Clipping Diário 22/08/2013
Publicado em 22/08/2013
Clipping Diário 22/08/2013
Urbanismo
Secretário Dalmo Vieira Filho deu uma aula de urbanismo na noite de terça-feira (20), na CDL de Florianópolis. Por mais de uma hora, Dalmo apresentou os projetos urbanísticos que a prefeitura pretende implantar, entre eles deques “abraçando” a Ponte Hercílio Luz, Centro Sul e passarela Nego Quirido no aterro do Saco dos Limões e planejamento integrado. Tudo que Florianópolis precisa.
Fonte: Notícias do Dia – Ponto Final
INÉRCIA
O mês de agosto vai chegando ao fim sem que a Assembleia Legislativa consiga votar o projeto de lei que dá poder de polícia administrativa ao Corpo de Bombeiros Militar de SC. Nas palavras do presidente do Legislativo, deputado Joares Ponticelli, o tema que ganhou contornos de prioridade das prioridades depois da tragédia de Santa Maria, em fevereiro, já demorou a ser apreciado. A promessa era de que seria analisado antes do recesso, em julho.
Por conta de duas emendas apresentadas pelo deputado Darci de Matos, às vésperas de ir a plenário, e da pressão exercida por Joinville e pelos Bombeiros Voluntários, decidiu-se novamente adiar a análise até a volta aos trabalhos em agosto. Agora, com as federações empresariais acatando a sugestão de Matos e sugerindo mais tempo à discussão, volta-se à estaca zero na proposta. E o avanço na fiscalização das casas noturnas segue paradinho...
TESE LEGÍTIMA
O deputado Darci de Matos (PMDB) entende que suas emendas defendem o interesse do setor produtivo, que é seu papel lutar pela ampliação do debate sobre o tema e que não é o simples poder de polícia aos Bombeiros Militares que fará a diferença na questão.
ENQUANTO ISSO...
O coronel Marcos de Oliveira, comandante do Corpo de Bombeiros Militar e o próprio Joares Ponticelli pretendem conversar sobre a demora com o governador Colombo até amanhã. A ideia é levar o projeto à votação em plenário o mais rápido possível.
Fonte: Diário Catarinense – VISOR – 22/08
MÍNIS
- A Berlanda é a maior rede de móveis e eletrodomésticos de SC segundo os rankings da Exame e do Valor.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 22/08
BOXES RESTANTES
Prefeitura abre segunda licitação para o Mercado
Edital deve ser publicado hoje no Diário Oficial do Município para preencher 43 pontos comerciais
A Secretaria Municipal de Administração publica hoje no Diário Oficial do Município o edital de licitação para 43 boxes do Mercado Público de Florianópolis, sendo 13 localizados na Ala Sul e 30 na Ala Norte. Os espaços não tiveram interessados no primeiro processo, com 114 boxes disponíveis e 67 empresas vencedoras. Segundo Gustavo Miroski, secretário municipal de Administração, o mix de produtos foi alterado e a previsão de término da concorrência é de 60 dias.
A segunda licitação será nos mesmos moldes da anterior: ganhará a melhor oferta financeira e a concessão será de 15 anos, com possibilidade de renovação para mais 15.
– Preferimos tratar melhor os armazéns e empórios, porque algumas empresas não haviam entendido a proposta. Especificamos empórios de carnes exóticas, laticínios, vinhos e produtos catarinenses, por exemplo. Também teremos boxes de tecidos e ofícios, como chaveiro, costureira e sapateiro, além de uma cervejaria artesanal – revelou.
De acordo com Miroski, quatro boxes serão cedidos a entidades assistenciais, um será ocupado pelo Sebrae, um pelo Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (Igeof) e outro ficará à disposição da zeladoria do Mercado Público.
Parte da reforma termina antes da temporada
Além disso, das 67 vencedoras da primeira concorrência, apenas 64 assinaram o contrato e poderão ocupar seus espaços. Três foram desclassificadas e tiveram seus nomes publicados no Diário Oficial ontem. A Quallity Comércio de Alimentos – que fez proposta de R$ 199 mil – , o barbeiro Fernando Lupercio Klingelfus – com oferta de R$ 70 mil pelo box – e Comércio de Sorvetes e Krepes Cabral – que ofereceu R$ 46 mil –, não cumpriram a proposta e deverão pagar multa de 10% do valor.
A assinatura do contrato com as empresas vencedoras resultou na arrecadação de R$ 8,6 milhões, que serão destinados integralmente à reforma. O lançamento do edital para as obras ficará para segunda-feira. A prefeitura acredita que as obras possam iniciar no final de outubro, depois da desocupação dos boxes pelos comerciantes atuais.
– A Ala Norte será completamente interditada. Com o incêndio de 2005, essa parte ficou bem adequada ao novo mix, então a obra não demorará muito. Enquanto a prefeitura fará a reforma, novos concessionários poderão adequar seus espaços. Esperamos reabertura antes da temporada – explicou Miroski.
As obras na Ala Sul, segundo o secretário, serão mais complexas e só iniciarão depois do término da obra na outra ala. – Vamos fazer por quadrantes e queremos achar uma alternativa para não ter que fechar as peixarias. Tudo deve ficar pronto no primeiro semestre de 2014 – afirmou.
Está aberta a disputa pelos boxes do Mercado Público de Florianópolis
A Prefeitura licita os últimos boxes disponível no prédio a partir desta quinta-feira
Segunda etapa de licitação dos boxes do Mercado Público inicia nesta quinta-feira
Está lançada a segunda licitação dos boxes do Mercado Público. O processo que levantou mais de RS 8,6 milhões para os cofres do município na primeira etapa, agora pretende arrematar metade do valor com os 43 boxes que estão para negócio. Vence quem apresentar a melhor oferta financeira. O dinheiro arrecadado irá revitalizar o prédio construído em 1899.
