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Clipping Diário - 21/08/2014

Publicado em 21/08/2014
Clipping Diário - 21/08/2014

SEDE EM PALHOÇA

A CDL de Palhoça inaugura hoje, às 20h, no centro da cidade, uma nova sede de R$ 5 milhões. A presidente da entidade, Maria de Lourdes Rosa, informa que a prioridade será o aprimoramento de empresários e trabalhadores.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 21-08 

DESMONTE

A Deic ouviu servidores sobre a denúncia de fraudes em computadores para acesso ao controle do IPTU em Florianópolis. O inquérito ainda não está concluído, mas alguns pedidos policiais já estão com o juiz que julga organizações criminosas.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 21-08 

DE MOEDA EM MOEDA...

As máquinas CataMoeda ultrapassaram a marca do primeiro milhão de reais recolhidos – e o empresário Victor Levy, criador do sistema, não pretende parar por aí. A ideia é simples: o cliente deposita as moedas em uma máquina e recebe um vale-compras com um pequeno extra. A iniciativa, inédita no Brasil e desenvolvida por uma empresa de Florianópolis, já colocou mais de 4 milhões de moedas de volta à circulação em menos de nove meses de funcionamento.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 21-08 

Curtas

A secretária Nacional de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira, fará palestra dia 23 de agosto, às 9h, no Golden Hotel, sobre Defesa do Consumidor. Iniciativa do candidato ao Senado Milton Mendes (PT).
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 21-08 

É hoje!

Um dos maiores prêmios de sustentabilidade e responsabilidade empresarial, o Empresa Cidadã da ADVB/SC será entregue hoje em Lages para as 15 melhores iniciativas de empresas catarinenses nas áreas de preservação ambiental, desenvolvimento cultural e participação comunitária. A cerimônia terá como cenário a Pousada Rural do Sesc. Para receber os cerca de 400 convidados, estão programadas duas apresentações de alunos da Escola Livre de Música, da Fundação Franklin Cascaes: uma de sax e outra de flautas transversais.
Fonte: Diário Catarinense – Juliana Wosgraus – 21-08 

POSSE DA FIESC

O evento de posse da diretoria da Fiesc gestão 2014-2017 será amanhã, a partir das 19h30min, na sede da entidade, em Florianópolis. O presidente é o empresário Glauco José Côrte, reeleito dia 27 de junho para mais um mandato de três anos. Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, confirmou presença. Ele informou esta semana que o ano para a indústria brasileira “está perdido”. O setor crescerá entre zero e 0,8%.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 21-08 

TRÂNSITO 24H

TESTE NO TRÂNSITO I

Ontem, durante todo o dia, foi realizado um teste no trânsito da Rua Koesa, bairro Kobrasol, em São José. Cones foram distribuídos ao longo da via, diminuindo o espaço para veículos e ampliando as calçadas. Segundo a prefeitura, a intenção é valorizar a vocação gastronômica do local, com espaços arborizados e áreas de convívio para a comunidade.

TESTE NO TRÂNSITO II

Os comerciantes da região da Rua Koesa, em São José, chegaram a fechar a via ontem, das 18h30min às 19h30min. Eles são contra a mudança no trânsito. A prefeitura explica que foi realizado apenas um teste e que hoje os moradores podem dar a opinião através de uma consulta pública disponível no site www.pmsj.sc.gov.br.
Fonte: Diário Catarinense – Trânsito 24h – 21-08

Contra a pirataria

Empresas que forem flagradas vendendo produtos piratas terão suspensa a inscrição estadual. O anúncio do secretário de Estado da Fazenda, Antônio Gavazonni, foi feito terça-feira em Florianópolis durante reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Moda, ligada à Fiesc. Um decreto vai providenciar, na próxima semana, a alteração necessária no estatuto do ICMS.
É mais uma ação do governo para atender antiga reivindicação da indústria, em especial o setor têxtil do Vale do Itajaí que tanto sofre com a falsificação de produtos. Na semana passada a Polícia Civil anunciou a intenção de criar uma delegacia especializada no crime.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Pancho – 21-08

Prioridade na segurança

Historicamente, os pedidos de Joinville na segurança recebiam ressalvas porque outras cidades apresentavam indicadores piores e eram, digamos, mais prioritários. Pois no três primeiros meses do ano, Joinville registrou o mesmo número de assaltos a comércio, 121, do que Florianópolis e Blumenau juntas. Os dados do primeiro trimestre são os mais atuais divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Fonte: A Notícia – Jefferson Saavedra – 21-08 

