Clipping Diário - 24/07/2014
Publicado em 24/07/2014
Clipping Diário - 24/07/2014
Os vizinhos de baixo
Existem desafios a mais para a polêmica e arrastada reforma da ponte Hercílio Luz: a desapropriação de algumas áreas e a retirada de imóveis e famílias irregularmente instaladas sob a área do vão central e das cabeceiras. Além de impedir obras nos acessos, a situação também causa perigo de acidentes para quem está, literalmente, embaixo da ponte.
Providências
A construtora Espaço Aberto, ainda responsável pelas obras, pediu providências ao Estado e à prefeitura para proceder a retirada dos casebres – alguns erguidos antes do início da reforma, em 2008, outros no decorrer dos trabalhos.
Mais essa
Outro pepino precisa ser resolvido no acesso continental à ponte. A pista da Beira-Mar Continental foi construída por cima de estacadas que reforçavam as fundações da ponte. A área teve que ser reprojetada, somando outro atraso à coleção
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 24-07
A sensatez do juiz federal
O juiz federal Marcelo Krás Borges, da Vara Ambiental de Florianópolis, concedeu uma esclarecedora entrevista coletiva sobre a polêmica em torno das demolições das construções às margens da Lagoa da Conceição. Sepultou o clima de pânico que predominava há dias entre antigos e novos moradores, comerciantes e a comunidade em geral sobre o requerimento feito pela procuradora Ana Lúcia Hartmann de imediata execução das decisões da Justiça federal.
Com o teor do voto proferido pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (TRF-4), o magistrado disse, em primeiro lugar, que não há ali nenhuma determinação de demolição.
Tranquilizou todos os que poderiam ser alcançados pela medida, revelando que a decisão pretende preservar o meio ambiente através do exercício do poder de polícia pela prefeitura de Florianópolis. Mais do que isso: as decisões só se aplicam às edificações posteriores a liminar de 2003 e, sobretudo, à deliberação do TRF-4 de 2005.
– A Justiça federal não tem nenhum objetivo de provocar prejuízo ou pânico na população. Além disso, a demolição é um processo que exige o contraditório, garantindo o direito a ampla defesa ao direito de propriedade – ressaltou.
Ele convocou uma audiência para o dia 13 de agosto, justamente para buscar um entendimento entre o Ministério Público Federal e a prefeitura.
A entrevista do magistrado repõe o polêmico processo em seu devido lugar. Elogiável sob todos os títulos. Pela disposição de esclarecer tudo à população em coletiva à imprensa. E, sobretudo, pelas sábias palavras, fundadas no bom senso em que prevalece o verdadeiro espírito de Justiça.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 24-07
Empregos
Duas cidades de Santa Catarina estão entre as 20 maiores geradoras de empregos em todo o Brasil no primeiro semestre do ano. É o que revela o Cadastro Geral de Empregos do Ministério do Trabalho. Joinville aparece em décimo lugar com a geração de 6.468 novos postos de trabalho e Blumenau vem em décimo terceiro lugar com 5.758.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 24-07
Previsão de vendas fracas
Os comerciantes brasileiros esperam que as vendas no Dia dos Pais, que será comemorado no dia 11 de agosto, cresçam apenas 1% em relação a 2014.
Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que entre 2012 e 2013 o avanço foi mais expressivo, de 3,78%. Nos últimos anos, a maior taxa de crescimento nessa data foi registrada em 2010, quando os comerciantes venderam 10% a mais que em 2009.
Para a CNDL, o desempenho fraco em 2014 se deve à combinação de juros altos e inflação em alta. Segundo a associação, os setores com maior movimentação no Dia dos Pais são os de vestuário, calçados, eletrônicos, bebidas e perfumaria.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 24-07
M. Officer é processada em R$ 10 milhões
A empresa M5 Têxtil, dona das grifes M. Officer e Carlos Miele, foi processada em R$ 10 milhões acusada de trabalho análogo à escravidão. Segundo nota divulgada pelo Ministério Público do Trabalho, a M5 utilizava empresas intermediárias para subcontratar o serviço de costura, realizado em grande parte por imigrantes em oficinas clandestinas.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 24-07
Ação pede embargo das obras
O escritório Joaquim Cercal Neto Advogados Associados, de Joinville, move ação judicial pedindo ao juiz da vara única de Araquari, Frederico Andrade Siegel, liminar de embargo das obras da fábrica da fabricante de automóveis alemã BMW, em Araquari. O processo foi protocolado no Tribunal de Justiça no dia 18 de julho. A BMW ainda não foi notificada.
O escritório representa os interesses do Domínio Dona Francisca, e a ação denominada nunciação de obra nova é contra Valdemiro Armindo da Veiga e sua mulher, Zeli Duarte da Veiga e, também, contra o cartório de registro de imóveis da 2a circunscrição, em São Francisco do Sul. Segundo o advogado, aproximadamente 77 mil metros quadrados que integram a área vendida à montadora de automóveis, pertenceriam ao Domínio, titular originário de dote imperial.
Às margens da BR-101, o terreno de 492 mil metros quadrados está em obras desde maio de 2013, quando se iniciaram os trabalhos de terraplenagem.Com previsão de consumir 200 milhões de euros (cerca de R$ 600 milho~es), a obra resultara´ em uma unidade produtiva com capacidade instalada de 32 mil vei´culos ao ano. O início da produção está previsto para setembro de 2014. O empreendimento tem o apoio do governo do Estado e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
O portfólio de produc¸a~o catarinense incluira´ os modelos Se´rie 1, Se´rie 3, X1, X3 e MINI Countryman. Cerca de 1,3 mil empregos diretos sera~o gerados, dos quais 60 ja´ foram preenchidos, ale´m de aproximadamente 2,5 mil indiretos em um primeiro momento, contando fornecedores, parceiros de nego´cios e novos concessionários.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 24-07
Empresas cobram reajuste da tabela do Simples
Entre as micro e pequenas empresas e empreendedores individuais, milhares aguardam a mudança da tabela para inclusão no Simples nacional, que não é reajustada desde 2011 apesar da inflação média de 6,5% ao ano. O governo prometeu mudança, mas solicitou um estudo para a Receita Federal que ficará pronto em três meses. Isto para saber o impacto da mudança na arrecadação. Hoje, para ser enquadrada no Simples uma pequena empresa não pode faturar mais de R$ 3,6 milhões por ano As microempresas estão limitadas a R$ 360 mil por ano e os empreendedores individuais, em R$ 60 mil. Segundo o vice-presidente da Federação das Associações de Pequenas Empresas de SC (Fampesc), Alcides Andrade, há a expectativa de que a alteração ocorra ainda este ano, como foi prometido. Ele diz que muitas empresas limitam vendas aos principais clientes para não cair na tributação comum, bem mais elevada. São pequenos negócios familiares, importantes para geraçaõ de renda, mas que não querem e não pdoem ser grandes. Andrade afirma que as últimas mudanças aprovadas no Congresso beneficiam basicamente três categorias de serviços: corretores de seguros, corretores de imóveis e fisioterapeutas. Houve mudança também na substituição tributária, mas SC já havia resolvido esse problema. Para outras categorias, os benefícios não serão expressivos, aleta a advogada tributarista Karula Corrêa. Em alguns casos, o Simples pode ter carga tributária maior.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 24-07
Shopping liquida
O Iguatemi Florianópolis inicia hoje e encerra domingo a sua tradicional liquidação Os 3 1/2 Dias de Loucura. As lojas oferecem oferta com descontos de até 70% e condições facilitadas de pagamento. A decoração inclui carrinhos personalizados pelo shopping.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 24-07
Celesc pede reajuste de 20,5% para Aneel
Agência irá anunciar decisão sobre preço das tarifas até 6 de agosto
A partir do dia 7 de agosto a conta de energia do catarinense deve ficar mais cara. Se depender da distribuidora Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), esse valor pode ser o maior dos últimos cinco anos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou ontem que o pedido de reajuste da concessionária é de 20,49%.
