Clipping Diário - 24/03/2017
Publicado em 24/03/2017
Clipping Diário - 24/03/2017
Sexta-feira - 24/03
CDL
Floripa News
Geral
Fonte: Notícias do Dia
Médica denuncia venda de atestados falsos em Florianópolis
A médica Mirella Fabiano de Mello está preocupada com a quantidade de atestados médicos falsos, emitidos no nome dela, que circulam em Florianópolis. Ela investigou por conta própria e descobriu que o golpe está sendo praticado por um vigilante. Ele vende cada atestado por R$ 60.
Mirella constatou que pelo menos 15 pessoas, entre homens e mulheres, apresentaram o “documento frio” nas empresas onde trabalham para justificar a falta. “Isto é um absurdo. Estudei muito, inclusive com especialização no exterior, e não posso admitir esta situação. Lutarei até o fim para que tudo seja esclarecido”, disse. A médica enviou declaração às firmas que receberam atestados falsos para que os funcionários sejam demitidos por justa causa.
O primeiro boletim de ocorrência foi registrado por um supermercado em Capoeiras, na 4ª Delegacia de Polícia do bairro Coqueiros. O delegado Ilson da Silva instaurou inquérito policial e ouviu diversas testemunhas. Ele deixou para interrogar o vigilante ao final da investigação, após todos os envolvidos (quem comprou e as empresas lesadas) serem ouvidos na polícia.
O golpe veio à tona quando a gerência de um supermercado telefonou para a médica questionando alguns atestados em nome dela, cuja origem era o hospital Celso Ramos. Como ela nunca trabalhou lá, começou a investigar antes de ir à polícia. “Descobri que o suspeito que vende o atestado havia terminado com a namorada e como vingança ela o denunciou”, contou.
Os golpes começaram em julho do ano passado. Para evitar mais transtornos, a médica enviou correspondência à Câmara de Dirigentes Lojistas, Associação Comercial e Industrial de Florianópolis e demais representações patronais informando a circulação de atestados falsos em nome dela.
Fonte: Notícias do Dia
Onze países ainda têm restrições à carne brasileira, diz Ministério da Agricultura
Onze países ainda estão impondo restrições à entrada de qualquer tipo de carne do Brasil, informou o ministério da Agricultura na tarde desta quinta-feira (11).
O número é muito superior ao divulgado no dia anterior pelo ministro da pasta, Blairo Maggi. Em depoimento ao Senado, ele informou que apenas China e Hong Kong ainda estavam restringindo a entrada de qualquer carne brasileira.
A informação repassada pelo ministro aos senadores foi que todos os outros países haviam aceitado as explicações do governo brasileiro e restringido apenas a entrada de produtos de 21 frigoríficos que foram interditados ou tiveram suas licenças para exportar suspensas pelo próprio governo do Brasil após o início da Operação Carne Fraca. Essas 21 plantas tinham exportado menos de 1% dos produtos brasileiros em 2016.
Mas, em comunicado nesta tarde, a assessoria de imprensa do ministério da Agricultura divulgou uma lista com 11 países para onde as exportações ainda estão suspensas, nove além de China e Hong Kong. As informações são do grupo interministerial criado para acompanhar a crise e são atualizadas com dados oficiais de países importadores ou de embaixadas do Brasil.
As exportações para Chile, Argélia, Jamaica, Trinidad e Tobago, Panamá, Qatar, México, Bahamas e São Vicente e Granadina também permanecem com diferentes estágios de restrição.
Jamaica, Trinidad e São Vicente estão fazendo recall dos produtos brasileiros, além de suspender novas compras. O México, que compra frango do Brasil, aplicou uma suspensão preventiva. Como China, o Qatar está inspecionando no porto toda a carne enviada do Brasil para o país.
Até mesmo o Chile, país que o ministro Maggi chegou a ameaçar com retaliação comercial caso houvesse bloqueio à carne brasileira, está mantendo a suspensão temporária, situação que é classificada pelo governo brasileiro da mesma forma que a de Hong Kong.
De acordo com os dados do ministério, outros 14 países importadores já teriam aceitado as explicações e revisto suspensões e bloqueios, entre eles a União Europeia e os EUA. Os americanos decidiram tomar medidas adicionais de controle das carnes importadas do Brasil.
Para tentar evitar maiores estragos às exportações brasileiras, que caíram para uma média diária equivalente a perto de 0,1% do valor de antes da Operação, o ministro deu entrevista pela manhã à jornalistas estrangeiros e depois seguiu para Rio Verde (GO) onde visitou um frigorífico com integrantes do governo chinês da área de inspeção sanitária e jornalistas do país.