Combate à pirataria

A Secretaria da Fazenda de Santa Catarina vai suspender a inscrição estadual de empresas flagradas com a prática do comércio de produtos piratas. Para isso, na próxima semana será feita alteração, por decreto, no estatuto do ICMS.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 21-08 

Trabalhador tem ganho real médio maior durante o primeiro semestre

Os acordos salariais fechados no primeiro semestre deste ano tiveram aumento real médio acima do negociado no mesmo período do ano passado.
De janeiro a junho deste ano também cresceu para 93% o percentual de negociações salariais com reajustes acima da inflação. Esse percentual havia recuado para 83,5% em igual período do ano passado. Em 2012, considerado o melhor ano das negociações salarias, chegou a 95,6%.
Somente 2,6% dos acordos do primeiro semestre deste ano não conseguiram zerar as perdas da inflação no salário neste ano. No ano passado, eram 5,8%.
Os dados estão em estudo divulgado nesta quinta-feira (dia 21) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que analisou 340 negociações salariais de trabalhadores da indústria, do comércio e do setor de serviços com data-base de janeiro a junho.
Nos primeiros seis meses deste ano, o ganho real médio (acima da inflação) desses acordos foi de 1,54% ante 1,08% de igual período de 2013.
Esse é o terceiro maior aumento real médio verificado desde que o Dieese começou a acompanhar em 2008 os acordos salariais dessa série de 340 acordos.
"Apesar da onda de pessimismo e dos efeitos da inflação na economia, os aumentos reais médios foram melhores do que os de 2013", diz Airton Santos, coordenador de atendimento técnico sindical da entidade.
Isso porque, explica o técnico, a inflação acumulada nos 12 meses anteriores a cada data base ficou em patamar inferior neste ano.
"Para repor a inflação acumulada em abril do ano passado, os trabalhadores precisavam negociar reajustes de 7,22%. Neste ano, o INPC acumulado em abril foi de 5,62%", diz Santos.
Com taxa de desemprego baixa e inflação em menor patamar, o mercado de trabalho continua aquecido e os sindicatos conseguem negociar reajustes que ficam acima da inflação.
O melhor ganho real médio foi obtido pelos trabalhadores em 2012, quando os salários tiveram aumento de 2,15% acima da inflação medida pelo INPC. O indicador é mais utilizado pelos sindicatos para negociar reajustes.

MELHORES AUMENTOS

Na indústria, foram os trabalhadores da construção e mobiliário, os metalúrgicos e os empregados das empresas de alimentação os que conseguiram os maiores aumentos reais médios. No comércio, o destaque foi para o ramo de minérios e derivados de petróleo.
Os trabalhadores das áreas de transporte e turismo também conseguiram embolsar os melhores aumentos reais no setor de serviços.
Metroviários, motoristas de ônibus e empregados do setor de limpeza urbana são algumas das categorias que conseguiram aumentos salariais com paralisações e greves que ocorreram antes e durante a Copa do Mundo.
O Mundial, realizado entre junho e julho deste ano, também serviu de fator de pressão para negociar aumento de salário e benefícios para algumas categorias, segundo revelou reportagem da Folha.
"As paralisações bem sucedidas podem ter servido de estímulo para que outras categorias profissionais reivindicassem ganhos salariais maiores", afirma o coordenador.

EM BAIXA

Dentre os trabalhadores que não conseguiram recuperar o poder de compra no primeiro semestre e tiveram reajustes inferiores ao INPC acumulado em suas datas-base, sete acordos foram negociados área industria l–corresponde a 4,5% das 156 negociações analisadas nesse setor.
A produção na indústria recuou pelo quarto mês consecutivo em junho. Os dados do IBGE mostram perda de ritmo generalizada do setor.
A indústria tem sido afetada pela desaceleração econômica no país, calendário apertado pela Copa, e mais recentemente pela crise argentina e seu impacto no setor automotivo.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também mostraram que a indústria sofre a piora no emprego formal em junho, com fechamento de 28,6 mil postos.
No comércio, dos 46 acordos analisados pelo Dieese, somente um não teve reajuste igual ou acima da inflação. O mesmo ocorre no setor de serviços, em que 138 negociações salariais foram verificadas e somente uma ficou abaixo do INPC.

