Clipping Diário - 25/09/2015
Publicado em 25/09/2015
Clipping Diário - 25/09/2015
Fonte: Notícias do Dia - 25/09
Rua Bocaiúva, em Florianópolis, ficará em meia-pista no sábado para instalação de rede de gás
O trânsito será interrompido para a interligação de uma pizzaria à rede de gás natural
A rua Bocaiúva, no Centro de Florianópolis, ficará com trecho em meia-pista no sábado (26) das 13h às 19h e, se for necessário, também no domingo das 8h às 19h. A via terá parte do trânsito interrompido para interligação de uma pizzaria à rede de gás natural. Após a finalização da obra será feita a recomposição provisória da rua para viabilizar o fluxo dos veículos até que seja realizada a recomposição definitiva com asfalto. A SCGÁS fiscalizará os trabalhos e haverá sinalização no local para alertar os motoristas.
Fonte: Hora SC - 25/09
Crianças e adolescentes serão atendidos neste sábado pelo Caminhão da Oftalmologia em Florianópolis
Jovens de seis a 18 anos de Florianópolis terão acesso ao Caminhão da Oftalmologia no próximo sábado, 26. O consultório itinerante, uma parceria entre a Prefeitura, o Hospital Universitário e a Sociedade Catarinense de Oftalmologia, vai atender inicialmente cerca de 400 pacientes por mês, já selecionados pelos Programas Saúde na Escola e Educação de Jovens e Adultos.
Atualmente, existem em torno de 1,4 mil jovens à espera de consultas oftalmológicas somente em Florianópolis, o que significa pelo menos um ano de tempo de espera na fila.
— Com esta ação, deveremos regularizar a demanda ainda neste ano — aposta o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior.
Pelo projeto que está sendo desenvolvido, serão atendidas 100 crianças de escolas públicas de Florianópolis, a cada sábado. Elas passarão por consulta com oftalmologista e já sairão do Caminhão da Oftalmologia com os óculos, no mesmo dia.
Com a ação, a prestação de serviços de oftalmologia para essa faixa etária deixará de ter custos para o município, que não terá mais de contratualizar clínicas para esse atendimento. Os óculos e os profissionais serão disponibilizados pelo Hospital Universitário.
Triagem
A triagem dos pacientes será feita pelas equipes do Programa Saúde na Escola e o agendamento para o Caminhão da Oftalmologia nos centros de saúde de Florianópolis. Após zerar a demanda da Capital, o caminhão atenderá também a crianças dos outros municípios da Grande Florianópolis e posteriormente de outras regiões do Estado.
O projeto
O consultório itinerante é instituído pelo Ministério da Saúde. São veículos adaptados e equipados para o desenvolvimento de ações educativas e de atenção à saúde oftalmológica, contendo consultório para atendimento especializado e laboratório de montagem de óculos.
Fonte: Hora SC - 25/09
Aposentados receberão mais de R$ 700 milhões em SC na 1ª parcela do 13º salário
Em Santa Catarina, 1.269.181 aposentados receberão R$ 727.046.860 pelo adiantamento da 1ª parcela do 13º salário até o dia 7 de outubro. O pagamento começou nesta quinta-feira, 24, para os segurados que recebem até um salário mínimo e possuem cartão com final um (1), desconsiderando o dígito.
Hoje, os aposentados com o cartão final dois e com renda até um mínimo receberão o benefício. No Brasil, 28 milhões de segurados estão na listagem para o adiantamento.
Foi e vai ter que voltar
Aos 65 anos, o aposentado Alseonei de Souza não perdeu tempo e foi atrás da antecipação do 13º salário. Ele foi até um ponto credenciado e ficou decepcionado quando soube que não receberia agora.
— Informaram apenas que o pagamento seria no dia 24. Não sabia do calendário e já havia programado pagar a prestação do carro com esse dinheiro. Agora, a solução é esperar — lamentou o morador do bairro Canasvieiras, em Florianópolis.
Em 2014, o pagamento da 1ª parcela foi com a folha de agosto e, neste ano, somente em setembro.
A assessoria do Ministério da Previdência Social informou que o crédito sempre é feito pelo calendário de benefícios. Quem recebe acima de um salário mínimo terá direito a parcela somente a partir do dia 1º de outubro, também seguindo um calendário pelo número final do cartão.
A segunda parte do abono será creditada na folha de novembro que começa a ser depositada no dia 24 de novembro e segue até o dia 7 de dezembro. O desconto de Imposto de Renda incide somente no pagamento da segunda parcela da gratificação.
Hora SC – Laine Valgas - 25/09
Quem mora em Florianópolis e está precisando de auxílio jurídico, pode aproveitar esta:
A Faculdade Cesusc estará na Cachoeira do Bom Jesus, na sede da Serte (Sociedade Espírita de Recuperação, Trabalho e Educação), neste sábado, das 14h às 18h, para conversar sobre meio ambiente, uso da propriedade imóvel, direito de família e direito dos trabalhadores.
O atendimento é de graça!
Fonte: Diário Catarinense - 25/09
Alta do dólar atrai turistas para SC
Câmbio favorável para estrangeiros aponta marcas históricas para o empresariado catarinense, que já identifica reservas de até 80% dos leitos em hotéis e crescimento de 30% na busca online de argentinos por aluguéis para a temporada no Estado
O dólar atingiu ontem a maior cotação da história do Plano Real, chegando a R$ 4,28 e fechando o dia em R$ 3,99. Uma péssima notícia para quem precisou ir aos bancos e casas de câmbio, e que encontrou o dólar turismo a R$ 4,46. Mas em Santa Catarina também houve motivos para comemorar. Empresários do turismo catarinense têm apontado marcas históricas em relação ao dólar, mas desta vez positivas: em função da valorização da moeda americana, o faturamento da temporada de verão, com reservas de hotéis e compra de ingressos para o Revéillon, começou mais cedo neste ano. Ao que tudo indica, os argentinos chegarão em peso às praias do Estado em 2015.
A Associação Brasileira de Hotéis em SC (ABIH) fez um levantamento com estabelecimentos associados e identificou que 50% das reservas para o final do ano já estão fechadas, algumas delas, inclusive, com o pagamento antecipado das diárias. A ocupação nos hotéis neste mês já é 30% superior às de setembro do ano passado. Segundo o presidente da ABIH, Samuel Koch, a maioria das reservas é para turistas argentinos.