A estiagem que atingiu o Sudeste, onde ficam os principais reservatórios do país no começo do ano, prejudicou a geração de energia por hidrelétricas em todo o país. Além disso, em muitas regiões brasileiras, o consumo cresceu além do esperado pelo governo federal. O relatório do Programa Mensal de Operação (PMO) de julho, divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), indicou que o Subsistema Sul continuará apresentando intensidade de chuvas e boa capacidade de gerar energia em valores acima de sua média histórica.
Na área de atuação da Celesc, que representa a maior parte de Santa Catarina, o aumento foi de 4,2% no primeiro semestre. O resultado dessa combinação foi o acionamento das usinas termelétricas, que encarecem o processo de abastecimento. Esse foi o argumento usado pela distribuidora catarinense para pleitear o aumento 20,49%.
– O cálculo do pedido inclui dois aspectos: os gastos que podemos prever e os que são independentes da nossa atuação, como, por exemplo, o preço do transporte e da energia no mercado. Esse último dado representou 93% do nosso pleito: sendo 87,4% com despesa de energia, outros 2,9% com transporte, e 2,7% de encargos setoriais. Os outros 7% são os investimentos que nós fazemos e podemos gerenciar – detalhou Cleverson Siewert, presidente da Celesc.
Aneel costuma aplicar reajustes menores
Nos últimos anos, a Aneel tem aplicado reajustes menores do que os pedidos da Celesc. Em 2013, por exemplo, a distribuidora solicitou 25,33% de acréscimo no preço da energia, mas obteve 13,73%. No entanto, o primeiro semestre de contratação de energia mais cara obrigou a Aneel a permitir aumentos como o de 24,86% pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), do Paraná, ou 18,66% pela AES Eletropaulo, de São Paulo.
Todas as distribuidoras do país possuem uma data de “aniversário”: como o setor chama o dia do ano em que as empresas podem fazer o reajuste da tarifa de energia. Por isso, a Celesc só pode aplicar um aumento dia 7 de agosto. Antes, a concessionária precisa encaminhar uma solicitação para a Aneel, explicando os gastos que a empresa teve desde o último reajuste, e também com projeções para os 12 meses seguintes.
A agência deve publicar o reajuste médio até o dia 6 do mesmo mês. Esse número servirá de base para a Celesc dividir as tarifas de energia por subgrupos: residencial, rural, comercial, industrial e iluminação pública. O reajuste médio de 13,73% do ano passado significou um aumento de 12,9% na conta de luz do consumidor catarinense. O setor industrial, com 19%, ficou com o aumento mais acentuado.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 24-07
Prejuízo de R$ 548 milhões
Mesmo com a ajuda de R$ 1,2 bilhão do governo federal em março, muitas distribuidoras tiveram prejuízo para quitar os altos gastos com a compra de energia mais cara no mercado.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) chegou a cotar a Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) – preço da energia no mercado a curto prazo – a R$ 822,23 por MWh (megawatt-hora), maior valor da história. Isso se refletiu no caixa da distribuidora catarinense, que acumulou um déficit de R$ 548 milhões no balanço anual.
– Sem o repasse do governo federal, nosso prejuízo seria de R$ 1,1 bilhão. Apesar disso, nosso pedido deste ano foi menor do que o de 2013, porque a expectativa de geração de energia para 2015 é melhor – disse o presidente Siewert.
Todas as distribuidoras do país possuem uma data de aniversário, como o setor chama o dia do ano em que as empresas podem fazer o reajuste da tarifa de energia. Por isso, a Celesc só pode aplicar um aumento dia 7 de agosto.
Antes, a concessionária precisa encaminhar uma solicitação para a Aneel, explicando os gastos que a empresa teve desde o último reajuste, e também com projeções para os 12 meses seguintes. O presidente da distribuidora de energia lembra os últimos reajustes efetuados pela Aneel para justificar o pleito:
– Se formos considerar as alterações feitas pela Aneel na tarifa da Celesc desde 2010, o aumento foi de 11,3%, e a inflação no período chegou a 29%. Ou seja, o reajuste foi 18% menor do que a inflação.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 24-07
Chuva trouxe leve alívio
Na segunda quinzena de junho, a chuva provocou um prejuízo estimado em mais de R$ 200 milhões para Santa Catarina, principalmente nas regiões Sul e Oeste do Estado. Mas para o setor elétrico, a quantidade de água foi um alívio. As condições favoráveis no Sul – onde vêm sendo observadas alterações acima das médias históricas nas bacias dos rios Iguaçu e Jacuí e acima das médias dos rios Paranapanema e Paraná – levam à melhora nas áreas de suprimento de energia do Sistema Elétrico Nacional e afastam ainda mais o risco de falta de energia elétrica no país – apesar das condições hidroelétricas desfavoráveis que vêm se verificando nos subsistemas Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, em razão da falta de chuva. De acordo Cristopher Vlavianos, presidente da comercializadora de energia Comerc, de São Paulo, e que tem escritório em Florianópolis, o Sul do país foi diretamente beneficiado.