O QUE VEM POR AÍ

Para o segundo semestre, a tendência é de esses resultados se manterem, de acordo com o técnico.
"Como o mercado de trabalho ainda está gerando vagas, apesar de ter diminuído o ritmo de abertura de vagas, e a inflação, segundo vários indicadores, sinalizar para tendência de queda, os acordos salariais negociados até dezembro devem se manter em patamares semelhantes aos do primeiro semestre", diz Santos.
Petroleiros, bancários, metalúrgicos e comerciários são algumas das categorias profissionais com data-base no segundo semestre que já se mobilizam para obter reajustes acima da inflação em suas campanhas salariais.
Fonte: Folha de São Paulo – 21-08 

Retomada de bens em caso de inadimplência será facilitada

Ministro Guido Mantega atende antiga reivindicação de bancos e agiliza autorização do cliente para retomada de bens em caso de inadimplência. Crédito mais fácil para reduzir estoques de montadoras.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira, 20, uma nova medida para fortalecer o mercado de crédito, atendendo a uma antiga reivindicação do setor financeiro. A mudança facilita a retomada de bens financiados, como veículos e motocicletas.
"Recentemente a inadimplência no crédito de automóveis aumentou. Essa inadimplência já caiu, mas algumas instituições tiveram dificuldade de retomar o bem em caso de inadimplência", justificou o ministro.
Mantega disse que o governo criará agora uma modalidade em que o tomador de crédito pode dar uma autorização expressa para retomada do bem. Antes, as instituições tinham dificuldade para fazer essa retomada de bens com a chamada alienação fiduciária.
"Quando tiver contratando o crédito, o tomador vai optar ou não por uma retomada do bem no caso de inadimplência. Com isso, ele terá mais chance de ter o crédito, porque hoje os bancos ficaram mais restritivos por causa da insegurança. E, como é mais garantido, tem chance de reduzir o custo do crédito", disse o ministro.
Mantega afirmou que o Brasil tem hoje o juro real em um dos menores patamares da série histórica, em torno de 4,8%. Ele lembrou que já foi de até 30%. "O juro tem que ser flutuante mesmo, ao sabor da política monetária", completou. Questionado se há expectativa de o juro ao consumidor cair, Mantega disse que as medidas barateiam custo para instituição financeira, que podem reduzir o seu spread. "Quando aumenta segurança jurídica, também pode reduzir spread. Então pode diminuir juro cobrado do consumidor. Claro que isto é uma decisão do sistema financeiro. Estamos criando as condições para que isso aconteça", disse, acrescentando que é um mercado livre e que cabe ao governo criar condições para que a taxa de juro possa baixar. 
Fonte: O Estado de São Paulo – 21-08

