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Clipping Diário - 23/08/2014

Publicado em 23/08/2014
Clipping Diário - 23/08/2014

Lixo recolhido nos bairros do continente em Florianópolis entra na ilha para depois voltar para Biguaçu

Lixo recolhido nos bairros do continente em Florianópolis entra na ilha para depois voltar para Biguaçu. Estação de transbordo fica a 46 quilômetros do aterro de Biguaçu. Cerca de 62 toneladas de lixo atravessam todos os dias a ponte Pedro Ivo Campos, trazidos por cinco caminhões de coleta, dos bairros continentais de Florianópolis. Percorrem 14 quilômetros até chegar ao Itacorubi, onde são depositados e depois enviados ao aterro sanitário em Biguaçu, distante 46 quilômetros do local.
Se saísse do continente direto ao destino final, seria metade da distância. Esse é um dos problemas de logística enfrentados pela coleta de lixo na Capital. E a Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) afirma que nem é o maior dos problemas.
A empresa diz que o trajeto pelas pontes não atrapalha o trânsito da região por ser feito no horário noturno. Os caminhões sairiam por volta das 20h do ponto de partida e começam a despejar o lixo recolhido por volta das 21h30min para o transbordo.
– Nos anos 90 esse trajeto era feito de manhã. Passou para a tarde. E no início dos anos 2000, para a noite – diz o gerente do departamento de coleta, Paulo Pinho.
As mudanças de horário, no entanto, não impedem que o problema vá se acumulando. De acordo com dados da própria Comcap, Florianópolis cresceu em uma média anual de 2,5% nos últimos anos e o aumento da produção de lixo foi de 4% ao ano.
Todos os caminhões de lixo da cidade partem do Estreito para dar início às rotas de coleta pelas regiões. E todos têm em algum momento que passar pela chamada Estação de Transbordo, no Itacorubi. É deste ponto que saem as carretas que levam o material até o aterro em Biguaçu.
– É um modelo que não serve para a Ilha, uma vez que ela é formada por comunidades descentralizadas – diz o presidente do Instituto Lixo Zero, Rodrigo Sabatini.
Ele explica que a visão atual da coleta foi formulada com base em um modelo que só levava em conta a produção do lixo, em uma época em que não se pensava na possibilidade de reciclagem da maior parte dos materiais.
De acordo com Sabatini, o modelo que tem norteado as melhores experiência no mundo em resíduos sólidos é o de pensar a coleta em células locais, descentralizadas até no tipo de material, com um dia para vidro, um para papel e assim em diante.
Em 2013, a Capital produziu cerca de 180 mil toneladas de resíduos sólidos.
Fonte: Diário Catarinense On-line – 23-08

Chapecó se consolida como polo no turismo de negócios em SC

Com investimento em infraestrutura e opções de chegada e saída no aeroporto, Chapecó atrai empresários e estima fechar o ano com R$ 1 bilhão em transações comerciais somente em eventos. Chapecó se consolida como polo no turismo de negócios em SC.
Prestes a completar 97 anos, Chapecó ferve quando o assunto é turismo de negócios. Somente neste ano, os eventos realizados na cidade do Oeste catarinense devem propiciar R$ 1 bilhão em negócios, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Diógenes Lang.
Ao fazer um breve cálculo é possível entender o porquê da estimativa. A Mercomóveis —feira voltada ao setor moveleiro — encerrou há duas semanas e contabilizou cerca de R$ 200 milhões em negócios. Em setembro, a Mercoagro — da área de carnes — projeta R$ 300 milhões em faturamento. Em outubro, a Logistique — no ramo de logística e transportes — pensa em outros R$ 140 milhões.
O empresário paranaense Mário Gazin, proprietário da rede de lojas e produtos que leva seu nome, aproveitou a Mercomóveis para apresentar uma nova linha de colchõ ese faturou R$ 6 milhões.
— Aqui é a feira onde mais faço negócios. A cidade de Chapecó é um pólo num raio de 300 quilômetros que abrange três Estados e uma população de três milhões de habitantes — afirmou Gazin.