Fonte: Folha
Por austeridade, Brasil vota contra resolução de direitos humanos na ONU
O Brasil votou contra uma resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU que renovava o mandato da ONU (Organização das Nações Unidas) para monitorar os impactos das políticas fiscais sobre os direitos humanos, argumentando que a medida é contrária às reformas econômicas do governo.
O voto foi uma mudança brusca de posicionamento, já que o Brasil não costuma votar contra resoluções no conselho, no máximo se abstém, e já havia apoiado essa mesma resolução quando ela foi apresentada em 2008, 2011 e 2014.
A resolução critica especificamente programas de austeridade fiscal como aqueles que estão sendo implementados no Brasil. "Programas de reforma estrutural e condicionalidades limitam gastos do governo, estabelecem tetos de gastos e não dão atenção adequada à oferta de serviços sociais, e apenas alguns poucos países conseguem atingir uma taxa de crescimento mais alta e sustentável com esses programas."
O Planalto já tinha se irritado com a ONU em dezembro, quando o relator Philip Alston afirmou que a PEC que limita gastos públicos nos próximos 20 anos "é inteiramente incompatível com as obrigações do país em direitos
humanos".
"O efeito principal e inevitável da emenda, que visa a congelar o orçamento para mostrar austeridade fiscal, será prejudicar os pobres pelas próximas décadas", disse Alston, afirmando que a legislação irá resultar em gastos reduzidos em saúde, educação e previdência.
Ao explicar o voto contra a resolução, a representante do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, defendeu longamente as políticas de austeridade propostas pelo governo Temer e criticou as gestões petistas.
"A resolução é contrária aos principais elementos da política econômica atual no Brasil, particularmente nossos esforços para retomar equilíbrio fiscal e, dessa maneira, preservar as políticas sociais do país", disse ela. Segundo Azevedo, o texto aborda questões cruciais de forma "desequilibrada e parcial".
A embaixadora se queixou de que Cuba, que propôs a resolução, não havia incorporado sugestões do Brasil.
"Acreditamos que os Estados podem implementar reformas estruturais que sejam compatíveis com o objetivo de melhorar os serviços sociais, mas a resolução não reconhece isso."
Em sua resposta diante de representantes na ONU de diversos países, a embaixadora se lançou em uma vigorosa defesa das políticas do atual governo.
"Apesar da mais séria recessão econômica já registrada na história do país, o Brasil tem conseguido achar seu caminho para a recuperação. Nos 9 meses do governo Temer, medidas importantes foram aprovadas, outras reformas estão em discussão, todas com o objetivo de preservar as políticas sociais e proteger os direitos à educação, saúde, moradia", disse.
E criticou as gestões anteriores. "O aumento dos gastos públicos para os níveis registrados nos últimos anos não vai garantir progresso social no Brasil, ao contrário, ele não é sustentável e teria efeitos desastrosos para a economia, que poderiam ameaçar os avanços sociais que buscamos."
Apesar da oposição brasileira, a resolução foi aprovada com 31 votos a favor e 16 contra. O voto brasileiro significou também uma ruptura com as nações do "sul geopolítico", que votaram em bloco a favor da resolução.
O Brasil se alinhou a países como Estados Unidos e Reino Unido, cujo representante afirmou que o conselho de direitos humanos não é o lugar correto para se discutir dívida externa.
"Foi uma tentativa fracassada do Brasil de minar a capacidade da ONU de monitorar os efeitos de reformas econômicas e fiscais sobre os direitos humanos", disse Camila Asano, coordenadora de Política externa da Conectas.
A resolução determina que um relator da ONU irá avaliar os impactos das reformas econômicas sobre os direitos humanos e organizar consultas de especialistas. A embaixadora se opôs a essa avaliação, dizendo que ultrapassa o mandato do conselho de direitos humanos da ONU.
ITAMARATY
Em nota, o Itamaraty afirmou que propôs modificações ao projeto de resolução proposto por Cuba, mas as sugestões não foram aceitas. Segundo pessoas que acompanharam a decisão, o governo brasileiro considerou que o parágrafo 2 da resolução questiona a política fiscal do governo brasileiro, portanto é inaceitável.
O trecho critica "programas de reforma estrutural" que estabelecem "tetos de gastos e não dão atenção adequada aos serviços sociais".
Esse mesmo parágrafo, ipsis litteris, estava na resolução de 2014 que foi aprovada pelo governo brasileiro.
"A resolução deixa de reconhecer que há uma variedade de políticas pelas quais os países podem implementar reformas estruturais, desde que levem em consideração a promoção e proteção dos direitos humanos, garantindo o suprimento de serviços sociais e a capacidade de manter padrão de crescimento sustentável", diz a nota do ministério.