A licitação integra as três iniciativas para remodelar o Mercado, as outras são reforma e projeção do vão central. O valor mínimo de propostas para aquisição de um boxe é R$ 800 por metro quadrado, mas algumas ofertas superaram cem vezes este valor na edição anterior.
O pagamento deve ser realizado no prazo previsto no edital, para evitar multas. A Quallity Comércio de Alimentos , que ofereceu R$ 199 mil, Fernando Lupercio Klingelfus, R$ 70 mil, e Comércio de Sorvetes e Krepes Cabral, R$ 46 mil, servem como exemplo. Não realizaram o depósito e irão pagar multa de 10% do valor apresentado na concorrência.
Quem adquirir o título oneroso pode explorar o comércio por 15 anos (com possibilidade de renovação do acordo). Dos boxes licitados, 30 estão na Ala Norte e 13 na Ala Sul. O procedimento para escolher os novos donos do Mercado encerra em dois meses.
Outros sete boxes terão função social, por isso não serão licitados. Quatros deles serão usados para venda de produtos de entidades assistenciais, que ainda não foram definidas. Entre elas podem estar instituições como Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e cooperativa de papéis reciclados. Outros dois ficarão para entidades de apoio aos pequenos negócios, Sebrae e Igeof (Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis). O último ficará com a zeladoria do mercado.
Na próxima semana, a Prefeitura Municipal de Florianópolis licitará as obras no prédio, de acordo com seu novo padrão comercial, que prioriza a venda de produtos locais e retira boa parte dos artigos de camelô que dominam a Ala Norte, que será totalmente interditada para a reforma.
Dia 3 de setembro será lançado o concurso para elaborar o vão central. O prazo para interessados encerra dia 31 de outubro. No dia 26 de novembro, a população já saberá o nome do arquiteto responsável pelo projeto.
BOX
- Em 2010, Dario Berger anunciou a licitação dos espaçou, mas o processo não avançou;
- Em 2012, foi realizada no seu governo uma licitação, mas o TCE (Tribunal de Contas do Estado) verificou 10 irregularidades e cancelou os trâmites;
- Dia 23 de julho, os primeiros vencedores da licitação foram anunciados;
- Hoje abre a licitação para 43 boxes no Mercado Público de Florianópolis (30 boxes na ala norte e 13 boxes na ala sul);
- A concessão de título é de 15 (quinze) anos, podendo ser renovado;
- O valor mínimo das propostas esta fixado em R$ 800,00 (oitocentos reais) o metro quadrado;
- Vence quem oferecer a maior oferta financeira;
- A estimativa da Prefeitura é arrecadar R$ 12 milhões, que será utilizado para reformar o prédio.
Fonte: Notícias do Dia – Cidade – 22/08
A depreciação do câmbio é bem-vinda
Paulo Nogueira Batista Jr./DIRETOR-EXECUTIVO DO FMI PARA O BRASIL E MAIS 10 PAÍSES
A volatilidade do câmbio, que anima exportadores mas preocupa por gerar mais pressão inflacionária, não tem prazo para acabar. Tanto o banco central dos Estados Unidos quanto os de outros países estão mudando suas políticas monetárias para sair da crise. O alerta é do diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Brasil e mais 10 países, Paulo Nogueira Batista Júnior, que recebeu terça-feira o título de Personalidade Econômica do Ano 2012, concedido pelo Conselho Federal de Economia. Em entrevista ao DC, ele explica pela primeira vez, as razões do seu voto sobre programa do fundo para a Grécia.
Diário Catarinense – Há muita preocupação com o câmbio. Como está o cenário para o dólar?
Paulo Nogueira Batista Jr. – Um dos problemas que estamos enfrentando é o rescaldo de um longo período de sobrevalorização cambial e que só agora, depois de muitos anos, está sendo corrigido. A sobrevalorização do real prejudicou bastante a economia brasileira. Temos um déficit na balança comercial pela primeira vez em muito tempo. De uma certa maneira, essa depreciação do câmbio, que se verifica nos últimos meses, é bem-vinda. O problema é que, se for muito forte, pode ser desestabilizadora. O Banco Central está tentando diariamente fazer face a essa volatilidade excessiva da taxa de câmbio e tendência de forte depreciação. É um fenomeno global, ligado à mudança da política monetária americana e está afetando as moedas dos países emergentes.
DC – Existe prazo para o banco central americano finalizar este processo?
Nogueira – Não. O banco central americano (Federal Reserve, o Fed) se engajou, nos últimos anos, num processo sem precedente de expansão da sua base monetária, conhecido como políticas monetárias heterodoxas, adotado para evitar uma depressão na sua economia. O que acontece é que estamos entrando em uma fase em que os principais bancos centrais do mundo estão se preparando para normalizar a política monetária, e este processo dificilmente vai ser tranquilo.
DC – Como o senhor avalia o esforço do governo brasileiro para combater a inflação?
Nogueira – A inflação brasileira nos últimos anos tem ficado abaixo do teto da meta, mas na faixa superior da meta oficial de inflação, que é 4,5%. Por causa da inflação e da necessidade de recuperar a credibilidade da política monetária, o Banco Central resolveu elevar a taxa de juros. Essa decisão difícil e problemática, parece ter começado a obter seu retorno, porque as perspectivas de inflação estão cedendo em parte pela melhora das condições climáticas, dos preços dos alimentos, mas também, presumo, porque muitos mercados perceberam que a decisão do BC de iniciar um ciclo de alta da taxa de juro, em 2013, sinaliza para os mercados a autoridade monetária brasileira e do governo brasileiro.
DC – O senhor prevê algo sobre o crescimento do Brasil neste ano?
Nogueira – Embora a economia esteja se recuperando desde o final de 2012, ela tem sido lenta e decepcionante. Ela está ocorrendo, mas me parece claro que a economia brasileira crescer 3% não é suficiente. O Brasil tem necessidade e potencial para crescer muito mais. Mas para isso precisa acontecer uma coisa que o país está tentando, mas não está plenamente conseguindo, que é investimento na economia brasileira.
