Clipping Diário 22/12/2013
Publicado em 22/12/2013
Clipping Diário 22/12/2013
Papo Rápido Maria Claudia Evangelista - Secretária de Turismo de Florianópolis A cidade está pronta para receber o dobro da sua população nas próximas duas semanas? Nós estamos preparados. Trabalhamos o ano todo para receber bem estes turistas. É claro que a superlotação provoca alguns transtornos, mas investimos na preparação e seleção dos ambulantes, na instalação dos banheiros químicos e outras ações da Operação Presença. Nós buscamos o equilíbrio para que o impacto não seja nem tanto ao céu nem tanto à Terra. O que teremos de mais positivo na temporada e quais eventuais problemas são esperados? O mais positivo, sem dúvida, é a chegada do turista. São eles que geram emprego e renda na rede hoteleira, nos bares e restaurantes e toda a cadeia de comércio e serviços sai fortalecida. Ao mesmo tempo, sabemos que a superlotação provoca problemas de mobilidade e de abastecimento de água e luz. Fonte: Diário Catarinense -Visor - 22-12 Negócios em família A camisaria Dudalina não é o único legado de Adelina Hess e Duda Souza. O casal gerou 16 filhos e, com eles, mais de uma dezena de empresas que devem ganhar novo fôlego com os R$ 650 milhões da venda da companhia Pelas mãos de Adelina Hess de Souza, um lote encalhado de tecidos se transformou na gênese da maior camisaria da América Latina. Ao lado do marido, Duda – Rodolfo de Souza Filho, no batismo –, ela trabalhou para erguer a Dudalina e transformá-la em uma importante indústria do setor. O sucesso da empresa levou o Warburg Pincus e o Advent International – dois fundos americanos – a desembolsarem R$ 650 milhões por 72,2% do capital da empresa no começo deste mês. Mas o legado de Adelina e Duda, falecidos em 2008 e 1996, vai além da Dudalina: o casal gerou 16 filhos e, para eles, transmitiu o gene do empreendedorismo. Desde a infância, os 11 meninos e cinco meninas (todos batizados com nomes compostos) se revezavam para ajudar os pais a tomar conta dos negócios. Além da fábrica de camisas, os Hess de Souza administravam um pequeno comércio de secos e molhados, em Luis Alves, e, mais tarde, lojas em Balneário Camboriú e Blumenau. Com a venda da participação da Dudalina para os fundos americanos, os irmãos terão mais tempo para se dedicar aos seus próprios negócios – e recursos para investir em suas famílias. A longa negociação, que se estendeu por dois anos, levou em conta o valor necessário para bancar os sonhos dos herdeiros. – Foi um bom negócio para todo mundo, ninguém ficou chateado. Foi uma negociação dura, porque nós projetamos uma cifra e trabalhamos até eles reconhecerem esse valor – diz Armando César, 56 anos, sétimo filho do casal. Desde 2006, ele está à frente da indústria de tecidos RenauxView, em Brusque. Mas durante 12 anos ocupou o cargo de presidente da Dudalina. Armando assumiu a vaga no lugar do primogênito Anselmo José, 65 anos, e convenceu o conselho de administração a aceitar Sônia Regina, 58, que está na presidência desde 2003. Hoje, além dela, apenas Rui Leopoldo, de 53, trabalha na área executiva da companhia - mas a empresa chegou a ter sete dos 16 irmãos na operação. Na lista de negócios administrados pelos herdeiros está a marca de roupa casual Beagle, fundada pelo caçula Marco Aurélio, 44 anos, a boutique Tida, de Florianópolis, de Maria Aparecida Zanatta, 61 anos, além da RenauxView, de Armando, e diversos investimentos no setor hoteleiro e imobiliário. A família também já se envolveu com política e ocupou cargos na prefeitura de Blumenau e no governo de Santa Catarina. Agora, projeta um novo capítulo: o dinheiro da venda irá inaugurar um ciclo de criação de negócios que deverá perpetuar o nome da família pelas próximas páginas do empreendedorismo catarinense. