defeso
-Trabalhador resgatado da condição semelhante à de escravo
Condições
1- ter recebido salários em:
a) pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando na primeira solicitação
b) pelo menos nove meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando na segunda solicitação
c) cada um dos seis meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando nas demais solicitações
2-O trabalhador não pode receber outra remuneração oriunda de vínculo empregatício formal ou informal
3- Não estar recebendo qualquer benefício previdenciário, com exceção da pensão por morte e auxílio-acidente.