Clipping Diário - 19/05/2014
Publicado em 19/05/2014
Cinco dicas para fazer seu empreendimento decolar
Carlos Alberto Sicupira, um dos mais bem-sucedidos empresários brasileiros, ensina os segredos que aplica nas empresas
Um dos homens mais ricos do Brasil, cuja habilidade tem ajudado a reerguer empresas como Budweiser, Heinz e Burger King, Carlos Alberto Sicupira ainda acorda todos os dias pensando como empresário pequeno.
Diz que precisa trabalhar mais que os concorrentes para tomar-lhes mercado, e que a bancarrota de qualquer companhia começa pela soberba.
– A grande empresa é decadente, a pequena é um ótimo negócio – prega Sicupira.
O discurso modesto nem parece vir do homem que divide com Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles o controle da belga-brasileira AB InBev, conglomerado que responde por pelo menos 20% do mercado mundial de cerveja, incluindo marcas como Budweiser, Corona, Stella Artois, Skol, Antarctica e Brahma.
Dono de uma fortuna estimada em R$ 16,8 bilhões, conquistada com a compra e a venda de mais de 130 companhias, Sicupira brindou um grupo de profissionais do setor de investimentos com dicas de empreendedorismo e gestão, no final de semana passado em Atibaia (SP), durante a Expert 2014, evento da XP Investimentos, em uma rara aparição pública para falar da sua carreira.
Ser grande, pensar pequeno
O sonho de todo empresário é ter um grande negócio, mas a estratégia deve ser pensar como pequeno. Isso significa enfrentar desperdícios – mesmo que sejam de centavos –, se preocupar mesmo com os menores dos problemas, estar próximo dos funcionários e, sim, perder algumas noites de sono quando necessário.
– Hoje vivemos de pegar negócios grandes e transformar em pequenos – diz sobre o trabalho que realiza com os sócios na 3G Capital – empresa de Sicupira, Lemann e Telles que compra participações em outras companhias e, geralmente, vende as ações depois de impulsionar o negócio.
Um passo atrás vale a pena
A carreira de Sicupira começou a decolar quando deixou de lado o cargo que tinha na corretora Garantia, no início da década de 80, para assumir a presidência da recém adquirida Lojas Americanas, ganhando 10 vezes menos. Lá, ajudou a reerguer a varejista e viu de perto como funciona o varejo, ganhando bagagem para os desafios que viriam no futuro.
– Empreender é ser levado pela aspiração de um sonho.
Apostar na prata da casa
É preciso oferecer as melhores oportunidades de crescimento aos funcionários, e ajudá-los a alcançar os objetivos. Foi assim quando, sob ceticismo de colegas, Sicupira promoveu um funcionário de 32 anos à presidência da gigante de alimentos Heinz.
– O risco de trazer alguém de fora é sempre maior. É preciso buscar as melhores pessoas e dar a elas tarefas que não estejam prontas para assumir, as desafiando a se superarem.
Aprender e copiar
Um empreendedor deve se preocupar em aprender e procurar estratégias e modelos que podem ser replicados em um novo negócio. Quando deixa de devorar novas informações, deve partir para um novo desafio.
– Em um negócio, você aprende 80% do que precisa saber nos dois primeiros anos, e os outros 20% em 20 anos – afirma.
E, quando descobrir uma forma eficiente de fazer negócios, não deve se constranger em copiar e replicar.
Saber se reerguer
Em 2008, o futuro da 3G Capital esteve à beira do precipício depois de, por meio da InBev, ter pago US$ 52 bilhões pela americana Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser.
– Poucos meses depois, o mundo derreteu. Precisávamos de capital e não havia liquidez. Talvez tenha sido o momento mais difícil (da carreira).
Resistindo à pressão para sair do negócio, os sócios cortaram custos de outros negócios e reduziram pela metade o tamanho do escritório no Rio de Janeiro. Sicupira conta que, assim, conseguiram o capital necessário para manter a empresa
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 19-05
Empresas vão liberar funcionários
Levantamento realizado com cem diretores de recursos humanos de empresas brasileiras aponta que 39% delas vão permitir que os funcionários assistam aos jogos da seleção no local de trabalho, enquanto 34% dizem que vão liberar os empregados mais cedo em dias de partida. A pesquisa é de autoria da empresa de recrutamento e seleção Robert Half.
De acordo com o levantamento, 52% dos diretores de RH acreditam que o período da Copa do Mundo trará impacto positivo na motivação e disposição dos colaboradores, ao passo que 23% apostam em impacto negativo e 20% indicam que não haverá interferência.