DC – Sua decisão de se abster de votar para programa do FMI à Grécia gerou muita polêmica. Por que tomou aquela decisão?
Nogueira– Quando um diretor se abstém, ele sai da base de cálculo da maioria requerida para aprovar uma revisão e um desembolso. Foi o que fiz. Porque queria, sem obstruir o desembolso da Grécia, indicar uma preocupação com o andamento do programa grego. Assim como outros brasileiros que operam em organismos internacionais, temos uma condição ambivalente, uma empatia com a situação de um país devedor. Não muito tempo atrás, éramos nós os devedores. E no caso da Grécia é pior, porque é um país devedor do FMI, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, e frequentemente as autoridades da área do euro são mais duras do que o próprio FMI.
Fonte: Diário Catarinense – Economia - 22/08
EMPREGO
SC registra recuo no mês de julho
Balanço divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho mostra redução de novas vagas
Santa Catarina encerrou o mês de julho com um saldo de 1.344 novas vagas de emprego, indicando um acréscimo de 0,07% no período, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. O resultado é preocupante se comparado ao mês anterior, junho, quando foram criados 5.527 empregos com carteira assinada em SC.
De janeiro a julho, o Estado teve balanço positivo de 66.371 vagas. Nos últimos 12 meses, o saldo ficou semelhante, com 66.442 novos postos de trabalho.
No Brasil, o saldo líquido de empregos formais foi de apenas 41.463 vagas, resultado de 1.781.308 admissões e de 1.739.845 demissões. O saldo é o menor para o mês desde 2003, quando a série sem ajuste registrou a criação de 37.233 vagas. Nesse mesmo ano, pela série ajustada, a geração de postos de trabalho foi de 57 mil.
Comércio teve tímida geração de empregos
Os segmentos que mais fecharam vagas foram os de serviços (4.545) e indústria (3.610). Nos setores de extração mineral e de serviços industriais de utilidade pública, as demissões superaram as contratações em 236 e 1.321 postos respectivamente. No comércio, a geração foi positiva, mas muito fraca, de 1.545 vagas. Nos serviços, a contratação foi de 11.234 trabalhadores em julho e, na construção civil, de 4.899. Na administração pública houve estabilidade (55 novos postos). A agricultura foi o segmento que mais ajudou a sustentar o resultado positivo do Caged – contratou 18.133 pessoas a mais do que demitiu.
Já os interiores dos aglomerados tiveram um aumento quase que generalizado do emprego, com a criação conjunta de 35.587 postos.
O diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério, Rodolfo Torelly, destacou que o interior não está sendo tão afetado pela preocupação dos mercados, que atinge as capitais e grandes cidades.
Fonte: Diário Catarinense –Economia – 22/08
EM ALTA
Dólar atinge maior nível desde 2008
Mesmo com intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, moeda é cotada a R$ 2,45
O Banco Central bem que tentou, mas apesar de duas intervenções no mercado de câmbio, o dólar comercial – utilizado nas exportações e importações – subiu ontem 2,38%. A moeda fechou cotada em R$ 2,451, o maior valor desde 2008.
Na tarde de ontem, a disparada teve um motivo claro: influenciada pela ata da mais recente reunião do banco central americano (Federal Reserve, o Fed), mostrou sinais de que a autoridade pode reduzir seu programa de estímulo econômico em breve.
Na prática, o termino do programa marca o fim do dinheiro “barato”, em que investidores aproveitam os juros baixos nos Estados Unidos para pegar dinheiro e investir em países emergentes, mais arriscados, mas com retorno maior.
Além da turbulência no cenário internacional, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, enfrenta fogo amigo dentro do governo.
– O BC tem sido atrapalhado por agentes do governo que opinam sobre a taxa cambial sem responsabilidade. Um comentário pode influenciar o mercado – avalia o economista João Ricardo Costa Filho, associado da Pezco Microanalysis.
Nos últimos dias, diferentes setores do governo não conseguem chegar a um consenso sobre o patamar ideal para a moeda. Enquanto o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto de Carvalho, afirma que a alta do dólar preocupa, o colega da pasta do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, diz o dólar está “chegando ao ponto que precisa”. No meio disso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também não conseguiu transmitir uma mensagem clara para o mercado. Se ateve a afirmar que o dólar sobe, mas também pode descer.
Número
2,38% foi o percentual de alta da moeda norte-americana somente nesta quarta-feira. O dólar fechou o dia cotado a R$ 2,451.
Fonte: Diário Catarinense –Economia – 22/08
ECONÔMICAS
Moda e acessórios lideram as vendas
A categoria de moda e acessórios foi a responsável pelo maior volume de produtos vendidos pela internet no primeiro semestre deste ano, superando outros itens mais tradicionais do setor, como eletrodomésticos e eletrônicos. É a primeira vez que isso acontece desde 2000. De acordo com dados da consultoria E-bit divulgados ontem, produtos como roupas e calçados representaram 13,7% do volume de compras virtuais.
Fonte: Diário Catarinense –Economia – 22/08
EXPORTAÇÃO
Câmbio anima empresas de SC
Em Santa Catarina, 55% das empresas preveem crescimento nas vendas externas deste ano em comparação com 2012.
É o que aponta uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que mostra ainda que 36,3% do grupo pesquisado prevê estabilidade nos valores exportados.
– Esse cenário ganha mais força com a mudança de patamar da taxa de câmbio, especialmente no último mês – afirma o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.
Conforme o levantamento, os motivos mais citados para a internacionalização são o crescimento da empresa, acesso a novos mercados e aumento da competitividade. Quanto aos obstáculos encontrados durante o processo de internacionalização, 75% das empresas pesquisadas destacaram a burocracia excessiva em órgãos governamentais brasileiros, a acirrada concorrência internacional, a falta de incentivos fiscais por parte do governo brasileiro, política cambial desfavorável às exportações, elevado custo de transporte internacional e a recessão em alguns países.