Infraestrutura e número de voos facilitam acesso à cidade

De acordo com o secretário Diógenes Lang, a vocação de feiras partiu da Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó (Efapi), que começou há quatro décadas.
— A Efapi foi o embrião de outras feiras como a Mercoagro e Mercomóveis — explicou Lang.
A estrutura do Parque de Exposições Tancredo Neves — conhecido como o parque da Efapi — também contribuiu para a cidade sediar feiras. Hoje, são cerca de 20 a 30 por ano.
Em 2006, a inauguração do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês com um teatro para mil pessoas, permitiu que a cidade começasse a receber cerca de 200 simpósios técnicos, shows e eventos artísticos por ano.
Outra vantagem é o aumento do número de voos. No primeiro semestre de 2014 foram 205 mil embarques e desembarques.
— As pessoas estão a 40 minutos de Florianópolis, 1h20min de Porto Alegre e pouco mais de uma hora de Campinas (SP) — explicou Clarice Bressiani, presidente do Chapecó e Região Convention & Visitors Bureau.
Esse é um dos fatores que fez a Convenção Lojista das Câmaras de Dirigientes Lojistas de Santa Catarina ser realizada em Chapecó em 2011 e ser escolhida novamente para sede em 2015.
— Também temos uma rede hoteleira que cresce e se moderniza, hoje são 2.334 leitos. E novos serviços que estão se qualificando — justificou Clarice.
A cidade também conta com novos restaurantes que oferecem comidas de outros países, como mexicana e japonesa. A vinda do shopping, em 2011, também ampliou a oferta com redes internacionais.

Feiras propiciam mais contatos

A realização de eventos tem fomentado essas melhorias e refletido na economia da região. Osni Verona, dono da Móveis Verona, disse que foi a partir da Mercomóveis que ele conseguiu contato com distribuidores do Rio de Janeiro e São Paulo, que permitiram desenvolver produtos com maior valor agregado.
— Hoje uma cadeira que eu faço sai por R$ 700 — disse. Seus produtos estão nas principais novelas nacionais.
O presidente da Mercomóveis, Ilseo Rafaeli, destacou o crescimento das feira graças à infraestrutura do aeroporto e rede hoteleira. Graças a estes eventos as empresas da região estão conquistando o país e também o mundo. A empresa de Rafaeli, a Soneto Móveis, já exporta para a América do Sul e África. E as empresas moveleiras da região estão se unindo para montar um Centro de Distribuição em Togo, para atender o mercado africano.
— Além dos equipamentos públicos temos vocação da população do empresariado chapecoense para o turismo de eventos — explicou o secretário Diógenes Lang.
A Feira Internacional de Logística, Transporte e Comércio Exterior ocorre entre 21 e 24 de outubro, no Parque de Exposições Tancredo Neves. Com 165 expositores, a previsão é de 15 mil visitantes e faturamento de R$ 140 milhões

Mercomóveis

Foi realizada de 11 a 15 de outubro. Foram 15 mil visitantes e cerca de R$ 200 milhões em negócios

Mercoláctea

Ocorre em maio e tem estimativa de R$ 85 milhões em negócios e 12 mil visitantes

Mercoagro

Em setembro, com 650 expositores, 35 mil visitantes e US$ 300 milhões em negócios

Simpósio Brasil Sul de Suinocultura

Em agosto e tem cerca de mil participantes com palestrantes internacionais. Também tem as versões de avicultura, em abril, e de bovinocultura de leite, em outubro.

Feira Metalmecânica + Corte e Conformação

22 a 25 de julho, no Parque de Exposições Tancredo Neves. Cerca de cinco mil visitantes e R$ 200 milhões em negócios

FACE

A Feira das Áreas do Conhecimento, Cultura e Educação ocorre em setembro. Tem 35 expositores e a expectativa é de 20 mil visitantes.
Fonte: Diário Catarinense On-line – 23-08