Caso a seleção fique em primeiro lugar em seu grupo e vá até a final, o Brasil deverá ter cinco jogos em dias de semana, incluindo a abertura, em São Paulo, no dia 12 de junho.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 19-05
Ninguém se entende
Novos comerciantes que estarão no Mercado Público saíram insatisfeitos de uma reunião na última sexta-feira, considerada por muitos como uma autêntica piada. Acontece que foi proibido para parte dos comerciantes o uso de gás GLP nos mezaninos. E agora, como ficarão os restaurantes e padarias? Reclamam que não existe um consenso entre Ipuf, Iphan e bombeiros, onde é cada um por si!
Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 19-05
Aposentadoria futura
A consultora de finanças pessoais Annalisa Dal Zotto, da Par Mais Planejamento, de Florianópolis, orienta a quem está reservando dinheiro para a aposentadoria futura que uma boa opção são as Notas do Tesouro Nacional Série B, que pagam até 6% de juros reais (descontada a inflação) ao ano. Há títulos com vencimento no período entre 2020 e 2050.
Isso para quem tem certeza que não vai precisar do dinheiro antes do vencimento do título.
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 19-05
FGTS
R$ 10,5 bilhões é 40% do fundo de infraestrutura do FGTS, formado com dinheiro dos trabalhadores, que foi destinado apenas para sete grupos empresariais: Odebrecht, Sete Brasil, Vale, OAS, All, Alupar EPrumo Logística Global (ex-LLX)
Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 19-05
Pesquisa detalha finanças da classe média
Um estudo detalhado sobre os ganhos e os gastos das classes C, D e E trouxe um dado novo sobre a classe C, considerada a nova classe média do país: a renda dessa parcela da população não é tão estável quanto se pensa.
Tanto o valor quanto as fontes de rendimento tendem a mudar, às vezes drasticamente, mês a mês.
A pesquisa foi feita com 120 famílias, de 64 comunidades de centro urbanos em quatro capitais – Salvador (BA), Recife (PE), São Paulo e Rio Janeiro. O estudo foi encomendado e pago pelo CGAP (sigla em inglês de Consultative Group to Assist the Poor), um organismo internacional, baseado no Banco Mundial. Como a Plano CDE realizou todo o levantamento, pode divulgar parte dos dados financeiros, aos quais o Estado teve acesso.
Por causa do número reduzido de entrevistados, a pesquisa não tem valor estatístico. O seu grande diferencial é a profundidade. Os pesquisadores tiveram acesso irrestrito à contabilidade das famílias por seis meses, o que faz com que os resultados tracem uma radiografia fidedigna dos padrões de comportamento dessa parcela da população.
O orçamento de todas as famílias pesquisadas variou ao longo dos seis meses. Uma delas atravessou quase todas as classes. Foi pobre, vulnerável, passou três vezes pela classe C e, por fim, entrou na B.
De acordo com a pesquisa, isso ocorre porque apenas uma parte da renda é certa – e nem sempre de um emprego com carteira assinada.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 19-05
Genéricos enfrentam dificuldades pelo país
O segmento de genéricos chega aos 15 anos no Brasil, vangloria-se de ter sido o motor que possibilitou o nascimento de uma indústria farmacêutica de capital nacional, mas ainda não emplacou em alguns Estados.
Obrigados a custar pelo menos 35% mais barato que os medicamentos de referência – e os preços, na prática, ficam até mais baixos devido à concorrência –, os genéricos ainda enfrentam dificuldades para cumprir o que o setor chama de seu “papel social”.
Roraima é o Estado que tem a menor participação de genéricos no Brasil (10%), seguido de Amazonas (14%) e Rondônia e Acre (ambos com 16%), conforme dados do IMS Health, instituto que audita o setor no mundo.
Para Telma Salles, presidente da PróGenéricos (associação do setor), as compras do governo foram importantes para a evolução do produto, que representa 85% dos itens dispensados pelo Farmácia Popular (programa do governo federal que distribui gratuitamente).
Ela afirma, porém, que o desconhecimento da população ainda é um dos motivos para a baixa penetração no varejo farmacêutico.