"Ao invés disso, o texto da resolução valese de linguagem restritiva para caracterizar qualquer programa de reformas estruturais como limitador do gasto público e da atenção adequada à provisão de serviços sociais."
O Itamaraty ressaltou que estará aberto a eventuais visitas do relator da ONU, cujo trabalho de monitoração dos efeitos das políticas fiscais está previsto na resolução. O ministério afirmou que mantém o "apoio ao sistema internacional de direitos humanos" e está aberto a visitas ao país de todos os relatores especiais da comissão.
Fonte: Notícias do Dia
Seis pontos fundamentais para entender as mudanças na terceirização do trabalho
A Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira (22) o Projeto de Lei 4.302/1998 que libera a terceirização para todas as atividades das empresas. A terceirização é quando uma empresa contrata outra para prestar determinados serviços. O texto aguarda agora sanção do presidente Michel Temer para entrar em vigor. Saiba o que prevê o projeto aprovado.
1 - Atividade-fim
Empresas poderão contratar trabalhadores terceirizados para exercerem cargos na atividade-fim, ou seja, as principais atividades da empresa. Hoje, não existe uma legislação específica sobre a terceirização.
Decisões da Justiça do Trabalho determinam que a terceirização é permitida apenas para as chamadas atividades-meio, ou seja, funções secundárias que não estão diretamente ligadas ao objetivo principal da empresa, como serviços de limpeza e manutenção.
Projeto prevê que a contratação terceirizada de trabalhadores poderá ocorrer sem restrições em empresas privadas e na administração pública.
2 - Temporários
Tempo máximo de contratação de um trabalhador temporário passou de três meses para seis meses. Há previsão de prorrogação por mais 90 dias. Limite poderá ser alterado por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Trabalhador que tiver cumprido todo o período – incluindo com a prorrogação – só poderá ser admitido novamente pela mesma empresa contratante após 90 dias do fim do contrato.
Permite a contratação de trabalhadores temporários para substituir empregados de serviços essenciais que estejam em greve. Fica proibida a contratação de trabalhadores por empresas do mesmo grupo econômico, quando a prestadora de serviço e a empresa contratante têm o mesmo controlador.
3 - “Quarteirização”
Será permitido à empresa de terceirização subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho, que é chamado de “quarteirização”.
4 - Condições de trabalho
É facultativo à empresa contratante oferecer ao terceirizado o mesmo atendimento médico e ambulatorial dado aos seus empregados, incluindo acesso ao refeitório. A empresa é obrigada a garantir segurança, higiene e salubridade a todos os terceirizados.
5 - Causas trabalhistas
Em casos de ações trabalhistas, caberá à empresa terceirizada que contratou o trabalhador pagar os direitos questionados na Justiça, se houver condenação.
Se a terceirizada não tiver dinheiro ou bens para arcar com o pagamento, a empresa contratante dos serviços será acionada e poderá ter bens penhorados pela Justiça para o pagamento da causa trabalhista.
6 - Previdência
Segue as regras já previstas. Com isso, a empresa contratante deverá recolher 11% do salário aos terceirizados para a contribuição previdenciária patronal. E a contratante poderá descontar o percentual do valor pago à empresa terceirizada.
Fonte: Economia SC
Inflação prevista pelos consumidores recua em março
A expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou 0,1 ponto percentual (p.p.) em março, ao passar de 7,6% para 7,5%, retornando ao nível de novembro de 2014. A tendência de queda iniciou-se em fevereiro do ano passado e acumula um recuo de 3,9 p.p. desde o máximo histórico de 11,4% registrado naquele mês. Durante este período, a maior velocidade de queda ocorreu recentemente, nos dois meses entre dezembro de 2016 e fevereiro passado, quando o indicador caiu 1,6 p.p.
“Após uma forte queda das expectativas de inflação, o indicador começa a se estabilizar em um novo patamar. O resultado reflete uma redução do ritmo de desaceleração da inflação acumulada em 12 meses e também a diminuição da intensidade do debate sobre o tema, uma vez que o cenário de convergência da inflação à meta tornou-se mais provável”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE.
Em março de 2017, a proporção de consumidores prevendo inflação abaixo de 6,5% (limite superior do intervalo de tolerância) subiu para 45% do total. Entre as três faixas inferiores, a mais citada foi entre 4,5-5,5%, com um aumento de frequência relativa de 4, 2 p.p. em relação ao mês anterior. A proporção de consumidores indicando uma inflação abaixo da meta também cresceu entre fevereiro e março, de 7,2% para 11,2% do total de entrevistados. No outro extremo, a faixa entre 10 e 12% apresentou o maior recuo entre as faixas superiores, ao passar 8,0% para 5,8%, uma variação de 2,2 p.p.