Com alimentos e hotéis em queda, prévia da inflação sobe só 0,14%

O resultado prévio da inflação de agosto, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma uma sequência de meses com inflação baixa e pode até ajudar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial de preços, a ficar dentro do teto da meta estipulada pelo governo, de até 6,5% ao ano, em agosto. A diferença, no entanto, seria mais simbólica do que indicação de uma melhora no quadro inflacionário.
Em agosto, o IPCA-15 teve alta de 0,14%, ante variação de 0,17% em julho, e acumulou 6,49% em 12 meses. Para o fechamento de agosto, as projeções se dividem. A Tendências Consultoria, por exemplo, revisou seus números de alta de 0,27% para inflação de 0,22%, o que resultaria em um IPCA de 6,48% acumulado em 12 meses. É a mesma estimativa com que trabalha a Concórdia Corretora. Para a LCA Consultores, o IPCA deve cravar os 6,5% no mês, como já aconteceu em julho, o que, tecnicamente, é ainda dentro do limite.
Para outras instituições, no entanto, isso não é uma certeza: na contramão da Tendências, o Itaú Unibanco elevou sua projeção para o mês, de 0,25% para 0,27%, o que resultaria em um IPCA de 6,59%. Já o Banco ABC Brasil fala em uma margem entre 0,20% e 0,25% para o IPCA de agosto, a diferença entre uma inflação anual de 6,46% e 6,51%.
"O que surpreendeu foi a deflação em alimentos, inclusive com desaceleração nas refeições fora do domicílio, o que já pode ser um sinal de demanda mais fraca", disse Adriana Molinari, analista da Tendências. O grupo de alimentação saiu de queda de 0,03% na prévia de julho para queda de 0,32% em agosto, e foi um dos principais colaboradores para o índice baixo. O maior impacto isolado foi o de diárias de hotéis, item que, depois de subir na Copa do Mundo, registrou agora redução de 23,54%.
Mesmo sem considerar esse efeito, no entanto, há desaceleração. Nos cálculos da Tendências, a inflação dos serviços pelo IPCA-15 de agosto, desconsideradas as diárias de hotéis e passagens aéreas, foi de 0,55%, contra 0,63% no mesmo período em 2013. "Começamos a observar os impactos de uma demanda mais fraca sobre a inflação, o que pode ser visto também em bens duráveis e semi-duráveis", disse Adriana.
Fábio Romão, analista da LCA Consultores, lembra que, depois de oito anos crescendo 3,5% acima da inflação, a renda passou a crescer a um ritmo de 2% ao ano de 2012 para frente. "Isso tem desdobramentos, e sinaliza altas mais modestas nos serviços", disse. "Em 2012 e 2013 a inflação de serviços foi de 8,7%; neste ano já deve ser de 8% e, no próximo, 7,6%.
O economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio Leal, destaca que a composição do índice está mudando, com os preços livres perdendo espaço para os administrados. "Inflação com preços livres mais baixos e administrados mais altos é melhor do que o contrário, já que os administrados são uma coisa exógena ao sistema", disse.
Os administrados consideram as tarifas principalmente de serviços públicos que são ajustadas por contrato ou regulação, e não pela flutuação do mercado. No IPCA-15 de julho, esse grupo, aponta Leal, havia variado 0,05% e, em agosto, passou para 0,59%, impulsionado principalmente por reajustes na conta de luz em São Paulo e Paraná. Por outro lado, os preços livres, que lideravam a alta em julho com variação de 0,21%, oscilaram apenas 0,01% em agosto, favorecidos principalmente por alimentos e bebidas, que, em época de clima favorável, tiveram redução de 0,32% na prévia atual.
Para o encerramento de 2014, os economistas não mexeram em suas projeções para o IPCA, que vão de 6% a 6,3%, diferenciadas entre si basicamente pelas expectativas sobre o aumento da gasolina, que ainda não foi anunciado pelo governo e pode sair em parcelas tanto neste como no próximo ano.
Fonte: Valor Econômico – 21-08 