EXEMPLO: A CIDADE MAIS HUMANA

Programa inédito da prefeitura de Florianópolis, na melhoria e ampliação de parques ecológicos, praças e jardins, está sendo executada pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram). Envolve oito unidades de conservação e 144 praças e jardins.
O Parque Natural do Morro da Cruz, por exemplo, é o maior e o mais rico em Mata Atlântica. E o que oferece uma das mais belas vistas do centro histórico e das pontes da Capital. Possui quatro trilhas, cada uma delas com características distintas, revelando a riqueza da fauna e da flora. As comunidades do Maciço do Morro da Cruz vem usando equipamentos de ginástica e prática de esportes. Um auditório está sendo construído para aulas de educação ambiental. Entre os visitantes, muitos estrangeiros.
O Parque do Córrego Grande é o mais frequentado, com média de 1,2 mil pessoas por semana. A Polícia Ambiental mantém ali um projeto excepcional, educando e treinando crianças e jovens das escolas públicas.
Na Ponta do Sambaqui, a Floram executa outro ambicioso projeto com praça, jardins e acessórios. O mesmo ocorre agora em duas praça no Córrego Grande.
A recuperação e ajardinamento das praças têm a supervisão da arquiteta Marisa Fonseca, chefe do Departamento de Parques da Floram. Entusiasta da causa, fiscaliza tudo pessoalmente com uma dedicada equipe.
Os recursos são obtidos das empresas por compensações ambientais, recurso do presidente da Floram, Volnei Carlin, que vem multiplicando parcerias para humanizar áreas urbanas e viabilizar maior convivência entre os moradores da Capital.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 23-08 

Falta de 'espírito animal' segura o crescimento, diz diretor do BC

Para Luiz Awazu, após crise global, empresários não recuperaram disposição para empreender. Para executivos, fala soou como autocrítica dos reguladores e e reprimenda ao pessimismo empresarial.
Para o diretor de Assuntos Internacionais, Riscos e Regulação do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, o mundo não entrou em rota acelerada de crescimento apesar dos estímulos dos bancos centrais porque os empresários não recuperaram o "espírito animal".
A afirmação, que faz referência ao termo popularizado pelo economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946) para descrever o impulso que leva o homem de negócios a empreender, foi feita em evento de associação de empresas transnacionais, nesta sexta (22), em SP.
Segundo Awazu --um dos nomes mais cotados para substituir Alexandre Tombini em um eventual segundo mandato da presidente Dilma--, os BCs foram eficientes ao evitar uma depressão maior da economia usando métodos não convencionais em vez da redução dos juros.
Por métodos não convencionais, o diretor do BC se referia às sucessivas injeções maciças de recursos nos EUA, Europa e Japão. Isso, no entanto, não foi suficiente para o crescimento, porque os empresários não reagiram com investimentos.
Para empresários presentes ao evento, a falta de "espírito animal" no Brasil se deve principalmente a medidas do governo que aumentam a insegurança (leia a repercussão na página B2).
Segundo Awazu, há uma incerteza sobre o ritmo de recuperação que pode ser esperado no mundo, que sugere um patamar "novo normal" --limitações maiores e potencial menor de crescimento.
"A política monetária não convencional [estímulos] ainda não conseguiu reativar o espírito animal' do setor real e dos empreendedores. Essa reativação é um fenômeno complexo e não satisfatório."
O assunto é um dos temas da reunião neste final de semana dos banqueiros centrais em Jackson Hole, nos EUA (leia sobre a reunião no caderno "Mercado 2").
Awazu afirmou que não está claro como os reguladores podem ajudar nessa tarefa. Lembrou ainda que a retirada dos estímulos nos EUA não teve o efeito previsto no mundo emergente. "Falava-se em depreciação de moedas, perda de investimentos e de crise na Bolsa em razão de bolhas de crédito. Isso não aconteceu, mas houve uma revisão sistemática para baixo nas taxas de crescimento."
Awazu negou que o Brasil passe pela chamada "armadilha da renda média" --desaceleração quando a maioria da população atinge patamar superior de ganho mensal. "Temos um modelo sustentável de inclusão social."
Fonte: Folha de São Paulo – 23-08 