A inflação prevista acomodou-se nas faixas de renda familiar entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 e entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, permanecendo no nível do mês anterior. A maior evolução ocorreu na faixa de renda superior a R$ 9.600,00 mensais, na qual a mediana recuou 0,4p.p, para 6,0%.
Fonte: Exame
Terceirização: reforma necessária ou precarização do trabalho?
A Câmara dos Deputados aprovou ontem uma lei que amplia as possibilidades de trabalho temporário e permite a terceirização irrestrita.
Para defensores, é um marco da modernização trabalhista no Brasil. Para críticos, é o começo do fim da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
A principal mudança é o fim da distinção entre atividade-meio e atividade-fim. Até hoje, uma súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) definia que as empresas só podiam terceirizar funções de apoio, como segurança e limpeza. Se a lei for sancionada, elas decidem o que terceirizar.
“O mundo mudou: a empresa vencedora no século passado era a vertical, que trazia tudo para dentro. Hoje a empresa vencedora é horizontal, que se insere em cadeias produtivas ou sabe criá-las”, diz Hélio Zylberstajn, professor da FEA-USP.
Um estudo da consultoria Deloitte com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 17 países selecionados verificou que nenhum faz esse tipo de distinção. As entidades empresariais brasileiras são unânimes no apoio à medida.
“O projeto aprovado traz segurança jurídica às relações trabalhistas e poderá evitar discussões judiciais. Além disso, poderá estimular contratações”, diz nota da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O potencial da reforma de leis trabalhistas para gerar empregos também foi apontado recentemente pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O país tem quase 13 milhões de desempregados.
Precarização, rotatividade e informalidade
Outros especialistas temem que a mudança cause uma precarização das relações de trabalho.
“A terceirização incide com mais intensidade sobre os setores historicamente discriminados: mulheres, negros e jovens. Um modelo de flexibilização plena os torna ainda mais vulneráveis do que já são”, diz Marcelo Paixão, economista licenciado da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) atualmente na Universidade de Austin, no Texas.
Segundo números da Central Única de Trabalhadores (CUT), os terceirizados ganham menos, trabalham mais, ficam menos tempo nos empregos e estão mais sujeitos a acidentes de trabalho.
Mas segundo Zylberstajn, essa diferença é fruto da própria distinção atual entre quem pode e não pode ser terceirizado. Na medida em que a terceirização chegar a setores mais nobres, a média vai mudar.
O mesmo debate é se a terceirização pode agravar a rotatividade do trabalhador brasileiro, que já é alta pelo padrão internacional, ou desincentivar a formalização, que crescia intensamente antes da crise.
“Qualquer processo duradouro de ganhos de produtividade exige relações duradouras de trabalho entre os trabalhadores e a empresa. Se ela não tem vínculos duradouros, ela se sente menos estimulado ao treinamento. É um tiro no pé. Estimula as empresas a contratos instáveis e temporários”, diz Paixão.
Para Hélio, não há nada inerente à terceirização que estimule a informalidade ou rotatividade:
“Não foi revogada a CLT. Terceirizado também tem carteira assinada. O tipo de terceirização que se chama de intermediação de mão de obra é uma fraude que continua proibida.”
Dois projetos
O projeto aprovado ontem é de 1998. Ele é bem mais curto e menos detalhado do que outro discutido em 2015, e que agora voltará à pauta segundo o presidente do Senado, Eunício Oliveira.
Caso os dois sejam aprovados, o presidente Michel Temer pode fazer uma combinação de sanções e vetos específicos.
O projeto de 2015 proibia que a empresa contratasse como terceirizado um funcionário que trabalhou nela como CLT nos últimos 12 meses.
Essa restrição não consta na lei aprovada ontem e alguns apontam para o risco de “pejotização”, com perda de arrecadação para o governo e prejuízo sobre a contribuição previdenciária.
Os chamados Empreendedores Individuais contribuem apenas 5% sobre o salário para a Previdência, sem contrapartida do empregador.
Outra diferença é que o projeto de 2015 obrigava o recolhimento antecipado de FGTS e INSS e a retenção dos valores. Não há essa exigência no novo texto, o que para alguns aumenta o risco de calote.
O projeto de 2015 também garante aos terceirizados dos mesmos serviços de alimentação, transporte e atendimento médico dos contratados diretamente, algo que não consta no projeto aprovado ontem.
Fonte: Exame
Com Selic a 9%, poupança voltará a render mais que renda fixa
A previsão de juros básicos de 9% ao ano ou menos no fim deste ano pode ressuscitar as hoje desprezadas cadernetas de poupança.
