Clipping Diário 23/08/2013
Publicado em 23/08/2013
Clipping Diário 23/08/2013
58%
É o percentual de lojistas de SC que acreditam no aumento das vendas neste ano em relação a 2012. Em maio, o índice era de 70%. Para 60% dos 160 lojistas entrevistados pela FCDL/SC, as medidas econômicas do governo federal causaram retração nas vendas.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Coluna Mercado Aberto
TOP OF MIND
Estado premia os mais lembrados
Evento promovido pelo jornal A Notícia, do Grupo RBS, reconhece as marcas e personalidades mais lembradas em cerimônia
Poucas coisas são tão importantes quanto ser a primeira marca lembrada pelos consumidores no seu segmento. É por isto que na 19ª edição do Top of Mind o auditório da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) encheu com empresários e personalidades de Santa Catarina.
Assim como os consumidores escolheram quem venceria este ano, os executivos também foram ouvidos para a segunda edição do prêmio Top Executivo, uma versão em que eles definem as marcas, pessoas e empresas que mais lhes chamam a atenção em 17 categorias, premiadas no mesmo evento.
A empresa mais lembrada pelos consumidores e pelos empresários catarinenses foi a Havan. Pelo Top of Mind, ela ganhou na categoria loja de departamentos.
No Top Executivo, a empresa de Brusque levou o prêmio de grande empresa do comércio. Seu fundador e presidente, Luciano Hang, também subiu aos palcos para receber a premiação de empresário de destaque no segmento.
Na categoria Top Executivo, a empresa mais premiada foi a Weg, de Jaraguá do Sul, que ganhou em três categorias: grande empresa da indústria, destaque em inovação e referência em gestão.
– Para a Weg, o prêmio é um reconhecimento muito importante e demonstra que o pessoal conseguiu ver além do produto final e dar valor à nossa marca e empresa – destacou o diretor de marketing da Weg, Antônio César da Silva, que representou a empresa na entrega do prêmio.
Identificação com os catarinenses
Gustavo Kuerten, eleito cidadão-símbolo de SC por consumidores que participaram da pesquisa, não compareceu ao evento pois estava em Nova York, nos Estados Unidos, participando de outra premiação. Em mensagem exibida em um telão no local, ele agradeceu pela homenagem, que disse ser especial pela “identificação que tem com o povo catarinense”:
– Receber essa resposta (dos catarinenses) é motivador – disse Kuerten.
Para chegar ao nome dos premiados em cada categoria, mil catarinenses foram ouvidos durante o mês de abril, em 25 municípios do Estado. O Top of Mind é uma parceria do jornal A Notícia, do Grupo RBS, como Instituto Mapa. O evento tem o patrocínio da Fecomércio, Selbetti e da Tractebel.
Fonte: Diário Catarinense / A Notícia / Jornal de Santa Catarina – Economia
Para conter alta do dólar
Preocupado com a disparada da cotação do dólar, o Banco Central anunciou ontem um programa que disponibiliza US$ 100 bilhões para conter a alta cambial. O objetivo é dar liquidez ao mercado. Deste total, US$ 45 bilhões já foram utilizados.
Segundo o BC, serão feitos leilões de swap todas as segundas, terças, quartas e quintas-feiras, com US$ 500 milhões por dia.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti
Morre Zanetti
Um dos líderes da indústria gráfica de SC, o industrial Vitor Mário Zanetti faleceu ontem, na Capital, e será sepultado hoje à tarde, no Cemitério Jardim da Paz. Segundo o presidente da Fiesc, Glauco Côrte, Zanetti sempre teve posições fortes em defesa da indústria. A entidade suspendeu a reunião que faria hoje.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti
Morre Vitor Zanetti, um símbolo da representação industrial de SC
"Santa Catarina perde liderança com papel marcante da representação empresarial", destaca presidente da Fiesc, Glauco José Corte.
Faleceu aos 70 anos, nesta quinta-feira, 22, o vice-presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Vitor Mário Zanetti. O industrial tornou-se referência como liderança empresarial do setor gráfico de Santa Catarina e do Brasil, sempre preocupado com questões sociais e envolvido com o associativismo empresarial. Teve atuação marcante nas entidades ligadas ao setor gráfico e de outros segmentos e integrou a diretoria da FIESC por mais de duas décadas. A reunião de diretoria da entidade, que seria realizada nesta sexta-feira 23, foi suspensa.