– Em fevereiro, o Preço de Liquidação das Diferenças chegou a R$ 822,83 por MWh, maior valor já registrado. Com a chuva de junho, os reservatórios da região Sul ficaram cheios e fizeram essa tarifa cair para R$ 206,99. Apesar do sistema nacional ser interligado, há um limite de energia que o subsistema da região Sul pode repassar para o Sudeste. Por isso houve um descolamento do valor – afirmou o presidente Vlavianos.
O empresário ainda avisa que o reajuste que a Aneel está aplicando este ano devem ser ainda maiores em 2015, quando as distribuidoras devem quitar os empréstimos liberados pelo governo federal em 2013 e 2014. Mas para o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel), a divisão da dívida nos próximos cinco anos deve amenizar o prejuízo.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 24-07
Comércio prevê menor expansão
CNC projeta geração de 140,8 mil vagas em 2014, pior resultado desde 1998
A desaceleração da atividade econômica tem afetado de forma crescente as expectativas dos empresários do comércio, que preveem menor crescimento das vendas e de contratações de funcionários. Diante do cenário, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula que serão criados 140.873 postos formais de trabalho no setor neste ano – somando atacado e varejo –, o que seria o pior desempenho desde 1998. No início do ano, a previsão era de geração de 351 mil vagas.
Ontem, a entidade informou que a confiança dos empresários do comércio recuou 1% entre junho e julho, atingindo o piso histórico pelo terceiro mês consecutivo. A pesquisa levantou a opunião de seis mil empresas situadas em todas as capitais do Brasil.
Além da decepção com o ritmo da atividade, a inflação do varejo, ainda que tenha perdido força, segue elevada. O encarecimento do crédito e o prazo mais curto para quitar a dívida também inibem o desempenho. Com isso, pioraram as percepções dos empresários sobre a situação atual, o futuro e os investimentos no negócio, em estoques e em mão de obra.
Em julho, mais da metade dos comerciantes declarou ter estoques em níveis adequados, mas 23,7% afirmaram ter produtos demais nas prateleiras, o que pode reduzir a demanda já enfraquecida da indústria. Além disso, a confiança na economia mostrou grande deterioração. Para 70% dos empresários, as condições macroeconômicas pioraram.
No segundo semestre, com mais dias úteis e inflação no varejo menos agressiva (principalmente entre os alimentos), o comércio pode até retomar algum fôlego.
– O setor de supermercados, que é o maior do varejo, deve se recuperar – afirmou Fabio Bentes, economista da CNC.
Mesmo assim, não há expectativa de uma melhora substancial nos próximos meses.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 24-07
Decisão sobre a Lagoa é restrita a imóveis recentes
Juiz federal Marcelo Krás Borges afirma que ordem da Justiça é apenas para prédios construídos a partir de 2005
O juiz federal Marcelo Krás Borges, da Vara Ambiental, minimizou ontem, em entrevista coletiva, os impactos relatados até o momento sobre a possibilidade de demolições de imóveis na Lagoa de Conceição, em Florianópolis. Ele disse que os efeitos da decisão que manda reservar 30 metros a partir da margem deve valer apenas para as construções realizadas a partir de 2005, desde quando voltou a valer uma liminar sobre o assunto.
–Não houve nenhuma determinação de demolição ainda. O objeto do processo é a fiscalização, que a prefeitura cumpra seu poder de polícia – disse o juiz, destacando que a ação foi motivada pela existência de obras irregulares na área em 2003.
Borges afirmou que a demolição dos imóveis irregulares é um processo que envolve ampla defesa e acesso ao “contraditório”, reforçando que os processos não podem começar de forma atropelada. Por isso, ele marcou a audiência de conciliação, no próximo dia 13 de agosto.
– Existe um radicalismo, talvez dos dois lados. Queremos que se encontre uma solução racional e executável – disse Borges, para a tranquilidade da prefeitura e dos moradores do bairro.
O juiz relatou que a intenção do tribunal, em todo o processo, foi garantir a preservação ambiental, fazendo com que construções irregulares não voltassem a acontecer na localidade.
Em outro lado do processo, a assessoria do Ministério Público Federal afirmou que a procuradora do caso, Analúcia Hartmann, que está de férias, deve trazer a posição da instituição apenas durante essa audiência com a prefeitura.
Outros assuntos devem vir à tona neste encontro, como a questão da penalidade que a prefeitura deveria pagar. A multa diária que deveria ser paga pelo Executivo por não ter cumprido as exigências da Justiça de 2010 até agora é R$ 10 mil, o que durante estes quatro anos já soma valor próximo a R$ 15 milhões.
Relembre o caso que gerou impasse na Ilha
O Ministério Público Federal (MPF) cobra da prefeitura o cumprimento de uma faixa de 30 metros no entorno da Lagoa da Conceição como área de preservação, garantindo 15 metros de um passeio para pedestres, e isso foi aceito pela Justiça. A execução da ordem judicial, no entanto, atingiria estabelecimentos comerciais e residências que estão hoje na área, alguns desde a década de 1970.
O processo está na Vara Ambiental da Justiça Federal de SC e sua última movimentação determina uma audiência de conciliação entre o município e o MPF no dia 13 de agosto, às 16h. No encontro, o juiz do caso, Marcelo Krás Borges, deve atuar para que as partes cheguem a um acordo sobre os prazos para o cumprimento do que determinou a Justiça.
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 24-07
Informação traz mais tranquilidade
Em nota oficial, o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, chamou a posição do juiz Marcelo Krás Borges de “esclarecedora, sensata e humana”. De acordo com a prefeitura, essa espécie de modulação dos efeitos da sentença feita pelo magistrado reduz significativamente os imóveis afetados pelo impacto.
“Confirmando esta interpretação, a prefeitura vai ter condições de cumprir com celeridade a decisão judicial que determina a remoção das construções erguidas (no período destacado)”, diz a nota.
A assessoria da prefeitura informou que um levantamento de todos os imóveis a menos de 30 metros da margem está sendo feito desde maio deste ano, só que agora a pesquisa seria redirecionada. O estudo deve ser concluído nos próximos dias, mas ainda não há números disponíveis.
Presente na coletiva do juiz federal, o advogado Pedro de Queiroz, que representa a Associação dos Moradores da Lagoa da Conceição (Amola), disse que a explicação traz tranquilidade para os moradores do bairro. Queiroz afirmou que vai trabalhar para que os impactos das construções afetadas sejam compensados de outra forma que não a demolição, como a construção de deques para a passagem de pedestres, pagos por quem infringiu a legislação. Ele afirmou também que acredita que a procuradoria do município errou ao parar de recorrer da decisão no início do processo e isso levou à insegurança causada aos moradores.