Governo retira amarras para tentar acelerar o crédito

Coimbra, do BC: 'Objetivo é aumentar operações em relação ao primeiro semestre'. Os pacotes anunciados ontem pelo governo podem evitar que o crédito bancário se desacelere abaixo da expansão de 12% prevista pelo Banco Central para este ano, ao dar incentivos sobretudo ao crédito consignado e financiamento de veículos. O desempenho do mercado, entretanto, vai depender da demanda de crédito pelas famílias, avaliam fontes de bancos oficiais ouvidas pelo Valor.
O conjunto de medidas inclui a liberação adicional de R$ 10 bilhões em depósitos compulsórios para os bancos aplicarem em crédito e um alívio de R$ 15 bilhões nas exigências de capital para incentivar a expansão de financiamentos. Também contempla mudanças na legislação para facilitar a execução de garantias, desburocratizar o processo de concessão de crédito e ampliar as possibilidades de captação de recursos.
O novo pacote foi anunciado duas semanas depois de os principais banqueiros do país pedirem, em reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, um novo alívio nas regras prudenciais para evitar uma desaceleração ainda mais forte do crédito, um dos principais fatores de sustentação da já fraca demanda agregada.
O governo deu uma atenção especial, no pacote, aos financiamentos para a aquisição de veículos, que foram um dos líderes do ciclo de expansão de crédito de anos recentes, mas vinham encolhendo desde 2013.
Uma das medidas anunciadas pelo Banco Central ontem permite a liberação de compulsórios somente para instituições financeiras que ampliarem em pelo menos 20% a concessão de financiamentos de veículos. Até então, o benefício era concedido para os bancos independentemente do crescimento de suas carteiras. "O objetivo é aumentar as operações em relação ao que tivemos contratado no primeiro semestre", disse o chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistemas de Pagamentos do Banco Central, Daso Coimbra.
O Banco Central acabou com a punição com requerimento maior de capital dos bancos que fazem financiamentos de veículos com prazo de mais de 60 meses. A euforia do mercado de crédito até 2010 foi puxada, em grande parte, pela oferta de crédito para compra de carros com até 100 meses.
A Fazenda, por outro lado, encaminhou uma proposta de mudança na legislação que permite a retomada mais rápida dos automóveis quando o cliente não paga as prestações. A expectativa é que o prazo de retomada de veículos nessas situações, que hoje chega a 18 meses, possa cair para cerca de três ou quatro meses. A alta inadimplência e a dificuldade para recuperar as garantias foram dois fatores que levaram bancos privados a se retraírem no mercado de veículos.
O Banco Central tem repetido, porém, que o segmento de financiamento de veículos anda mais fraco não apenas por escassez de oferta, mas sobretudo por falta de demanda. Os seguidos cortes de impostos feitos pelo governo para estimular a compra de carros fizeram com que consumidores antecipassem suas compras.
Fontes de bancos oficiais reconhecem que a falta de demanda é um problema, mas veem os primeiros sinais encorajadores. A procura por financiamentos teria sido levemente mais forte em julho. Os índices de confiança dos consumidores tiveram uma pequena reação nos últimos dois meses, e a queda da inflação contribui para aumentar a renda - dois fatores que têm uma alta correlação com a demanda por empréstimos.
No crédito consignado, o BC deu alívios importantes nos requerimentos de capital dos bancos. Um deles foi extinguir um requerimento mais alto de capital, de 150%, para operações com prazos remanescentes acima de 60 meses. Outro foi reduzir de 75% para 50% as exigências de capital para crédito consignado feito com funcionários públicos com estabilidade, grupo que inclui basicamente os servidores federais.
O crédito consignado também foi um dos líderes do ciclo de expansão de crédito dos últimos anos, mas recentemente vinha apresentando arrefecimento.
Os primeiros cálculos mostram que os bancos públicos - Caixa Econômica Federal e Banco do brasil - serão os principais beneficiados porque são líderes nesse mercado de crédito consignado e poderão liberar mais capital. Assim, em tese terão mais folga de capital para lastrear a expansão de suas carteiras, num período em que já desaceleravam seu avanço justamente por causa de seus níveis apertados de capitalização. O Banco Central também aliviou exigências de capital para a prestação de garantias de empresas que disputam leilões de concessão, um segmento de mercado com uma forte atuação de bancos federais.
Uma fonte de um banco oficial ponderou, porém, que bancos privados, como o Itaú, têm crescido bastante no segmento, sobretudo a partir do crédito originado pelo BMG. O Itaú tem uma boa folga de capital, na visão dessa fonte, mas poderá operar com maior grau de liberdade no porque tem desde já um colchão maior de capital para cumprir as regras de Basileia 3.
Fonte: Valor Econômico – 21-08 

Prévia da inflação oficial fica em 0,14% em agosto

IPCA-15 acumula taxas de 4,32% no ano e de 6,49% no período de 12 meses. A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), ficou em 0,14% em agosto deste ano. A taxa é inferior às observadas em julho deste ano (0,17%) e em agosto do ano passado (0,16%). Segundo dados divulgados hoje, dia 20 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula taxas de 4,32% no ano e de 6,49% no período de 12 meses.
O principal responsável pelo recuo da taxa foram os alimentos, que tiveram deflação (queda de preços) de 0,32% na prévia de agosto. Segundo o IBGE, muitos produtos alimentícios ficaram mais baratos no período, como a batata-inglesa (-20,42%), o tomate (-16,47%), o feijão-carioca (-5,49%), as hortaliças (-5,13%), o óleo de soja (-3,17%) e o feijão-preto (-3,11%).
Também contribuíram para a inflação menor na prévia de agosto, as deflações dos grupos de despesas pessoais (-0,67%), comunicação (-0,84%) e vestuário (-0,18%).
Por outro lado, o aumento das despesas com habitação (1,44%) e transportes (0,2%) evitaram uma queda maior da taxa de inflação. No grupo habitação, a inflação foi puxada pelo aumento de preços dos artigos de limpeza (1,47%), taxa de água e esgoto (1,37%), condomínio (1,36%), aluguel residencial (0,66%) e mão de obra para pequenos reparos (0,66%).
O IPCA-15 de agosto foi calculado com base em preços coletados entre os dias 15 de julho e 13 de agosto.(Agência Brasil)
Fonte: Economia SC – 20-08

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