Em relação à busca por novos mercados, 24,5% devem focar nos países da América do Sul; 18,1% na África, e 16,1% na América Central.
Fonte: Diário Catarinense –Economia – 22/08
CONTAS EM DIA
Mutirão de conciliações chega a Itajaí
Defensoria ajuda na renegociação de dívidas e na busca por acordos com a Caixa Econômica
A população de Itajaí conta hoje e amanhã com auxílio jurídico gratuito da Defensoria Pública da União (DPU), no mutirão de conciliações promovido pela Caixa Econômica Federal e pela Justiça Federal.
A DPU presta assistência aos cidadãos que comparecem sem advogado constituído para negociar dívidas e buscar acordos com a Caixa.
A defensora pública federal Vanessa Almeida Moreira Barossi, que representará a DPU nas audiências, comemora a iniciativa de se promover conciliações para ajudar na redução do número de ações na Justiça.
– As partes sentam para conversar e conseguem chegar a um acordo, o que é difícil sem estar frente a frente. É possível fazer um acerto em que o pagamento caiba no orçamento do cidadão – explica.
Auxílio colabora para divulgação do órgão
Para Vanessa, a oferta de auxílio jurídico gratuito durante as audiências colabora também para tornar a DPU mais conhecida da população.
Em julho, o mutirão passou pelas cidades de São Miguel do Oeste, Chapecó, Concórdia e Joaçaba, no Oeste do Estado, onde foram firmados acordos em 81% das audiências. Blumenau e Brusque receberam a ação no início desta semana, e as outras regiões de Santa Catarina participam da iniciativa nos próximos meses.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 22/08
MERCADO EM DIA
Ata do banco central dos EUA agita o câmbio
A ata da reunião de julho do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), divulgada na tarde de ontem, sacudiu o mercado cambial no Brasil. Alguns membros do Fed declararam que, diante do crescimento da economia americana, aproxima-se o momento de reduzir os estímulos financeiros, embora outra ala tenha defendido a manutenção dos incentivos por mais tempo.
Agentes econômicos no Brasil entenderam que o repasse mensal de US$ 85 bilhões para a compra de títulos da dívida americana está próximo do fim, com gradativa redução a partir de setembro e término em 2014. Quando isso ocorrer, espera-se que os Estados Unidos elevem sua taxa de juros para atrair dólares espalhados pelo mundo.
O efeito após a divulgação do relatório do Fed foi imediato. O dólar comercial disparou mais de 2%, e encerrou o dia negociado a R$ 2,451, maior valor desde 9 de dezembro de 2008. O Banco Central (BC) interferiu duas vezes no mercado com leilões de swap cambial, movimentando US$ 2,762 bilhões. A segunda intervenção ajudou a segurar a disparada. No final do dia, o BC anunciou que fará novos leilões nesta quinta, no valor de US$ 4 bilhões.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou queda de 0,2% no fechamento. O pregão foi agitado por uma entrevista do presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmando que a empresa não pretende comprar a MMX, mas tem interesse no porto do Sudeste, da empresa de Eike Batista.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 22/08
TOP OF MIND
Empresas que inspiram o consumidor
Marcas e personalidades mais lembradas pelos catarinenses são premiadas hoje em Florianópolis
Elas são referência em qualidade e marketing e não saem da cabeça dos catarinenses. As 58 empresas e personalidades mais lembradas pelos consumidores e pelos executivos do Estado serão premiadas às 19h30min de hoje, na 19a edição do Top of Mind.
O evento, que ocorre na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis, será transmitido ao vivo pela TVCOM.
O Top of Mind é promovido há 19 anos pelo jornal A Notícia, em parceria com o Instituto Mapa. Neste ano, cerca de mil catarinenses de 25 municípios das seis mesorregiões do Estado, divididas pelos critérios do IBGE, foram entrevistados entre 1o e 8 de abril para a premiação tradicional.
– O Top of Mind é um meio de reconhecer as marcas que trabalham com um modelo de gestão adequado, que cuidam de sua imagem para receber uma valorização merecida no mercado – afirma o diretor regional do Grupo RBS em Joinville, Bruno Watté.
Para o presidente do Instituto Mapa, José Nazareno Vieira, mais do que reconhecer a excelência do trabalho destas marcas, a iniciativa identifica peculiaridades do impulso de compra do público.
Evento premiará também indústria, comércio e serviços
Além da pesquisa com consumidores, 156 executivos catarinenses com cargo de liderança foram entrevistados e ajudaram a consolidar o Top Executivo. A premiação conta neste ano com 17 categorias e 18 vencedores escolhidos por gestores de empresas de médio e grande portes, dos setores de indústria, comércio e serviços de SC.
– O Top Executivo é a valorização de marcas que realizam um trabalho excepcional, mas que não estão diretamente ligadas ao consumidor final – argumenta José Nazareno Vieira.
O Top of Mind 2013 tem apoio da Fiesc, BRDE e da Martinelli Advocacia Empresarial. Fecomércio, Selbetti e Tractebel são os patrocinadores desta edição.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 22/08
SEGURANÇA AMPLIADA
Florianópolis terá mais iluminação
Iluminar as ruas para aumentar a sensação de segurança das pessoas. Com essa premissa a prefeitura de Florianópolis, a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública do Estado lançaram a Operação Presença, que visa reduzir a criminalidade com mais luz nas ruas. Ao todo, serão 949 novas lâmpadas a serem instaladas em pontos estratégicos com base em dados levantados pela PM.