"Santa Catarina perde uma liderança que teve papel marcante na representação empresarial e se destacou também pela preocupação constante com os assuntos da comunidade", disse o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. Ele citou como exemplo a participação de Zanetti na parceria do SENAI e do SESI na Escola de Ofícios no Centro Educacional Dom Jaime de Barros Câmara, em Palhoça, na Grande Florianópolis.
O empresário contribuiu para o fortalecimento da indústria catarinense e dos sindicatos patronais, especialmente os da região Sudeste. Teve participação ativa na inauguração, em 2010, da sede da Associação dos Sindicatos Filiados à FIESC na Região Sudeste.
Integrou o Rotary Clube desde a década de 70 e foi tesoureiro do Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Além de membro da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Florianópolis e conselheiro do Sindicato Varejista da Grande Florianópolis, pertenceu à Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas, Sigraf e ABIGRAF.
Neto de imigrantes italianos, Zanetti nasceu em Florianópolis e desde a infância demonstrou sua vocação para a liderança, tomando sempre para si a responsabilidade por seus irmãos e familiares. Aos 14 anos, sem abandonar os estudos, iniciou sua carreira sob a supervisão do pai numa gráfica adquirida pela família, localizada na Rua Conselheiro Mafra, no centro da capital catarinense.
Fonte: Site Adjori - SC
Morre o industrial Vitor Zanetti
Um dos líderes da indústria gráfica de SC, o empresário Vitor Mário Zanetti, 70 anos, faleceu hoje, em Florianópolis. Seu corpo será sepultado nesta sexta-feira, às 16h, no Cemitério Jardim da Paz, na Capital. Integrante da diretoria da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) por duas décadas, ele era vice-presidente regional.
Segundo o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, Zanetti sempre teve posições fortes em defesa da indústria e atuou em favor da comunidade. Como exemplo dessa ligação comunitária, ele citou como exemplo a participação de Zanetti na parceria do Senai e do Sesi na Escola de Ofícios no Centro Educacional Dom Jaime de Barros Câmara, em Palhoça, na Grande Florianópolis. A federação suspendeu a reunião da diretoria, que faria na manhã desta sexta-feira.
Zanetti integrou o Rotary Clube desde a década de 70. Na área empresarial, também foi membro da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Florianópolis e conselheiro do Sindicato Varejista da Grande Florianópolis, pertenceu à Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas, Sigraf e Aabigraf.
Neto de imigrantes italianos, Zanetti nasceu em Florianópolis e desde a infância demonstrou sua vocação para a liderança, tomando sempre para si a responsabilidade por seus irmãos e familiares. Aos 14 anos, sem abandonar os estudos, iniciou sua carreira sob a supervisão do pai numa gráfica adquirida pela família, localizada na Rua Conselheiro Mafra, no centro da capital catarinense.
Fonte: Blog da Estela Benetti
FIESC lamenta falecimento do industrial Vitor Zanetti
Empresário integrou diretoria da FIESC por mais de duas décadas
Florianópolis - Faleceu aos 70 anos nesta quinta-feira (22) o vice-presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Vitor Mário Zanetti. O industrial tornou-se referência como liderança empresarial do setor gráfico de Santa Catarina e do Brasil, sempre preocupado com questões sociais e envolvido com o associativo empresarial. Teve atuação marcante nas entidades ligadas ao setor gráfico e de outros segmentos e integrou a diretoria da FIESC por mais de duas décadas. A reunião de diretoria da entidade, que seria realizada nesta sexta-feira (23), foi suspensa.
"Santa Catarina perde uma liderança que teve papel marcante na representação empresarial e se destacou também pela preocupação constante com os assuntos da comunidade", disse o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. Ele citou como exemplo a participação de Zanetti na parceria do SENAI e do SESI na Escola de Ofícios no Centro Educacional Dom Jaime de Barros Câmara, em Palhoça, na Grande Florianópolis.
O empresário contribuiu para o fortalecimento da indústria catarinense e dos sindicatos patronais, especialmente os da região Sudeste. Teve participação ativa na inauguração, em 2010, da sede da Associação dos Sindicatos Filiados à FIESC na Região Sudeste.