– A possibilidade de substituir medicamento de marca pelo genérico ainda não é conhecida em todo lugar. Outras iniciativas públicas de divulgação precisam ser implantadas – diz.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 19-05
Tire dúvidas sobre o Plano Diretor
Em 14 capítulos, a série Florianópolis do Futuro mostrou as principais mudanças do Plano Diretor nos 12 distritos da cidade mais o Continente. No mural criado pelo Diário Catarinense na página dedicada à série (clic.sc/florianopolisdofuturo) e nas redes sociais, internautas manifestaram opiniões favoráveis, contrárias e dúvidas. As opiniões que se opõem ao plano que já está em vigor e guiará o uso e a ocupação do solo na próxima década foram maioria. A população mostra preocupação, principalmente, quanto à especulação imobiliária, pois teme que ela se sobreponha à preservação do meio ambiente e à identidade de alguns bairros. O DC selecionou algumas opiniões e procurou o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), executor do plano, para responder os questionamentos. Mesmo após ter suspendido, no mês passado, a decisão da Justiça Federal que obrigava a realização de audiências públicas, a prefeitura organiza reuniões nos bairros para discutir o plano a partir do dia 2 de julho. Informar-se a respeito dos direcionamentos da cidade em vigor pelos próximos 10 anos é essencial para questionar, cobrar as reivindicações não atendidas e fiscalizar o cumprimento da lei. Os principais pontos em discussão e de mudança em cada distrito ficam à disposição para consulta e opiniões no site do DC.
Fonte: Diário Catarinense – Economia – 19-05
REGRAS CLARAS
Nas duas últimas semanas, o Diário Catarinense mergulhou no Plano Diretor de Florianópolis e apresentou um raio X completo das mudanças, bairro por bairro, distrito por distrito. A série especial apontou com didatismo as principais regras que valem para os 12 distritos, para o continente e abriu espaço para opiniões favoráveis e contrárias à controversa lei que, aprovada no final de dezembro de 2013 depois de anos de embates políticos, ainda rende uma acalorada batalha judicial.
Na edição de hoje, o encerramento das reportagens traz um guia que tira as mais variadas dúvidas dos moradores. Afinal, o que vale para cada região? Os prédios podem ser de quantos andares? O zoneamento está mais restritivo ou não? Questões que vão pautar a vida de todos – cidadãos, empreendedores, governantes – pelas próximas décadas e que vão desenhar, para o bem e para o mal, a cidade das futuras gerações.
Impactados pelo crescimento desordenado, os aglomerados urbanos precisam de um conjunto de diretrizes mínimas que garantam um desenvolvimento equilibrado, sustentável e, principalmente, que resultem em cada vez mais qualidade de vida aos seus habitantes. Normas que sejam estáveis e claras – inspirando segurança jurídica – e que disponham de mecanismos capazes de fazer com que predomine o senso de coletividade. Leis que façam prevalecer sempre o espírito público.
Independentemente das regulamentações estabelecidas pelo Estatuto das Cidades e válidas para todo o país, é fundamental que os municípios fomentem uma consciência de que os recursos são finitos, que não pode imperar o vale tudo generalizado e que cada morador deve ser guardião dos conceitos que podem contribuir para ambientes mais saudáveis. Não há mais espaço para “terras sem lei”, que só agravam dia a dia os problemas de mobilidade, as ocupações indiscriminadas, os desrespeitos cotidianos etc.
No caso de Florianópolis, cidade com uma concorrida ocupação urbana, peculiaridades pela sua posição geográfica e delicados ecossistemas, não surpreendeu que o novo Plano Diretor tenha ficado na berlinda e no epicentro de inúmeras polêmicas e disputas – inclusive com um litígio no Judiciário, ainda sem ponto final, sobre a suposta necessidade de mais audiências públicas. É natural que esse ordenamento jurídico que afeta tanta gente, e envolva tantos interesses, eleve a temperatura dos debates.
O que deve ocorrer, agora, no entanto, é uma virada de página. Mesmo que para uma parcela não seja o Plano Diretor ideal. Pontos positivos e negativos serão sempre apontados. De um lado, há quem comemore as regras que visam à humanização da área central. E de outro, os que criticam, por exemplo, a possibilidade de construções de até seis andares no Carianos, no sul da Ilha. O certo é que, mesmo com imperfeições, a cidade precisava de um Plano Diretor. Necessitava de regras claras. Pior cenário, não há dúvida, seria a ausência do regramento ou a frouxidão, como por inúmeras vezes se viu ao longo da história florianopolitana. No caso de Florianópolis, não surpreendeu que o novo Plano Diretor tenha ficado na berlinda e no epicentro de inúmeras polêmicas e disputas. O que deve ocorrer, agora, é uma virada de página.
