Clipping Diário - 20/01/2015
Publicado em 20/01/2015
Clipping Diário - 20/01/2015
Pedido de privatização será avaliado por Dilma
PROPOSTA FOI ENTREGUE ao ministro da Secretaria de Aviação Civil ontem em Brasília
Apresentado ao ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, o pedido para privatizar o Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, será levado a presidente Dilma Rousseff. Caso seja aceito, o leilão só ocorrerá em 2016. A proposta de repassar a administração do aeroporto para iniciativa privada foi entregue ao ministro ontem, em Brasília, pelo governador Raimundo Colombo e pelo prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior. Os senadores Luiz Henrique da Silveira e Casildo Maldaner também participaram da reunião.
A sugestão foi bem recebida por Eliseu Padilha, que tratará com a presidente a possibilidade de incluir o terminal catarinense na próxima rodada de concessões, ainda sem data para ser lançada.
– É um dos aeroportos de maior movimentação de voos charter do Brasil, portanto, não se pode perder um mercado deste porte, altamente rentável – avaliou o ministro.
A reunião também abordou os constantes problemas na obra do terminal de passageiros do Hercílio Luz. A União rompeu o contrato com a empresa Espaço Aberto, responsável pelo empreendimento que só foi 7% concluído, e conversa com a segunda colocada na licitação a retomada dos trabalhos.
O consórcio formado pelas empresas Isolux, SA Paulista e Córsan-Corviam negocia os valores e condições para retomar a obra, que deveria custar R$ 188 milhões. Os governos federal e estadual têm pressa para reiniciar as obras.
– Somos vítimas de uma empresa que não honrou um contrato – destacou o governador.
Com obras pendentes, a SAC assegurou que a retomada da construção do terminal de passageiros não inviabilizará uma possível concessão do aeroporto. Se for necessário, o vencedor do leilão terá de concluir as melhorias em andamento.
– A concessão não impede que se reinicie a obra, as duas coisas podem andar de mãos dadas - disse o ministro.
As obras no aeroporto estão paradas desde agosto.
Fonte: Diário Catarinense – 20-01
Aeroporto da Capital: Atrasos e factoides
Uma gigantesca caveira de burro continua enterrada no aeroporto Hercílio Luz nos últimos dez anos período em que o projeto foi aprovado oxigenada pela incompetência da Infraero e descaso do governo federal.
Agora, a pedido do governador Raimundo Colombo e do prefeito Cesar Souza Junior, o governo Dilma promete a “solução milagrosa”: incluir o aeroporto de Florianópolis em novo pacote de concessões. Já existem dois e agora o secretário nacional de Aviação Civil, Eliseu Padilha, promete incluir o Hercílio Luz.
Outra vez “seria cômico se não fosse trágico”. A Infraero não cobrou em tempo o cumprimento do contrato com o consórcio liderado pela Espaço Aberto. A obra está superatrasada. A diretoria da Infraero só foi questionar a inadimplência um ano depois. Não viu que a construtora arrastava-se sem tirar o terminal do chão. Muito pior: a Infraero não cobrava e não deu a menor satisfação ao povo catarinense. E as autoridades estaduais e municipais também pouco se queixavam de Brasília. Ao contrário, era só aplausos e apoios à reeleição de Dilma.
Vem agora a notícia de Eliseu Padilha de que o contrato com a Espaço Aberto vai ser rescindido e que “dentro de um ano” será deflagrado o processo de concessão.
A Infraero é tão competente que o terminal de passageiros não tem meio metro de parede, mas a estatal já comprou escadas rolantes e fingers, expostos ao relento ao lado da nova pista.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 20-01
Corte de abastecimento afeta Santa Catarina
APAGÃO AFETOU OITO Estados e o Distrito Federal ontem. Mais de 140 mil unidades consumidoras catarinenses ficaram às escuras a partir das 15h
Santa Catarina não ficou ilesa do apagão que atingiu pelo menos oito Estados e o Distrito Federal ontem à tarde. Mais de 140 mil unidades consumidoras ficaram às escuras por 45 minutos em diversas regiões catarinenses, a partir das 15h. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que restrições na geração e transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, além do consumo elevado por causa do calor, provocaram uma redução no abastecimento. Com as temperaturas elevadas deste verão, especialistas não descartam novas quedas de energia até fevereiro. A última interrupção no fornecimento de energia no Estado por ordem do ONS ocorreu em fevereiro de 2014.
De acordo com o ONS, que controla o Sistema Interligado Nacional (SIN), a sobrecarga de energia provocou a perda de unidades geradoras e usinas. Isso totalizou uma diminuição de 2.200 mega-watts (MW) na geração para o sistema. Para compensar, o Operador determinou o corte de carga em diversas distribuidoras de energia. Além de Santa Catarina, os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo, e o Distrito Federal sofreram apagões de quase uma hora.
