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Clipping Diário - 19/08/2014

Publicado em 19/08/2014
Clipping Diário - 19/08/2014

SER OU NÃO SER Prefeito Cesar Souza Junior levou na esportiva matérias nos telejornais de ontem sobre as filas de pessoas que foram retirar o cartão social e mostrando a bronca de alguns comerciantes do bairro Estreito com a queda do movimento por conta das obras de revitalização das principais vias da região. “Se a gente não faz, apanha; se faz, apanha igual”, disse o prefeito.
Fonte: Diário Catarinense – Visor – 19-08 

Nova diretoria

Tomou posse como presidente da Fecomércio-SC o empresário jaraguaense Bruno Breithaupt. A entidade também apresentou a sua nova diretoria, composta por 16 nomes representativos de todas as regiões do Estado. A cerimônia foi realizada no Salão Cascaes do Costão do Santinho, em Florianópolis, e contou com a presença de membros da federação, empresários e políticos.
Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 19-08 

EM BUSCA DE ACORDO Prefeitura e entidades negociam e julgamento do IPTU é adiado

AS DUAS PARTES envolvidas no processo que discute o aumento do imposto em Florianópolis protocolaram pedidos na Justiça e decidiram realizar reuniões para negociar o tributo na cidade. A prefeitura de Florianópolis e as 16 entidades que conseguiram suspender na Justiça o reajuste do IPTU começam a negociar hoje uma solução para o impasse. A reunião será no gabinete do prefeito Cesar Souza Junior (PSD), que fez o convite, articulado desde sexta-feira – quando representantes de ambos os lados protocolaram no Tribunal de Justiça (TJ-SC) um pedido para que o julgamento do caso não fosse retomado na quarta-feira, como previa a pauta.
A suspensão foi confirmada ontem pelo desembargador Rui Fortes. O julgamento havia sido iniciado no Órgão Especial do TJ-SC no dia 6 de agosto e foi interrompido com placar de 4 a 3 a favor da legalidade do aumento.
– Desde que assumi a Fazenda, tive conversas informais com lideranças de entidades. Comuniquei ao prefeito que havia intenção de negociar – afirma o secretário da Fazenda, Júlio Cesar Marcelino, que deve conduzir a partir de agora as negociações.
A suspensão do julgamento foi protocolada conjuntamente pelo advogado Diogo Pítsica, representantes da maior parte das entidades, e pelo procurador-geral do município, Alessandro Abreu.
– Entendemos que a planta está desvalorizada, mas o contribuinte não pode ser penalizado – afirma Pítsica.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 19-08 

Executivo espera ideia para adequar aumento

A prefeitura também espera ouvir propostas das entidades, especialmente em relação à possibilidade de parcelar o reajuste.
– Sempre ouvimos que essa questão do escalonamento era importante para as entidades. Vamos esperar por uma proposta para fazer a adequação financeira. Não sabemos se são duas, três ou quatro parcelas – diz o secretário da Fazenda, Júlio César Marcelino.
A prefeitura e as 16 entidades estão em confronto desde o ano passado, quando a Câmara de Vereadores aprovou a nova planta de valores. Segundo as entidades, faltou discussão.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 19-08

PESQUISA SEMANAL Expectativa do PIB cai de novo

PROJEÇÃO DE INSTITUIÇÕES financeiras teve queda pelo terceiro mês e passou para 0,79%. Pela 12a semana seguida, houve redução na estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Desta vez, a projeção passou de 0,81% para 0,79%. Essa é a expectativa de instituições financeiras consultadas todas as semanas pelo Banco Central (BC).
Para 2015, a projeção para o crescimento do PIB segue em 1,2%. Para a produção industrial, a expectativa é de retração neste ano, com projeção em 1,76%. Na semana passada, a estimativa de queda era de 1,53%. No próximo ano, deve haver recuperação da produção industrial, com crescimento estimado em 1,7%.
Na última sexta-feira, o BC informou que a atividade econômica apresentou queda de 1,2% no segundo trimestre do ano, comparado com o período de janeiro a março deste ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é uma forma de avaliar a tendência de desempenho.
Já a taxa básica de juros, a Selic deve fechar 2014 sem alterações. Ainda neste mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o resultado do PIB do segundo trimestre do ano.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 19-08 

PEQUENAS EMPRESAS RUMO AOS EUA

Com o objetivo de impulsionar a internacionalização de empresas catarinenses o Sebrae-SC oferece oportunidades no maior e mais desejado mercado do mundo, os EUA. A instituição está selecionando 50 micro e pequenas empresas para participar de programa que inclui a oferta de uma sede em Fort Lauderdale, na Flórida. Por meio do programa Exporta SC, vai oferecer treinamentos, assistência jurídica, administrativa, fiscal, de logística, marketing e daptação do modelo de negócio de acordo com o perfil americano. A estrutura disponível para as empresas instalarem sede nos EUA é um espaço coletivo com escritórios e área para armazenamento de produtos para serem usados como amostras aos potenciais clientes. Empresas interessadas em participar devem se inscrever até o dia 29 deste mês no site www.exportasc.com.br. Segundo o gerente da unidade de Gestão Estratégica do Sebrae-SC, Marcondes da Silva Cândido, mais de 600 micro pequenas empresas catarinenses atendidas pela instituição têm produtos ou serviços que podem ser exportados. Desse grupo estão sendo selecionadas 200 e, depois, serão escolhidas 50. Ele explica que não há uma limitação por setores. Basta a empresa contar com produtos ou serviços diferenciados que sejam atrativos ao mercado internacional.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 19-08