O projeto, que já começou a ser aplicado, vai instalar lâmpadas com uma vida útil maior em pontos onde a baixa luminosidade contribui para a prática de crimes. Para o prefeito Cesar Souza Junior, a medida não vai resolver todo o problema, mas é algo que o município pode fazer para ajudar na segurança da cidade.
Ao todo R$ 1,7 milhões serão aplicados pelo município. O dinheiro já estava previsto no orçamento e provêm da Contribuição Para Custeio sobre Serviço de Iluminação Pública (Cosip).
– O dinheiro já seria aplicado na iluminação pública. A diferença é que agora há um critério para esse investimento. Não é achismo – afirmou o prefeito.
O secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública, coronel Fernando Rodrigues de Menezes, explica que será feito um acompanhamento da criminalidade nos pontos abarcados pela Operação Presença. Depois poderá se comparar se a nova iluminação realmente melhorou a segurança destes locais.
Os locais escolhidos
Entorno do Parque da Luz, no Centro – 87 pontos
- Investimento – R$ 126.566,36
Entorno da Praça XV e Centro Antigo – 124 pontos
- Investimento – R$ 105.743,24
Entorno da UFSC – 136 pontos
- Investimento – R$ 297.904,34
Vila União – 90 pontos
- Investimento – R$ 86.441,72
Entorno do Trevo da Seta – 378 pontos
- Investimento – R$ 748.199,77
Ponta do Pitoco, na Lagoa da Conceição – 76 pontos
- Investimento – R$ 186.127,57
Avenida Patrício Caldeira de Andrade, no Abraão – 33 pontos
- Investimento – R$ 91.657,28
Praia das Palmeiras, Bairro Bom Abrigo – 25 pontos
- Investimento – R$ 22.952,28
Fonte: Diário Catarinense – Geral – 22/08
RELAÇÕES MELHORAM
Presidência agradece sim a vetos
A ministra-chefe da Secretaria das Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti (PT), disse ontem que a presidente Dilma Rousseff (PT) comemorou o resultado das últimas votações do Congresso pela manutenção dos vetos a quatro projetos.
Após participar de reuniões no Congresso ao longo do dia, Ideli explicou que a presidente ficou muito satisfeita porque a manutenção dos vetos teria sido fruto de muita conversa e de muita negociação.
A ministra afirmou que o governo pretende continuar negociando. A ideia é evitar a derrubada do veto aos 10% adicionais de multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), marcado para 17 de setembro. Ideli declarou que “não está na perspectiva do governo” acabar com a multa de 10% sobre demissões imotivadas, pois a medida evita esse tipo de demissão. Destacou ainda que os recursos dessa multa – R$ 3 bilhões – são destinados ao programa Minha Casa Minha Vida, mas admitiu que o governo poderá ser obrigado a negociar com o Congresso.
– Agora a negociação está aberta e vai fluir – disse Ideli.
Também fez questão de reforçar que o Planalto não concorda com a proposta de acabar com a multa e nem mesmo com a sugestão de fim gradativo da multa, em quatro ou cinco anos. Ela lembrou que o governo fez desonerações e que esses R$ 3 bilhões são fundamentais.
– (Dilma se reunir com as bancadas) foi fator determinante para o resultado das votações de ontem dos vetos – disse.
Ainda assim, elogiou o trabalho dos líderes governistas e aliados no Congresso e a ação presente do presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
De acordo com Ideli, Dilma estaria interessada em manter a interlocução direta com parlamentares.
Fonte: Diário Catarinense – 22/08
Dolar
Com dólar em alta, governo quer mudar tática de intervenção no câmbio
Apesar da oferta de US$ 1,774 bilhão, moeda americana fechou a quarta-feira a R$ 2,451
Depois que a atuação coordenada do Banco Central (BC) e do Tesouro falharam em segurar a cotação do dólar esta semana, a presidente Dilma Rousseff começou a definir uma nova tática para a atuação do governo. Na quarta-feira, a oferta de US$ 1,774 bilhão não foi suficiente para conter a alta da moeda americana. O esforço foi em vão e o dólar fechou a R$ 2,451. Apesar dos esforços do BC, profissionais do mercado veem mais possibilidades de o dólar romper os R$ 2,50 do que de a moeda voltar para os R$ 2,30.
A persistente volatilidade do câmbio exigirá do governo uma nova postura para definir em até que patamar o real pode se desvalorizar, seu impacto na inflação e a necessidade ou não de o BC operar no mercado à vista, hipótese que não tem a concordância, pelo menos neste momento, da própria autoridade monetária.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, cancelou sua viagem anual a Jackson Hole (EUA) e toda a diretoria do BC foi instada a permanecer em Brasília. Dilma, Tombini e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniram-se no início da noite para amarrar a nova abordagem. O Ministério da Fazenda avalia que, se necessário, o BC pode intervir, como já fez na crise em 2009, sem dar a entender que os US$ 374 bilhões de reservas desaparecerão em curto espaço de tempo, aprofundando a crise econômica. Essa é uma das avaliações feitas em conjunto com a presidente Dilma na quarta-feira.
Os dias têm sido difíceis para conter a escalada do dólar porque economistas do governo identificaram que parte da proteção à variação cambial (hedge) está sendo negociada no mercado secundário. Por isso mesmo, a necessidade de diferenciar as ações especulativas das que o mercado demanda como hedge contra a desvalorização do real.
A ideia foi separar o joio do trigo para identificar os movimentos especulativos e atacá-los de frente. O BC não considera que o mercado de câmbio esteja disfuncional, ou seja, sem referência para os preços. As intervenções do banco e a ação coordenada com o Tesouro estão ocorrendo para dar a liquidez necessária ao mercado. Banco Central e Fazenda consideram que, enquanto persistir a dúvida sobre o "timing" da retirada dos incentivos à economia americana, a tendência do real é a desvalorização. A alta do dólar, por sua vez, reflete o movimento do fluxo de capitais internacionais para os EUA.