Com a Selic hoje em 12,25% ao ano, as cadernetas ainda perdem para fundos conservadores, os antigos DI ou Curto Prazo, que tenham taxa de administração de até 3% para prazos mais longos, nos quais o imposto é menor, e de 2% para todos os prazos, estimando um retorno de 7,4% líquidos ao ano para as cadernetas.
Já se o juro cair para 9%, como estimam diversos bancos e analistas, somente fundos com taxa de administração igual ou inferior a 1% ganharão da poupança em todos os prazos. Os com 1,5% de taxa conseguirão superar a poupança em prazos de mais de 2 anos apenas, nos quais o imposto é mais baixo.
Fundos com juros de 9%
O motivo é que quanto menor a taxa de juros, maior o impacto da taxa de administração sobre o rendimento do fundo. A taxa é cobrada pelo banco sobre o patrimônio total, não só sobre a rentabilidade.
Com isso, acaba tendo efeito mais forte quando a taxa de juros é menor. Com o juro de 9%, por exemplo, em um fundo que cobre 3% ao ano, o banco ficará com um terço do ganho da aplicação da carteira, deixando 6% ao ano para o investidor, que terá de pagar ainda imposto de renda sobre o rendimento.
E haverá casos de fundos em que o banco ganhará mais que o aplicador, como nas carteiras que cobram taxas de 4,5%, 5% ou até 5,5% ao ano (confira a tabela com os fundos DI, curto prazo e Renda Fixa abaixo).
O ganho do investidor em fundos também é reduzido pelo imposto de renda, que pode ir de 22,5% até seis meses, 20% de seis meses a um ano, 17,5% de um a dois anos e 15% acima de dois anos. Quanto menor o prazo, maior o imposto e menor o rendimento do fundo.
Já as cadernetas têm a vantagem do rendimento mínimo de 6,17% ao ano sem imposto de renda, mais a taxa referencial (TR).
Considerando uma aplicação que renda o CDI, com a Selic a 9%, uma aplicação de um ano que pagasse 100% do CDI, com imposto de 17,25%, renderia 7,42% líquidos.
Comparando com a caderneta, os juros da poupança, de 6,17% ao ano, equivaleriam a 83% do ganho líquido da Selic, de 7,42%. Isso para os felizardos que conseguissem 100% do CDI, o que não é para qualquer um.
O professor William Eid Junior, da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, fez um cálculo do impacto da queda dos juros nos fundos de investimento.
Ele considerou um fundo com taxa de 1% ao ano e juros de 9% ao ano e imposto de renda pela alíquota mais baixa, de dois anos, ou 15%.
A cobrança da taxa de administração foi estimada pela média do patrimônio, que cresce com os juros, por isso ela é de mais de 1% (1,045%). O resultado final é 6,762% líquidos, pouco acima do juro da poupança, de 6,17%.
A situação muda se o juro básico cair para 8,75% ao ano. Nesse caso, deixa de valer o juro mínimo de 6,17% ao ano e entra em vigor o novo cálculo do rendimento da caderneta, que equivale a 70% da Selic.
É bem provável que o Banco Central (BC) leve em conta esse “desconforto” para os fundos de investimento com a queda da Selic e derrube a taxa de juros para os 8,75%, nível que aciona a mudança de cálculo das cadernetas. Mesmo assim, fundos com taxas acima de 2% continuarão empatando ou perdendo para a caderneta, dependendo do prazo.
Mais cuidado com a renda fixa
Mas não serão apenas os fundos e as cadernetas que sofrerão o impacto da queda do juro básico. Ele obrigará os investidores a tomarem mais cuidado ao investir seu dinheiro, muito mais do que tomam hoje com juros exorbitantes de quase 8% reais ao ano.
Com o ganho menor, quanto menos o investidor tiver de deixar na mão do Leão, melhor. Será mais interessante, portanto, alongar as aplicações para obter alíquotas mais baixas, de 15% ao ano, o que exigirá também um esforço do investidor em separar os recursos de curto, médio e longo prazo.
Aplicações isentas no radar
O aplicador terá então de ser mais seletivo com suas aplicações, escolhendo as que tenham menor taxa de administração, no caso dos fundos mais conservadores de renda fixa, ou procurando as que sejam isentas de imposto de renda, como as LCA e LCI ou os CRI ou CRA ou as debêntures.
Os 70% da Selic oferecidos pelo novo cálculo da poupança podem ser um bom referencial para o investidor pedir nos papéis isentos. E uma LCI mais curta poderá ter um retorno melhor que um fundo de curto prazo.
Outra preocupação será, nas aplicações tributadas, buscar os prazos mais longos para reduzir as alíquotas. Mas será preciso calcular bem os prazos das aplicações, para não ser pego no contrapé e ter de tirar o dinheiro antes da hora da aplicação.
Soluço de baixa inflação?