Fonte: Diário Catarinense – Editorial – 19-05
ANGELONI CRESCE
A rede Angeloni completa 56 anos e está em fase de conclusão dos projetos da segunda loja de Londrina e da terceira em Curitiba. Há planos também para mais duas em SC: uma no município de São José e a outra em Itapema, com todos os projetos finalizados pela área técnica. Esperam por aprovação nos órgãos municipais. A rede emprega 10 mil funcionários em 27 lojas, distribuídas em SC e Paraná. É a maior rede de supermercados do Estado, com 106.127,22 m² de área de vendas, e está em 10º lugar no ranking nacional.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 19-05
PREOCUPAÇÕES DO RH
Amplo estudo da Deloitte feito em vários países mostra novo cenário do mercado de trabalho. O fato de os profissionais estarem sobrecarregados compromete a produtividade e contribui para o baixo engajamento, de acordo com 34% dos líderes consultados. Esta aparece como uma das cinco principais preocupações. A geração Y representará 75% da força de trabalho até 2025. Mesmo assim, 58% dos executivos apontam que suas empresas não estão preparadas para atrair e reter este grupo de jovens.
Fonte: A Notícia – Claudio Loetz – 19-05
AQUECIMENTO
Feira de negócios abre a Expogestão amanhã
Primeiro dia do evento, que ocorre até sexta-feira na Expoville, será dedicado ao espaço que reúne produtos, marcas e serviços para o mercado corporativo
Um dos principais eventos de gestão do Brasil, a Expogestão 2014 começa amanhã, no complexo da Expoville. O primeiro dia do evento, que vai até sexta-feira, será marcado pela abertura da feira, às 14 horas, e dos workshops, às 17h30. As palestras acontecem a partir de quarta-feira.
Aproximadamente 80 empresas que fornecem produtos e serviços para o mercado corporativo estarão na feira de negócios. Elas representam segmentos como o de automóveis, náutica, imóveis, fitness, brindes, vestuário, acessórios, turismo e lazer, gastronomia, qualidade de vida, entre outros.
Os workshops gratuitos serão promovidos todos os dias das 14 horas às 20 horas, realizados por patrocinadores, apoiadores, expositores da feira, entidades representativas e convidados da 12ª edição da Expogestão.
No total, são 18 temas. Entre eles, liderança, comércio exterior, sustentabilidade, planejamento de carreira, gestão de pessoas e planejamento tributário.
Público qualificado
O público que visita a exposição é formado, principalmente, por gestores e empresários de diferentes segmentos em busca de oportunidades de negócios.
Os organizadores contabilizam profissionais dos Estados de Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e do Distrito Federal. O maior percentual, 29,41%, são gerentes, administradores ou gestores.
Presidentes, superintendentes e diretores são o segundo maior público da feira, com 24,4% dos visitantes.
Fonte: A Notícia – Economia – 19-05
100%
O CEO do grupo Almeida Júnior, Jaimes Almeida Junior, em sua fala para os convidados da feijoada que marcou o lançamento da ampliação do shopping Balneário Camboriú, disse que no início do projeto lhe chamaram de louco por investir num empreendimento afastado da praia e do eixo das compras. Com 100 de lojas âncoras locadas, é sinal de que pensou na frente de muitos. É o tino de pelos negócios.
Fonte: Notícias do Dia – Economia – 19-05
Cresce o volume de estoque no varejo
No 1º trimestre, ritmo de alta de estoque superou em 1 ponto porcentual a venda; quadro piorou com Dia das Mães, aponta a CNC
O fraco desempenho do comércio entre janeiro e março deixou uma herança ruim para o 2.º trimestre: estoques altos de itens mais caros e normalmente financiados, como eletroeletrônicos, móveis, computadores e celulares. Como as vendas do Dia das Mães foram fracas, a perspectiva é que o encalhe de produtos atrapalhe o varejo até meados do ano e afete o dinamismo da indústria, que encerrou março com estoques altos na maioria dos setores.
A grande aposta dos comerciantes para reverter esse quadro é a Copa do Mundo, mas o efeito do evento é restrito. A Copa pode impulsionar as vendas de TVs, mas deve limitar a de outros itens. Isso porque junho terá um menor número de dias úteis por causa dos jogos.
O descompasso entre o ritmo de vendas do varejo e de acúmulo de estoques é nítido num estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) a pedido doEstado, com base nas pesquisas de comércio e indústria do IBGE e de importações da Funcex. Entre janeiro e março, o volume de vendas do comércio restrito cresceu 4,5% em relação ao 1º trimestre de 2013. Enquanto isso, os estoques nas lojas subiram 5,5%. O comércio restrito não inclui carros e materiais de construção.