Fonte: A Notícia – Economia – 22/08
Emprego fecha com saldo negativo em julho
Resultado é motivado por demissões da indústria fumageira no período
O mercado de trabalho em julho fechou com saldo negativo de 71 postos na cidade. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Apesar de ser o primeiro mês negativo desde janeiro, o saldo ainda é melhor se comparado com os últimos três anos: -184 vagas em 2012, -506 em 2011, e -153 em 2010.
Segundo o economista e pesquisador do Instituto Furb Nazareno Schmoeller, geralmente ocorre um fenômeno de desligamentos em julho. Um dos motivos está relacionado às demissões na indústria fumageira.
No Estado, foram criados 1.344 empregos, o que representou um crescimento de 0,07% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O crescimento do emprego nos setores de serviços (1.372 postos) e da construção civil (564 postos) ajudaram na expansão.
Já no Brasil, o crescimento foi de 0,10% em relação a junho. O desempenho positivo é resultado da geração de 1.781.308 admissões e 1.739.845 desligamentos no mês passado, os maiores para o período. No ano, ocorreu expansão de 2,29% no nível de emprego, equivalente ao acréscimo de 907.214 postos de trabalho.
Os setores que apresentaram declínio no nível de emprego foram os serviços industriais de utilidade pública com -1.321 postos (-0,34%) e a extrativa mineral com -236 postos (-0,10%).
Fonte: Jornal Santa Catarina – Economia – 22/08
IPCA-15 tem aumento de 0,16% em agosto
Prévia da inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,16% em agosto, alta superior à de julho, de 0,07%. No acumulado no ano, a taxa cresceu 3,69%, acima dos 3,32% do mesmo período de 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que divulgou os dados ontem. No grupo alimentos, a alta no preço do leite longa vida liderou os principais impactos individuais do mês.
Fonte: Jornal Santa Catarina – Economia – 22/08
Combustível
Para preço da gasolina chegar ao nível externo, alta seria de até 30%
Reajuste na proporção de dois dígitos, no entanto, está longe de acontecer, devido ao impacto político e ao estrago na inflação
Márcia de Chiara
Economistas projetam que para o nível atual de dólar, que fechou ontem em R$ 2,43, seria necessário um reajuste entre 24% e 30% no preço da gasolina na refinaria para equiparar a cotação do combustível ao nível internacional. Se esse reajuste fosse concretizado, o aumento na bomba seria de dois dígitos. Com isso, o estrago na inflação seria de quase um ponto porcentual e o IPCA deste ano romperia o teto da meta de 6,5% do governo.
"O reajuste nessa proporção está longe de acontecer", afirma o economista sênior do Banco Espírito Santo (BES). Ele explica que um aumento nessa magnitude seria pouco provável por causa do impacto político. Nas contas do economista, se houver reajuste, o mais provável é que ele varie entre 5% e 10%. Isso teria impacto de 0,27 ponto na inflação. Serrano projeta inflação de 5,8% para este ano, com câmbio a R$ 2,30 e sem o reajuste da gasolina.
A Rosenberg Associados também projeta inflação de 5,8% para este ano e, por enquanto, mantém estimativa até que se tenha uma posição mais clara sobre o reajuste do combustível. Fernando Parmagnani, economista da consultoria calcula que seria necessário aumentar em 30,7% o preço da gasolina na refinaria para equiparar o preço do combustível à cotação do produto no mercado internacional. Isso representaria um acréscimo de 23% na bomba e um impacto de 0,9 ponto porcentual na inflação.
Já nas contas de Adriana Molinari, analista da Tendências Consultoria Integrada, a necessidade de reajuste para levar o preço da gasolina ao patamar do mercado internacional é hoje de 24,3% na refinaria. Esse aumento corresponde a uma elevação de 15% do preço na bomba. O impacto no IPCA seria 0,58 ponto porcentual.
Fonte: O Estado de S.Paulo – Economia – 22/08
Governo já tomou decisão de elevar preço da gasolina
Reunião entre Dilma, Graça, Gleisi e Pimentel também definiu alta do diesel; aumento sai ainda este ano, mas o índice ainda não foi definido
A forte pressão que a escalada do dólar colocou sobre a Petrobrás forçou uma mudança de planos no governo federal, que deve conceder um reajuste nos preços da gasolina e do óleo diesel ainda neste ano. O Estado apurou que o reajuste deve ficar na casa de um dígito para os dois produtos, mas o martelo ainda não está batido quanto ao momento ideal para a alta nos preços.
Este foi o principal assunto tratado nesta quarta-feira, 21, pela presidente da estatal, Maria das Graças Foster, e a presidente Dilma Rousseff, em encontro fechado no Palácio da Alvorada, do qual participaram também os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. A avaliação consensual é que o preço do barril de petróleo, definido pelo mercado internacional, não deve ceder no curto prazo, algo que suavizaria o custo com as importações.
O reajuste nos preços já foi solicitado formalmente pela Petrobrás ao governo, e serviria para reduzir a diferença entre o custo do combustível comprado pela estatal no exterior e aquele vendido nos postos de gasolina no Brasil. A explosão do dólar nos últimos dias, que fechou a R$ 2,436 nesta quarta, aumentou esse diferencial - a Petrobrás precisa gastar mais reais para adquirir a mesma quantidade de combustível, cotado em dólar.
A medida, antes rechaçada pelo governo porque agravaria o quadro inflacionário do País, passou a ficar urgente depois que a cotação do dólar, em vez de ceder, só continua a subir. Segundo explicou um auxiliar presidencial, o dólar a R$ 2,20, como vigorava até dois meses atrás, já exigia um esforço financeiro da Petrobrás, que cobrava internamente por um reajuste, "então, a partir do momento em que o dólar continuou subindo, a situação vai piorando".
Inflação. A equipe econômica já reconhece hoje que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dificilmente terminará o ano abaixo do patamar de 5,84%, o que configuraria um nível inferior ao registrado no ano passado - essa era a meta perseguida e assumida publicamente pelo governo até poucas semanas atrás.