IPTU DA CAPITAL

A assessoria da prefeitura de Florianópolis contestou um dado publicado aqui na coluna de ontem, sobre a proposta antiga de alta do IPTU. Explicou que não há, na lei que atualiza a Planta Genérica de Valores, casos de índice de 1.500% de reajuste no imposto. Diz que a lei traz as “travas” a reajustes. O maior percentual é de 250% aplicado sobre terrenos avaliados em mais de R$ 2 milhões, sem edificação.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 19-08 

À ESPERA DO AEROPORTO

Enquanto a aviação comercial brasileira atingiu recordes em números de passageiros nos últimos anos, os usuários do aeroporto de Florianópolis e a economia do Estado sofrem com a falta de habilidade dos gestores públicos que não conseguem realizar as reformas necessárias para que o Hercílio Luz tenha proporção correspondente à importância da cidade como destino turístico internacional.
Entre 1988 e 2010, da primeira à mais recente ampliação, o terminal de passageiros do aeroporto teve um aumento de 48% de área construída, chegando a 9.540 metros quadrados. Apenas na década 2001-2011, segundo a Anac, houve crescimento de 194% da aviação no país.
Atualmente, o Hercílio Luz recebe cerca de 5 milhões de passageiros por ano. A previsão é de que o novo terminal tenha 36 mil m² e capacidade para até 6,7 milhões de passageiros/ano. Mas a quatro meses do prazo previsto para a entrega, não há sequer 10% da obra prontos. A estatal já notificou as empresas contratadas e ameaçou romper o contrato, enquanto construtoras acusam a Infraero de descumprir o edital.
A má gestão vem de décadas. Os entraves já foram o relatório de impacto ambiental, a não homologação da licença de impacto ambiental, a impugnação de edital de licitação, a desapropriação do terreno, o traçado do acesso, e agora o problema são as chuvas recentes, causa, segundo a Infraero, da suspensão por 120 dias das obras das pistas de manobra de aeronaves e do pátio de aeronaves.
Desde 2004, quando a Infraero apresentou o primeiro projeto, as alterações no cronograma das obras têm sido constantes. Agora, a promessa é para o final de 2014.
O fato é que a não realização da obra traz prejuízos para o comércio, turismo e para a qualidade dos serviços oferecidos aos passageiros. Santa Catarina não pode mais esperar por essa obra fundamental para o desenvolvimento econômico do Estado.
Fonte: Diário Catarinense – Artigo– 19-08

CONSUMIDOR LIGADO

Reclame Aqui terá WhatsApp para usuário fazer queixas
O site que reúne queixas de consumidores lesados Reclame Aqui irá permitir que usuários enviem suas queixas de empresas por meio do WhatsApp. A previsão é a que o serviço esteja disponível para smartphones até o início de setembro.
O contato do Reclame Aqui está disponível no aplicativo de mensagens desde a última sexta-feira, mas por enquanto só é possível se informar a respeito das avaliações das companhias cadastradas no sistema.
– Esperamos um aumento de cerca de 25% nas reclamações, quando o sistema puder recebê-las pelo WhatsApp – estima o presidente do Reclame Aqui, Maurício Vargas.
Hoje, o consumidor já pode expressar sua insatisfação por meio do site, de um aplicativo e de uma conta no Facebook. O WhatsApp será apenas um novo meio para enviar reclamações.

DESDE O LANÇAMENTO, 45 MIL USARAM O CANAL

O Reclame Aqui está disponível, em fase de testes, no número (11) 95438-3333. Basta adicioná-lo e enviar um cumprimento para ser atendido pelo sistema, que guia o usuário na pesquisa da reputação das empresas. Posteriormente, o “robô” também ajudará a fazer a reclamação.
– Só de sexta (quando o telefone foi lançado) até domingo, 45 mil pessoas já entraram em contato conosco por meio do aplicativo – afirma Vargas.
A plataforma representa uma inovação no contato entre consumidores e empresas. Os usuários poderão enviar imagens para complementar ou comprovar sua queixa e passarão a receber respostas das companhias também pelo celular.
– O consumidor já vai poder reclamar pelo WhatsApp a partir da semana que vem – garante.
O prazo para o início do funcionamento, no entanto, é o dia 1º de setembro. Os problemas relatados pelos usuários também vão para a web. O telefone do consumidor será revelado apenas à companhia citada para que possa responder ao usuário.
Fonte: Diário Catarinense –Economia – 19-08 