– Nunca vimos este aumento no número de reservas nesta época do ano. E com certeza isto é reflexo da desvalorização do real frente às moedas da América do Sul. Os estrangeiros estão querendo aproveitar o momento – observa Koch.
Reservas a todo o vapor em Balneário Camboriú
No Norte da Ilha, a consulta online por aluguéis de temporada com origem no país vizinho subiu 30% neste mês frente a setembro passado, de acordo com José Carlos Oliveira, diretor de aluguéis de temporada do Sindicato das Imobiliárias do Estado (Secovi-SC). No entanto, o que mais o surpreendeu foi a procura dos argentinos pela compra de imóveis na região.
Em Balneário Camboriú, dos 23 mil leitos disponíveis, cerca de 80% já estão reservados para a temporada. A informação é da vice-presidente do Sindicato de Hotéis de Balneário Camboriú e região (Sindisol), Dirce Maria Moser Fistarol, que projeta uma presença expressiva de argentinos, chilenos, uruguaios e paraguaios neste verão.
Confirmando as projeções da entidade, o Costão do Santinho Resort, em Florianópolis, registrou até o momento um incremento de 30% nas locações frente ao resultado do ano passado no mesmo período. A coordenadora de marketing do hotel, Deize Beux, afirma que a expectativa é de um aquecimento também no mercado interno. Segundo ela, as vendas até agora dividem-se entre argentinos, brasileiros, e apenas um americano.
Apesar do impacto da crise econômica no otimismo do brasileiro, na avaliação dos presidentes da Santur, Valdir Walendowsky, e do Convention & Visitors Bureau de Florianópolis, Marco Aurélio Floriani, Santa Catarina vai receber mais turistas brasileiros neste verão.
Fonte: Diário Catarinense - 25/09
Catarinenses economizam no pacote, mas continuam viajando para o exterior
Com a alta do dólar, o mercado indica que o brasileiro está mantendo os planos de viajar para o exterior, mas optando por estadias mais curtas e hotéis mais baratos. Quem aponta este cenário é a gerente da CVC em Balneário Camboriú, Viviana Cecatto. Ela acrescenta que para manter as vendas, as agências e companhias aéreas estão tendo que partir para promoções de passagens e pacotes. A ideia, segundo ela, é que o saldo final do passeio não saia muito do patamar que o brasileiro está acostumado a pagar.
Mas se para partir do país é preciso ter cautela, desembarcar em solo brasileiro está sendo bem mais sedutor. No Aeroporto Hercílio Luz, por exemplo, a programação de voos fretados de países do Mercosul começou há duas semanas, como afirma o presidente da Santur, Valdir Walendowsky. Normalmente, segundo o presidente do Convention em Florianópolis, Marco Aurélio Floriani, os pedidos de voos charter só começam em novembro no aeroporto.
E muita gente também vai chegar para aproveitar as festas de Revéillon no Estado. Em uma das principais festas da virada no Brasil, o clube Green Valley, em Balneário Camboriú, o lote promocional de ingressos, lançado há dois meses, já esgotou. O diretor comercial da casa, Eduardo Philipps, diz que a venda aumentou 15% em relação a 2014. Camila Popelier, consultora de vendas e responsável pelas reservas de camarotes exclusivos para grupos, afirma que as vendas desses espaços ainda nem começaram, e que já há uma lista de espera de clientes para reservar os camarotes.
Outro polo do entretenimento em Santa Catarina, o município de Garopaba, na região Sul, projeta um crescimento de 15% a 20% no movimento de verão neste ano. A expectativa de aumento de visitantes na cidade representa uma movimentação do turismo interno em 2015, já que, como afirma o diretor de marketing da prefeitura, Marcus Israel, a maioria dos turistas (cerca de 70%) são gaúchos. Os argentinos, segundo ele, representam 17% dos visitantes.
Fonte: Diário Catarinense - Moacir Pereira - 25/09
Atravessadores
Procurador-chefe do Crea de Santa Catarina, Claude Pasteur Faria requereu aposentadoria por tempo de serviço ao INSS no dia 17 de agosto. Já se passaram mais de 35 dias e não recebeu nenhuma informação. Mas uma funcionária do Bradesco, “correspondente bancária”, ligou para oferecer-lhe um crédito pré-aprovado com débito em conta, por causa da aposentadoria. E o procurador nem era correntista do Bradesco. O banco, pelo esquema lulopetista, soube do benefício antes do procurador.
Fonte: Diário Catarinense - Visor - 25/09
Ribeirão sem piso
Vereador Celso Sandrini (PMDB) usou a tribuna da Câmara de Florianópolis para expressar sua indignação sobre o que considera um descaso da prefeitura em relação à obra de pavimentação de pouco mais de um quilômetro na rodovia Baldicero Filomeno, no Ribeirão da Ilha. Para o parlamentar, o máximo do abuso é o fato de que a solução para concluir a obra, agora, será recolocar as lajotas de mais de 40 anos que foram retiradas pela própria prefeitura.
O trecho da rodovia em obras está sem qualquer tipo de pavimentação, reduzido a chão batido, criando transtornos para a população tanto em dias de chuva quanto em dias de sol.
Fonte: G1 - 25/09
Governo sobe TJLP para 7% ao ano, maior taxa desde 2006
Taxa serve de referência em empréstimos do BNDES ao setor produtivo. Novo aumento da TJLP implica em menos gastos com subsídios.
A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que serve de referência para empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao setor produtivo, atualmente em 6,5% ao ano, subirá para 7% ao ano no quarto trimestre deste ano, informou o governo nesta quinta-feira (25).
Foi o quarto aumento consecutivo da TJLP que, antes de dezembro do ano passado, não havia subido desde 2003. Com a elevação, taxa avança para o maior patamar desde meados de 2006, quando estava em 7,5% ao ano.
A decisão – que é do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, do Planejamento, Nelson Barbosa, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini – implicará em juros mais caros para investimentos na produção.