Segundo o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes, essa diferença de 1 ponto porcentual entre ritmo de alta de estoques e de vendas já foi maior em outros períodos, mas neste ano o quadro é pior. Em 2010 e 2012, os estoques cresciam 1,2 e 1,6 ponto porcentual acima das vendas, respectivamente. "A diferença é que esses dois anos foram os melhores para o varejo e a trajetória de vendas era ascendente. Em 2014, a perspectiva é de desaceleração das vendas, diante do encarecimento do crédito, da redução de prazo de financiamento e do menor ritmo de expansão da economia", explica.
Fôlego. Os últimos resultados de vendas do varejo restrito apurados pelo IBGE atestaram a perda de fôlego: em 12 meses até março o setor acumula alta de 4,5% e até fevereiro, o avanço tinha sido de 5%. Quando se avalia o desempenho do 1º trimestre em relação ao último de 2013, descontado o comportamento típico do período, o crescimento foi de apenas 0,3%.
"Os dados indicam que teremos um 2.º trimestre com ritmo de crescimento menor do que o 1º trimestre: o Dia das Mães foi fraco e junho terá muitos feriados por causa da Copa", prevê o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Ele observa que, desde o 2.º semestre de 2013, o varejo convive com estoques elevados, vendendo menos itens do que comprou.
O descompasso entre estoques e vendas ficou estampado no mês passado na insatisfação dos comerciantes em relação a esse quesito no Índice de Confiança do Empresário do Comércio da CNC. Em abril, o nível de estoques em relação às vendas atingiu a pior marca (92,6 pontos) desde outubro de 2011 (91,8 pontos).
O estudo da CNC mostra que a maior defasagem entre vendas e estoques ocorre no segmento de informática e comunicação, seguido por móveis, eletrodomésticos e vestuário. Daniela Martins, analista de investimentos da Concórdia Corretora, cita como exemplo, a Via Varejo, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, que ampliou em R$ 492 milhões os estoques no 1º trimestre deste ano por causa da Copa e do Dia das Mães. No setor de vestuário, a Lojas Marisa aumentou em 1% os estoques no 1º trimestre, reflexo direto de vendas mais fracas.
Fonte: O Estado de São Paulo – 19-05
Pesquisa mostra que a renda da nova classe média muda todos os meses
Fontes de rendimento sofrem enormes variações mês a mês, fazendo com que uma mesma família oscile em questão de dias
Um estudo detalhado sobre os ganhos e os gastos das classes C, D e E trouxe um dado novo sobre a classe C, considerada a nova classe média do País: a renda dessa parcela da população não é tão estável quanto se pensa. Na verdade, tanto o valor quanto as fontes de rendimento tendem a mudar, às vezes drasticamente, mês a mês. "Podemos dizer que a classe C é classe média quando dá", diz Luciana Aguiar, sócia diretora da Plano CDE, consultoria especializada em baixa renda, responsável pelo estudo.
A pesquisa foi feita com 120 famílias, de 64 comunidades de centro urbanos em quatro capitais – Salvador, na Bahia, Recife, em Pernambuco, São Paulo e Rio Janeiro. O estudo foi encomendado e pago pelo CGAP (sigla em inglês de Consultative Group to Assist the Poor), um organismo internacional, baseado no Banco Mundial. Como a Plano CDE realizou todo o levantamento, pode divulgar parte dos dados financeiros, aos quais o Estado teve acesso.
Diários financeiros. Por causa do número reduzido de entrevistados, a pesquisa não tem valor estatístico. O seu grande diferencial é a profundidade. Os pesquisadores tiveram acesso irrestrito à contabilidade das famílias por seis meses, o que faz com que os resultados tracem uma radiografia fidedigna dos padrões de comportamento dessa parcela da população.
"A pesquisa é baseada no que se chama de Diários Financeiros, que acompanham as fontes de receita e os gastos", diz Luciana. "É um tipo raro de acompanhamento, que permite uma investigação do orçamento familiar e de como as pessoas lidam com o dinheiro e as dívidas."
O orçamento de todas as famílias pesquisadas variou ao longo dos seis meses. Uma delas atravessou quase todas as classes. Foi pobre, vulnerável, passou três vezes pela classe C e, por fim, entrou na B.