Há, porém, outro fator a ser levado em conta, que é a sustentação dessa queda de juros. William Eid Junior acha que essa queda atual do IPCA para perto de 4% é mais um “soluço” do que um novo nível para inflação brasileira.
“Por isso, há uma crença generalizada que o juro vai cair, mas eu acho que, se chegar a 9% ao ano, não vai ficar por muito tempo”, diz. Nos primeiros sinais de retomada da economia, os índices tendem a subir e voltar para mais perto de 10%.
Pouca atenção à rentabilidade
Sobre a queda da rentabilidade dos fundos, Eid não espera uma saída forte de recursos. “O investidor brasileiro não está preocupado com rentabilidade”, diz.
E explica: dentro das finanças comportamentais, na pirâmide de investimentos, a base mais larga é simplesmente para proteção contra a pobreza.
Para elas, não importa que a rentabilidade seja baixa. Por isso muita gente investe em imóveis ou poupança mesmo perdendo dinheiro horrivelmente, diz o professor.
“Temos 100 milhões de contas e poupança rendendo metade do que rendem outras aplicações e as pessoas não migram, porque não olham o retorno”, diz. Foi o que mostrou também estudo feito pelo Guiabolso, mostrando a baixa rentabilidade das aplicações de seus usuários.
Complicação financeira
A isso se soma o fato de que outras aplicações são mais difíceis, até mesmo os fundos. “Os nomes das novas categorias de fundos são complicadas, as pessoas não entendem o que é uma duração longa ou curta ou soberana”, lembra Eid.
E é preciso responder questionários complicados para o pequeno investidor, o que dificulta o investimento em fundos. Para outras aplicações então, como Tesouro Direto e LCI e LCA, é preciso ter conta em uma corretora, o que é outro desafio.
Por essas dificuldades, o percentual de varejo em fundos caiu a menos da metade em seis anos, diz o professor. “O varejo representava 30% do total de fundos e hoje essa fatia caiu para 12%”, diz.
Para Eid, a queda dos juros deve levar a uma maior propensão ao consumo em camadas específicas de renda da sociedade. “Muitos de alta renda vão comprar o carro novo, viajar, ou então, na baixa renda, comprar a geladeira ou a televisão nova”, diz.
Além disso, o brasileiro não guarda dinheiro, afirma Eid. “A poupança média do brasileiro é de R$ 2 mil, equivale à renda média mensal, ou seja, ele tem reserva para sobreviver um mês”, diz. E isso ocorre também na alta renda. “Vejo médicos, ganhando 30 mil que não guardavam nada.”
Foco nos fundos
Apesar das propostas para reduzir as taxas de administração com a criação dos fundos de renda fixa simples, totalmente digitais e que aproveitavam o fim da obrigatoriedade de envio de correspondências e outros custos, ainda há muitas carteiras com taxas altíssimas, de 5,5% ao ano, como mostra estudo feito com o sistema Economática de fundos, com carteiras de curto prazo, DI e renda fixa com patrimônio acima de R$ 50 milhões para clientes de varejo.
No caso de os juros caírem para 9%, esses fundos renderão mais para o banco do que para o cliente, que ficará com 3,5% de ganho depois de descontados os 5,5% para o gestor. E, sobre esses 3,5% que sobrarem, ainda haverá desconto de imposto de renda.
Os bancos justificam a cobrança pelos custos com sistemas de aplicação e resgate automáticos e pela estrutura de varejo, com seus serviços e controles para milhares de clientes.
No caso do Hiperfundo, do Bradesco, o cliente concorre a prêmios. Mas a culpa, na maioria dos casos é do investidor, que não se organiza para colocar o dinheiro em outras aplicações mais rentáveis ou se acomoda com o fundo que o gerente, que tem metas para cumprir, lhe oferece.
Comodidade tem custo
Em alguns casos, a comodidade do fundo pode compensar um ganho menor na caderneta. É o caso de quem precisa sacar o dinheiro antes de 30 dias ou em um dia fora da data de vencimento da conta.
Como o fundo tem liquidez diária, o investidor não perde um dia sequer de investimento se tiver de sacar antes. Mas é possível fazer isso com fundos mais baratos.
Para os muito desorganizados, pode ser melhor até ganhar menos desde que o banco resgate a aplicação para cobrir um saldo devedor de uma conta ou débito que cai na conta e a pessoa não lembra.
Mas a combinação de falta de organização, desconhecimento, desinteresse, e até mesmo preguiça, é uma fonte inesgotável de lucro fácil para os bancos.
Basta ver, pelos percentuais de volatilidade, perto de zero no ano, que poucos bancos se mexem para aumentar os ganhos dos fundos, enchendo as carteiras de títulos públicos ou privados de menor prazo possível.