Segundo o governo, a definição da TJLP leva em conta dois fatores: a meta de inflação, fixada em 4,5% para este ano, para 2016 e 2017, além de um prêmio de risco. "Quanto ao prêmio de risco, o CMN decidiu elevar este componente em 0,5 ponto percentual [para 2,5%], tendo em vista a evolução média dos índices que refletem o risco-Brasil em mercados internacionais", informou o Ministério da Fazenda.
Menos subsídios
O novo aumento da TJLP implica em menos gastos, por parte do governo federal, com subsídios – atualmente em torno de R$ 30 bilhões por ano, cerca de 0,6% do PIB - em relação ao patamar de despesas se a taxa não fosse elevada.
Com isso, a medida contribui para melhorar as contas públicas, que sofreram forte deterioração no ano passado com o registro de um déficit primário (receitas menos despesas) inédito e que continua enfrentando dificuldades neste ano.
A explicação é que, com uma TJLP mais alta, diminui a diferença entre os juros de longo prazo e a taxa básica da economia, atualmente em 14,25% ao ano, reduzindo também o pagamento de subsídios. Essa diferença entre as duas taxas é aplicada ao estoque de empréstimos já feitos pelo Tesouro Nacional ao BNDES nos últimos cinco anos – valor que já ultrapassa R$ 400 bilhões.
Meta fiscal
A meta da equipe econômica é de realizar um esforço fiscal da ordem de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o equivalente a R$ 8,7 bilhões, e de 0,7% do PIB (R$ 43,8 bilhões).
Além da redução dos gastos com subsídios, a estratégia do governo para atingir a meta também inclui aumentos de tributos sobre empréstimos, combustíveis, automóveis, a folha de pagamentos, a limitação de benefícios sociais, como o seguro-desemprego, o abono salarial e a pensão por morte, e a limitação de gastos públicos.
Na semana passada, foi anunciada uma nova rodada de alta de tributos, com a proposta de retorno da CPMF.
No ano passado, antes de assumir o Ministério do Planejamento, Nelson Barbosa avaliou que haveria espaço para a TJLP subir para até 8% ao ano. Deste modo, não pode ser descartada a possibilidade de novas elevações na taxa nos próximos meses.
O ajuste nas contas públicas, segundo analistas, é uma estratégia para baixar os juros básicos da economia brasileira – a taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano – no futuro e, com isso, estimular o crescimento do nível de atividade na economia brasileira, além de evitar o rebaixamento por outras agências de classificação de risco. Recentemente, a Standard & Poors retirou o grau de investimento da economia brasileira.
Fonte: G1 - 25/09
Após bater máxima histórica de R$ 4,24, dólar fecha abaixo de R$ 4
Moeda perdeu força após fala do presidente do BC e anúncio do Tesouro. O dólar caiu 3,73%, a R$ 3,9914 - maior queda diária desde 2008.
Após subir com força e passar a marca de R$ 4,24 nesta quinta-feira (24), renovando a máxima histórica, o dólar virou e passou a cair, terminando a sessão em queda. A moeda deixou o patamar de R$ 4, no qual permaneceu por dois dias.
O dólar caiu 3,73%, a R$ 3,9914. Na máxima da sessão, chegou a saltar para R$ 4,2491, segundo a Reuters. Veja a cotação. Esta foi a maior queda diária desde 2008.
Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 0,84% e 10,04%, respectivamente. No ano, há valorização de 50,13%.
A moeda perdeu força e passou a cair depois de declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, que sugeriu que poderão ser feitos leilões de dólares no mercado à vista.
No fim da sessão, o bom humor ganhou mais um impulso com o anúncio de um programa de leilões diários de venda e compra de títulos pelo Tesouro Nacional, em meio a forte volatilidade nos juros futuros.
Questionado nesta quinta sobre o possível uso das reservas internacionais no câmbio, Tombini disse que "todos os instrumentos à disposição do Banco Central estão no raio de ação caso seja necessário à frente".
Ação do BC e Tesouro
Segundo operadores ouvidos pela Reuters, a fala de Tombini e a ação do Tesouro deixam evidente que o governo avalia que a intensa pressão sentida nos mercados financeiros nas últimas semanas levou o mercado a agir de maneira irracional.
"O mercado ficou preso em um círculo vicioso de baixa confiança. Hoje, o BC parece ter conseguido interromper esse movimento no grito, mas se isso voltar, pode ser que tenha que agir de forma concreta", disse um deles.
Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h20, alta de 1,39%, a R$ 4,2038
Às 9h40, alta de 1,46%, a R$ 4,2067
Às 10h, alta de 1,7%, a R$ 4,2165
Às 10h20, alta de 2,16%, a R$ 4,2356
Às 10h30, alta de 2,45%, a R$ 4,247
Às 10h50, alta de 1,89%, a R$ 4,2245
Às 11h10, alta de 0,3%, a R$ 4,1586
Às 11h20, alta de 0,87%, a R$ 4,1821
Às 12h, alta de 1,5%, a R$ 4,2086
Às 12h40, alta de 1,2%, a R$ 4,1961
Às 13h24, queda de 0,29%, a R$ 4,1339
Às 13h54, queda de 1,32%, a R$ 4,0915
Às 14h25, queda de 0,89%, a R$ 4,1066
Às 15h57, queda de 1,57%, a R$ 4,0809
Às 16h07, queda de 2,10%, a R$ 4,0590
Operadores relutavam em estimar até que ponto o dólar deve subir, mas é unânime a percepção de que deve continuar pressionada. O dólar subiu nos cinco dias anteriores, acumulando alta de 8,14%.
"Estamos em uma sinuca de bico. Recessão com inflação é uma espiral perigosa e, se não sairmos rapidamente disso, pode ser desastroso. E as chances de isso acontecer são cada vez menores, principalmente com a política como está", disse à Reuters o operador de uma corretora nacional.
A moeda norte-americana tem sido pressionada pela deterioração das contas públicas do Brasil e pelas turbulências políticas. Investidores temem que o país perca seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.
Recordes
O dólar ultrapassou a cotação de R$ 4 pela primeira vez na história esta semana, por preocupações com o ajuste fiscal no Brasil e com a possibilidade do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, elevar a taxa de juros do país. Se isso acontecer, os EUA se tornam mais atrativos aos investimentos, e pode haver uma forte saída de dólares do Brasil – seguindo o princípio da oferta e da procura, quanto menos dólares à disposição, mais caros eles ficam.