Segundo Luciana, isso ocorre porque apenas uma parte da renda é certa – e nem sempre por causa de um emprego com carteira assinada. Aposentadoria, pensão, bolsa família, bolsa carioca e outros benefícios sociais, muitas vezes, são a única parcela fixa da renda. O restante – que não raro responde pela maior parcela do ganho – é coberto por bicos e atividades paralelas, como venda de cosméticos ou fazer salgados para fora.
Mobilidade mensal. Cristiano Ipaves Lacrose, 36 anos, de Itaquera, na zona leste da capital paulista, convive com essa flexibilidade desde que começou a ajudar o pai, aos dez anos. Microempreendedor, ganha por mês, como ele mesmo diz, "algo entre nada e R$ 5 mil".
Para garantir nem que seja um mínimo, aprendeu a fazer de tudo – serviços hidráulicos, elétricos, marcenaria, pintura. Sua mais recente atividade é ser chaveiro em domicílio. "Não dá para adivinhar quando e quanto vai entrar", diz Lacrose. "Há um ano, ganhava bem sempre, mas, desde o fim do ano passado, os clientes ficaram mais inseguros e as coisas, imprevisíveis."
Em casa, quem tem renda certa é a esposa. São R$ 900 como auxiliar de serviços. É dela a conta bancária, que garantiu o empréstimo para os documentos da moto e os dois cartões de crédito, que ele utiliza como fonte de capital de giro.
Quando Lacrose tem um bom mês, a renda familiar passa de R$ 6 mil. Pelos padrões de ganho no País, a família, com uma filha, vai ao topo da pirâmide. Encosta na classe A, alta renda. Em um mês ruim, porém, os R$ 900 da esposa os colocam no piso da classe C. Por pouco não escorrega para a D. Como a renda muda, a família Lacrose transita entre as classes C, B e A.
"Essa camada da população é mais vulnerável do que parece e precisa de apoio para se consolidar", diz Luciana. "Apenas a renda não é capaz de lhe garantir estabilidade." No longo prazo, a nova classe média precisa acumular ativos – educação, qualificação profissional, acesso ao sistema financeiro, um espaço para empreender, já que a maioria não tem trabalho formal. "A questão que se coloca é como ajudá-la nessa transição."
Fonte: O Estado de São Paulo – 19-05
Metade das famílias de classe média vive 'enforcada'
Entre os entrevistados, 28% ganham para pagar dívidas e 22% são desorganizados; os mais pobres são os que se programam melhor
As classes C, D e E podem dividir a base da pirâmide, mas não lidam com questões financeiras da mesma maneira. Essa é outra constatação da pesquisa realizada pela consultoria Plano CDE. Apesar de ter mais renda, a classe média – aquela que puxou o consumo nos últimos anos – demonstra menos habilidade do que os mais pobres para lidar com as contas.
Nailda tem cinco cartões e dívida equivalente ao triplo de sua renda
A Plano criou três perfis de relacionamento de orçamento familiar. O organizado (faz a gestão de ganhos e gastos, se priva e, quando consegue, poupa). O desorganizado (não sabe quanto ganha ou gasta e entra no vermelho regularmente). O orientado pela dívida (que destina tudo que ganha ao pagamento das contas e vive com a corda no pescoço).
Apesar de serem considerados mais arriscados pelo sistema financeiro, porque têm renda inferior, os mais pobres se mostram bem mais organizados – 71% têm controle rigoroso das finanças.
As famílias de classe média que participaram da pesquisa tiveram um comportamento bem diferente – 22% se mostraram desorganizados e 28%, orientados pelas dívidas. Ou seja: metade deste grupo teve problemas para pagar as contas.
"Não podemos expandir o dado para o Brasil e dizer que metade da classe média, que reúne 98 milhões de pessoas – incluindo os 64 milhões de classe C – estão nessa condição", diz Luciana Aguiar, sócia diretora da Plano CDE. "Mas é possível dizer que há uma forte propensão a esse comportamento."
Na avaliação de Luciana, vários fatores contribuem para colocar a classe média nessa situação, além do fato de a renda oscilar. A falta de instrumentos financeiros adequados é uma delas. A classe média hoje recorre muito, por exemplo, ao cartão de crédito. Integrantes da pesquisa tinham cinco, alguns até dez cartões, que funcionavam como cheque especial.
Essa ineficiência também foi percebida em outras pesquisas. O SPC Brasil, empresa de cadastro de crédito, identificou no final do ano passado que 47% dos inadimplentes eram da classe C e estranhou o dado. "Na nossa avaliação, esse dado mostrou que a classe C não consegue se blindar com alternativas de crédito e rolagem de dívidas, como as classes A e B", diz Luiza Rodrigues, economista do SPC.