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 24-07
INSS prevê gastos de R$ 424,5 bi
BRASÍLIA - O governo estima gastar R$ 424,5 bilhões em 2015 com o pagamento de aposentadorias, pensões e auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), valor que representa uma alta de 12,55% em relação à projeção de desembolsos para 2014 (R$ 377,2 bilhões). Trata-se do maior gasto da União.
O dado consta da prévia da proposta orçamentária do Ministério da Previdência Social, aprovada ontem pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). O documento serve de subsídio para o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2015. Outros órgãos também fazem a estimativa de gastos.
A LOA autoriza as despesas da União de acordo com a previsão de arrecadação. O projeto da lei deve ser enviado ao Congresso Nacional até 31 de agosto e devolvido para sanção presidencial antes do encerramento da sessão legislativa. O Ministério da Previdência Social não faz mais estimativas sobre a arrecadação, apenas das despesas. Ano passado os gastos obrigatórios do INSS com esses pagamentos alcançaram R$ 349 bilhões, ante previsão inicial de R$ 343,7 bilhões no orçamento.
Para calcular os gastos do INSS o Ministério utiliza basicamente três fatores: inflação, regra do salário mínimo e crescimento natural do estoque. O governo já divulgou a proposta de aumentar o salário mínimo dos atuais R$ 724 para R$ 779,79 a partir de janeiro do ano que vem, uma alta de 7,71%. Pelas regras atuais o ano de 2015 será o último no qual será adotada a atual fórmula de correção do salário mínimo, ou seja, variação da inflação do ano anterior e do PIB de dois anos antes. Isso foi definido pelo Congresso Nacional no início de 2011.
As projeções do ministério apontam que o pagamento dos benefícios previdenciários urbanos aumentará 11,9% enquanto os desembolsos dos benefícios rurais vão ter incremento de 14,7%. Segundo o ministério, dois terços dos 31 milhões de benefícios pagos todo mês são de um salário mínimo. Em relação aos valores desembolsados, esses pagamentos representam 43% dos R$ 29 bilhões gastos mensalmente.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia – 24-07
EMPRESAS DEVEM R$ 339 MILHÕES À PREFEITURA
A Prefeitura de Joinville move 82 mil processos na Justiça contra empresas devedoras de tributos municipais. No ano passado, o número era de aproximadamente 70 mil. A dívida ativa dos contribuintes soma R$ 339 milhões em valores originais, sem incluir juros e correção monetária. Neste bolo, há parte significativa que é incobrável, que se refere a empresas falidas e fechadas há muitos anos. O montante é um terço do orçamento municipal, estimado em R$ 1,04 bilhão, revela o diretor-geral da Secretaria da Fazenda, Roberto Winter.
ALVOS DA FISCALIZAÇÃO
Há ações para aumentar a arrecadação. O programa de monitoramento de setores econômicos prevê orientação a todos os prestadores de serviços antes de fiscais autuarem. Exemplo são as academias de ginástica. Elas são um dos alvos para recolherem, corretamente, o ISS. Noutro setor, os fiscais identificaram 240 empresas inscritas, mas só 80 recolhem adequadamente o ISS.
CRIME FISCAL
O termo de cooperação técnica assinado entre a Prefeitura e o Ministério Público estadual vai facilitar o trabalho do fisco. Devedores vão preferir pagar o que devem a se submeterem a eventuais processos criminais, a serem instaurados pelo MP por sonegação fiscal.
SEM REFIS
Se alguém espera por um novo programa Refis (a permitir parcelamento de débitos, combinado com desconto nos valores), vai se decepcionar. A Fazenda não analisa esta possibilidade.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 24-07
CNDL e SPC Brasil projetam resultado ruim nas vendas no Dia dos Pais
Varejo espera vendas tímidas e consumidor cauteloso. Período movimenta os setores como vestuário, calçados e eletrônicos.
Os comerciantes brasileiros estão pouco otimistas quanto ao resultado das vendas do Dia dos Pais, comemorado no dia 11 de agosto, e aguardam um crescimento tímido de 1% sobre as vendas do ano passado. Nos anos anteriores, as expansões foram de 3,78% (2013), 4,75% (2012); 6,86% (2011) e 10% (2010), de acordo com os registros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). O resultado leva em conta as vendas parceladas realizadas na semana que antecede o Dia dos Pais, entre 3 e 10 de agosto.
Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a retração das vendas a prazo está sendo sentida pelos varejistas brasileiros, que no primeiro semestre de 2014, amargaram desacelerações em todas as datas comemorativas.
"Este ano a expectativa é de um crescimento de 1%. Apesar do incremento, estamos projetando um quarto do desempenho que tivemos no ano passado. Fatores como a alta dos juros, que encarece o crédito, e a inflação elevada, que corrói o salário do consumidor, são determinantes para deixar o brasileiro mais cauteloso", explica Pellizzaro.
Comemorado no segundo domingo do mês de agosto, o Dia dos Pais tradicionalmente movimenta os setores de vestuário, calçados, eletrônicos, bebidas e perfumaria.
Fonte: Portal Adjori /SC – 23-07
Brasileiros pagaram R$ 579 bilhões em impostos e tributos no primeiro semestre
Em junho, arrecadação foi de R$ 91,4 bilhões, alta de 0,13% em relação a junho de 2013; resultado fraco fez Receita rever projeção de crescimento no ano para 2%
BRASÍLIA - Somente no primeiro semestre, os brasileiros pagaram R$ 578,594 bilhões em impostos e tributos ao governo. Segundo a Receita Federal, o valor representa uma alta real (com correção da inflação pelo IPCA) de 0,28% em relação ao mesmo período de 2013.
Apesar da fraca alta em relação ao primeiro semestre de 2013, a arrecadação do período foi recorde. Nos seis primeiros meses do ano passado, quando somou R$ 543,98 bilhões, o valor já havia sido recorde.
Em junho, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 91,387 bilhões, uma alta real de 0,13% ante junho do ano passado. Em relação a maio deste ano, a arrecadação apresentou uma alta real de 3,56%.
O resultado de junho ficou dentro do intervalo encontrado na pesquisa realizada pela Agência Estado com o mercado financeiro e acima da mediana. De acordo com o levantamento, as expectativas indicavam um resultado de arrecadação entre R$ 88,700 bilhões e R$ 94,6 bilhões, com mediana de R$ 90,228 bilhões.