Intervenções do BC
Para esta quinta, o BC anunciou um leilão de até 20 mil novos swaps cambiais, (títulos que equivalem a venda futura de dólares, e que servem como proteção contra a alta da moeda), com vencimento em 1º de setembro de 2016.
Também nesta quinta, o BC dá continuidade ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem (troca dos títulos que vão vencer por títulos novos, para evitar retirar esses recursos do mercado) dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
Na véspera, o BC realizou dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra e um leilão de novos swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares. Também durante a sessão passada, anunciou para esta quinta-feira outro leilão de novos swaps, na qual vendeu a oferta total de até 20 mil contratos.
Além disso, o BC vendeu a oferta total de até 9,45 mil swaps cambiais para rolagem dos contratos que vencem em outubro. Ao todo, já rolou o equivalente a US$ 7,621 bilhões, ou cerca de 80% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.
Fonte: G1 - 25/09
Aneel muda cobrança de encargo e conta de luz deve ficar 8% mais cara
Medida pode ter repasse anual de R$ 1,6 bilhão ao consumidor residencial. Agência teve que alterar o rateio da CDE para cumprir decisão judicial.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta quinta-feira (24) uma nova metodologia de cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é um encargo cobrado nas contas de luz. Parte da conta, que até então era paga pelas indústrias, será repassada aos consumidores residenciais, o que pode representar uma alta de até 8% nas contas de luz.
O impacto no bolso do consumidor será sentido quando autorizado o reajuste tarifário anual de cada distribuidora de energia.
A agência se viu obrigada a rever as regras de cobrança da CDE devido a uma decisão judicial que desobrigou as empresas de arcar com os valores, movida pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). A entidade alegou “ilegalidade” no sistema de cobrança atual.
“Não é do meu intento, não é do intento da Aneel, mas a decisão judicial tem que ser cumprida”, disse o relator do processo, André Pepitone da Nóbrega, na reunião da diretoria do órgão que aprovou a nova metodologia.
A Aneel tentou derrubar a liminar, mas teve o primeiro pedido negado pela Justiça. A agência, no entanto, promete seguir na batalha judicial para tentar reverter a decisão.
Repasse de R$ 1,6 bilhão
Pelos cálculos da agência, o cumprimento da decisão judicial levará ao repasse anual de R$ 1,6 bilhão aos consumidores residenciais. Inicialmente, o valor será pago pelas distribuidoras de energia, que poderão repassá-lo aos consumidores por meio de reajustes das tarifas.
Já a indústria fica desobrigada a arcar com os valores de forma retroativa a 3 de julho deste ano, que é a data da obtenção da liminar na Justiça.
Os recursos destinados à CDE compõem um fundo de investimentos para o setor, aplicado, por exemplo, no financiamento de ações do governo, como o programa Luz para Todos e subsídios à tarifa de famílias de baixa renda. O fundo, no valor de R$ 18,9 bilhões ao ano, é gerido pela Eletrobras, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Leia abaixo o posicionamento da Abrace sobre a decisão da Aneel em relação à CDE:
A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE) informa sobre a divulgação de hoje da Aneel sobre sua intenção de reajustar tarifas para cumprir decisão judicial da 2a Vara Federal de Brasília datada 3 de julho de 2015 que:
- A decisão liminar atendeu questionamento da ABRACE sobre parcela de custos da CDE transferida indevidamente para a indústria em prejuízo da competitividade do País, da produção e do emprego.
- O aumento das tarifas anunciado pela Aneel não é uma decorrência da decisão judicial emitida em favor da ABRACE, mas de uma opção feita pelo próprio regulador. Essa decisão trará impacto no caixa das distribuidoras no curtíssimo prazo e na conta de energia dos consumidores a partir dos próximos reajustes.
- A ABRACE questionou judicialmente, diante do orçamento da CDE de 2015, itens de despesa que não deveriam ser pagos por nenhum consumidor (residencial, comercial ou industrial). Um dos exemplos mais gritantes são os custos da construção do gasoduto Coari-Manaus, considerados superfaturados conforme relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), de acordo com as investigações da Operação Lava Jato e, inclusive, apuração feita pela própria ANEEL, em um processo administrativo que está em andamento.
- Segundo cálculos da ABRACE, auditados por consultoria independente, esses itens de despesas indevidas, que não deveriam ser pagos por nenhum consumidor, podem superar R$ 2,5 bilhões – que corresponderiam a cerca de 10% de todo orçamento da CDE para o ano de 2015.
- Já a liminar obtida no processo judicial, que foi deferida em julho/2015, desonera as associadas da ABRACE de valores entre R$ 800 milhões e R$ 1,35 bilhão até dezembro, a depender do critério de cálculo (seja metodologia da Aneel ou da ABRACE). Esses valores correspondem a custos que foram transferidos, na visão da ABRACE, sem cobertura legal.
- Portanto, se a ANEEL, ao cumprir a liminar, tivesse retirado da CDE os itens de despesa apontados como indevidos e sem cobertura legal, haveria redução das tarifas de todos os consumidores, pois a diminuição do custo total da Conta seria superior a qualquer desoneração dos associados da ABRACE. Esse encaminhamento também preservaria as distribuidoras de impactos adicionais e de difícil absorção, ainda que transitórios, em seus caixas. Mantida a decisão da agência, esta oportunidade pode ter sido perdida hoje, no encerramento da audiência pública 57/2015 caso a Aneel não reveja seu entendimento.
- Para evitar a judicialização do assunto por outros consumidores, a Agência deveria se antecipar e sanear a CDE, fixada em mais de R$ 18 bilhões a partir de meras tabelas de custos apresentada pela Eletrobras e não auditadas com profundidade.
- Vale destacar que a Aneel tem plena competência para retirar esses itens de despesa da CDE, pois, de acordo com a legislação, cabe à Agência tanto calcular as cotas anuais do encargo quanto fiscalizar a movimentação da CDE.
- A ABRACE ressalta que em momento algum pediu para que os demais consumidores ou as distribuidoras fossem onerados. A decisão liminar também não indicou alocação de custos sobre distribuidoras ou consumidores, mas, ao contrário, determinou a citação da Eletrobras e consignou expressamente que “a decisão a causa repercutirá nos compromissos e na gestão dos recursos da CDE a seu cargo”.