SEGURANÇA PÚBLICA

Apelo por mais policiais. Entidades cobram concurso específico para Joinville e mais 950 profissionais
Mais policiais civis e militares para Joinville. É o pedido que será levado à mesa do governador Raimundo Colombo (PSD) por líderes de entidades representativas joinvilenses hoje, às 16h30, em Florianópolis.
A comitiva irá propor o lançamento de concursos públicos para a contratação de policiais específicos para Joinville. Serão cobrados 600 agentes para a PM e outros 350 para a Polícia Civil. Os números são resultado de debates entre entidades como a Acij e a CDL com a cúpula da Segurança Pública na cidade.
– Vamos colocar isso para o governador. É o que tem de ser feito, o resto não interessa. Estamos com um efetivo ultrapassado, da década de 1980, enquanto a população se multiplicou. Do jeito que está, é insustentável – aponta o presidente da CDL, Carlos Grendene, observando que a intenção é manter o foco no efetivo policial.
– Infelizmente, não conseguimos ainda nem o cronograma para implementar as câmeras de segurança e um aumento real de policiais para o Norte catarinense. A Acij continuará atuante para convencer as autoridades de que Joinville encontra-se numa situação de vulnerabilidade jamais vista – destaca o presidente João Martinelli. A entidade será representada no encontro pelo vice, Clayton Salfer.
Atualmente, o 17º Batalhão da PM (zona Sul) conta com cerca de 230 policiais e o 8º BPM (Centro e Norte), com cerca de 400, mas estima-se que a cidade perderá cerca de 60 homens até o fim do ano por reforma, baixa e reserva. O efetivo da Polícia Civil em Joinville é de aproximadamente 170 policiais.
A secretária de Desenvolvimento Regional de Joinville, Simone Schramm, acompanha as lideranças empresariais de Joinville.
Fonte: A Notícia –Economia – 19-08

SEGURANÇA PÚBLICA Crimes cada vez mais comuns. Vice-presidente da Acij e presidente da rede de lojas Salfer, Clayton Salfer estará no encontro com Raimundo Colombo. Ontem, o empresário destacou que os últimos dois meses foram marcados pelo aumento das ações contra o comércio na cidade – na semana passada, a funcionária de uma loja chegou a ser baleada durante um assalto. Mas o apelo, diz Salfer, não é por mais segurança apenas no varejo.
– É duro, como pai e marido, ver um funcionário meu ser baleado à queima-roupa, pelas costas. É duro, duas vezes por semana, ter funcionário com arma apontada na cabeça. E não somos só nós, no varejo, o descaramento está demais – desabafa.
A curto prazo, reforça o empresário, só o aumento no efetivo policial pode garantir mais segurança a Joinville. Mais unidades prisionais e mudanças na legislação são lembradas como medidas urgentes a médio prazo.
Investimentos em segurança particular, diz, não bastam para impedir a ação dos criminosos.
– Não posso armar minha loja, colocar grade ou instalar detector de metal. Deveríamos ainda estar em um Estado de direito – critica Clayton Salfer.
Fonte: A Notícia –Economia – 19-08 

Antipirataria

Santa Catarina terá uma delegacia especializada em combater crimes imateriais, incluindo a pirataria. Reunião hoje, na Fiesc, discutirá a forma de atuação da estrutura.
Fonte: A Notícia –Claudio Loetz – 19-08 

Vendas no varejo continuam no vermelho este mês

Queda foi de 0,8% na 1ª quinzena na comparação anual, afetada pelo recuo de 3,8% na venda financiada, diz associação comercial
Afetadas pelo encarecimento do crédito e pelo orçamento mais apertado do consumidor, as vendas do comércio varejista da cidade de São Paulo fecharam a primeira quinzena deste mês no vermelho e a inadimplência cresceu num ritmo que foi mais que o dobro da renegociação de financiamentos com prestações atrasadas.
Entre os dias 1.º e 15 deste mês, a média de consultas para vendas a prazo e à vista recebidas pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que dá uma ideia do ritmo de negócios no varejo, caiu 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A retração foi menor do que a registrada no mês de julho inteiro na comparação anual (-1,6%). Mesmo assim, o cenário para o comércio continua negativo e incerto.
"A incerteza que existe no crédito é muito grande e o consumidor não tem mais espaço no orçamento para comprar", afirma o economista da ACSP, Emilio Alfieri. Ele ressalta, no entanto, que o resultado só não foi pior por causa das vendas de itens de menor valor, geralmente adquiridos à vista. As consultas para vendas à vista cresceram 2,2% na primeira quinzena deste mês na comparação anual e 20,3% em relação a julho, quando os feriados da Copa do Mundo paralisaram as vendas no varejo, especialmente de shoppings.
"Junho e julho as vendas nos shoppings foram um desastre", afirma o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Luiz Fernando Pinto Veiga. Os shoppings encerraram o primeiro semestre com crescimento de 7,44% nas vendas nominais em relação a igual período de 2013. Descontada a inflação, o avanço foi de 1%. "Não chega a ser um resultado ruim. Estamos acompanhando o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto)."
De toda forma, Veiga acredita que a meta traçada no início do ano de ampliar as vendas em 8,5% em 2014 pode não ser alcançada. "Não tenho garantias sobre os 8,5%."
Calote. Além de as vendas continuarem no vermelho este mês, um resultado que chama atenção na pesquisa da ACSP é o fato de o ritmo de crescimento da inadimplência ter sido o dobro do volume de dívidas renegociadas.
Na primeira quinzena deste mês, o número de dívidas com pagamento atrasado cresceu 5,2% na comparação com o mesmo período de 2013. Já o volume dívidas atrasadas renegociadas avançou 2,3%, nas mesmas bases de comparação. Em julho, a situação era inversa: a inadimplência crescia num ritmo inferior (3,4%) do que as renegociações (5,1%) na comparação anual. "A inadimplência está oscilante: uma hora sobe, uma hora cai", observa Alfieri. Ele não acredita que ocorra estouro do calote, mas diz que o indicador deve subir até o fim do ano.
Varejistas como a Lojas Cem, especializada em móveis e eletrodomésticos, confirmam o avanço do calote. A inadimplência cresceu 10% desde o começo do ano, conta o supervisor geral da rede, José Domingos Alves. Além do acréscimo no calote, houve desaceleração no ritmo de alta das vendas. A empresa fechou o primeiro semestre com avanço de 18% na receita em relação ao mesmo período de 2013. O segundo semestre começou com ritmo menor de crescimento na comparação anual: entre 14% e 15%, com tendência de uma desaceleração maior, afirma o executivo.
Ele acredita que o brasileiro esteja mais endividado e atribui a perda de fôlego nas vendas de bens duráveis à insegurança do consumidor em relação ao futuro. Ele lembra que, por influência do dólar e de avanço tecnológico, o preço de vários produtos caiu nos últimos meses e, mesmo assim, as vendas patinam.
Fonte: O Estado de São Paulo – 19-08