A arrecadação das chamadas receitas administradas pela Receita Federal somou R$ 89,214 bilhões em junho. As demais receitas (taxas e contribuições recolhidas por outros órgãos) foram de R$ 2,173 bilhões.
A queda de 0,20% das receitas administradas em junho em relação a junho de 2013 é resultado de um volume maior de desonerações tributárias e da retirada do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins-importação e de uma base de comparação inflada em R$ 1 bilhão porque houve uma arrecadação extraordinária no item depósitos judiciais em junho do ano passado. Esses são os fatores apontados pela Receita Federal em seu relatório de arrecadação divulgado há pouco.
No entanto, a arrecadação de impostos e contribuições federais voltou a frustrar as expectativas do governo no mês passado, aumentando as dificuldade do governo para o cumprimento da meta fiscal deste ano. A Receita Federal está agora investigando os motivos de a arrecadação ter ficado abaixo das projeções para o mês, segundo fontes do Ministério da Fazenda.
Crescimento menor. No mês passado, diante de um desempenho fraco, a Receita reduziu de 3% para 2% a previsão de crescimento da arrecadação no ano. Até maio, a arrecadação registrava um crescimento de 0,31%. Em maio, a arrecadação somou R$ 87,897 bilhões e despencou 17,37% ante abril e 5,95% ante maio do ano passado.
"Vamos manter previsão em torno de 2%, considerando ingressos esperados no Refis", afirmou Nunes. No relatório divulgado ontem pelo governo federal, a estimativa da equipe econômica para a arrecadação com o Refis neste ano é de R$ 18 bilhões. No relatório anterior, entretanto, a previsão era de R$ 12,5 bilhões.
Desonerações. A renúncia fiscal com desonerações tributárias somou R$ 50,705 bilhões no primeiro semestre de 2014. O valor é 42,88% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a renúncia foi de R$ 35,488 bilhões.
A folha de salários responde, no acumulado de janeiro a junho deste ano, por R$ 9,318 bilhões das desonerações. Outros R$ 4,665 bilhões são referentes à desoneração da cesta básica. A categoria "outros" responde por uma renúncia de R$ 32,166 bilhões.
Só em junho deste ano, a renúncia total foi de R$ 8,545 bilhões, um número que é 27,77% maior que os R$ 6,688 bilhões registrados no mesmo mês de 2013. A desoneração referente à folha de salários somou R$ 1,478 bilhão em junho de 2014 e a categoria "outros", R$ 6,324 bilhões em renúncia no mês passado.
Fonte: O Estado de São Paulo – 24-07
Alta das vendas no Dia dos Pais deve ser a menor em 5 anos
Segundo o SPC Brasil e a CNDL, a estimativa é de incremento de apenas 1% na comparação com as vendas do ano passado, quando houve crescimento de 3,78%
Comércio registrou desaceleração das vendas a prazo em todas as datas comemorativas do 1º semestre
SÃO PAULO - As vendas do comércio varejista no Dia dos Pais neste ano devem registrar a alta menos expressiva dos últimos cinco anos, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). A estimativa das instituições é de incremento de apenas 1% na comparação com as vendas do ano passado, quando houve crescimento de 3,78% sobre o ano anterior.
Na mesma base comparativa, as altas foram de 4,75% em 2012, de 6,86% em 2011 e de 10% em 2010. O resultado considera as vendas parceladas realizadas na semana que antecede o Dia dos Pais, entre 3 e 10 de agosto.
Em nota, o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, afirma que o comércio varejista brasileiro registrou desaceleração das vendas a prazo em todas as datas comemorativas do primeiro semestre de 2014. "Fatores como a alta dos juros, que encarece o crédito, e a inflação elevada, que corrói o salário do consumidor, são determinantes para deixar o brasileiro mais cauteloso", explica.
A CNDL destaca que o Dia dos Pais tradicionalmente movimenta os setores de vestuário, calçados, eletrônicos, bebidas e perfumaria.
Fonte: O Estado de São Paulo – 24-07
Demanda das empresas por crédito cai 8,6% em junho, aponta Serasa
De acordo com economistas, a queda na demanda é reflexo da Copa do Mundo no Brasil; juro elevado e atividade fraca também estão influenciando baixo interesse
SÃO PAULO - O Indicador de Demanda das Empresas por Crédito recuou 8,6% em junho na comparação com maio, na série sem ajuste sazonal. Ainda segundo a Serasa Experian, houve também uma diminuição de 3,7% na comparação com o mesmo mês de 2013. Já no acumulado do ano até junho, a demanda das empresas por crédito subiu 2,2% ante o mesmo período de 2013.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a queda na demanda das empresas por crédito é reflexo da realização da Copa do Mundo no Brasil, "com a decretação de feriados em várias localidades e datas distintas", dizem. "Além disto, os juros elevados e o baixo dinamismo da economia produziram um quadro de fraco desempenho da busca empresarial por crédito no primeiro semestre de 2014".
Porte. As micro e pequenas empresas foram as que apresentaram a diminuição na procura por recursos de maneira mais intensa. A redução foi de 9,0% na margem, ao passo que o ritmo de queda foi de 3,6% entre as médias empresas e a redução foi de 0,9% nas grandes firmas.
No acumulado dos seis primeiros meses do ano ante igual período de 2013, o cenário é diferente. As grandes empresas lideram o aumento na procura por crédito, com incremento de 9,3%. O crescimento entre as micro e pequenas empresas foi menor, de 2,4%, e, entre as companhias de médio porte, houve queda de 2,6% na demanda por crédito no primeiro semestre de 2014 ante o mesmo período do ano passado.
Setor. O setor de serviços liderou a redução na busca por crédito em junho ante maio (-11,9%), seguido pelo comércio (-8,1%). Apenas a indústria registrou aumento na demanda por crédito no período (2,6%).
No acumulado do primeiro semestre, a indústria aparece em primeiro lugar na lista, com alta de 7,8% na procura por crédito por parte das empresas, seguida pelo setor de serviços (4,2%). Na comparação com os seis primeiros meses de 2013, houve queda do indicador apenas no comércio (-1,0%).
Região. Na abertura dos dados da Serasa Experian, houve queda na demanda por crédito em todas as regiões do País na passagem de maio para junho. O recuo mais expressivo, de 12,6%, foi registrado no Nordeste. No Sudeste a queda foi de 9,0%, no Norte, de 8,2%, no Centro-Oeste, de 7,2%, e de 5,0% no Sul.