Integrou o Rotary Clube desde a década de 70 e foi tesoureiro do Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Além de membro da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Florianópolis e conselheiro do Sindicato Varejista da Grande Florianópolis, pertenceu à Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas, Sigraf e ABIGRAF.
Neto de imigrantes italianos, Zanetti nasceu em Florianópolis e desde a infância demonstrou sua vocação para a liderança, tomando sempre para si a responsabilidade por seus irmãos e familiares. Aos 14 anos, sem abandonar os estudos, iniciou sua carreira sob a supervisão do pai numa gráfica adquirida pela família, localizada na Rua Conselheiro Mafra, no centro da capital catarinense.
Fonte: Site FIESC
Poder de compra reduz
A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que acompanhou a evolução do emprego em julho comprovou a corrosão do rendimento dos brasileiros. O poder de compra caiu 0,9% na passagem de junho para julho: a quinta retração consecutiva. O rendimento médio caiu para R$ 1.848,40. Na direção oposta, a taxa de desemprego teve o primeiro recuo no ano, passando de 6% em junho para 5,6% em julho.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia
Canadense compra a Caloi
A empresa Dorel Industries, do Canadá, comprou 70% das ações da fabricante de bicicletas Caloi. Fundada no Brasil em 1898, a Caloi é uma das mais antigas marcas de bicicletas do mundo, sendo a maior da América Latina e a líder do mercado brasileiro. O anúncio da compra foi feito ontem. Em 2012, as vendas foram de aproximadamente R$ 273,5 milhões, um crescimento de 22% em relação ao ano anterior.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Economia
Florianópolis se adequará ao modelo dos Mercados Públicos tradicionais no país
Licitação remodela o perfil do local, que deve ser transformado em um grande centro de convivência
Conhecer São Paulo é provar o sanduiche de mortadela ou o bolinho de bacalhau do Hocca servidos no Mercadão. Belo Horizonte concentra suas graças no Mercado Central, onde a prosa mineira é regada com cachaça, pão de queijo, lombo de porco com tutu ou torresmo. Você não conhece Salvador sem saborear um dos pratos típicos do Mercado Modelo. Vai moqueca, acarajé, caruru ou vatapá? De quebra pode levar um berimbau debaixo do braço. O Mercado Público de Florianópolis é o antigo deles, mas não caracteriza sua terra. A preocupação da Prefeitura é corrigir esta falha.
Basta um passeio na Ala Norte para perceber que o prédio construído em 1899 vende as mesmas mercadorias do camelódromo situado a poucos passos dali: roupas falsificadas e sapatos. Descaracterização que fez com que o Mercado perdesse seus atrativos, avalia o secretário da administração Gustavo Miroski.
Mas, o novo Mercado está perto de sair do papel. “A intenção é transformá-lo num grande centro de convivência. Não queremos que o prédio sirva apenas como passagem. É um desperdício”, conclui Miroski.
O passo para a mudança é a licitação, a segunda fase foi aberta ontem. Na Ala Norte são 30 boxes vagos, vence quem oferecer a melhor proposta financeira.
O local será preenchido com cervejaria artesanal, empório de carnes exóticas, restaurantes, inclusive de comida tradicional, bares, empório de vinhos e produtos catarinenses, empório de rendas e bordados, empório de mel, doces e geleias, sorveteria artesanal, sorveteria industrial, armazém de produtos orgânicos, cafeteria, bombonier, loja de tecidos, de artigo de festas, de couro, chapelaria e cestaria. Ofícios típicos do século de fundação do Mercado também terão seu espaço. Cinco boxes estão destinados à barbearia, chaveiro, afiador de facas, costureira e pequenos consertos.
Já na Ala Sul, os 13 boxes que estão vagos serão ocupados como hortifrútis, peixarias, açougue, banca de caldo de cana, outra com sucos tropicais, empório para laticínios, loja com lembranças de Florianópolis e restaurante. O processo de licitação encerra em dois meses e os antigos comerciantes da Ala têm até dia 16 de outubro para esvaziarem os boxes.
Como serão realizadas as obras no Mercado Público
Ala Norte
- Os antigos comerciantes irão desocupar os boxes dia 16 de outubro.
- O prazo para desocupação foi de 90 dias. Foi lançado dia 16 de julho.
- As obras iniciam com a saída dos comerciantes atuais;
- A Ala será interditada integralmente;
- Os vencedores poderão usar este período para realizar benfeitorias nos seus boxes;
- As obras encerram em janeiro.