Em nota, a Centrais Elétricas de Santa Catarina S/A (Celesc) informou que precisou “fazer um corte de carga por determinação do ONS”. Cerca de 140 mil unidades consumidoras ficaram 45 minutos sem energia a partir das 15h de ontem. A Celesc diminuiu o consumo em 150 mega-watts (MW). A distribuidora catarinense esclareceu que isso representou o desligamento de 41 alimentadores, ou 3,7% da demanda no momento do corte. Não há registros de perdas na indústria do Estado por causa do desabastecimento energético. Por volta das 20h da noite de ontem, o sistema de acompanhamento da Celesc mostrava que 50 mil unidades consumidoras estavam sem senergia no Estado.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, fez uma coletiva e disse que não há risco de racionamento. Afirmou que existe energia, mas garantiu que a matriz termelétrica é cara.
Fonte: Diário Catarinense – 20-01
Consumo excessivo
Alto consumo no país sobrecarregou sistema
O Operador do Sistema Elétrico (ONS) informou que a queda ocorreu exatamente às 14h55min. Poucos minutos depois, as distribuidoras de vários Estados já estavam fazendo cortes de carga. Para Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia, o horário do desabastecimento é um sinal claro do alto consumo:
– O período de pico no consumo energético fica entre 14h e 15h diariamente. É quando o calor está intenso e as pessoas utilizam aparelhos que puxam muita carga, como o ar-condicionado, por exemplo.
Em 2014, o mês de fevereiro bateu recordes de calor, mas este ano o mês de janeiro está surpreendendo.
Por isso, com a tendência do calor intenso permanecer, a previsão do mercado energético não é muito animadora com relação a possíveis novas quedas no abastecimento.
– Em fevereiro de 2014 o país consumiu mais de 66 mil MW. Como comparação, em junho o consumo foi de 58 mil MW – avalia o presidente da Comerc Energia, Cristopher Vlavianos.
Fonte: Diário Catarinense – 20-01
Alta de impostos compensa erros de gestão
Enquanto o país tentava entender o primeiro grande apagão do ano realizado à tarde pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou no início da noite de ontem um pacote de aumento de impostos com o objetivo de obter R$ 20 bilhões para retomar o equilíbrio das contas públicas.
A gasolina terá alta de R$ 0,22 por litro; o diesel, R$ 0,15, o Imposto sobre Operações Financeiras à pessoa física subirá de 1,5% para 3% e o IPI de cosméticos nacionais e importados também terá alta. É claro que eram medidas esperadas diante da péssima situação das contas públicas federais, mas o pacote é totalmente contrário às promessas de campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Aliás, ela dizia que essas medidas seriam tomadas somente se um dos seus opositores vencesse o pleito, o que deixa muito claro que foi uma campanha de mentiras para enganhar eleitores. Também chama a atenção o fato de ela delegar sempre para o ministro Joaquim Levy o anúncio das mudanças que afetarão negativamente o bolso das pessoas e a economia. Quando tratava de bondades nos últimos anos, incluindo a redução na conta de luz e de impostos, a presidente Dilma fazia questão de fazer pronunciamento em rede nacional de TV. O que se espera é que o governo faça, agora, um ajuste para o longo prazo e não só para ganhar mais uma eleição.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 20-01
Apagões esperados
O corte de fornecimento de energia em diversos Estados do país, ontem, era esperado apesar de a indústria estar produzindo menos e, assim, usando menos energia. Os apagões resultam da falta de investimentos satisfatórios em geração, distribuição e manutenção além da seca. E houve incentivo ao maior consumo a redução de tarifas em 2013.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 20-01
2 milhões de carros
Com uma média de 30,6 carros para cada 100 pessoas – 1,906 milhão de automóveis para 6,234 milhões de pessoas, o Estado enfrenta falta de mobilidade nas maiores cidades. É isso que aponta a pesquisa Mobilidade da Fecomércio-SC.
Média por habitantes
Florianópolis e Blumenau lideram o ranking de automóvel por habitante em SC, segundo a pesquisa. Na Capital são 41,8 automóveis para cada 100 habitantes. Em Blumenau, 41,3; Joinville 34; Jaraguá,36;Pomerode 40,8; Criciúma,34,9; Rio do Sul, 37,4; e Tubarão,34,5.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 20-01
Artigo por, por Marco Aurélio Abreu*
Recordando o discurso da presidente Dilma Rousseff durante a posse para o segundo mandato, crê-se que foram muito nobres e louváveis a forma e a lucidez com que ela o conduziu. Certamente, escutou o povo (outra metade que nela não votou) e, a partir daí, deve agir. Atentos ao que disse, captamos muitas propostas, das quais, destacam-se como melhores as ligadas à educação, corrupção e saúde.