Renda encosta na dívida e risco de calote cresce

Massa de salário de trabalhadores formais cresceu no mesmo ritmo dos valores das prestações, reduzindo renda para consumo
O brasileiro está no fio da navalha: não tem folga no orçamento para ampliar as compras financiadas de itens de maior valor, como carro e eletrônicos, e corre maior risco de ficar inadimplente. É que a renda do trabalhador com carteira assinada cresce no mesmo ritmo do encarecimento do crédito. Com isso, se houver alta adicional no juro, poderá faltar renda para bancar a prestação, revela estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Segundo o estudo, a prestação de um financiamento de R$ 1.000 assumido pelo consumidor nas condições vigentes de juros e prazos médios de junho, o último dado disponível do Banco Central (BC), foi de R$ 39,87. A cifra é 3,5% maior do que a prestação de R$ 38,54 de um empréstimo do mesmo valor contraído um ano atrás, de acordo com juros e prazos médios da época. A variação do valor da prestação desconta a inflação, medida pelo IPCA.
O estudo da CNC, feito com base nos dados do BC e do Cadastro de Empregados e Desempregados, mostra que a massa real de salários dos trabalhadores formais cresceu 3,6% entre junho de 2013 e junho deste ano. Foi praticamente a mesma variação da prestação.
“Estamos hoje no limite de uma possível pressão de aumento da inadimplência”, afirma Fábio Bentes, economista da CNC. Se juro ao consumidor, de 43% ao ano, hoje no maior nível desde abril de 2009, subir, não haverá avanço na renda do trabalho formal que dê conta do encarecimento da parcela do financiamento”, avalia ele.
O calote do consumidor nos empréstimos com recursos livres estava em junho em 6,5%, segundo o BC. A previsão da CNC é que o calote feche o ano em 6,9%. “Há condições para que a inadimplência cresça porque o mercado de trabalho está perdendo força e a tendência é de encarecimento da prestação, pois o juro está subindo”, diz Bentes. Ele pondera que o calote não vai explodir, pois o ritmo de tomada de novos financiamentos está desacelerando.
De toda forma, pelo lado da renda, o cenário não é promissor. Em 2013, 95% das categorias profissionais analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários do Dieese conquistaram reajustes médios de 2,8% acima da inflação para os pisos salariais, a metade da correção obtida em 2013. A tendência para este ano é que as negociações possam ter um ligeiro recuo ou, na melhor das hipóteses, repitam o nível de reajuste de 2013, segundo o Dieese.
Desemprego.Na avaliação de Bentes, hoje o que pesa mais na queda das compras financiadas e no risco de calote é a alta dos juros, do que o avanço da inflação. Influenciado por veículos, a CNC projeta para este ano queda de 1,3% no volume de vendas de bens duráveis, ante crescimento de 4,1% em 2013.
“Não é os juros, mas o ambiente como todo que está freando as compras. O consumidor está inseguro com o que vem pela frente, se estará empregado”, diz o diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Administração, Miguel Ribeiro de Oliveira.
Ele não acredita numa alta substancial do calote porque os bancos também estão mais seletivos na aprovação do crédito. “O risco que existe de alta da inadimplência do consumidor está ligado ao desemprego.”
Essa também é a avaliação de Érico Quirino Ferreira, presidente da Acrefi, associação que reúne as financeiras. “A grande preocupação hoje é com o desemprego.” Ele admite que houve um ligeiro aumento da inadimplência, mas a perspectiva é de um cenário estável com uma pequena alta até o fim do ano. “A situação está sob controle, mas não é nenhuma Brastemp.”
Fonte: O Estado de São Paulo – 19-08 