Dívidas. Há também questões comportamentais. As famílias que participaram da pesquisa responderam a 1.107 entrevistas. Nesses momentos, muitas diziam não ter dívidas. Mas, ao olhar em detalhe o orçamento nos diários financeiros, a Plano encontrava as dívidas.
"Definitivamente a noção de dívida entre os mais pobres não é a mesma dos economistas", diz Luciana. "Para eles, dívida é o que não conseguiram pagar – se renegociou ou parcelou um bem, não é dívida. O pagamento pode estar até atrasado, mas a pessoa só considera dívida quando decide que não vai pagar mesmo."
Essa classe também ampliou sua cesta de compras. Agora paga internet, TV por assinatura, plano de saúde, colocou o filho na escola privada, comprou uma moto, mas o supermercado ainda é o item que mais pesa no orçamento – 27% dos gastos. Essa composição faz com que essas pessoas fiquem mais fragilizadas diante de oscilações da economia. "À medida que avança, a camada mais baixa permanece sentindo a alta de preços dos produtos básicos, como alimentos, mas também passa a sentir parte da inflação de serviços. E sofre com as duas", diz o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
Nailda Santos do Nascimento, 49 anos, está com dificuldades para lidar com os novos tempos. Ela tem carteira assinada e recebe por hora para cuidar da limpeza de um condomínio. Com os descontos, são pouco mais de R$ 500 por mês. Mas a sua principal fonte de renda é a pensão como viúva – R$ 1,6 mil. Com a renda de R$ 2,1 mil sustenta três filhas, numa casa própria em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo.
Em meados do ano passado, quando os gastos foram ficando maiores que os ganhos, começou a usar os cinco cartões de crédito que recebeu de lojas e bancos sem pedir, mas guardara para emergências. A dívida nos cartões passa de R$ 6 mil – o triplo de sua renda. Primeiro usou para pagar prestações atrasadas da faculdade da filha, depois para despesas pessoais e, por fim, os cartões bancaram a reforma da casa, que teve a estrutura abalada por uma infiltração do imóvel vizinho.
"Nunca tive o nome sujo porque, quando vejo que não vou conseguir pagar, renegocio, mas desta vez eu acho que não vou conseguir. Estou vivendo dos cartões e não saio mais do vermelho."
Fonte: O Estado de São Paulo – 19-05
Perda de popularidade da Copa faz empresas 'fugirem' do evento, diz especialista
A perda de popularidade da Copa já fez algumas empresas desembarcarem de projetos ligados ao evento, de acordo com Rafael Alcadipani, professor da FGV e um dos maiores especialistas em estudos organizacionais no país.
O cenário que recebe o torneio também escancara a improdutividade brasileira.
Desde o início dos protestos, no ano passado, o acadêmico envolveu-se em um trabalho de campo para conhecer a organização da polícia nos confrontos. Para Alcadipani, as manifestações e greves esperadas para a Copa preocupam não só o governo, mas também as empresas, que pressionam governantes para coibir os atos.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Folha - O descontentamento popular com o evento já fez as empresas repensarem suas estratégias? Como?
Rafael Alcadipani - Muitas empresas pagaram valores altos para associar as suas imagens à Copa. Porém, com a queda de popularidade do evento, algumas destas companhias estão notando que pode ser prejudicial a suas marcas estarem associadas a uma Copa que não está ganhando o coração do brasileiro. Tenho registros de empresas que pretendiam patrocinar eventos, mas que estão muito preocupadas em não serem alvo de protestos e greves. Alguns destes eventos foram sutilmente cancelados. No ano passado, houve ataques a totens corporativos alusivos à Copa em diversas cidades, e não interessa a nenhum patrocinador estar envolvido com algo impopular. Um número expressivo de patrocinadores passou a associar sua imagem à seleção, não mais à Copa, um produto impopular. A marca "Copa no Brasil" é um fiasco. O que resta, do ponto de vista publicitário, é explorar a imagem da seleção. O caso das Fan Fests que tiveram suas organizações repensadas também exemplifica isso.
Falta um mês. Vai ter Copa?
Vai. O problema é como. Essa semana a situação já esquentou em São Paulo e no Rio e não se percebe clima de Copa. As pessoas estão com medo do que pode acontecer durante o torneio e esse temor já atinge as empresas. A invasão das empreiteiras nessa semana mostra que marcas ligadas à Copa podem, sim, sofrer represálias de manifestantes. Essas imagens correm o mundo e isso é muito prejudicial para os negócios.