- Conforme o texto da liminar, se a decisão da causa repercutirá nos compromissos e gestão dos recursos da CDE a cargo da Eletrobrás, não haveria espaço para que a Aneel transferisse os efeitos da liminar para transmissoras e distribuidoras.
- Por fim, as afirmativas dispostas acima podem ser resumidas em trecho da decisão do Presidente do TRF da 1a Região, Desembargador Federal Cândido Mendes, em 20 de agosto: “...A grave lesão à ordem e à economia, neste caso, não decorre da decisão impugnada [pela Aneel], mas, principalmente, das opções políticas na gestão energética...”.
Fonte: Portal da Ilha - 25/09
Horário de verão 2015/2016 começa no dia 18 de outubro
Preparem os relógios. Falta de menos de um mês para o início do horário de verão no país. Às 0h do dia 18 de outubro de 2015 (domingo) os relógios devem ser adiantados em uma hora.
Moradores dos estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e do Distrito Federal precisam estar atentos à alteração, que segue até às 0h do domingo 21 de fevereiro de 2016, quando os relógios retomam o horário tradicional. As regras estão estipuladas no decreto 6.558, de 2008, que fixa a duração da media do horário de verão em quatro meses.
A única exceção se dá quando o terceiro domingo de fevereiro coincide com o domingo de Carnaval. Nesse caso, o horário de verão termina no quarto domingo de fevereiro.
O principal objetivo do horário de verão é aproveitar melhor a luminosidade natural do dia, reduzindo o consumo de eletricidade no fim da tarde, quando é registrada a maior demanda por energia. A ideia de adiantar a hora oficial em períodos de verão foi lançada em 1784 por Benjamim Franklin, político e inventor americano. O primeiro país a adotar oficialmente o horário de verão foi a Alemanha, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, para economizar os gastos com carvão.
No Brasil, o primeiro horário de verão foi realizado entre 1931 e 1932, pelo presidente Getúlio Vargas, com duração de 5 meses. A prática vem sendo adotada sem interrupções desde 1985, com algumas diferenças nos estados que aderem à mudança e os períodos de duração.
Fuso horário no Brasil:
Com a mudança de horário, os fusos do Brasil se organizam da seguinte forma em relação ao horário da capital do país:
0h: as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (com exceção do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) adotam a mesma hora de Brasília durante o horário de verão;
1h:os estados do Nordeste, Pará, Amapá e Tocantins ficam com uma hora a menos em relação ao horário de Brasília. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também adotam o horário de verão, mas a diferença de uma hora para Brasília se mantém;
2h: Parte do Amazonas e os estados de Roraima e Rondônia ficam duas horas atrás do horário de Brasília.
3h: O Acre e parte do Amazonas ficam com três horas atrás do horário de Brasília.
Economia de energia:
Em 2015, o Ministério de Minas e Energia estimou que a redução da demanda de energia entre 18h e 21h foi de até 1.970 megawatts (MW) no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. O valor é equivalente ao dobro da demanda da cidade de Brasília. No subsistema Sul, segundo o ministério, a redução foi 625 MW.
Os ganhos com a redução do consumo total de energia foram de cerca de 195 MW médios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que equivale ao consumo mensal da cidade de Brasília, e 55 MW médios no subsistema Sul, equivalente ao consumo mensal de Florianópolis.
Fonte: De Olho na Ilha - 25/09
Para economizar, Prefeitura diminuirá o ritmo de obras de repavimentação de ruas
Orçamento das festas do Réveillon e do Carnaval terá corte de 60%
A Prefeitura de Florianópolis tornou público nesta semana mais providências para alcançar a meta de poupar em torno de R$ 100 milhões por ano, que começou com o anúncio, no começo do mês, de redução de custos da máquina pública e um corte de 30% no salário do prefeito e de 10% na remuneração dos secretários municipais.
Nesta nova etapa, o Executivo municipal irá diminuir em até 60% os repasses ao Réveillon e ao Carnaval, diminuir o ritmo das obras de repavimentação da Ivo Silveira, no Continente, da Jorge Lacerda, na Costeira, e da construção do novo Mercado Público do Continente.
Além destas, o pacote de investimentos em 120 ruas da Capital, que seria implementado a partir deste semestre, será transferido para 2016.
A intenção é passar pelo atual momento econômico do país sem prejuízos na saúde, na educação e em obras essenciais para a cidade.
“Para enfrentar uma crise como esta sem atingir o atendimento à população, aos serviços básicos como educação e saúde e manter obras prioritárias tivemos que optar. É preferível termos menos duas ou três balsas com fogos na Beira-mar na virada do ano, mas termos a saúde e a educação sem nenhum corte”, disse o prefeito.
Enfrentando a crise
A primeira etapa de enfrentamento da crise ocorreu em julho, com o lançamento do programa 'Florianópolis enfrentando a crise', na Fiesc, quando o prefeito anunciou as primeiras medidas para economia, que compreenderam redução dos gastos com a máquina pública em 12% (como o corte de 60 cargos comissionados, controle da frota e corte de horas extras).
Fonte: UOL Economia - 25/09
Desemprego sobe pelo 8º mês, para 7,6%, e é o maior para agosto desde 2009
O desemprego subiu pelo oitavo mês seguido e chegou a 7,6% em agosto, a maior taxa para o mês desde 2009, quando tinha sido de 8,1%. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Considerando todos os meses, foi a maior taxa em mais de cinco anos. Em março de 2010, o desemprego também tinha sido de 7,6%.
Na comparação com julho deste ano (7,5%), o desemprego teve leve alta de 0,1 ponto percentual. Em relação a agosto do ano passado (5%), o aumento foi de 2,6 pontos percentuais.
Os dados fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Sobe número de pessoas procurando trabalho
A população desempregada foi estimada em 1,9 milhão de pessoas. O número não mudou em relação a julho, mas representa 636 mil pessoas a mais em relação a um ano atrás, um salto de 52,1%.
A população ocupada e a população não economicamente ativa (pessoas que estão fora da força de trabalho) ficaram estáveis na comparação com julho de 2015 e com agosto de 2014.
Em um ano, cai rendimento e número de carteiras assinadas
A pesquisa apontou 11,3 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado. Isso representa estabilidade em relação a julho e queda de 3,81% na comparação com agosto do ano passado.