Volume de cheques sem fundos em julho bate recorde para o mês, diz Serasa

O porcentual de devoluções de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos foi de 2,24% em julho, o maior número já registrado no mês desde o início da série histórica em 1991
O porcentual de devoluções de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos foi de 2,24% em julho, o maior número já registrado no mês desde o início da série histórica em 1991. Em junho, o indicador estava em 1,92%, e o avanço na margem foi de 0,32 ponto porcentual. No mesmo mês do ano passado, o indicador indicava 2,03%. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o porcentual de cheques devolvidos avançou de 2,07%, em 2013, para 2,11%, em 2014.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta da inadimplência com cheques revela a maior dificuldade do brasileiro em honrar com seus compromissos financeiros no começo do segundo semestre. "Estagnação da economia, juros elevados, inflação ainda em patamar desconfortável e enfraquecimento do mercado de trabalho são alguns dos elementos que contribuem para esta elevação", dizem em nota.
Na abertura do indicador por regiões, o cenário não mudou na comparação do acumulado do ano. Roraima liderou o ranking estadual dos cheques sem fundos nos primeiros sete meses de 2014, com 12,13% de devoluções. O Amazonas foi o Estado com o menor porcentual (1,15%). Entre as regiões, a Norte registrou a maior inadimplência, com 4,31% de cheques devolvidos, ao passo que a região Sudeste foi a mais confiável (1,62%). A média do país ficou em 2,11%.
O Indicador Serasa Experian consiste no levantamento mensal sobre a quantidade de cheques devolvidos por insuficiência de fundos em relação ao total de cheques compensados. Somente é considerada a segunda devolução.
Fonte: O Estado de São Paulo – 19-08 

FGV: alimentos e recreação têm deflação no varejo no mês

Os preços inflados diante da demanda atípica durante a Copa do Mundo continuam a se desfazer ao longo deste mês e empurraram o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) a uma queda de 0,02% em agosto, contra alta de 0,14% em julho, no âmbito da segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). O movimento ainda recebeu uma ajuda das sete demais classes de despesa do índice, já que todas desaceleraram na passagem do mês.
A principal contribuição para a deflação no IPC partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (0,17% para -0,33%), diante das diárias de hotéis 3,76% mais baratas em agosto. No mês passado, o item havia subido 5,83%. Os alimentos também trouxeram uma influência benigna ao IPC, diante de uma queda de 0,15%, após recuo de 0,10% em julho. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), aves e ovos baixaram 1,26% e foram o principal impacto, após já terem recuado 0,36% no mês passado. Também pesaram menos no bolso das famílias a batata-inglesa (-26,06%) e o tomate (-13,17%)
Além destes dois grupos, também apresentaram deflação os grupos Transportes (0,07% para -0,12%), com uma queda de 0,29% nos preços de serviços de reparo em automóvel; Comunicação (0,08% para -0,18%), diante da mensalidade para internet 1,43% mais barata; e Vestuário (-0,49% para -0,79%), com calçados custando 0,57% menos em média.
Ainda no positivo, outras três classes de despesa perderam força, como Saúde e Cuidados Pessoais (0,50% para 0,24%), com recuo de 0,37% nos medicamentos; Habitação (0,37% para 0,34%), diante da queda de 0,96% na taxa de água e esgoto residencial, refletindo os descontos concedidos a quem reduz o consumo em São Paulo; e Despesas Diversas (0,25% para 0,22%), com o fim do impacto do reajuste na tarifa postal (4,95% para 0,00%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,23% na segunda prévia do IGP-M de agosto, após subir 0,67% no mês passado. A desaceleração foi influenciada tanto pelo índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,42% para 0,07%) quanto pelo custo da Mão de Obra (0,89% para 0,38%).
Fonte: O Estado de São Paulo – 19-08 

Indicador da FGV aponta avanço de 0,8% na economia em julho

A economia brasileira avançou 0,8% em julho, segundo levantamento realizado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) em parceria com o Conference Board.
O Iace (Indicador Antecedente Composto da Economia) –que busca medir o cenário dos próximos meses para a atividade do país– registrou aumento de 0,8% no mês, na comparação com junho.
O crescimento foi registrado depois de dois meses consecutivos de queda (1,7% em junho e 1,7% em maio).
A FGV também divulgou o ICCE (Indicador Coincidente Composto da Economia), que busca captar as condições atuais da atividade. Em julho, o ICCE registrou crescimento de 0,6%, ante o mês anterior.
Assim como o IACE, o ICCE vinha de dois meses consecutivos de queda, de 0,5% em junho e 0,5% em maio.
Os economistas envolvidos nos dois indicadores comemoraram a recuperação observada em julho. No entanto, eles afirmaram que é preciso esperar os próximos indicadores para que uma tendência de recuperação da atividade econômica ganhe mais corpo.