Ela refletiu muito sobre as manifestações populares e captou as mensagens das urnas: as pessoas desejam coisas que influenciam na vida diária delas, de tal sorte que o município fique em primeiro lugar por ser concreto (aqui se mora e se produz a riqueza), e o Estado em segundo – por ser abstrato, há de se distinguir.
Cabe uma sugestão à presidente: faça um plebiscito para a reforma tributária, pois com mais recursos nos cofres municipais e, por conseguinte, estaduais, conseguir-se- ia atender mais adequadamente as três demandas apontadas acima.
O povo fez passeatas nos municípios, bloqueando ruas, avenidas e até ponte, suplicando por mais saúde (porque não adianta importar médicos se não existe infraestrutura hospitalar nem material ou remédios), mais educação e feroz combate à corrupção. Devendo isso ser visto como uma obrigação das pessoas e também dos órgãos fiscalizadores da estrutura do município/Estado/federação, com poder de punir e com um sistema de leis que permitisse ao Judiciário aplicá-las sem os entraves atuais como embargos, liminares etc.
Efetivamente, o que o povo deseja é poder viver mais e melhor – uma divisão mais justa dos impostos arrecadados, já que os mais pesados são da União, deveria haver mais retorno para a melhoria dos serviços públicos nos municípios.
Em outras palavras, “mais cidadania e menos Estado”, todos por mais educação, saúde, combate à corrupção e uma reforma tributária já!
Não queremos e não aceitamos ver os municípios e os Estados genuflexos em Brasília para pedir o que lhes é de direito – recursos para atender o cidadão, na medida em que a União fica em média, com 70% dos impostos. *ENGENHEIRO CIVIL, FLORIANÓPOLIS.
Fonte: Diário Catarinense – Artigo – 20-01
Governo eleva imposto da gasolina
AUMENTO ANUNCIADO ONTEM terá um efeito de até R$ 0,22 sobre o litro do combustível e de R$ 0,15 sobre o diesel nas refinarias. Ministério da Fazenda também modificou a tributação sobre operações de crédito, importação e cosméticos
Uma série de aumentos de impostos foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para engordar o caixa do governo federal em R$ 20,6 bilhões neste ano. O pacote incluiu a volta de tributos sobre combustíveis que fará o litro de gasolina subir, nas refinarias, R$ 0,22 e do diesel, R$ 0,15. O repasse para o consumidor dependerá de decisão da Petrobras. Levy disse que não sabe se o aumento da tributação será aplicado diretamente nas bombas.
– Isso vai depender da política de preço do mercado e da política de preço da Petrobras – afirmou.
Os combustíveis subirão porque voltará a ser cobrada a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). A alta na taxação do combustível começa a partir de 1o de fevereiro. Mas como a Cide precisa esperar período regimental de 90 dias para começar a valer, o PIS/Cofins é que subirá inicialmente. Quando a Cide entrar em vigor integralmente, o PIS/Cofins será reduzido.
Outra medida foi o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) em empréstimos e financiamentos a pessoas físicas, de 1,5% para 3%. Segundo Levy, será mantida a alíquota de 0,38% por operação. O governo também alterou a cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no setor de cosméticos.
Na avaliação do ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola, as medidas divulgadas no fim da tarde de ontem devem exercer influência positiva sobre o câmbio e os juros futuros:
– As ações ajudam no processo de reconquista de credibilidade do governo e são sinais claros de correção da política macroeconômica – afirmou.
Fonte: Diário Catarinense – 20-01
Menos pirataria
Caiu o consumo de produtos piratas em Santa Catarina. Análise de dados de uma pesquisa divulgada no fim do ano pela Fecomércio-SC revela que o percentual de consumidores que admitiu ter comprado produtos falsificados caiu de 57,8%, em 2011, para 43,9% no ano passado. Em Joinville, a média ficou um pouco acima: 44,8%. O levantamento consultou ainda pessoas de Florianópolis, Blumenau, Criciúma, Itajaí, Lages e Chapecó.
Resultados
CDs e DVDs (44,6%) foram os produtos piratas mais comprados no último ano. Por outro lado, a rejeição do consumidor é maior quando o produto é um medicamento (34,5% afirmaram que não usariam um remédio falsificado). Segundo a pesquisa, quanto menor a renda, maiores as chances de compra de mercadorias falsas. Entre os motivos apresentados, está justamente o valor mais em conta (80,2%). Apesar do alto índice, 92,3% dos catarinenses admitem que a pirataria prejudica fabricantes e artistas e outros 86,4% sabem que ela alimenta a sonegação de impostos.