Com isso em mente, um reajuste na gasolina e no diesel ganhou força, uma vez que essa alta dos combustíveis não deve levar o IPCA a estourar essa "meta informal", e, ao mesmo tempo, também não deve implicar um salto além do teto da meta oficial perseguida pelo Banco Central (BC), de 6,5%.
Ao conceder o reajuste ainda neste ano, além de permitir à Petrobrás uma folga de caixa para sustentar seu grande programa de investimentos, o governo também deixaria a presidente Dilma Rousseff "livre" de uma alta impopular de preços no ano eleitoral de 2014.
No ano passado, a presidente da Petrobrás indicara que a estatal contava com um reajuste de 15% no preço da gasolina em 2013, de forma a viabilizar suas obrigações financeiras para este ano. Em fevereiro, como antecipou o Estado na época, o governo concedeu uma alta de 6,6% na gasolina, e de 5,4% no óleo diesel. O quadro econômico ficou ainda mais complicado nos últimos meses, diante da alta do dólar, reconhece o governo, mas um reajuste de dois dígitos para compensar as perdas está praticamente descartado.
Fonte: O Estado de S.Paulo – Economia – 22/08
Gasolina deve ter reajuste parcelado
O governo já decidiu que vai reajustar os preços dos combustíveis. Discute, agora, se serão aumentos parcelados e a partir de quando serão feitos, levando em conta o impacto dessas correções sobre a inflação. A situação da Petrobras agravou-se substancialmente com a desvalorização do câmbio nas últimas semanas. Ontem, a presidente Dilma Rousseff reuniu-se com a presidente da estatal, Graça Foster, e em seguida com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. A fragilidade da companhia "é um dos problemas mais dramáticos para o governo", disse uma fonte oficial.
Fonte: Valor Econômico – 22/08
Análise: Alta do dólar reflete também a queda do dinamismo da economia brasileira
Nos últimos dez anos, segundo dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), a participação do conjunto dos países emergentes na economia mundial saltou de 38% para 50%. O Brasil conseguiu surfar bem essa onda.
O ritmo mais intenso do crescimento brasileiro ocasionou um ambiente favorável para os investimentos, ajudou na valorização do real e provocou aumento do bem-estar da população. O acesso ao crédito aumentou e o poder de compra avançou.
Agora, no entanto, a situação ameaça mudar. Com os índices de inflação ao redor de 5,5% ao ano e o crescimento econômico limitado a 2,5% ao ano, a aposta no desempenho do Brasil perdeu atratividade em relação aos países desenvolvidos.
Como consequência, investimentos produtivos e aplicações financeiras começam a buscar outros destinos. Essa é a explicação para a forte alta do dólar em relação ao real que ocorre neste ano.
No momento, um dos potenciais competidores pelos recursos que estão aplicados no Brasil são os EUA. Com a sinalização do Fed, o banco central americano, de que pode reduzir o programa de estímulo monetário, a indicação é que a economia americana está em recuperação.
O índice S&P 500, principal referência do mercado acionário americano, acumula alta de 17% neste ano, até ontem. No mesmo período, em contraponto, ações brasileiras registraram desempenho simétrico, com o Ibovespa cravando queda de 17%.
A sensação geral dos aplicadores é que investir na maior economia desenvolvida do mundo oferece retorno mais seguro e rentável do que no emergente Brasil.
Se o cenário atual é difícil, está longe de ser desesperador. Os analistas mais otimistas acreditam que as condições serão suficientes para reeleger a presidente Dilma e postergar eventuais ajustes para um segundo mandato.
Os mais pessimistas, porém, realçam o poder de antecipação dos mercados: se nada for feito no curto prazo, a inflação vai subir, os juros também e o desemprego crescerá. A reeleição ficaria mais difícil e nova política econômica teria que ser seguida.
Do ponto de vista pragmático, há dois anos, a cotação do dólar era R$ 1,60. Mesmo que não volte a um patamar tão baixo, é sempre prudente evitar comprar na alta.
Fonte: Folha de São Paulo – Economia
Câmara aprova prazo mínimo de 12 meses para venda de franquias
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira projeto de lei que prevê um prazo mínimo de 12 meses de funcionamento antes que uma empresa possa vender franquias do seu negócio. O projeto tramita em caráter conclusivo e, por isso, se não houver recurso para levá-lo a plenário, irá direto para análise no Senado.
A legislação atual não estabelece prazo para que uma empresa possa começar a vender o direito de explorar sua marca ou produto. Autor do projeto, o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) disse que é necessário um prazo mínimo para que a empresa “demonstre ao público e ao mercado em geral que tem excelência comercial e administrativa suficientes para estabelecer um sistema de franquia”.
Fonte: Portal Varejista - 22/08
Com estoque maior, varejo pode enfrentar dificuldades, diz economista
O varejo teve bom desempenho no primeiro semestre deste ano, mas já começa a sentir os efeitos da desaceleração da economia, segundo levantamento feito pela Austin Rating a pedido do G1, analisando o desempenho de 22 empresas do setor. A perspectiva é que o setor enfrente dificuldades daqui para frente, segundo o economista-chefe da Austin Alex Agostini.
“No total, o varejo conseguiu manter o fôlego. O levantamento mostra que houve ganho de receita, que conseguiram vender mais. Conseguiram também ter lucro maior, a rentabilidade foi mantida no mesmo nível do ano passado. Mas a taxa de crescimento do estoque foi maior”, diz Agostini.
De acordo com os balanços, a receita líquida, que mostra o nível de venda das empresas, subiu 11,4% no semestre em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido subiu, em média, 9,6%. Já o estoque das empresas aumentou 15,6%, na mesma base de comparação.