De janeiro e junho de 2014, o Centro-Oeste lidera a lista de demanda das empresas por crédito com aumento de 8,0% sobre o mesmo período de 2013. Na comparação com o primeiro semestre do ano passado, o Norte registrou aumento de 7,6%, o Nordeste, de 4,1%, o Sul de 1,1% e a região Sudeste teve o aumento menos expressivo, de 0,5%.
Fonte: O Estado de São Paulo – 24-07
BC sinaliza que não vai reduzir Selic e vê inflação maior, mostra ata do Copom
Ao mesmo tempo em que piorou suas projeções de inflação para este e o próximo ano, o Banco Central sinalizou nesta quinta-feira que a inflação tende a entrar em convergência para a meta num cenário de política monetária que não inclui redução da Selic.
O BC avaliou que a inflação continuará resistente nos próximos trimestres mas que, mantidas as condições monetárias "isto é, levando em conta estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária", ela tende a ir para a trajetória de convergência à meta "nos trimestres finais do horizonte de projeção", mostrou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta quinta-feira.
A explicação mais explícita sobre o "instrumento de política monetária" não havia sido citada pelo BC ainda. Na semana passada, decidiu manter a Selic em 11 por cento ao ano pela segunda vez seguida, mas surpreendeu uma parte dos agentes econômicos por não retirar a expressão "neste momento" para explicar sua decisão. Com isso, avaliaram os especialistas naquele momento, teria deixado a porta aberta para qualquer movimento futuro da política monetária, inclusive para voltar a reduzir a taxa básica de juros mesmo com a inflação com sério risco de estourar o teto da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Isso porque a atividade econômica tem dado sucessivos sinais de perda de fôlego e juros elevados têm potencial para piorar ainda mais esse cenário, encarecendo os empréstimos e, consequentemente, o consumo.
Essa visão de corte da Selic perdeu força, com as avaliações de que o BC estaria mais preocupado com a pressão sobre os preços. Pesquisa Focus do próprio BC com economistas mostra que, na mediana das projeções, a perspectiva é de a Selic fechar este ano em 11 por cento e, em 2015, a 12 por cento. Em seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado há cerca de um mês, o BC passou a ver chances praticamente iguais de a inflação estourar a meta em 2014. Inflação alta e baixo crescimento econômico têm abalado a confiança na economia e contribuído para quedas na popularidade da presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição em outubro. Nos 12 meses até junho, o IPCA acumula alta de 6,52 por cento, já acima do teto da meta.
INFLAÇÃO MAIS ALTA
Na ata, o BC também piorou seu cenário sobre o comportamento dos preços. Pelo cenário de referência (Selic a 11 por cento e dólar 2,20 reais), a projeção para a inflação de 2014 e de 2015 foi elevada sobre o valor do documento anterior e permanece acima do centro da meta.
O BC também passou a ver mais alta nos preços das tarifas de energia elétrica neste ano, a 14 por cento, frente aos 11,5 por cento até então. Ao mesmo tempo, passou a ver menor redução nos preços de telefonia fixa, a 3,8 por cento, ante 4,2 por cento. No geral, manteve em 5 por cento suas contas para a alta nos preços administrados.
Fonte: O Estado de São Paulo – 24-07
FGV: IPC-S cai em seis de sete capitais na 3a. quadrissemana do mês
O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) registrou taxas menores em seis de sete capitais na terceira quadrissemana de julho, na comparação com a segunda, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No período, Porto Alegre foi a capital a ter a taxa mais baixa: deflação de 0,20%, após queda de 0,09% na quadrissemana anterior. Salvador foi a capital a registrar a maior desaceleração. Ali, o IPC-S saiu de alta de 0,13% para queda de 0,16%.
A inflação cedeu em outras quatro capitais: Brasília (de 0,36% para 0,19%), Belo Horizonte (de 0,15% para 0,10%), Recife (de 0,30% para 0,24%) e Rio de Janeiro (de 0,45% para 0,35%).
São Paulo foi a única cidade a ter inflação mais alta, de 0,33% para 0,37%. Ali, o IPC-S foi pressionado pelo aumento da tarifa de eletricidade residencial, que saiu de alta de 6,17% para avanço de 9,59% da segunda para a terceira quadrissemana de julho. Esse aumento reflete o reajuste de cerca de 18% aplicado pela Eletropaulo às contas de luz.
Na média das sete capitais, a alta do IPC-S desacelerou de 0,24% para 0,16% no período.
Fonte: Valor Econômico – 24-07
Serasa Experian: Inadimplência com cheques cai a 1,92% em junho
SÃO PAULO - A inadimplência com cheques caiu a 1,92% em junho, de 2,17% em maio e 1,94% no mesmo período em 2013, de acordo com dados nacionais da Serasa Experian. Na média do primeiro semestre, o percentual de cheques devolvidos por falta de fundos leve ligeira alta para 2,09%, de 2,08% no mesmo período do ano passado.
De acordo com a Serasa, a queda em junho deve-se à sazonalidade, pois em maio geralmente a devolução de cheques é maior, acompanhando o aumento das vendas relacionadas ao Dia das Mães. Já o aumento no semestre, ainda que pequeno, é fruto da deterioração das condições macroeconômicas, notadamente inflação elevada, juros altos e o baixo dinamismo da atividade econômica.
Roraima liderou o ranking estadual dos cheques sem fundos nos primeiros seis meses de 2014, com 11,94% de devoluções. O Amazonas, por sua vez, foi o Estado com o menor percentual (1,16%). Em São Paulo, o percentual foi de 1,47%.
Fonte: Valor Econômico – 24-07
Onde o varejo cresce
Entenda a nova dinâmica do setor que mais emprega no Brasil — e saiba como fazer parte dele
Loja da Riachuelo na rua Oscar Freire
Loja da Riachuelo na rua Oscar Freire, em São Paulo: a rede lança 35.000 produtos por ano
São Paulo - O empresário Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, costuma afirmar que esta é a “década do varejo”. De fato, os varejistas têm os números a seu lado. No Brasil, um em cada quatro empregos criados por empresas privadas está nesse setor. Só neste ano, mais de 350.000 vagas serão abertas no varejo.
“Nos anos 80 e 90, os principais empregadores estavam na indústria. Naquela época, uma montadora empregava mais do que as 60 maiores empresas de varejo. Hoje, a maior varejista emprega mais do que todas as montadoras juntas”, diz Flávio. O empresário se refere ao Grupo Pão de Açúcar, controlador da Via Varejo — empresa que surgiu da fusão entre Casas Bahia e Pontofrio —, que contabiliza 160.000 funcionários.