Fonte: A Notícia – Livre Mercado – 20-01
Governo federal vai estudar concessão do Aeroporto de Florianópolis para iniciativa privada
O pedido foi apresentado em Brasília por comitiva catarinense liderada pelo governador Raimundo Colombo e aceito pelo ministro da Aviação Civil
O governo federal aceitou estudar a inclusão do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, de Florianópolis, no programa de concessões para a iniciativa privada. O pedido foi apresentado na tarde desta segunda-feira (19), em Brasília, por comitiva catarinense liderada pelo governador Raimundo Colombo, e aceito pelo ministro da Aviação Civil, Eliseu Lemos Padilha. Assuntos de interesse dos portos catarinenses também foram tratados em outras audiências.
O pedido para incluir o aeroporto de Florianópolis no programa de concessões para a iniciativa privada deve-se aos atrasos nas obras de construção do novo terminal de passageiros, sob responsabilidade da empresa contratada pela Infraero. "Esse modelo de parceria com a iniciativa privada tem dado certo, são vários bons exemplos em operação. E isso nos anima a fazer o mesmo em Florianópolis, onde sabemos que existe grande demanda, o que assegura o resultado. Hoje, a nossa estrutura é acanhada e o serviço de turismo perde qualidade diante desta situação", destacou o governador.
O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, acompanhou a audiência e também defendeu a concessão diante dos prejuízos que a atual situação gera na imagem da cidade.
O ministro da Aviação Civil afirmou que a presidente Dilma Rousseff é uma entusiasta desse modelo e havia encomendado estudos para a inclusão de outros dois aeroportos brasileiros no programa de concessão. Agora, com o pedido de Santa Catarina, o ministério vai incluir Florianópolis no pacote e em breve apresentar o resultado dos estudos dos três aeroportos em análise.
"Vamos levar adiante essa reivindicação muito bem exposta e fundamentada pelo governador e pelo prefeito para que Florianópolis possa ser incluída na primeira leva dos aeroportos em que vamos buscar parceria com a iniciativa privada", confirmou o ministro Padilha. Ele ressaltou, ainda, que a proposta é fazer com que a concessão não interrompa o trabalho de construção do novo terminal. Pelo contrário, a empresa que vencer a concessão teria o compromisso de finalizar as obras já iniciadas. O prazo médio entre o início dos estudos e a assinatura da concessão dura, em média, um ano, informou o ministro.
Paralelamente a construção do novo terminal pela Infraero ou pela futura concessionária, o Governo do Estado segue trabalhando nas obras do novo acesso para o Aeroporto Internacional Hercílio Luz.
Ainda na Aviação Civil, o governador Colombo também tratou de parcerias para aeroportos regionais, como o de Jaguaruna, no Sul do Estado. A estrutura começa a receber voos comerciais diários operados pela TAM a partir do dia 29 de março. Todo o trabalho no terminal e na pista estão finalizados e o governador pediu apoio do governo federal para o fornecimento do caminhão de bombeiros que irá operar no local, tendo sinalização positiva por parte do ministério.
Apoio para os portos
A comitiva catarinense também participou de audiências com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e com o ministro dos Portos, Edson Edinho Coelho Araújo. Na Agricultura, foi pedido um reforço do efetivo de servidores federais, que trabalham na fiscalização dos portos catarinenses em órgãos como Mapa, Anvisa e Receita Federal. O reforço foi apontado como necessário para agilizar a liberação de cargas para exportação.
"Essa é uma preocupação nossa em todo o país, não só em Santa Catarina. Precisamos deixar nossos portos exportarem", afirmou a ministra, informando que já foram chamados mais de 100 profissionais no último concurso público e que o governo federal estuda convocar outro grupo de classificados no mesmo concurso.
A ministra Kátia também ficou de participar do diálogo com o ministério do Meio Ambiente e com a indústria da pesca em relação a portaria 445/2014 do MMA, que proíbe a captura de novos tipos de peixes que entraram na lista das espécies em extinção. No início de janeiro, manifestações dos pescadores descontentes com a medida, liderados pelo Sindicato dos Armadores e Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), impediram a passagem de navios de turismo em Itajaí. O tema é de grande relevância o Estado, maior produtor de pescados do país.
No ministério dos portos, o governador Colombo destacou o crescimento acentuado do setor portuário catarinense nos últimos anos e reforçou a necessidade da parceria entre os governos em obras como as que permitirão ao Porto de Itajaí receber navios maiores para se manter competitivo no mercado internacional.