- Até fevereiro a Ala voltará ao funcionamento;
Ala Sul
- Não há prazo para desocupação dos antigos comerciantes;
- A Ala não será interditada;
- A reforma será organizada por quadrante e estará pronta até julho de 2014;
- Os novos comerciantes ocuparão seus boxes à medida que eles estiveram prontos;
Fonte: A Notícia on-line
'Novo câmbio' já muda as estratégias das empresas
Importadores e exportadores não têm como saber onde a taxa de câmbio vai parar - ontem o dólar fechou a R$ 2,432, em queda de 0,78% -, mas há quase consenso de que o câmbio mudou de patamar e já alteram suas estratégias para a operação doméstica e no mercado externo.
As empresas importadoras começam a reajustar preços internos para compensar o aumento no custo decorrente da importação mais cara. Ao mesmo tempo, exportadoras fazem cálculos para baixar os preços de venda e conquistar - ou reconquistar - mercados.
Os reajustes de preços internos já ocorrem em vários segmentos, relatados ao Valor por empresas como a fabricante de eletrodomésticos Latina, a indústria de eletroportáteis Mondial, a Quattro Industrial, da área de plásticos, e a Metalplan. A Quattro não aplicava reajustes há dois anos. Na Metalplan, desde 2008 os aumentos só eram anunciados em janeiro.
O presidente da Marcopolo, José Rubens de La Rosa, observa que a alta do dólar aumentou a competitividade das exportações de caminhões e ônibus. "Nossa equipe de exportação está recebendo instruções para viajar mais, porque a nossa depressão exportadora vai diminuir", diz La Rosa, que espera recuperar mercados perdidos no Oriente Médio.
No ano, o dólar passou de R$ 2,043 para R$ 2,432, alta de 19,04 %. Ontem, o Banco Central anunciou medidas para prover o mercado de proteção cambial e, paralelamente, na leitura de analistas, conter a ação de especuladores.
A partir de hoje e até pelo menos o fim do ano, o BC ofertará diariamente US$ 500 milhões em swaps cambiais, que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro. Às sextas-feiras, disponibilizará até US$ 1 bilhão por meio de leilões de linhas, modalidade na qual o a autoridade monetária vende dólares ao mercado com compromisso de recompra.
Fonte: Valor Online
Câmbio afeta estratégias e eleva preços
A avaliação de que o câmbio mudou de patamar no Brasil começa a provocar mudanças de estratégia nas empresas. Empresários que exportam ou importam ainda não sabem onde a taxa de câmbio vai parar, se ficará acima ou abaixo de R$ 2,40, mas as mudanças que já ocorreram no cenário doméstico e mundial mudaram seus planos.
O primeiro efeito mais direto está nas empresas importadoras, que estão reajustando preços no mercado doméstico para compensar o aumento no custo de produção decorrente da importação mais cara. Ao mesmo tempo, algumas exportadoras começam a fazer cálculos para baixar os preços de venda e conquistar - ou reconquistar - novos mercados e clientes. Diferentemente do movimento cambial anterior, que fez o dólar saltar para R$ 2,20, a mudança recente foi suficiente para alterar a composição de custo das empresas.
O reajuste de preços no mercado interno por conta do câmbio já acontece em vários segmentos. Empresas como a fabricante de eletrodomésticos Latina, a indústria de eletroportáteis Mondial, a Quattro Industrial, da área de plásticos, e a Metalplan, relatam reajustes como resultado da pressão de custos como alta do dólar. Na Quattro, não havia reajustes há dois anos e na Metalplan, pelo menos desde 2008 os reajustes aconteciam apenas em janeiro. Pela primeira vez em cinco anos a empresa elevou os preços no mercado interno na virada para o segundo semestre. Com os preços congelados desde 2012, a Latina fez reajustes na semana passada.
Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior, diz que as empresas estão refazendo as contas como resultado do ritmo de desvalorização do real no últimos três meses e da percepção de mudança de cenários. "O efeito mais imediato deve ser o repasse de preços pelas empresas que possuem insumos importados ou com preços atrelados à moeda americana. Essas companhias já estão pagando por um dólar mais alto no momento em que desembaraçam a mercadoria e fazem o fechamento de câmbio."