Outro sinal dessa gestão passiva é que a diferença de rentabilidade dos fundos DI indexados e dos renda fixa tradicionais, que poderiam diversificar mais suas carteiras, é pequena, apesar dos nomes super, max, híper, extra, top, plus, prêmio, inteligente ou brilhante.
Assim, a rentabilidade varia mais em função da taxa de administração das carteiras. Em alguns casos, o rendimento bruto dos fundos, sem desconto do imposto de renda, fica abaixo do da caderneta.
Basta comparar o desempenho neste ano, em um ano e dois com o rendimento da poupança, de 1,26%, 8,34% e 17,23%, respectivamente.
Para empatar com esse ganho líquido, os fundos teriam de render pelo menos 1,48% em 2017, 9,82% em um ano e 20,30% em dois anos, considerando uma alíquota de 15%, a mais baixa.
Nos fundos de curto prazo, que têm a alíquota mínima de 20%, os fundos teriam de render mais, 1,57% no ano, 10,42% em 12 meses e 21,54% em dois anos.
Fonte: Varejista
Arquiteta fala sobre as principais tendências para o comércio varejista
Em um mundo que está sempre mudando, atualizar-se constantemente é fundamental e pode tornar um profissional ainda melhor no que faz. E se tratando do comércio varejista, isso não é diferente. Ainda que muitos comerciantes acreditem que um espaço bonito e bons produtos sejam o que os consumidores estão procurando, muita coisa tem mudado.
A arquiteta Marina Debasa, sócia do escritório Arquitetude e especialista em arquitetura comercial, esteve na Euroshop 2017, a maior feira da indústria varejista que acontece a cada 3 anos em Dusseldorf, na Alemanha, e conta um pouco mais sobre as principais tendências para o comércio varejista.
"A iluminação para lojas é algo com que temos nos ocupado bastante e apareceu como uma das principais tendências na Euroshop. A busca por sistemas de iluminação mais personalizados e econômicos foi algo muito presente, principalmente no sentido de proporcionar uma experiência mais personalizada aos clientes", conta Marina.
Ela comenta que, junta a essa combinação genuína com a iluminação dos espaços comerciais, a utilização de materiais transparentes também está em alta. "Combinar uma iluminação personalizada com este tipo de material pode ajudar a criar espaços que parecem muito mais amplos, modernos e interessantes".
Segundo Marina, a utilização da madeira no interior das lojas também é uma forte tendência para o comércio varejista. "Principalmente madeiras reaproveitadas, como os compensados, aglomerados e madeira de demolição, estão em alta. Elas já foram uma tendência forte e agora retornam para dar um clima mais aconchegante aos estabelecimentos comerciais".
A arquiteta ressalta que utilização de materiais reciclados ou reaproveitados mostra a preocupação que os comerciantes estão tendo com a natureza e o futuro do planeta, o que pode ser um atrativo a mais para o público mais jovem. "Grande parte dos jovens demonstra uma preocupação genuína com a sustentabilidade, e as lojas podem usar isso a seu favor utilizando materiais reciclados, por exemplo".
Outra tendência forte é a criação de ambientes integrados com espaços em que o cliente consiga atender a mais de uma necessidade e ter uma ótima experiência. "Os estabelecimentos estão, naturalmente, se tornando multifuncionais, principalmente porque os clientes estão exigindo isso. Afinal, hoje em dia ninguém tem tempo a perder".
Marina conta que criar esse tipo de loja vai exigir do varejista uma reformulação do espaço físico e um novo entendimento sobre a jornada de compra de seus clientes, mas pode atrair um público completamente novo devido ao espaço multitarefa.
"Outro ponto importante é a integração tecnológica, que facilita tanto a vida dos comerciantes, que têm dados mais concretos sobre seu comércio, quanto à dos clientes, que se deparam com um ambiente mais organizado e eficiente", comenta a arquiteta.
Ela finaliza lembrando que tudo o que foi apresentado durante a Euroshop 2017 coloca a experiência do consumidor no centro dos trabalhos. "Hoje em dia, ao entrar numa loja, o consumidor busca por uma grande experiência e foi exatamente isso que a Euroshop ressaltou. O comerciante que não começar a pensar nisso, com certeza será deixado para trás pela concorrência".
Fonte: Varejista
Vendas online no mundo cresceram 15% em Fevereiro
As vendas online cresceram 15% em Fevereiro, comparadas com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a última pesquisa da IMRG.
O cenário continuou o impulso do último Fevereiro, quando as vendas cresceram 16%, de acordo com o Índice de Vendas de e-Retail da IMRG Capgemini.