Também participaram das audiências desta segunda os senadores Luiz Henrique da Silveira e Casildo Maldaner; o secretário de Estado da Infraestrutura, João Carlos Ecker; e a secretária adjunta da Articulação Nacional, Lourdes Martini; entre outras autoridades.
Fonte: Portal Adjori/SC – 20-01
Número de inadimplentes cresce 3,58% na região Sul do País, revela indicador SPC Brasil
Segmento de Comunicação lidera a alta no número de dívidas na maior parte das regiões
A região Sul do país registrou, no mês de dezembro, um aumento de 3,58% na quantidade de pessoas com dívidas em atraso, em relação a dezembro de 2013. As regiões com os maiores crescimentos foram Sudeste e Centro-Oeste com 5,41% e de 5,03%, respectivamente ? bem acima da média nacional divulgada na semana passada, de 3,45%. O dado é do Indicador Regional de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Na outra ponta, a região Nordeste registrou crescimento inferior à média do país: de 1,70%. E a região Norte registrou alta de 3,66%.
A participação de cada região
Assim como ocorrido nos meses anteriores, a região Sudeste foi a que teve a maior participação no número total de pessoas inadimplentes no Brasil (40,35%), seguida pelo Nordeste (26,04%), Sul (12,92%), Norte (8,89%) e Centro-Oeste (7,78%). Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, não houve mudanças significativas no ranking de participação de pessoas inadimplentes em relação ao que foi observado no mês anterior.
O impacto de cada região
As regiões Sudeste e Sul contribuíram, respectivamente, com 2,14 e 0,46 pontos percentuais para o crescimento de 3,45% no crescimento de pessoas inadimplentes em todo o país. Já Norte e Centro-Oeste tiveram um impacto menor na alta nacional, com contribuições de 0,32 e 0,39 pontos percentuais, respectivamente.
Comunicação lidera dívidas na maior parte das regiões
A abertura dos dados por setor credor da economia mostra que o segmento de Comunicação (telefonia, internet, TV a cabo, entre outros serviços) lidera o crescimento no número de dívidas no Brasil. Em dezembro de 2014, o número de dívidas deste segmento cresceu 16,11% na média nacional, em relação ao mesmo mês no ano anterior.
No Norte, a alta deste segmento foi de 37,18%. Em segundo lugar para o Brasil aparece o setor de Água e Luz, com alta 7,73%. Para Marcela Kawauti, outro setor que merece destaque é o Comércio, que em dezembro registrou queda no número de dívidas (-1,01%) para o país como um todo, na comparação com dezembro de 2013. No Nordeste, esse número foi de -4,56%. O setor de Bancos é o que apresenta maior participação no total das dívidas no Brasil, concentrando 46,39%.
Fonte: Portal Adjori/SC – 20-01
Economistas preveem alta de 0,5 ponto no juro e elevam estimativa de inflação em 2015
Banco Central define o rumo da taxa básica de juros nesta quarta-feira, em meio a cenário de inflação em alta e crescimento fraco
Economistas de instituições financeiras cravaram as apostas de que o ritmo de aperto monetário será mantido nesta semana e a Selic será elevada em 0,50 ponto porcentual, em um ambiente de inflação ainda mais alta e crescimento mais fraco.
A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a expectativa é de que a taxa básica de juros, atualmente em 11,75% após intensificação do ritmo de aperto no final do ano passado, será elevada a 12,25% ao final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira.
Os economistas consultados também deixaram inalterada a perspectiva de que a Selic encerrará este ano a 12,50% e 2016 a 11,50%.
Entretanto, o Top-5 de médio prazo, com os economistas que mais acertam as projeções, voltou a elevar a projeção para a Selic em 2015, a 13%, bem como para 2016, a 12%. Em ambos os casos as projeções subiram em 0,25 ponto porcentual em relação à pesquisa anterior.
Sobre a inflação, a perspectiva de alta do IPCA em 2015 subiu pela terceira semana seguida no Focus, em 0,07 ponto porcentual, a 6,67%, e com isso continua acima da meta do governo de 4,5%, com margem de 2 pontos porcentuais para mais ou menos. Para 2016 a projeção permaneceu em 5,70%.
Os primeiros números sobre a inflação oficial do País neste ano serão conhecidos na sexta-feira, quando o IBGE divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de janeiro.
A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto em 2015 também caiu pela terceira vez seguida, a 0,38%, 0,02 ponto porcentual a menos do que na semana anterior. A indústria continua sendo um peso sobre a atividade em geral, com a projeção de expansão neste ano recuando a 0,71%, contra 1,02% anteriormente. A expectativa é de que a economia melhore em 2016, com crescimento de 1,80%, sem alteração.