Arrecadação cai 1,6% em julho e meta fiscal fica mais distante

Copa contribui para a queda, mas resultado do ano é decepcionante. A debilidade da economia do país, agravada durante a Copa do Mundo, derrubou a arrecadação dos tributos federais no mês passado.
Dados divulgados nesta sexta (22) mostram que a receita somou R$ 98,8 bilhões, numa queda de 1,6% em relação a julho de 2013, descontada a inflação.
Os números evidenciam que o governo Dilma Rousseff dificilmente fechará as contas deste ano eleitoral com os resultados fiscais prometidos para tranquilizar credores e investidores.
Ao programar os gastos de 2014, a administração petista previu um aumento entre 3% e 3,5% na arrecadação dos principais impostos e contribuições sociais --a meta considera apenas os tributos administrados pela Receita.
No entanto, nos primeiros sete meses do ano há uma queda acumulada de 0,2%.
A estimativa para o ano já havia sido reduzida para 2% antes da divulgação dos números de julho e vai cair mais.
A arrecadação total, incluindo tributos cobrados por outros órgãos e os royalties do petróleo, soma R$ 677,4 bilhões no ano, o que significa crescimento zero em relação aos primeiros sete meses do ano passado.
Em julho, houve uma piora generalizada da receita. O desempenho caiu nos tributos incidentes sobre a renda, o consumo, as importações e as operações financeiras. Na contribuição previdenciária, incidente sobre as folhas de salários, houve estagnação.
A parada nacional durante a Copa ajuda a explicar as quedas: na prática, houve menos dias úteis em julho, reduzindo a atividade na indústria e no comércio.
Mas a arrecadação já vem decepcionando desde o início deste ano, em que o crescimento da economia, segundo as previsões mais consensuais, não chegará a 1%.
Já os gastos do governo vêm crescendo na casa de 4% acima da inflação, mesmo com o adiamento de desembolsos como subsídios e pagamento de dívidas arbitradas pela Justiça.

RECEITA EXTRA

Com isso, o objetivo anunciado de poupar R$ 80,8 bilhões para o abatimento da dívida pública tende a ser descumprido mesmo com a receita extra esperada até o final do ano.
Pelas estimativas do governo, a reabertura do programa de parcelamento de dívidas tributárias renderá R$ 18 bilhões, dos quais R$ 13 bilhões já em agosto.
Fonte: Folha de São Paulo – 23-08

País tem déficit de US$ 6 bilhões na conta corrente em julho

Na avaliação do Banco Central, melhora do déficit em conta corrente ocorreu principalmente em função do resultado positivo da balança comercial. Em julho, o País registrou mais saídas do que ingressos de recursos, tendo assim mais um mês de déficit na conta corrente. Segundo o Banco Central, o saldo foi negativo em US$ 6 bilhões. No acumulado do ano, o déficit soma US$ 49,3 bilhões, que representa 3,74% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado ficou dentro das previsões coletadas pela Agência Estado, que iam de um saldo negativo de US$ 5 bilhões a US$ 6,6 bilhões. A previsão do Banco Central era de um saldo negativo de US$ 6,7 bilhões.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, avaliou o resultado das contas externas em julho como favoráveis. Segundo ele, o déficit do mês é "substancialmente melhor" que o registrado em igual período do ano passado. O número do mês, quando a comparado a julho de 2013, é 32,90% menor.
No acumulado dos últimos 12 meses até julho de 2014, o saldo da conta corrente está negativo está em US$ 78,4 bilhões, o equivalente a 3,45% do Produto Interno Bruto (PIB).
Balança comercial. Na avaliação de Maciel, a melhora do déficit em conta corrente ocorreu principalmente em função da balança comercial. "A balança comercial foi um fator positivo em julho. A evolução dela foi positiva, em parte, pelas exportações", avaliou Maciel. "Petróleo, soja e minério de ferro tem sido relevantes na exportação", disse.
Em julho, o saldo da balança comercial foi positivo em US$ 1,6 bilhão. As exportações somaram US$ 23 bilhões, enquanto as importações foram de R$ 21,4 bilhões. A conta de serviços, que inclui o balanço de viagens, ficou negativa em US$ 4,5 bilhões. A conta de renda também ficou deficitária no mês passado, em US$ 3,2 bilhões.
Investimentos. Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 5,8 bilhões em julho, resultado que ficou acima dos US$ 5,2 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Os aportes externos voltados ao investimento produtivo ficaram dentro das estimativas do mercado financeiro colhidas pela Agência Estado, que iam de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões, com mediana de US$ 5,4 bilhões.
No acumulado do ano até o mês passado, o IED somou US$ 35,1 bilhões, o equivalente a 2,66% do PIB. No mesmo período do ano passado, o IED acumulado era de US$ 35,2 bilhões, ou 2,73% o PIB. Em 12 meses até julho, o IED está em US$ 63,9 bilhões, o que corresponde a 2,82% do PIB. A previsão do BC para o período, apresentada no mês passado, era de entradas de US$ 5,2 bilhões.
"A conta de IED continua evoluindo positivamente e veio acima da nossa projeção em julho", destacou Tulio Maciel. A estimativa da instituição era de US$ 5,2 bilhões ante resultado efetivo de US$ 5,8 bilhões. "O afluxo de investimento estrangeiro segue vindo em forma contínua e valores significativos", continuou.
Ações. O investimento estrangeiro em ações brasileiras registrou um saldo negativo de US$ 5 milhões. No mesmo período do ano passado essa conta estava positiva em US$ 269 milhões. No acumulado deste ano até julho, o saldo está em US$ 9 bilhões, bem maior do que o total de US$ 6,5 bilhões vistos em igual período do ano passado. As aplicações em ações negociadas no País concentraram todo saldo, já que as negociadas no exterior (como ADRs) registraram um saldo negativo de US$ 12 milhões.
O saldo de remessas de lucros e dividendos ficou negativo em US$ 1,1 bilhão em julho. No mesmo mês do ano passado, o resultado foi uma saída líquida de US$ 1,2 bilhão. No acumulado de 2014, o saldo está negativo em US$ 14 bilhões, ante US$ 15,3 bilhões no mesmo período de 2013.
O BC informou ainda que as despesas com juros externos somaram US$ 2,1 bilhões em julho e US$ 8,2 bilhões no acumulado do ano. Em 2013, o gasto com juros totalizou US$ 2,1 bilhões em julho e US$ 8 bilhões nos primeiros sete meses do ano.
Fonte: O Estado de São Paulo – 23-08 