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 22-12 Empreendedores desde o berço Durante as férias escolares, irmãos se dividiam em dois turnos para ajudar os pais no trabalho Odia começava cedo na casa dos Hess de Souza mesmo quando as férias escolares já haviam iniciado. No verão, as lojas Dudalina abriam as portas às 8h em Balneário Camboriú. Os irmãos se dividiam em dois turnos para ajudar os pais no trabalho. – Aos 10 anos, me tornei campeão em vendas de camisa. Desde cedo aprendemos que há um grande prazer em trabalhar – conta Armando. Nas fábricas da Dudalina, nas lojas da família e nos outros negócios, os herdeiros puderam aprender a administrar e desenvolver produtos. Conceitos que, mais tarde, serviriam para tocar os próprios negócios. – Somos uma família muito grande, o tempo todo tínhamos atividades. Uma hora era industrial, depois comercial. Via os meus pais e os meus irmãos mais velhos fazendo negócios. Isso acabou se incorporando ao meu DNA – diz Rodolfo Francisco de Souza Neto, 50 anos. Durante muitos anos, Rodolfo trabalhou no hotel Himmelblau, em Blumenau, que também fez parte do grupo. Hoje atua no mercado imobiliário e preside a holding Adro – da união de Adelina e Rodolfo – que administra o patrimônio familiar. – Todos nós temos projetos de vida individuais. Com certeza, conforme for entrando o dinheiro, vamos investir em novos empreendimentos – diz Rodolfo. Como os irmãos, Sérgio, 59 anos, começou a vida profissional na Dudalina. Mais velho e estudando em Itajaí, ele trabalhou nas lojas de Balneário Camboriú e, em 1969, foi para Blumenau, onde começou como vendedor e chegou a ser responsável pelas oito lojas da marca na época. – Fiz parte do conselho de administração da Dudalina durante 25 anos, até maio deste ano fui conselheiro. Hoje o meu negócio é o escritório de advocacia – diz Sérgio. Depois das enchentes que arrasaram Blumenau na década de 1980, ele decidiu ser advogado e foi cuidar do escritório aberto pelo irmão, Vilson Luiz, 62 anos. Hoje, Vilson é um investidor que aposta em diversas empresas na região do Vale do Itajaí. Para ele, a Dudalina tem um valor financeiro, mas principalmente sentimental para a família. Ele é o terceiro filho mais velho e foi presidente do conselho de administração da empresa por mais de 20 anos, cargo que deixou em setembro de 2012. Além da Dudalina ele se dedicou à carreira política por muitos anos. Foi deputado federal entre 1987 e 1991, e vice-prefeito de Blumenau entre 1993 e 1996. Herdeiro da Dudalina Somos uma família muito grande, o tempo todo tínhamos atividades. Via os meus pais e os meus irmãos mais velhos fazendo negócios. Isso acabou se incorporando no meu DNA . Fonte: Diário Catarinense – Economia – 22-12 Marcas de estilo O universo da família Hess de Souza sempre girou em torno de modelagens, máquinas de costura e tecidos. Não à toa, os negócios de vários irmãos estão nessas áreas. Marcelle de Souza Zanatta, 31 anos, é diretora de uma das lojas multimarcas mais tradicionais de Florianópolis, a Tida. Neta de Duda e Adelina e filha de Maria Aparecida Hess de Souza, a Tida, ela diz ter nascido em meio às roupas que os pais vendiam na própria casa. O pai comercializava camisas da Dudalina, e as esposas dos clientes começaram a pedir peças femininas. A mãe então passou a trazer de São Paulo peças para as mulheres. A primeira loja foi inaugurada junto com o Beiramar Shopping, há 20 anos. – A Tida herdou esse jeito familiar de atender. O capuccino que servimos era oferecido também na nossa casa. Hoje, junto com a mãe, ela administra a loja do Beiramar, do Iguatemi e as franquias da Dudalina nos shoppings Continente Park, Itaguaçu e Beiramar. Marco Aurélio, 44 anos, o Kiko, iniciou a carreira como desenvolvedor de produto na Dudalina. Mas, comprovando ter empreendedorismo no sangue, logo começou a andar com as próprias pernas. Depois de comprar da Dudalina a loja-piloto da Base & Co, em Blumenau, e recuperar os resultados da marca, ele resolveu lançar a Beagle. Fundada em 2004, a linha de roupas de casual adventure hoje tem 30 filiais e mais de mil pontos de venda no Brasil. – A Dudalina foi uma escola, onde adquiri capacidade de gestão. A Beagle é independente, mas aprendi muito na empresa da família – diz. A Beagle cresceu 40% em 2012 e deve manter o mesmo ritmo em 2013. Kiko também tem uma pousada na Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú, a Ponta do Lobo, e um hotel em Gaspar, o Arraial do Ouro. À frente da fabricante de tecidos RenauxView, comprada com um sócio em 2006, Armando César também apostou na moda para recuperar a empresa, que enfrentava um período difícil. De lá para cá, passou de 400 para 800 funcionários. Agora, se prepara para fechar um ano de crescimento nas vendas. Fonte: Diário Catarinense – Economia – 22-12