Já em relação ao câmbio, houve uma elevação de R$ 2,83 para R$ 2,85 na cotação do dólar pra o final de 2016. A mediana das projeções para essa variável estava em R$ 2,75 quatro semanas atrás. Com essa mudança, o dólar médio do ano que vem subiu de R$ 2,75 para R$ 2,77 - um mês antes estava em R$ 2,72.
Para este ano, a mediana das estimativas para o dólar ficou congelada em R$ 2,80, como na semana passada. Quatro edições anteriores da Focus, a mediana estava em R$ 2,75. Com a paralisação, o câmbio médio ficou estacionado em R$ 2,72 (estava em R$ 2,69 há quatro semanas).
O BC confirmou ao final do ano passado que continuará a ofertar a ração diária iniciada em agosto de 2013 por pelo menos mais três meses - até o fim de março. A atuação do BC nesse mercado, no entanto, tem sido mais tímida, com a colocação de US$ 100 milhões por dia - metade do volume visto até o fim de 2014. (Com informações da Agência Estado)
Fonte: O Estado de São Paulo – 20-01
Ano de 2015 deve ser difícil e brasileiro precisa se adaptar, diz economista
O ano começa com a economia brasileira crescendo pouco, inflação preocupante e juros de empréstimos subindo. Na próxima quarta-feira (14), o Banco Central define a nova taxa básica de juros do país (a Selic, atualmente em 11,75% ao ano) e economistas apostam em mais aumento -para até 12,50% ao ano.
As medidas de aperto tomadas pelo governo -como aumento de juros e das chamadas tarifas administradas, como as de energia elétrica-preocupam o brasileiro, que precisa ajustar o orçamento doméstico.
Em transmissão ao vivo da "TV Folha" com Carolina Matos, editora-assistente de "Mercado", e com Samy Dana, professor de economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e colunista da Folha, Luiz Alberto de Souza Machado, vice-diretor de economia da FAAP fala sobre os principais desafios da economia do país neste ano e como se organizar para enfrentar os tempos difíceis.
Fonte: Folha de São Paulo – 20-01
O consumidor conectado e os desafios do varejo brasileiro
A presença da tecnologia digital cria uma série de oportunidades, mas também traz grandes desafios para o varejo. Uma pesquisa realizada pelo Ibope para a Secretaria de Comunicação da Presidência da República mostra que 26% dos brasileiros utilizam a internet diariamente, fazendo dela o segundo meio de comunicação no Brasil, atrás apenas da televisão. Em função das transformações demográficas pelas quais vamos passar nos próximos 20 anos, as conexões digitais vão adquirir um peso decisivo nas decisões de compra da esmagadora maioria dos consumidores.
De acordo com os dados da Pnad de 2013, 51% dos brasileiros acima de 10 anos têm acesso à web – percentual que deve subir para 75% até o final desta década. É um consumidor cada vez mais consciente de seus direitos e que espera encontrar nas suas relações de consumo a mesma facilidade, rapidez e custo que obtém ao utilizar os produtos e serviços oferecidos na rede. Isso vai muito além da venda na internet; implica trazer para o “mundo físico” a integração com as experiências digitais, através da personalização do contato, das ofertas e das informações.
Cada vez mais, a pesquisa de produtos e de preços é iniciada em ambientes digitais – ainda que possa ser concluída em outros lugares. No caso americano, se levarmos em conta a pesquisa on-line e a compra em loja física, mais da metade das aquisições passa pela internet, variando entre 45% (cosméticos e perfumes) e até 85% (eletroeletrônicos).
Cada vez mais, as redes sociais influenciam esse comportamento, levando algumas empresas – como a varejista de decoração Fab – a investir na venda de conexões diretas entre suas redes sociais e a compra. Segundo a empresa, 30% das suas vendas em 2013, o equivalente a US$ 50 milhões, vieram do Instagram. Entrar nessas redes não é uma simples questão de escolha – basta lembrar que os consumidores já estão nelas, muitas vezes falando a seu respeito.
Da mesma forma, o crescimento das conexões móveis – não apenas nos telefones, mas também nos óculos, carros e relógios – vai resultar em uma preferência maior por empresas que oferecerem interação com mobilidade. Basta lembrar que o iPhone, lançado em 2007, trouxe consigo todo um novo canal de comercialização que, no caso brasileiro, já responde por quase 10% das vendas de algumas categorias da internet, como alimentos e bebidas e pet shops, de acordo com a eBit.