O rendimento médio real (descontando a inflação) dos trabalhadores em julho foi de R$ 2.185,50. Segundo o IBGE, o valor é 0,5% maior que o registrado em julho, mas 3,5% menor que o verificado em agosto do ano passado.
IBGE tem duas pesquisas mensais de desemprego
Além da PME, o IBGE também divulga mensalmente a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Mensal. Segundo o instituto, ela é mais abrangente do que a PME, porque são pesquisados 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios pelo país.
A última Pnad Contínua Mensal, com dados do trimestre terminado em junho, apontou que o desemprego subiu para 8,3%.
Fonte: Agência Brasil - 25/09
Joaquim Levy diz em São Paulo que medidas do governo já produzem resultados
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, na noite de hoje (24), em evento na capital paulista, que a estratégia de crescimento do governo federal é muito clara e que as medidas tomadas para atingir o reequilíbrio cíclico estão produzindo resultados, mesmo que não estejam visíveis.
“A recuperação da economia já está, em grande medida, contratada, na medida em que foram tomadas iniciativas, trazendo compromisso na área fiscal e se reafirmando na questão da inflação, o que já se traduz no equilíbrio das contas externas”, afirmou Levy, na noite de hoje (24), em evento na capital paulista.
Segundo ele, desde o começo do ano, mudanças importantes foram feitas e, apesar de ruídos e da dificuldade que a sociedade possa enfrentar no dia a dia, “a verdade é que a economia já está se reequilibrando”.
O ministro acrescentou que o setor empresarial está revendo seu processo e seus produtos, a fim de gastar os recursos com maior eficiência, e no governo não é diferente. Ele deu o exemplo dos gastos com previdência social, que seria uma das maiores despesas do governo federal, e disse que identificou a necessidade de diminuir despesas em relação ao auxílio-doença. Segundo ele, o gasto do Brasil com auxílio-doença é muito acima de outros países e a eficiência no emprego desses recursos exige gestão, pois “Uma parte importante da economia é gestão”.
“Por outro lado, mudanças legislativas podem ajudar a gestão. A economia se dá na parte da gestão, mas também se dá através de mudanças de leis que permitam que os resultados da gestão possam ser traduzidos em redução de gastos”, completou.
Sobre a desigualdade social, ele disse que “somos um país com grandes desequilíbrios na distribuição de renda. Há um papel para gastos sociais. Mas será que esses gastos sociais estão trazendo o resultado esperado? Esses são os desafios”.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também presente no evento, disse que o estado fez o máximo possível para contribuir com o ajuste fiscal. Para os empresários presentes, ele disse que investimento, desenvolvimento e geração de emprego é dever de hoje.
Fonte: Economia - SC - 25/09
Volta da CPMF poderá conter dificuldades financeiras, avalia pró-reitor
A proposta de recriar a CPMF, contribuição que incide sobre as movimentações financeiras, para cobrir o rombo da previdência tem gerado polêmica e muitas dúvidas, com grande índice de rejeição por parte da população. Porém, diante do cenário econômico atual, Neri dos Santos, pró-reitor de graduação e inovação do Centro Universitário Internacional Uninter, em Curitiba, alerta para o fato de que a medida é necessária. “A cobrança não representa uma solução, mas é uma medida necessária para amenizar os impactos financeiros da previdência. Em 2014 o déficit da previdência social foi de R$ 64 bilhões e neste ano passa de R$ 80 bilhões”, diz.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, 60% da arrecadação é para pagar funcionários públicos aposentados. Se o cenário atual não passar por algumas mudanças, os demais estados devem seguir o mesmo caminho. “A verdade é que os gastos do Estado não cabem dentro do nosso PIB. Uma das alternativas, considerando o aumento de imposto que gera menos impacto na inflação é a volta da CPMF. Acredito que é o imposto mais justo que temos, porque transação financeira todos tem que pagar, não tem como sonegar. É um imposto direto, não tem que declarar, o que favoreceria a sonegação”, avalia.
A proposta atual é usar o valor total do imposto para os pagamentos da previdência. Isto porque, o modelo de previdência brasileiro, criado em 1930, considerava uma realidade em que a população economicamente ativa era muito maior do que o número de aposentados. Mas hoje, o país tem uma taxa de crescimento que está em torno de 1,6%. E para que a população seja mantida, é necessária uma taxa de crescimento de 2%. “Quando o modelo de previdência foi criado tínhamos um aposentado para cada oito pessoas trabalhando, hoje temos uma para cada quatro trabalhadores e em 2030 a expectativa é ter uma pessoa trabalhando para cada pessoa aposentada, ou seja, não tem como manter o sistema”, comenta o pró-reitor da Uninter.
A previsão é chegar a uma população de 230 milhões em 2050. A partir disso, a população começa a diminuir. “ Ou o Brasil aproveita esta janela de oportunidade demográfica agora, com a maior parte da população economicamente ativa ou o país vai envelhecer antes de enriquecer. E este é um problema grave. Quem vai pagar a aposentadoria a partir de 2050, quando a maior parte da população estará com mais de 65 anos? ”, questiona Santos.
Ele ainda destaca que o modelo correto para que a previdência funcione é o de capitalização, que não é aplicado apenas fora do país. Em Santa Catarina, por exemplo, foi estabelecido o Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (IPREV). “Nenhum funcionário público se aposenta pelo tesouro do estado de Santa Catarina, eles são aposentados pelo IPREV. Cada servidor público paga 11% do seu salário e o governo do estado paga mais 11%, ou seja, 22% vai para o Instituto. A diferença é que este dinheiro não fica parado, o valor é utilizado em aplicações na bolsa, compra de imóveis, sempre diversificando as aplicações para reduzir os riscos. Assim, eles têm um fundo para pagar estas aposentadorias”, afirma.
O pró-reitor reforça que a medida deve garantir a Santa Catarina uma estabilidade por tempo maior, o que não significa que o estado não precisa de recursos como os que devem ser arrecadados pela CPMF. “Sem mudanças no cenário atual, Santa Catarina seria o último estado brasileiro a quebrar pela previdência em 2023”, alerta o especialista.