Para Barral, até o patamar perto de dólar a R$ 2,20 as empresas ainda conseguiam absorver o impacto da desvalorização. "Perto dos R$ 2,40 já fica mais difícil." Ele lembra, porém, que os ajustes não serão lineares. "Haverá muita negociação de preços, tanto pelos que importam quanto pelos que exportam."
Giovanni Marins Cardoso, diretor comercial da Mondial, diz que até julho a empresa conseguiu absorver o aumento de custo relacionado à desvalorização cambial por meio de corte na margem de lucro. Com o dólar atual, porém, diz ele, a empresa está estudando produto a produto para verificar a possibilidade de repassar o aumento de custos ao preço.
Cardoso conta que 82% do custo com insumos da empresa é afetado pela alta do dólar. Ele lembra que nessa fatia há uma parcela importante de insumos adquiridos no Brasil, mas que é influenciada pelo dólar porque segue a cotação de preços internacionais, como polipropileno, cobre e aço. "Não temos mais gordura para queimar. Nossas margens já estão muito apertadas. Estamos avaliando o impacto do dólar em cada um dos produtos para verificar a possibilidade de corrigir preços."
A fabricante de linha branca Latina Eletrodomésticos reajustou em 5% os preços na semana passada, por conta do dólar. Valdemir Dantas, presidente da empresa, diz que não havia mais espaço para amortizar a pressão do custo dos insumos. As compras externas são responsáveis por 3% dos custos totais de produção da Latina, que também foi pressionada pelo aumento de preços de fornecedores nacionais que utilizam insumos importados, como aço e plásticos. "Alguns clientes pediram para postergar o aumento em alguns meses porque não conseguiriam arcar com isso agora."
Esperando um ano "difícil" para fechar a meta de crescimento de 5%, a Latina revisou para baixo a projeção inicial de 8% de aumento no faturamento para 2013. "O problema é que o importador repassa o aumento na hora do câmbio enquanto que para exportar é preciso ser mais cauteloso na hora de aumentar a margem", diz Dantas.
No caso da Quattro Industrial, indústria de tubos plásticos laminados, o câmbio tem impacto direto nas resinas, que representam 50% do custo de produção da empresa. Com a desvalorização, a empresa fez este ano dois reajustes de preço. A empresa estava há cerca de dois anos sem remarcações.
"A desvalorização do real este ano mudou o cenário", diz Vlamir Gorgati, diretor da empresa. Os reajustes, explica, foram necessários para repassar a pressão de custo. Para Gorgati, se a desvalorização mantiver a evolução atual, será possível fazer reajustes para recompor margem, já que a desvalorização do real aumenta a competitividade em relação aos produtos importados. A alta do dólar, diz, mascara em parte o custo de produção muito alto da indústria de transformação no Brasil. Mas para recompor as margens atualmente muito justas, destaca o diretor, é preciso esperar uma acomodação dos preços da resina.
O câmbio também alterou o calendário de reajustes da Metalplan, fabricante de bens de capital. Por conta da recente desvalorização mais acelerada do real, a empresa reajustou em 5%, na média, os preços de venda no mercado interno na virada para o segundo semestre. Nos últimos cinco anos a Metalplan reajustou preços somente em primeiro de janeiro, conta Edgard Dutra, diretor comercial da empresa.
"Cerca de 30% do seu custo de produção sofre impacto quase que imediato da alta do dólar", diz Dutra. O impacto, destaca ele, pode não parar por aí. "Já se acendeu uma luz amarela para um novo reajuste que pode acontecer antes de janeiro de 2014, caso a evolução da desvalorização mantenha o ritmo atual."
No caso da Metalplan, porém, o efeito da desvalorização do real vai além do impacto no custo dos insumos. A alta do dólar beneficiou as exportações da empresa. Hoje cerca de 10% do faturamento da empresa vem da exportação. Em 2011, a fatia era de apenas 5%.
Fonte: Valor Online
Após anúncio do Banco Central, dólar abre em queda no Brasil
As medidas anunciadas pelo Banco Central do Brasil ontem para apoiar o real estão oferecendo apoio para uma variedade de outras moedas de países emergentes na manhã nesta sexta-feira, no fim de uma semana turbulenta de perdas desencadeadas pela perspectiva de mais aperto da política monetária dos EUA. No Brasil, a moeda abriu em queda. Às 10h05, tinha baixa de 1,64%, cotada a R$ 2,398. Na mínima, atingiu R$ 2,382.