Mas o maior desafio não será gerenciar esses múltiplos pontos de contato, e sim aproveitá-los para otimizar o recurso mais escasso na sociedade contemporânea: a atenção das pessoas. Embora o volume de marcas e produtos tenha explodido nos últimos 20 anos (nos Estados Unidos, passamos de 40 mil para 120 mil marcas registradas por ano), o tempo que as pessoas dedicam às compras, aí incluídas as pesquisas, permanece relativamente estável: pouco menos de 40 minutos por dia, em média. A grande possibilidade que o digital oferece para o varejo é uma experiência de compra cada vez mais personalizada, em função do imenso volume de comportamentos, opiniões e intenções que é possível captar e armazenar de forma barata.
Ao utilizar informações obtidas nos canais e aparelhos digitais – como a geolocalização em tempo real – para impulsionar ofertas nas lojas físicas, os varejistas estão indiretamente oferecendo uma economia de tempo para seus consumidores. Criatividade e disciplina permitem atingir esse objetivo com custos muito menores que os imaginados. Foi o que fez, por exemplo, a Meat Pack, uma varejista de calçados da Guatemala. A empresa criou um aplicativo que enviava um “cupom de desconto” com prazo de validade de um minuto toda vez que seus seguidores no Facebook entravam na loja de um concorrente.
A personalização da experiência de compra é o caminho mais eficiente para os varejistas brasileiros enfrentarem a competição baseada em preços, que tende a se acirrar com o aumento da globalização e com a chegada de grandes redes internacionais no país. Quanto mais cedo sua organização começar a experimentar essas modalidades de relacionamento, maiores serão as chances de sobrevivência.
*Marcelo Coutinho é diretor de inteligência de mercado do Terra Networks e professor de Estratégia e Comunicação da Fundação Getulio Vargas (FGV), de São Paulo.
Fonte: Portal Varejista – 20-01
PMEs ficam fora da alta de impostos
Mudanças apresentadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ainda não chegaram ao segmento. Mas tributaristas alertam sobre os riscos da medida. A sinalização do governo federal sobre o aumento da carga tributária sobre pequenas empresas prestadoras de serviços — que pagam hoje cerca de 4% a 6% de impostos — ficou de fora da primeira grande mexida que o ministro da Fazenda Joaquim Levy promoveu ontem, com foco no aumento da arrecadação. No entanto, segundo especialistas, o segmento, que vem crescendo no país, sobretudo a partir do advento do Supersimples, corre o risco de amargar um retrocesso caso haja um aumento de impostos, avaliam especialistas da área tributária.
“O Supersimples foi criado para tirar as empresas da informalidade. Foi um movimento considerado na época de âmbito social por parte do governo. E o atrativo foi justamente a redução da carga tributária destas empresas. Com isso, tivemos um boom de formalização. Suprir o caixa com o aumento da carga é um erro”, afirma Valdir de Oliveira Amorim, consultor tributário do IOB Sage. Para ele, “onde há fumaça há fogo” e dificilmente o que o governo sinalizou não se tornará realidade, ainda que não tenha sido agora.
Com um universo de 9,5 milhões de empresas enquadradas no Supersimples no país — deste total, 4,6 milhões são Microempreendedores Individuais (MEI) — o Sebrae e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa haviam apresentado à Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa no Congresso Nacional um estudo da Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral e Instituto de Pesquisas Econômicas visando a redução da carga tributária. Entre as propostas, a criação de tetos de transição de R$ 7,2 milhões e de R$ 14,4 milhões de faturamento anual; a implementação de uma faixa de transição para os microempreendedores individuais (MEI) entre R$ 60 mil e R$ 120 mil e mecanismos para tributar de forma mais adequada atividades quando a folha pagamento representar mais de 22,5% do seu faturamento.
Segundo uma fonte ligada ao mercado, as propostas do Sebrae seriam um estímulo para a criação de novos empregos nos setores que foram incluídos agora no Simples. Mas perde força com alterações nos tributos que possam vir a acontecer no futuro. Muitas empresas não mudam de faixa de faturamento hoje pelo temor de não conseguir arcar com o peso dos impostos, diz a fonte.
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“Se de fato uma mudança como essa acontece, caracteriza uma típica atitude de quem está se lixando para as micro, pequenas e médias empresas. Hoje, 75% das empresas de pequeno porte não completam o quinto aniversário porque arcam com uma carga tributária muito grande. No Brasil, a carga é de quase 40% em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e em países desenvolvidos é a metade disso”, comenta a fonte.
Para o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP),Paulo Feldmann, é preciso mesmo dar mais atenção ao setor que hoje representa no Brasil cerca de 24% do PIB.
“Na Alemanha, as PMEs representam 60% do PIB, assim como na Itália. Isso acontece porque existem políticas públicas para estas empresas. As PMEs italianas respondem por 80% das exportações porque lá, como em outros países, os consórcios são permitidos para esta finalidade. Não há crédito a juros favoráveis. O governo deveria cobrar mais impostos dos bancos”.