As vendas via smartphones cresceram 57% em relação ao mesmo período, mas isso representou uma desaceleração em relação ao crescimento de 96% no ano anterior. Nos últimos anos, o comércio móvel tem impulsionado o crescimento das vendas no varejo, mas este é o terceiro mês consecutivo no qual a taxa de crescimento de vendas via smartphones tem caído aproximadamente pela metade. As vendas via tablets cresceram muito lentamente, cerca de 3,5%.
No entanto, a IMRG diz que o abrandamento do crescimento através de dispositivos móveis foi específico para os varejistas online. Para os varejistas multicanais, que vendem on-line e em lojas físicas, o crescimento das vendas por meio de dispositivos móveis aumentou ligeiramente.
Bhavesh Unadkat, principal consultor no projeto de engajamento de clientes de varejo da Capgemini [IRDX VCPG], afirmou: “Foi positivo ver uma sólida taxa de crescimento do varejo on-line em fevereiro de 2017, com uma forte taxa de crescimento de 16% em fevereiro de 2016. No entanto, houve um ligeiro declínio na taxa de crescimento deste mês, e que poderia ser atribuída a um choque na confiança dos consumidores desencadeada por preços mais elevados. Talvez não seja coincidência que a taxa de crescimento do Índice tenha caído ligeiramente em face de uma taxa de inflação mais alta, que foi de mais de 1,5% em janeiro de 2017, em comparação com 0,3% em janeiro de 2016.
“Embora existam alguns sinais de alerta para a indústria de varejo – como vendas feitas em smartphones caindo mês a mês, por exemplo – estas são as tendências que vimos ecoar nos anos anteriores. Tradicionalmente janeiro e fevereiro são meses mais lentos para as compras feitas em smartphones, e vendas online no geral.”
Como as vendas online cresceram no mundo todo, o tíquete médio também cresceu. O índice mensal esteve mais alto por sete anos. Os varejistas multicanais, principalmente, se beneficiaram com os tíquetes médios acima de £ 20 comparados a um ano mais adiantado.
Em todos os sectores, as vendas de eletrônicos aumentaram 1,5%. O valor médio da compra, no entanto, estava abaixo de £8 em relação ao ano anterior.
Justin Opie, diretor executivo da IMRG [IRDX VIMR], disse: “É encorajador ver o segundo mês de alta no tíquete médio em sete anos seguidos. Quando se trata de smartphones, porém, a desaceleração no crescimento das vendas parece ser bastante dramática. Dito isto, as taxas de crescimento do smartphone nos últimos dois anos foram muito altas, e isso não poderia continuar indefinidamente. A desaceleração é específica para os varejistas on-line – os varejistas multicanal estão se saindo melhor do que têm sido através do celular, com compras com valores muito maiores.
“Mesmo assim o índice permanece positivo, mas talvez com uma ou duas nuvens no horizonte. Os smartphones têm sido o motor do crescimento móvel, e a desaceleração pode impactar o crescimento. E, é claro, a incerteza sempre presente da Brexit é grande em 2017, com a inflação subindo e o esperado iminente desencadeamento do Artigo 50 por vir “, disse Justin.
Fonte: Varejista
Vendas reais do varejo caem 2,3% em fevereiro, revela IDV
O varejo registrou queda real de 2,3% nas vendas em fevereiro, de acordo com dados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). O indicador, que já desconta a inflação do período, representa uma desaceleração do ritmo de queda na comparação com meses anteriores e é o menor recuo na comparação anual desde abril de 2015.
A previsão das redes de varejo que compõem a entidade é de que as vendas ainda sigam em território negativo em março, mas com crescimento a partir de abril. O Índice Antecedente de Vendas (IAV – IDV), baseado nas estimativas de grandes varejistas associadas ao IDV, prevê uma queda de 1,1% em março e crescimento de 3,9% e 3,1% em abril e maio, respectivamente.
O segmento de bens não duráveis, que inclui supermercados, redes de alimentação, drogarias e perfumarias, apresentou queda de 2,6% nas vendas realizadas em fevereiro, na comparação anual. As projeções futuras para esse segmento são de queda de 4,6% em março e crescimento de 4,6% em abril e de 1,21%, em maio.
Já o setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, apresentou em fevereiro queda real de 2% nas vendas na comparação anual. A expectativa para os próximos meses é de alta de 5,6% em março, 2,4% em abril e 7,4% em maio, sempre em relação aos mesmos períodos do ano anterior.
Nos bens duráveis, a queda nas vendas em fevereiro chegou a 1,4% na comparação com o mesmo mês de 2015. A projeção dos associados do IDV para os próximos meses é de crescimento de 5,6% em março, 2,9% em abril e 6,3% em maio.
O IDV representa 69 empresas varejistas entre as maiores do País, incluindo nomes como C&A, Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Renner e Magazine Luiza.