O movimento de alta das moedas de países emergentes ocorreu antes de uma entrevista do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, à CNBC. Ele afirmou que, diante dos dados atuais, estaria confortável com um movimento de redução dos estímulos do Fed em setembro.
O BC disse ontem que, a partir desta sexta-feira, ofertará leilões diários no valor total de aproximadamente US$ 100 bilhões. Até agora, o BC já ofertou US$ 45 bilhões, o que leva a um saldo próximo de US$ 55 bilhões até o final do ano. As ofertas serão de leilões de swap cambial e de linha (venda de dólares com compromisso de recompra).
As notícias ajudaram a tirar o real do menor nível ante o dólar em quatro anos, de R$ 2,4540. Os analistas disseram que o movimento do Brasil estava também ajudando as moedas de mercados emergentes, como a lira da Turquia, a ganharem força.
“A intervenção no Brasil foi um sinal positivo para todos os mercados emergentes. Ela sinalizou aos investidores que os bancos centrais estão lá reagindo mais e estão mais agressivos. Eles estão prontos para acelerar a intervenção deles para estabilizar os mercados”, afirmou o estrategista de mercados emergentes do Citigroup Luis Costa.
O analista do Barclays Sebastian Brown afirmou que a intervenção poderá sinalizar que “a tolerância para taxas de câmbio fracas nos mercados emergentes está perto de acabar, fornecendo mais evidência das crescentes pressões inflacionárias”.
Países com déficits em conta correntes significativos pagaram até agora um preço elevado, refletindo as preocupações dos investidores de que enfrentarão dificuldades para obter o dinheiro que precisam quando o Federal Reserve (Fed) iniciar a retirada do programa de estímulo de US$ 85 bilhões em setembro.
Os países na linha de fogo e que estavam sob pressão significativa no início desta semana eram Indonésia, Turquia e Índia. Desde o fim de maio, as rupias da Indonésia e da Índia recuaram 15% ante o dólar. A lira atingiu níveis recorde de baixo. Mas, depois de registraram quedas fortes nesta semana, as moedas se recuperaram na sexta-feira.
Também está colaborando para a melhora das moedas nos mercados emergentes o anúncio por autoridades da Indonésia de um pacote de medidas para estabilizar a rupia e reduzir o déficit em conta corrente, que incluirá a introdução de um imposto de importação mais alto sobre produtos de luxo e a redução de uma cota de exportações minerais.
Pela manhã, o dólar ficou estável em relação à lira da Turquia, cotado em 1,9927 lira. Ante à rupia da Indonésia, o dólar subia 0,32%, para 10.835,00. A moeda americana recuava 0,59%, para 6403 rupias indianas.
Na Turquia, banco central lançou um leilão de US$ 350 milhões pelo segundo dia consecutivo.
A ação do Brasil ressoará no banco central da Turquia, disse o analista do Standard Bank Tim Ash, em Londres. Mas, como muitos outros observadores, ele afirmou que o efeito pode ser fugaz. “O programa de intervenção deve oferecer um pouco de alívio a curto prazo, mas eu não tenho certeza se ele realmente vai evitar a necessidade da Turquia de aumentar mais substancialmente as taxas de política monetária. Isso poderá, porém, dar a eles um pouco mais de tempo”, acrescentou.
Alguns investidores e analistas alertaram que os esforços para dar apoio às moedas não deverão acabar com a dor. “As medidas forneceram algum alívio, mas o processo de ajuste, que começou no fim de maio (quando o Fed falou pela primeira vez sobre a mudanças da política monetária), não acabou ainda. O dólar continuará firme. Os yields dos Treasuries não estão em um nível de equilíbrio e nós esperamos mais enfraquecimento no mercado emergente”, afirmou o gestor de carteiras da Schroders Clive Dennis.
Costa, do Citigroup, afirmou que as novas medidas no Brasil e na Indonésia e os esforços persistentes da Turquia para aliviar a pressão na lira chegaram um pouco tarde. “O mercado já se deteriorou significantemente desde maio. Eles serão suficientes? Ainda não. Os bancos centrais estão sob pressão significativa para estimular o crescimento nas suas economias”, acrescentou Costa.
Fonte: Estadão e Exame