O principal fator por trás da virada do comércio sobre a indústria foi a entrada de 35 milhões de brasileiros na classe média nos últimos dez anos — e o aumento de seu poder de consumo. Para atrair talentos para o varejo, as empresas têm acenado com oportunidades de crescimento. Mas exigem vocação e habilidades bem específicas.
“Não basta estudar nas melhores faculdades e ter MBA. Os recrutadores dão preferência a profissionais que gostam de gente e entendem a cabeça dos novos consumidores”, diz Renato Meirelles, do instituto Data Popular. Você conhecerá as três áreas mais dinâmicas do varejo e o perfil profissional que as empresas buscam.
Com que roupa eu vou?
Quando a rede americana Forever 21 abriu sua primeira unidade em São Paulo, em março, os lojistas providenciaram lanches e bebidas para quem tivesse de esperar do lado de fora por muito tempo. A precaução não foi em vão: alguns consumidores enfrentaram até 3 horas de fila para experimentar as blusas da marca, especialista em traduzir a moda das passarelas para o consumidor a um baixo custo.
O interesse por esse tipo de produto é explicado pelo maior acesso à informação sobre moda. “Dez, 20 anos atrás, quem tinha informação de moda era quem comprava revistas, viajava para fora do país, acompanhava os desfiles. Hoje, com a internet, qualquer um pode assistir ao desfile da Chanel em Paris em tempo real”, diz Elio França, diretor de operações da C&A.
“Os nossos clientes estão cada vez mais exigentes. Para não perdê-los, precisamos fazer mudanças constantes”, afirma Flávio, da Riachuelo. Para atender a essa expectativa, as apostas são variadas. Só a Riachuelo lança 100 produtos novos todos os dias. São mais de 35.000 itens por ano, com tempo de reposição curtíssimo. Entre a aprovação do desenho de uma peça, a fabricação e a chegada à loja passam-se apenas dez dias.
A rede também inaugurou duas lojas-conceito em São Paulo (a segunda em maio) e lançou coleções com Oskar Metsavaht, Cris Barros e Pedro Lourenço. Já a C&A criou as Collections, parcerias entre a varejista e estilistas famosos. Foram mais de 30 coleções com profissionais como Stella McCartney, Francisco Costa e Adriana Barra.
A gaúcha Renner, por sua vez, vai reestruturar sua marca e abriu, no ano passado, uma nova rede, voltada para os jovens: a Youcom, que já tem 20 lojas próprias e ganhará outras 20 até o fim do ano. “Queremos chegar a 2021 com 300 lojas da Youcom e 408 da Renner”, diz Clarice Costa, do RH da Renner.
O crescimento dessas redes, a abertura de quatro novas lojas da Forever 21 e a possível vinda da sueca H&M refletem o fato de o Brasil ser hoje o oitavo maior mercado de moda do mundo, com um crescimento de 287% nos últimos dez anos. Só no ano passado, o segmento movimentou 188 bilhões de reais. Tanta atividade puxa contratações em áreas como moda, logística e expansão.
Uma das que ingressaram nesse mercado é a paulistana Camila de Paula Souza, de 36 anos. Formada em moda pela Anhembi Morumbi, ela trabalha na área de desenvolvimento de produto da C&A e viaja várias vezes ao ano dentro e fora do país em busca de novidades. “Para quem está começando na moda, o varejo é uma área com muitas oportunidades”, diz Camila.
Apesar do bom momento, os empresários reclamam da burocracia, que limita o crescimento do segmento. “O cenário está mais favorável, mas falta uma melhora no ambiente de negócios. As empresas estrangeiras demoraram para chegar por causa do labirinto jurídico e tributário que existe aqui”, afirma Flávio.
A Via Varejo, empresa resultante da fusão das operações do Pontofrio com as da Casas Bahia, abrirá 210 lojas até 2016 — 48 delas na Região Nordeste. Ao lado da expansão do escritório da companhia, que deve aumentar seu quadro em cerca de 500 profissionais administrativos, de marketing e comércio digital, serão 2.000 contratações por ano.
“Estamos vivendo um momento de consolidação. Passamos por uma reorganização societária e estamos renovando nosso quadro, com uma liderança com estilo jovem, mais focada em tecnologia”, diz Paulo Naliato, diretor executivo de RH da Via Varejo. No Magazine Luiza também há planos para contratar.
“O maior número de contratações é para as lojas”, diz Telma Rodrigues, diretora de gestão de pessoas do Magazine Luiza. Mas a maior dificuldade é encontrar especialistas em e-commerce. “Esse é um segmento novo, com profissionais jovens, interessados em empreender. As startups também competem por eles”, afirma Telma.
Demanda sem remédio
No ano passado, o mercado de medicamentos vendeu o equivalente a 58 bilhões de reais, e deve crescer mais 16,7% em 2014, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). É natural, portanto, que as maiores redes do Brasil acompanhem a demanda, abrindo unidades.
Neste ano, uma nova drogaria será aberta todos os dias. E, para cada uma delas, são necessários dois farmacêuticos — ou cinco, nas lojas 24 horas. Considerando que há um déficit de 30.000 profissionais da área, de acordo com pesquisa do Instituto de Pós-Graduação para Farmacêuticos, o momento é favorável para quem escolheu essa carreira. Há ainda uma distribuição irregular desses profissionais.
“Hoje, há cerca de 350 cursos de farmácia no Brasil, mas 80 deles estão em São Paulo”, diz a professora Vladi Olga Consiglieri, do Departamento de Farmácia da Universidade de São Paulo.
Para corrigir esse déficit e manter o ritmo de expansão, algumas empresas oferecem um pacote de migração que inclui pagamento da hospedagem nos três primeiros meses e incentivos financeiros aos profissionais dispostos a se mudar.
Os estados que mais sofrem com a falta dessa mão de obra ficam nas regiões Norte e Nordeste. No Piauí, por exemplo, há mais de 900 drogarias sem o profissional responsável. Lá, há um farmacêutico para cada 4.340 habitantes. Já no Espírito Santo, estado com maior proporção desse profissional, há um para cada 670 habitantes.
Outro obstáculo para as contratações no setor é a perda da mão de obra para a indústria bioquímica. Enquanto isso, as redes de drogarias não param de crescer. Só a cearense Pague Menos, presidida por seu fundador, Deusmar Queirós, abrirá 80 pontos de venda, todos próprios. Ele pretende chegar a 1.000 unidades, em todos os estados brasileiros, nos próximos três anos.