Estagflação assombra países emergentes

Tema de campanha no Brasil, combinação de inflação e crescimento pífio causa preocupação da Rússia ao Chile. Medo de alta do dólar e China lenta agravam quadro; Brasil deve ter inflação acima de 6% e avanço abaixo de 1%.
Um dos temas centrais da campanha eleitoral no Brasil, a conjunção de atividade econômica estagnada e inflação em alta faz um número crescente de vítimas no mundo emergente.
À medida que são divulgados em todo o planeta os resultados do primeiro semestre, mais países debatem se estão enfrentando uma estagflação, a palavra que sintetiza a temida aliança.
Os números brasileiros, a serem divulgados na próxima sexta-feira (29), podem mostrar, segundo analistas, uma recessão -- pela convenção, um encolhimento do Produto Interno Bruto por dois trimestres consecutivos.
Mais consensualmente, projeta-se que o PIB crescerá menos de 1% neste ano, abaixo dos já modestos 2,5% de 2013. Ainda assim, a inflação tende a ser maior e superar a casa dos 6%.
Em graus variados, o fenômeno deve se repetir, segundo as projeções de analistas, em países tão diferentes quanto Rússia, Turquia, Tailândia, Paquistão, África do Sul, Argentina e Venezuela.
Até o Chile, normalmente celebrado pela solidez de seus indicadores, apresenta uma versão mais suave da onda estagflacionária.
Trata-se de um aparente paradoxo econômico: em circunstâncias normais, a estagnação ou desaceleração da atividade tira o fôlego da alta dos preços.
As causas da anomalia --e em que termos ela deve ser descrita-- são objeto de controvérsia política e técnica.
No Brasil, os candidatos de oposição culpam a política intervencionista do governo Dilma Rousseff. Por esse raciocínio, a tentativa de estimular a economia com gastos públicos, queda de juros e crédito estatal acelerou a inflação e abalou a confiança do empresariado.
A administração petista nega que haja estagflação, atribui a freada econômica à crise internacional e aposta em estabilização inflacionária e recuperação do PIB. Além disso, o desemprego permanece baixo.
A palavra-tabu foi admitida oficialmente apenas por uma vice-presidente do Banco Central da Rússia, no início do ano.
Pelas projeções do Fundo Monetário Internacional, a economia russa deve crescer 0,2% em 2014 e completar quatro anos consecutivos de desaceleração. Já a inflação, em alta, ultrapassa os 7%.
O caso do gigante emergente é peculiar, relacionado à fuga de capital estrangeiro agravado pelo aumento das tensões geopolíticas com a Ucrânia.