FOCUS

O mercado continua revisando para baixo suas previsões para o crescimento da economia neste ano.
A nova estimativa dos analistas é de 0,79%, segundo o Boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (18). Na semana passada, a previsão era de 0,81%. Foi a 12ª queda consecutiva.
A queda vem na sequência da divulgação, na última sexta-feira (15), deredução de 1,48% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central em junho.
Com o resultado do mês, o IBC-Br fechou o segundo trimestre com queda de 1,20% e indicando que a economia brasileira pode ter entrado em recessão no primeiro semestre. No primeiro trimestre, o índice recuou 0,02% em relação aos três meses anteriores.
A leitura feita pelo mercado foi a de que o resultado do IBC-Br reforça a expectativa de queda do PIB no segundo trimestre, levando a revisões para o período e para o ano fechado. Para 2015, foi mantida a expectativa de avanço de 1,2% para a economia brasileira.
O indicador já foi considerado uma "prévia" do PIB (Produto Interno Bruto), mas deixou de ser usado desta forma, já que os resultados podem não ser próximos aos do IBGE. O governo, contudo, discorda da interpretação, já que as metodologias usadas pela autoridade monetária e pelo instituto são diferentes e os números podem divergir. O resultado oficial do PIB será divulgado no dia 29 de agosto pelo IBGE.

INDÚSTRIA E SELIC

O mercado também vê um quadro pior para a produção industrial neste ano, de queda de 1,76% em vez de baixa de 1,53%, indicada na leitura da semana passada. Para o ano que vem, a estimativa para a indústria segue inalterada, em alta de 1,70%.
Após algumas semanas de leitura inalterada, os economistas passaram a ver a taxa básica de juros (Selic) a 11,75% em 2015, contra 12% na pesquisa anterior, ao mesmo tempo em que mantiveram o cenário de que ela encerrará este ano a 11%.
Em relação à inflação, ajustaram a projeção de alta do IPCA neste ano a 6,25%, ante 6,26% anteriormente, e mantiveram as contas em 6,25% para 2015.

INFLAÇÃO

Em entrevista ao programa Poder e Política, da Folha e do UOL, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo da presidente Dilma Rousseff seguirá sua "política gradualista" de combate à inflação e explicou por que considera este o melhor caminho, sem opção por uma "política heroica" ou um "tratamento de choque".
Em tom crítico e de condenação, durante entrevista Mantega disse que seria fácil reduzir a inflação rapidamente no Brasil: "É só colocar uma bala de canhão: chuta o juro para cima, a economia vai definhar, você vai ter recessão. Aí sim você vai ter uma inflação baixa. Mas aí é a paz do cemitério".
O ministro disse que será possível levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, em 2018 (último ano do mandato do próximo presidente). E promete uma novidade, já defendida por economistas de oposição: num eventual segundo mandato petista no Planalto, o ministro acha possível estreitar a banda de flutuação da meta de inflação.
Hoje, a faixa de tolerância é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Como o centro da meta que é de 4,5%, são aceitas taxas anuais que vão de 2,5% (o piso) a 6,5% (o teto).
Economistas ouvidos pela Folha, porém, afirmam que a declaração do ministronão contribui para a recuperação da credibilidade do governo.
"Ele tenta resgatar a confiança. O problema é que vem dizendo o mesmo há quatro anos", diz Mônica de Bolle, sócia da Galanto Consultoria.
A opinião é compartilhada por Alexandre Schwartsman, colunista da Folha e professor do Insper. "Um ajuste gradual é possível, mas ouvimos a mesma história desde 2010, o que a torna menos crível."
Os economistas Luiz Calado, vice-presidente do Ibef (Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças), e André Perfeito apostam em um cenário econômico melhor no próximo ano.
Calado afirma que a melhora da economia global contribuirá para isso. Perfeito, que é economista-chefe da Gradual Investimentos, acredita que parte do ajuste já vem sendo feito pelo atual governo. Mas ressalta que o processo terá de continuar na próxima gestão.
Fonte: Folha de São Paulo – 19-08 

IGP-M registra deflação de 0,35% na segunda prévia de agosto

 O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) caiu 0,35% na segunda medição de agosto, contra baixa de 0,51% em mesmo período do mês anterior. No ano, a alta acumulada está em 1,47%; em 12 meses, houve avanço de 4,80%, conforme levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Na segunda prévia do mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) diminuiu 0,57%, após ter queda de 0,94% no mesmo período de julho. Os produtos agropecuários diminuíram 1,02% e os produtos industriais cederam 0,41%, contra baixa de 2,04% e 0,52%, respectivamente, na parcial de julho.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, recuou 0,02% no segundo decêndio de agosto, invertendo a direção tomada um mês atnes, de alta de 0,14%. Cinco classes de despesas apresentaram deflação - Alimentação caiu 0,15%, Vestuário encolhey 0,79%, Educação, leitura e recreação tiveram baixa de 0,33%, Transportes declinaram 0,12% e Comunicação registrou decréscimo de 0,18%.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,23% na segunda leitura de agosto, na sequência de alta de 0,67% em mesmo intervalo do mês anterior. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços avançou 0,07% enquanto aquele que representa o custo da mão de obra registrou elevação de 0,38%.
Fonte: Valor Econômico – 19-08 

17º Fórum de Varejo da América Latina trará executivos e discussões importantes para o segmento