Fonte: Economia SC - 25/09
Desemprego em alta reduz confiança de varejistas para o Natal
A apenas três meses do Natal, a época do ano mais esperada pelos varejistas, os dados da Pesquisa Mensal de Emprego divulgados, nesta quinta-feira, dia 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam a preocupação da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). ”Os números continuam muito ruins. O desemprego segue em alta pelo oitavo mês consecutivo e, infelizmente, este ano não estamos vislumbrando um Natal com boas vendas. O consumo está freado”, comenta Honório Pinheiro, presidente da CNDL.
Atingindo o patamar de 7,6%, depois de bater 7,5% em julho, a taxa de desemprego apresentada foi a maior para o mês desde 2009. Outro índice preocupante foi o rendimento médio real habitual, que apresentou queda de 3,5%, na comparação com agosto do ano passado. “Os números refletem o cenário ruim que estamos vivenciando e os reflexos da inflação alta. Hoje temos menos trabalhadores empregados e ainda por cima com salários menores, em termos reais”, explica.
Para Pinheiro, os varejistas devem se preparar para um Natal fraco e atípico. “O Natal é a grande festa para o varejo. Estamos apenas três meses da data, época que muitas empresas já pensam nas contratações temporárias. Esse ano está bem diferente, acredito que além das vendas fracas, haverá uma grande queda em relação a essas novas vagas. Diante desse cenário, essa é a hora que o varejista precisa ser criativo e buscar diferentes alternativas de vendas”, alerta o presidente da CNDL.
Fonte: SPC Brasil - 25/09
Número de idosos inadimplentes cresce acima da média, mostra SPC Brasil
Em agosto, o número de consumidores entre 65 e 94 anos com dívidas em atraso aumentou 8,56%, enquanto a média nacional foi de 4,86%. Estimativa é de 4,3 milhões de idosos inadimplentes
A proporção de idosos na população brasileira segue crescendo, e o risco de se tornarem inadimplentes também. De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a quantidade de consumidores entre 65 e 94 anos com dívidas atrasadas aumentou 8,56% em agosto de 2015 em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto a média nacional foi de 4,86% nesse período. Nessa faixa etária, o crescimento do número de devedores esteve acima da média em toda a série histórica.
Dados do IBGE mostram que, em 15 anos, a quantidade de pessoas na faixa de 65 a 94 anos passou de 5,61% para 7,90% da população brasileira. Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti a tendência é de que esse número cresça ao longo dos próximos anos. “Um dos motivos dessa transformação é o aumento da expectativa de vida ao nascer, que chegou aos 74,9 anos em 2014”, diz. “Mas a mudança é mais do que quantitativa. Mudam-se também os hábitos de vida e de consumo de quem chega à terceira idade.”
A especialista explica, porém, que a grande maioria dos idosos chega à terceira idade dependendo apenas da previdência social, em razão da baixa renda e, em muitos casos, da falta de planejamento para a velhice. “Como reflexo disso, a inadimplência entre consumidores idosos avança a taxas acima da média ao longo dos últimos anos”, explica Kawauti.
O SPC Brasil estima um total de 4,3 milhões de idosos com o nome registrado em serviços de proteção ao crédito, o que equivale a 27% da população nesta faixa de idade. No balanço final de cada ano, até 2014, observa-se que o número de devedores entre os idosos cresceu mais que o dobro da média, em todos os anos. Porém, de janeiro a agosto de 2015, a diferença diminuiu: o número de devedores idosos avançou 6,88%, ao passo que o total avançou 5,88%.
Número de dívidas entre os idosos cresce 10,06%
Em relação ao número total de dívidas em atraso, o mês de agosto registrou uma variação de 6,28%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já entre os idosos, o crescimento foi bem mais expressivo: 10,6% - a maior variação desde janeiro de 2013.
Os dados do SPC Brasil mostram que os devedores com idade entre 65 e 94 representam 8,82% do total de devedores. No início da série histórica, essa faixa etária representava 6,51%. Já do total de dívidas em atraso, os idosos respondem por 6,85% -- no início da série histórica, respondiam por 5%.
Dívidas de água e luz lideram entre os idosos
O setor de Água e Luz é quem lidera o avanço da inadimplência entre os idosos, com variação de 17,08% no número de dívidas, na comparação com agosto do ano passado. As dívidas com Bancos apresentaram a segunda maior variação, com 14,42%.
Em relação à participação dos credores dos consumidores idosos, entre 64 e 94 anos, são os Bancos que lideram, com quase metade das dívidas (47,26%). Em seguida, aparece o setor de Água e Luz (17,05%). Quando consideramos todas as faixas etárias, Bancos também é o setor credor da maior a parte das dívidas, no entanto, o segundo maior é o Comércio, com 19,87%.
Fonte: SPC Brasil - 25/09
Seis em cada dez mães cedem à vontade dos filhos na hora das compras, revela pesquisa
Quatro em cada dez mães gastam mais que o planejado quando levam os filhos às compras e 46% não impõem regras para presenteá-los, aponta estudo do SPC Brasil
Ensinar os filhos a consumir de forma responsável não é uma tarefa simples. No dia a dia, as mães enfrentam inúmeras dificuldades para explicar às crianças que elas não podem ganhar tudo o que pedem e na hora que querem. Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com mães das 27 capitais que possuem filhos com idade entre dois e 18 anos, revela que seis em cada dez (64,4%) entrevistadas não resistem aos apelos dos filhos quando eles pedem algum produto considerado desnecessário, como brinquedos, roupas e doces. O percentual é mais expressivo entre as mães de meninas (68,9%) e entrevistadas das classes C, D e E (69%).
O levantamento mostra ainda, que muitas vezes, nem é preciso que os filhos manifestem o desejo de ganhar um presente para recebê-lo: 59,6% das mães compram produtos não necessários para os filhos sem que eles peçam, apenas pelo prazer de vê-los usarem coisas que gostam. "O estímulo ao consumismo, não raro, começa dentro de casa. As mães querem sempre satisfazer seus filhos, o que é compreensível, mas a vontade de agradar as crianças não pode se sobrepor as condições do próprio bolso, ainda mais em tempos de crise. Além disso, essas atitudes podem dar exemplos ruins às crianças e dificultar um eventual ajuste financeiro quando necessário", afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
"A obrigação de agradar e de proporcionar o melhor aos seus filhos faz com que parte das mães adote padrões de consumo diferentes para os filhos em relação ao restante da família", completa a economista. Exemplo disso, é que seis em cada dez mães (58,5%) afirmaram que costumam comprar roupas e calçados melhores para os seus filhos do que para si mesmas e uma em cada cinco (21,9%) entrevistadas admite que os filhos têm um padrão de vida superior ao dos outros integrantes da família.