Com condições mais adversas e o fim de incentivos às vendas por parte do governo, Agostini sinaliza que o potencial verdadeiro do setor será conhecido. “Sem as desonerações (do IPI para linha branca) e com menor crédito é que a gente vai ver a condição real do mercado, é igual ao camarada pego no antidoping”, diz.
Reduzidas para incentivar a atividade econômica, as alíquotas do IPI começaram a ser recompostas em fevereiro. As alíquotas originais, no entanto, só devem voltar a valer a partir de outubro.
Levantamento
Os maiores crescimentos do estoque ocorreram na Technos, em que a alta foi de 138%, para R$ 188 milhões; e na Cremer, que teve alta de 58% no estoque, para R$ 96,5 milhões. Por outro lado, Iguatemi e Magazine Luiza foram as únicas a ter queda de estoque, respectivamente de 40% (para R$ 4,3 milhões) e de 7% (para R$ 1,05 bilhão).
Ainda na comparação com o 1º semestre de 2012, as vendas também subiram mais na Technos (de 32%, para R$ 174 milhões) e na BR Pharma (alta de 31%, para R$ 1,5 bilhão). A única empresa que teve queda nas vendas no período foi a Souza Cruz, com redução de 0,4%, para R$ 2,97 bilhões.
Em relação ao lucro, o setor teve alta de 9,6% na média do semestre. As maiores altas foram da Hypermarcas, que subiu 1.019%, para R$ 122 milhões; e da Via Varejo – dona do Ponto Frio e das Casas Bahia –, de 875%, para R$ 195 milhões. Os piores resultados foram da Restoque – dona da Le Lis Blanc – que saiu de um lucro de R$ 900 mil para um prejuízo de R$ 13,3 milhões (queda de 1.640% no resultado); e da BR Pharma, que passou de lucro de R$ 7,6 milhões para prejuízo de R$ 5,5 milhões (queda de 172% no resultado).
Outro indicador de que a situação do varejo começa a preocupar é que as vendas das mesmas lojas – as que estão abertas há mais de um ano – subiram no mesmo nível do endividamento: 5,2% e 4,8%, respectivamente. “Houve crescimento no número de lojas, de 10,4%, o que mostra que empresas investiram, mas por outro lado, nas lojas que já existiam, a taxa de crescimento não foi tão significativa”, diz Agostini.
Segundo o economista, esse quadro mostra que o investimento impulsionou as vendas do varejo, o que não deve continuar ocorrendo nos próximos meses por conta das incertezas da economia. Caso as empresas não tivessem investido no primeiro semestre, o crescimento da receita teria ficado em 5%, diz.
Olhando as vendas por metro quadrado chega-se à mesma conclusão, aponta. “O resultado é positivo, mas não muito bom. O setor ganhou mais por metro quadrado, mas perdeu eficiência.” A área de vendas subiu 5,6% e a receita, 11,4%: o que mostra que foi preciso elevar o número de metros quadrados para vender mais.
Perspectivas negativas
Além dos dados do setor, Agostini cita diversos indicadores que apontam para um panorama mais difícil para o setor. As vendas no varejo cresceram 1,7% em junho, na comparação anual, segundo o IBGE. A confiança do consumidor, que indica a tendência das vendas, está em queda, segundo o índice medido pela FGV. O nível de estoque na indústria também aumentou, o que deve reduzir o fôlego da geração de emprego. A alta de juros deve diminuir a oferta de crédito, dificultando as vendas em segmentos que dependem disso, e a inflação vem corroendo o poder de compra para alguns níveis da população, principalmente a baixa renda.
Com esse pano de fundo, a expectativa é que, no decorrer do ano, os bons resultados fiquem mais concentrados em segmentos dos chamados bens de primeira necessidade, voltados à saúde, alimentação e higiene, segundo o economista. Os bens de consumo duráveis devem vender menos. “Há tendência natural da população, em cenário negativo ou desacelerando, de mudar a forma de consumir e priorizar o que é de primeira necessidade”, diz.
Fonte: Portal Varejista - 22/08
Juros futuros abrem em alta pressionados pelo dólar
A informação de que a decisão de reajustar os combustíveis já está tomada é mais um fator a colocar as taxas para cima
Câmbio: homem segura notas de dólar e real
Câmbio: novos leilões do Banco Central e do Tesouro Nacional podem ajudar a conter o nervosismo
Após fecharem em forte alta na quarta-feira, 21, indicando chance de uma Selic ao menos três pontos porcentuais mais elevada até o fim de 2014, os juros futuros estendem o movimento nesta quinta-feira, 22. A pressão é renovada mais uma vez pelo dólar, que já estava forte mais cedo no exterior, e pelo juro do título de dez anos dos Estados Unidos, negociado acima da marca de 2,90%, em reação à ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
A informação de que a decisão de reajustar os combustíveis já está tomada é mais um fator a colocar as taxas para cima. Esse reajuste, vale lembrar, está relacionado às dificuldades enfrentadas pela Petrobras com o real desvalorizado."Fica a expectativa de alguma medida mais incisiva no câmbio", disse há pouco o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.
Uma ou mais medidas poderiam vir de reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) às 15 horas. O encontro terá a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Ele cancelou sua viagem para o tradicional evento de Jackson Hole (Wyoming, EUA) promovido pelo Federal Reserve. O presidente do BC também se reuniu na véspera com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir a situação do mercado de câmbio, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Porém, novos leilões do Banco Central e do Tesouro Nacional podem ajudar a conter o nervosismo. O BC faz hoje leilão de rolagem de swap cambial tradicional, com oferta de até 20 mil contratos (US$ 1 bilhão) para 01/04/2014, às 10h30. Mais tarde, ofertará até US$ 4 bilhões em duas operações, sendo a primeira com recompra em 1º de novembro (11h15) e a segunda com recompra em 1º de abril do ano que vem (11h30).
Fonte: Portal Exame.com - 22/08