A GS&MD – Gouvêa de Souza promoverá, nos dias 26 e 27 de agosto, na Fecomércio, o 17º Fórum de Varejo da América Latina, o maior evento de varejo da América Latina. Anualmente, o fórum discute temas relevantes para o mercado varejista brasileiro e outros setores relacionados à cadeia de consumo. O 17º Fórum de Varejo é, no plano estratégico, o mais completo do país, sendo composto por dois dias de palestras com grandes nomes nacionais e internacionais.
A edição contará com a presença de executivos de peso, nacionais e internacionais: Mauro Borges, Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; George Homer, Presidente da Retail Design Institute e GH&A Associados; Gustavo Franco, Fundador da Rio Bravo Investimentos e colunista de O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Veja e Época, foi diretor de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e presidente do Banco Central do Brasil; Gustavo Loyola, Sócio-diretor da empresa de consultoria Tendências Consultoria Integrada foi Presidente do Banco Central do Brasil por dois períodos distintos; Malte Huffmann, Fundador da Dafiti; Artur Grynbaum, presidente do Grupo Boticário, Rômulo Dias, presidente da Cielo; Miguel Vives, presidente da Disney; Allan Barros, Diretor Comercial e Marketing da Máquina de Vendas; Gal Barradas, co-CEO da BETC; Abilio Diniz, presidente do conselho de administração da Brasil Foods; Flávio Rocha, CEO da Riachuelo e presidente do IDV; Eduardo Ourivio, partner Spoleto; Miriam Salomão, diretora da Saraiva; executivos da GS&MD, entre outros.
“É um prazer participar do 17º Fórum de Varejo da América Latina e poder discutir temas tão pertinentes ao nosso negócio. A Disney tem o objetivo de levar histórias e conteúdos para todas as famílias brasileiras. Nesse sentido, o trabalho do setor de licenciamento é chave para a companhia. Hoje contamos com uma estrutura de merchandisers para auxiliar o varejo e as empresas licenciadas a terem melhor visibilidade e adequação ao ponto de venda”, relata Miguel Vives, SVP & General Manager da The Walt Disney Company Brasil.
"O Fórum se transformou no mais importante e estratégico evento do setor de varejo no Brasil. Este ano será particularmente especial, pois discutirá alternativas, práticas e os resultados específicos alcançados por empresas nacionais e internacionais na busca da melhoria de resultados, desempenho no momento em que os ventos deixam de soprar a favor e que todo o foco deve ser dedicado à melhoria da eficiência e produtividade das operações existentes nas lojas tradicionais e nos novos canais digitais", conclui Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza.
Fonte: Portal Varejista – 19-08 

Alta carga tributária do país é empecilho para pequenas empresas

Impostos, burocracia e falta de conhecimento do negócio são barreiras para o sucesso das pequenas empresas no Brasil
Abrir o próprio negócio parece ser a solução para quem quer fugir do patrão e, ao mesmo tempo, impulsionar a economia do país com a criação de empregos e do aumento da produção. Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que 80% dos jovens desejam empreender nos próximos 10 anos. Entretanto, no caso do Brasil, especialistas alertam para alta carga tributária, que pode ser inimiga das novas empresas. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a taxa de mortalidade das empresas com até dois anos de funcionamento corresponde a 24,4%. Na prática, uma em cada quatro novas empresas fecham até dois anos após a criação. A constatação foi feita pelo estudo de Sobrevivência das Empresas no Brasil, atualizada pelo Sebrae no ano passado.
“O início da vida de qualquer nova empresa é de incertezas e isso inclui as contas que são afetadas diretamente pelos impostos que, no Brasil, são altos. Não tem como fugir desse problema. Visto isso, antes de formalizar uma ideia,tem que fazer testes e conhecer bem todas as contas”, aponta Vinícius Machado, gestor de Projetos da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), reiterando que colocar uma nova empresa para funcionar no Brasil não é barato.
De acordo com a ABStartups, é difícil mensurar quanto uma startup (empresa de tecnologia) ou pequena empresa paga em impostos, visto a particularidade de cada negócio ou setor de investimento. No entanto, segundo Machado, este valor pode chegar a 40%do faturamento anual. “Tudo depende do perfil da empresa: se ela tem ou não funcionários e, especialmente, em qual setor ela está inserida. Estimamos que o custo com os impostos pode até ultrapassar os 40% do faturamento total. É um número não desanimador, mas desafiador. Os empreendedores são heróis no Brasil”, comenta.
Fundadora da startup TimoKids – aplicativo que disponibiliza histórias infantis em três idiomas – Fabiany Lima aponta que, além da alta carga tributária, a burocracia é um entrave para a abertura e formalização de novas empresas. “Os impostos pesam para qualquer empresa, principalmente na hora da formalização e contratação de pessoal. No entanto, o problema se agrava quando visualizamos a grande burocracia que existe no país para colocar uma empresa para funcionar”, ressalta.