AGRURAS

Entre as agruras mais gerais está a desaceleração da economia da China, que a partir da década passada se tornou o motor do mercado de produtos agrícolas e minerais de exportação.
Outro motivo de turbulência foi a expectativa de um endurecimento da política monetária nos Estados Unidos, onde os juros atualmente flutuam entre zero e 0,25% ao ano, que poderia levar a uma alta aguda do dólar.
Esse temor levou Turquia e África do Sul, por exemplo, a elevarem seus juros no início do ano.
Os exemplos mais extremos de estagflação estão na Venezuela e na Argentina, cujos governos acirraram o intervencionismo e onde a inflação está bem avançada na casa dos dois dígitos anuais.
Fonte: O Estado de São Paulo – 23-08 

Confiança do consumidor é a menor desde abril de 2009, aponta FGV

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 4,3% em agosto, na comparação com um mês antes, ficando em 102,3 pontos, no menor nível desde abril de 2009. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV).
“A confiança do consumidor diminui e decepciona aqueles que esperavam a reversão da tendência de queda iniciada em 2012. Novamente o resultado foi influenciado pela insatisfação dos consumidores com o estado geral da economia”, sustentou a coordenadora da pesquisa, Viviane Seda, em nota.
Em agosto, a avaliação sobre a situação econômica atual e futura apresentaram deterioração. O Índice da Situação Atual (ISA) cedeu 5,1%, para 107,2 pontos, o menor nível desde maio de 2009, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,1%, ficando em 100,1 pontos, o mais baixo desde março de 2009.
A proporção de consumidores que avaliam a situação como boa diminuiu de 16,7% para 12,5%, enquanto a dos que a consideram ruim aumentou de 41% para 47,1%. A parcela de consumidores projetando melhora cedeu de 22,9% para 22,1% e a dos que preveem piora foi de 28,4% para 30,3%.
A Sondagem de Expectativas do Consumidor é feita com base em amostra com cerca de 2 mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras. A coleta de dados para a esta edição foi realizada entre os dias 1 e 20 de agosto.
Fonte: Valor Econômico – 23-08 

No ano, queda da procura por crédito é de 3,2%

A demanda dos consumidores por crédito caiu 7,8% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Em outras bases comparativas, as retrações foram menos expressivas: de 3,2% no acumulado do ano; de 2,1% nos doze meses encerrados em julho, ambos ante igual período de 2013; e de 1,5% ante junho, já descontados os efeitos sazonais.
Considerando os segmentos que compõem o indicador geral, a Boa Vista destaca que a retração se intensificou no acumulado em 12 meses nos dois segmentos analisados. Nesta base de comparação, a diminuição da demanda por crédito nas instituições financeiras passou de -4,3% para -5,0%, na margem, e de 1,3% para -2,0% no setor não financeiro, no período.
Segundo a Boa Vista, o movimento registrado "segue em linha com o cenário de incerteza que ainda permeia a economia brasileira". Entre os fatores que explicam o recuo na demanda por crédito estão a cautela do consumidor e o aperto monetário.
Na análise de cenário para os próximos meses, a instituição afirma ser possível verificar uma reversão desta tendência devido às medidas macroprudenciais anunciadas pelo Banco Central, que devem suavizar o aperto monetário e acabar por estimular a demanda. "Além disso, a médio prazo, as novas reformas microeconômicas divulgadas pelo Ministério da Fazenda, neste mês, deverão impactar também de maneira positiva os fatores de oferta, agindo em sintonia com as já citadas medidas do Banco Central, reforçando consecutivamente os incentivos à demanda por crédito", diz a nota.
O indicador de Demanda por Crédito - Pessoa Física é elaborado a partir da quantidade de consultas de CPF realizadas por empresas à base de dados da Boa Vista. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal.
Fonte: O Estado de São Paulo – 23-08

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