Fonte: Brasil Econômico – 20-01
Taxa Selic deve ter alta de 0,5%, prevê mercado
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam elevação de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Copom.
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam elevação de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para esta terça-feira, dia 20, e quarta-feira, dia 21. A taxa básica está em 11,75% ao ano. Com o ajuste previsto pelo mercado, ficaria em 12,25% ao ano pelos próximos 45 dias.
Ao fim de 2015, a expectativa do mercado é que a Selic chegue a 12,5% ao ano. Na última reunião de 2014, o Copom intensificou o aperto monetário, com elevação de 0,5 ponto percentual na Selic. No encontro anterior, em outubro, o aumento havia sido de 0,25 ponto percentual.
Apesar da intensificação e das previsões do mercado, o BC sinalizou que pretende ter cautela com os juros. A ata da reunião de dezembro do Copom destaca que “a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação persistam”, mas salienta que “o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia”. A reunião do Copom dura dois dias, com anúncio da nova Selic na quarta-feira.
A taxa Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. O centro da meta corresponde a 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O BC espera levar a inflação ao centro em 2016.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida. Isso reflete nos preços, pois os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. (Agência Brasil)
Fonte: Economia SC – 20-01
Veja como o aumento de impostos vai afetar o consumidor
Operações de crédito ficarão mais caras, sem margem para juros menores. Repasse de impostos na gasolina não é automático. O aumento de impostos no crédito, anunciado pelo Governo Federal nesta segunda-feira (19), pesará diretamente no bolso do consumidor e não dará margem para a redução dos juros no mercado, veem analistas ouvidos pelo G1.
Já o repasse da alta do tributo sobre os combustíveis para os consumidores– a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) – tende a acontecer, mas não será automático. O consumidor também deve ficar atento ao comprar produtos importados, cuja alíquota de impostos vai subir.
Em todas as operações de crédito – incluindo financiamento imobiliário e empréstimo pessoal –, o cidadão terá que arcar com uma alíquota maior do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que subiu de 1,5% para 3%.
A medida vai encarecer diretamente no Custo Efetivo Total (CET) de todos os empréstimos e financiamentos no país. Na prática, além das taxas de juros, o consumidor vai desembolsar uma quantia extra em tributos para a arrecadação do governo.
Para o professor de finanças do Ibmec, Eduardo Coutinho, o aumento do imposto vai subir o custo dos financiamentos, ao passo que as taxas de juros devem continuar subindo. “O objetivo da medida é aumentar a arrecadação do governo federal, já que o IOF não é dividido entre os estados”, diz.
O impacto direto desse encarecimento do crédito será uma retração do consumo, analisa o Coutinho. O docente recomenda que o consumidor passe a observar com mais atenção o cálculo do CET ao contrair crédito – e não apenas os juros cobrados na operação.
O economista e sócio da Go Associados, Gesner Oliveira, afirma que esse aumento já era esperado e vem em linha com o aguardado pacote de ajuste fiscal da nova equipe econômica, que persegue um superávit de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
“Na prática, tomar dinheiro emprestado e fazer compras a prazo vai ficar mais caro. É uma medida de contenção de crédito”, avalia o economista.
Combustíveis.
O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda, afirmou que o repasse da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis nos postos é uma "tendência natural".
Ele destacou, no entanto, que o setor defenderá a redução dos preços cobrados pela Petrobras nas refinarias para evitar que o novo custo seja repassado nas bombas.
"A nossa expectativa era de que o governo não daria esse aumento sem antes ajustar o preço da Petrobras", disse Miranda, em entrevista ao G1.
A Petrobras vinha vendendo, nos últimos anos, combustível abaixo dos preços internacionais, o que gerava perdas para a companhia. A recente queda de cerca de 60% nos preços internacionais do petróleo, no entanto, deixou a estatal com margem para reduzir seus preços, que estão hoje cerca de 70% acima dos cobrados no exterior.
A volta da Cide e a elevação do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os combustíveis foi anunciada nesta segunda-feira. O impacto será de R$ 0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o díesel. O PIS e a Cofins terão alta imediata, mas o aumento da CIDE só valerá daqui a 90 dias.
Com as medidas anunciadas nesta segunda, o consumidor deve ficar atento, também, ao comprar produtos importados. No caso das importações, o PIS e a Cofins foram elevados de 9,25% para 11,75%. O objetivo, segundo Levy, é compensar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu o ICMS das importações. "A gente ajusta a alíquota para que não se prejudique a produção doméstica. Correção da própria economia", declarou. A expectativa é arrecadar R$ 694 milhões neste ano.
Fonte: G1 Economia – 20-01