Administração e informação

Para não se perder no caminho do empreendedorismo, muitas vezes dificultado pela grande quantidade de impostos que acompanha a nova empresa da criação ao sucesso, os novos gestores precisam buscar informações sobre a economia, sobre o setor no qual estará a empresa e, especialmente, sobre a carga tributária e obrigações jurídicas que podem causar transtornos para o negócio.
“Os empreendedores brasileiros, em especial os jovens, têm boas ideias e vontade de investir no próprio negócio, mas existe uma grande ignorância em relação aos impostos e muito despreparo com noções básicas de administração. Isso gera um grande número de novas empresas que não dão retorno financeiro e acabam se tornando inviáveis”, diz o advogado especialista em direito tributário do escritório LC Marcelo Diniz.
O especialista em direito tributário do escritório LC, Marcelo Diniz, destaca a importância de conhecer bem as contas da empresa
A falta de conhecimento sobre o novo negócio gera erros de gestão que podem ser fatais. O principal problema diz respeito à mistura entre o patrimônio pessoal dos donos e o dinheiro da empresa, aponta Diniz. Além disso, a falta de profissionalização na administração das empresas também pode causar problemas com o Fisco. “Contas pessoais e jurídicas nunca devem se misturar. Isso é um erro fatal que pode acabar com a empresa e gerar problemas jurídicos com a Receita”, reitera.

Simples nacional ameniza carga tributária para PMES

Pela legislação atual, as empresas que tem faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano pagam os tributos municipais, estaduais e federais por meio do sistema Simples Nacional. O programa diminui a tributação e a burocracia, visto que engloba, em uma única guia de pagamento, oito impostos obrigatórios. Além disso, minimiza as obrigações chamadas de acessórias – aquelas que precisam ser cumpridas com a Receita Federal.
“O Simples Nacional trouxe benefícios em relação à tributação de pequenas e médias empresas, mas ainda há muita discussão sobre o impacto dos impostos na saúde financeira das empresas. Há um movimento atual, das startups, que tenta a diminuição da cobrança de impostos federais. Isso já está no Congresso Nacional. No entanto, vale destacar que o Brasil avançou na redução da burocracia para criação de novas empresas e no maior incentivo fiscal a esses empreendimentos”, diz a analista de políticas públicas do Sebrae-Rio, Juliana Lohmann.
Juliana destaca a criação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM). O programa é um sistema informatizado que integra os órgãos públicos envolvidos no registro de empresas tais como Junta Comercial, Receita Federal e Secretaria de Fazenda Estadual, visando a desburocratização e automação dos processos de abertura, alteração e baixa de empresas. "Hoje é possível formalizar uma empresa pela internet. Isso era impossível há alguns anos", destaca a analista do Sebrae.
Na última semana, com a alteração da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, 142 atividades da área de serviços entrarão em novo regime de tributação e 450 mil empresas serão beneficiadas. A partir de agora, as empresas podem aderir ao Simples Nacional conforme sua faixa de faturamento.

Adesão ao Simples Nacional

Para aderir ao Simples é preciso fazer agendamento prévio na página do programa na internet. O agendamento começa no primeiro dia útil de novembro e será permitido o acesso até o penúltimo dia útil de dezembro deste ano. Para aderir ao regime, é necessário acessar a página, escolher a opção do “Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional” (PGDAS-D) e, depois, a opção “Solicitação de Opção” e utilizar o Certificado Digital.
Caso o contribuinte não possua o certificado Digital, há a possibilidade de utilizar o Código de Acesso fornecido pela Receita Federal. Para essa opção, o interessado deve selecionar a opção “Código de Acesso”. Para obter o código de acesso, o contribuinte vai precisar do CNPJ e do CPF do responsável pela empresa. Após a geração do Código de Acesso, o interessado deve retornar para a Solicitação de Opção e depois Código de Acesso.
Fonte: Brasil Econômico – 19-08 

Emprego em Santa Catarina cresce mais que no país

Santa Catarina está entre os estados com o melhor desempenho na geração de empregos ao longo do ano de 2013, segundo os dados da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais, divulgada nesta segunda-feira, 18, em Brasília, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. O Estado teve crescimento dois pontos percentuais maior que o brasileiro. Foi o quarto melhor em números absolutos, perdendo apenas para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e o quinto melhor em números relativos, perdendo para Distrito Federal, Pará, Mato Grosso e Piauí.
Dos 285 mil novos postos de trabalho gerados na região Sul, Santa Catarina respondeu por 107,9 mil, com um incremento de 5,13% no comparativo com o ano de 2012. No Brasil, foram gerados em 2013 1,490 milhão, 3,14% a mais que em 2012. “Santa Catarina tem uma economia bastante diversificada e teve incremento na geração de empregos em praticamente todos os setores”, destacou o ministro, que é de Santa Catarina. Dias lembrou da onda pessimista que toma conta do País com relação à economia e destacou que a divulgação da RAIS de 2013 mostra que houve ganho real na renda do trabalhador e redução das desigualdades socais. “Houve um trabalho importante na qualificação, na abertura de novas vagas em universidades e o resultado já aparece nos números do ano passado”, complementou.
No Estado, foi o setor de serviços que puxou alta na geração de vagas de emprego, com 5,29% a mais, acompanhado do setor público e do comércio. A indústria teve uma pequena baixa em comparação com o volume de vagas criadas em 2012, fechando praticamente estável, com 49 vagas a menos. No entanto, o estoque de vagas no setor industrial aumentou, de 641,2 mil para 680,2 mil vagas. “Estamos vivendo no País um momento de pleno emprego. Eu tenho visitado muitas empresas em Santa Catarina e pude comprovar que as perspectivas são as melhores possíveis, que os empresários não vão parar de investir no nosso Estado”, complementou.
Fonte: Economia SC – 19-08

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