“Além dos farmacêuticos, esse crescimento, logicamente, afeta outras áreas da empresa. Vou precisar aumentar meu time de expansão, de operações, de compras e os 37 escritórios regionais”, afirma Deusmar. A RaiaDrogasil, fruto da fusão que deu origem à maior rede de farmácias do país, pretende abrir cerca de 130 unidades — de 30 a 40 delas serão instaladas na Região Nordeste.
Outras redes passam por uma fase de consolidação. A Extrafarma, originária das regiões Norte e Nordeste, foi adquirida no ano passado pela Ultra, empresa de combustíveis e gás de cozinha. Também em 2013, a CVS Caremark, maior grupo de varejo farmacêutico dos Estados Unidos — com 7.500 unidades naquele país —, comprou 80% das 44 lojas da Onofre.
Agora, nos planos da rede está incluída a inauguração de 28 unidades até 2015. Mas a expansão do grupo no Brasil não para por aí. De acordo com as informações veiculadas na imprensa, a rede negocia, em segredo, a compra da Drogarias DPSP, que conta com 722 unidades espalhadas por todo o Brasil — um negócio de 4,5 bilhões de reais.
Fonte: Revista Exame – 24-07
Movimento no varejo cresceu 5,4% no semestre
São Paulo - O movimento no comércio varejista do País registrou elevação de 5,4% no primeiro semestre de 2014 na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), nesta quarta-feira, 23.
O resultado de junho em relação a maio registrou recuo de 0,1% e, sobre junho de 2013, houve retração de 0,2%.
A alta acumulada em 12 meses passou de 3,9% em maio para 3,8% em junho. De acordo com os economistas da instituição, a expectativa é de que o crescimento do varejo neste ano fique próximo ao do ano passado.
Entre os setores avaliados o destaque em junho foi o de Móveis e Eletrodomésticos, que registrou alta de 4,2% na margem, na série sem ajuste sazonal.
No acumulado em 12 meses houve expansão de 5,9% no segmento, enquanto na comparação com junho de 2013 a variação foi negativa em 6,3%.
O setor de Supermercados, Alimentos e Bebidas caiu 1,2% em junho, na série dessazonalizada. No acumulado em 12 meses houve alta de 2,3% e, em relação ao mesmo mês de 2013, o acréscimo foi de 2,7%.
Já o setor de Combustíveis e Lubrificantes registrou queda de 1,6% na variação mensal dos dados com ajuste sazonal e o segmento de Tecidos, Vestuários e Calçados apresentou redução de 1,0% na margem.
Fonte: Portal Varejista – 24-07
Micro e pequenas empresas geram 27% do PIB do Brasil
Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País representam 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos.
Os dados inéditos são revelados pelo presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “O empreendedorismo vem crescendo muito no Brasil nos últimos anos e é fundamental que cresça não apenas a quantidade de empresas, mas a participação delas na economia”, afirma Barretto.
Em 1985, o IBGE calculou em 21% a participação dos pequenos negócios no PIB brasileiro. Como não havia uma atualização desse indicador desde então, o Sebrae contratou a Fundação Getúlio Vargas para avaliar a evolução das micro e pequenas empresas na economia brasileira, com a mesma metodologia utilizada anteriormente. Em 2001, o percentual cresceu para 23,2% e, em 2011, atingiu 27%.
Em valores absolutos, a produção gerada pelas micro e pequenas empresas quadruplicou em dez anos, saltando de R$ 144 bilhões em 2001 para R$ 599 bilhões em 2011, em valores da época.
Os valores foram apurados até 2011 para manter a mesma forma de cálculo considerando os dados do IBGE disponíveis sobre os pequenos negócios. A apuração foi feita com a soma das riquezas geradas por empresas de todos os portes nos setores de Comércio, Indústria, Serviços e Agroindústria – exceto o setor público e as intermediações financeiras, uma vez que não há micro e pequenas empresas nestes setores.
As micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza no Comércio no Brasil, já que respondem por 53,4% do PIB deste setor. No PIB da Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor de Serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios.
“Os dados demonstram a importância de incentivar e qualificar os empreendimentos de menor porte, inclusive os Microempreendedores Individuais. Isoladamente, uma empresa representa pouco. Mas juntas, elas são decisivas para a economia”, considera Barretto, lembrando que os pequenos negócios também empregam 52% da mão de obra formal no País e respondem por 40% da massa salarial brasileira.
Segundo ele, os principais motivos para o bom desempenho dos pequenos negócios na economia brasileira são a melhoria do ambiente de negócios (em especial após a criação do Supersimples que reduziu os impostos e unificou oito tributos em um único boleto), o aumento da escolaridade da população e a ampliação do mercado consumidor, com o crescimento da classe média.
“Esses três fatores têm motivado o brasileiro a empreender por oportunidade e não mais por necessidade. Antes as pessoas abriam um negócio próprio quando não encontravam emprego. Hoje, de sete a cada 10 pessoas iniciam um empreendimento por identificar uma demanda no mercado, o que gera empresas mais planejadas e com melhores chances de crescer”, avalia o presidente do Sebrae.
Pequenos negócios na economia brasileira:
27% do PIB
52% dos empregos com carteira assinada
40% dos salários pagos
8,9 milhões de micro e pequenas empresas
Fonte: Portal Gouvêa de Souza – 24-07
Consumidores esperam inflação de 7,2% nos próximos 12 meses, diz FGV
Pesquisa de julho mostra leve queda frente aos 7,4% esperados em junho.
Queda reflete redução vista nos itens de alimentação, segundo economista.
A expectativa dos consumidores para a inflação teve leve queda em julho, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com o levantamento, a inflação deve ficar em 7,2% nos próximos 12 meses – em junho, os consumidores esperavam uma alta de 7,4% nos preços.
A redução nas estimativas foram influenciadas pelas mudanças nas previsões dos consumidores de classes de renda mais baixas. Entre os consumidores com renda familiar até R$ 2,1 mil, a expectativa foi reduzida de 7,9% para 7,6%. Entre os que têm renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, passou de 7,7% para 7,3%. Nas demais faixas de renda, as estimativas foram mantidas: em 7,1% entre os consumidores com renda familiar entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, e em 7% para renda acima de R$ 9,6 mil.
Em nota, o economista Angelo Polydoro, da FGV/Ibre, aponta que a a queda do indicador reflete a redução observada nos itens da alimentação. "Contudo, espera-se uma continuidade da expectativa de inflação em patamares elevados no curto prazo”.
Fonte: G1 Economia – 24-07