Maior parte das mães não impõe regras para presentear
De acordo com o levantamento, quatro em cada dez mães (46,4%) admitem não adotar regras para presentear seus filhos - sobretudo no caso de filhos meninos (50,6%). Somente 15,6% das mães disseram dar presentes apenas nas datas especiais, como aniversário, Dia das Crianças e Natal, enquanto 12,7% o fazem quando o filho cumpre as regras e obrigações de casa.
Dados do estudo revelam ainda que três em cada dez (29,7%) mães consultadas disseram que mesmo comprando a maioria dos produtos que os filhos pedem, eles nunca se dão por satisfeitos e sempre pedem mais coisas. "Presentear um filho é uma demonstração de afeto. Por outro lado, a ausência de regras e de limites ao consumo é uma influência negativa para as crianças e adolescentes", afirma o educador financeiro do portal 'Meu Bolso Feliz', José Vignoli.
Levar o filho às compras faz as mães gastarem mais
Levar os filhos para fazer compras no shopping center ou no supermercado pode não ser um bom negócio para as famílias sob o ponto de vista financeiro. Quatro em cada dez mães consultadas (38,6%) admitem que sempre acabam desembolsando mais do que o planejado quando saem para comprar acompanhados de seus filhos (especialmente no caso das mães de meninas 44,0%).
Ainda assim, de acordo com a pesquisa, 67,3% destas mães têm o hábito de estabelecer algum combinado prévio com os filhos, como não permitir que eles peçam para comprar algo (18,6%) ou negociar o valor e a quantidade de coisas que podem ser compradas (48,7%). A economista Marcela Kawauti orienta que combinar regras antes de ir às compras pode ser uma alternativa saudável para evitar transtornos e discussões. "Este é um hábito que pode disciplinar a criança. Se as mães forem claras e firmes com os filhos, é mais provável que eles se sintam menos decepcionados quando tiverem seus pedidos negados", argumenta Marcela.
As mães consultadas no levantamento declararam que mais da metade (50,8%) das últimas cinco compras de brinquedos, jogos, roupas e calçados realizadas por elas para seus filhos foi feita por impulso. No que diz respeito aos alimentos, geralmente adquiridos em supermercados e padarias, o percentual de compras por impulso é ainda maior: 55,8%. Os itens mais comprados na impulsividade são na ordem roupas (40,6%), balas, chocolates e doces (35,5%), calçados (33,4%), brinquedos (32,5%), lanches (32,2%), iogurte (25,7%), biscoitos (24,3%) e eletrônicos (19,8%).
O estudo revela ainda a percepção das mães de que as crianças costumam ser determinadas quando querem ganhar algo. Quase a metade da amostra (48,5%) garante que os filhos são persistentes e não desistem do pedido até conseguir o presente desejado, principalmente no caso dos filhos meninos (53,0%). "Como as crianças percebem que a insistência, a birra ou chantagem funcionam, acabam apelando para o estado emocional das mães, transformando o consumo em moeda de troca", afirma o educador financeiro do Meu Bolso Feliz, José Vignoli.
Mais de um terço das mães se endividam por causa dos filhos
Se exceder nos gastos para fazer a vontade dos filhos pode trazer consequências danosas para a saúde financeiras da família. Quatro em cada dez mães (36,7%) ouvidas já ficaram em algum momento endividadas em decorrência das compras que fizeram para os filhos e 9,9% já deixaram de comprar produtos importantes para a casa ou de pagar alguma conta porque compraram algo que viram na mídia.
Dentre as mães que acreditam que dar todos os brinquedos e passeios fará a criança mais feliz, 30,9% se encontram no vermelho, pois o dinheiro nunca é suficiente para pagar as contas. Por outro lado, o percentual de mães que fecham o mês devendo cai para 15,8% entre as que não atribuem à felicidade de seus filhos aos produtos que eles consomem. Outro fator agravante apontado pela pesquisa é que 11,1% das mães relatam brigas com o cônjuge por causa das compras que realizam para os filhos.
Personagens infantis influenciam consumo das crianças
A pesquisa investigou também quem tem a palavra final na hora de decidir quais produtos levar para casa. A aquisição de brinquedos e jogos são os itens em que mais pesa o poder de decisão das crianças (18,1%). Outros momentos em que as crianças mais decidem sozinhas são na compra dos itens de papelaria, como mochila, caderno e lápis (12,8%), eletrônicos, como celulares e tablets (9,2%), roupas e calçados (8,5%), produtos de higiene e beleza (6,3%) e alimentos em supermercados, como iogurtes, biscoitos e salgadinhos (4,4%).
Os produtos licenciados, principalmente de personagens de histórias infantis e desenhos animados, são os estímulos que mais influenciam as crianças na hora da compra. Numa escala de zero a 10, sendo que quanto maior o número, maior o poder de influência, os personagens em brinquedos ocupam a primeira colocação (média de 5,79 pontos), seguido pelos produtos de material escolar (5,71), roupas e calçados licenciados (5,70), propagandas na TV (5,58), colegas de escola (5,27) e produtos expostos em pontos de vendas (4,91).
17% das mães presenteiam os filhos para compensar ausência
É bastante comum que as mães enfrentem a sensação de culpa em relação aos filhos, seja por não estarem tão presentes quanto gostariam ou por sentirem dificuldades em lidar com a frustração das crianças. Exemplo disso é que 17,4% das entrevistadas admitem compensar a ausência no dia a dia com presentes.
"Todas as mães, em algum momento, já tiveram de lidar com a culpa em relação aos filhos. Elas se perguntam se estão dando pouca atenção às crianças; se deveriam ser mais disciplinadoras ou, se estão dando bons exemplos e até mesmo se deveriam dizer 'não' com mais frequência. A pesquisa indica que os sentimentos e emoções familiares, podem funcionar como gatilhos para o consumo desnecessário", afirma o educador José Vignoli.