Em artigo para o "Financial Times" em 2013 o senhor dizia que, além da corrupção, a ineficiência é o maior entrave para uma Copa de sucesso. Agora voltamos a ouvir "New York Times" e "Economist" questionando a competência e a produtividade do país. Isso prejudica a atração de investimentos?
Sem dúvida, os atrasos nas obras da Copa e a falta de infraestrutura vão escancarar tudo isso. No fim, o mundo todo vai saber do quanto sofremos nos aeroportos, da violência e das dificuldades de locomoção nos centros urbanos. Estamos acostumados no Brasil com padrões de serviços ruins e caros. Um trabalhador nos EUA produz em um dia o que um brasileiro leva seis dias para fazer. O potencial novo investidor que ainda desconhece essa realidade terá mais noção dos problemas do país, algo que parecia muito distante nos últimos anos, quando o Brasil parecia finalmente ter mudado de patamar.
A possibilidade de exibir o Brasil a um público internacional foi uma das razões que levaram o país a desejar o evento. O chute foi errado?
Foi decidido que teríamos a Copa em uma época áurea do lulismo. Receber Copa e Olimpíada era visto por muitos como o sinal de que o Brasil tinha finalmente dado certo. Hoje, o modelo de desenvolvimento lulista começa a fazer água e o equívoco de ter embarcado nesta aventura é cada vez mais evidente. E quando o país fica, de fato, em evidência, o que temos para mostrar? No ano passado, o "Times" publicou na capa de seu caderno esportivo o caso de um árbitro decapitado no Maranhão. Recentemente, um torcedor foi atingido por uma privada. É claro que esses fatos só ganharam repercussão mundial por causa da Copa.
Qual é a visão de empresários e acadêmicos sobre os movimentos para criminalizar os protestos? Há preocupação no ambiente corporativo com seu patrimônio? E com as marcas?
O empresariado evita se meter neste tipo de discussão de forma aberta e clara. Tanto que muitos dos bancos depredados em protestos não prestam queixa à polícia e não querem se envolver com medo de atrair mídia negativa. Nos bastidores, as empresas pressionam o governo para procurar coibir manifestações. Trata-se de um evento bilionário e os protestos podem causar prejuízos. Não interessa nem ao governo nem às empresas, muitas da quais financiadoras de campanhas eleitorais, ter manifestação durante a Copa. O maior patrimônio de uma empresa é sua marca, e qualquer exposição negativa preocupa. Alguns acadêmicos da área de negócios também tendem a ser conservadores e se posicionarem pela criminalização.
O senhor está fazendo também um trabalho de campo sobre a segurança nos protestos. No ano passado houve saques e depredação de lojas. Como a repressão policial terá impacto nos negócios?
Fica muito desagradável para uma marca ter policiais com escudos e cassetetes protegendo algum elemento de publicidade nas ruas, como totens alusivos à Copa do Mundo ou a fachada de seus estabelecimentos. Deixa evidente que o equilíbrio social está rompido. É uma imagem muito impactante a da polícia de choque protegendo um banco, por exemplo. O efeito para a marca pode ser nocivo. Além disso, o clima de tensão e a forte presença da polícia e do exército retira das ruas a espontaneidade ideal para os negócios. E não podemos esquecer que se pensava a princípio que a Copa seria uma grande festa, onde muita coisa seria vendida. Ainda é incerto o que irá acontecer, mas a repressão policial pode ser bem negativa para os negócios em geral.
O senhor esteve em uma audiência com o ministro da Justiça recentemente em que imagino que tenha sido questionado sobre riscos de manifestações na Copa. Quais são os receios do governo do ponto de vista institucional?
Eu acredito que o conteúdo desse tipo de reunião é reservado. Todavia, o governo federal está, com razão, tentando prever as dificuldades que um evento como este pode trazer ao Brasil.
A Copa é bom negócio para o Brasil?
Experiências anteriores revelam que megaeventos esportivos podem não ser tão benéficos como se acreditava quando foram pleiteados. Na Olimpíada de Inverno no Canadá e na Copa do Japão e da Coreia, eventos que já passaram e é possível analisar o legado deixado, houve custos subestimados e benefícios superestimados. Gera lucro para a Fifa e exposição gigantesca para seus patrocinadores. Diferentemente da Copa de 1950, que foi acessível aos brasileiros, a de 2014 é um evento essencialmente corporativo. É um excelente negócio para a Fifa, mas não tão bom para o Brasil, que ficará com estádios caros, de manutenção custosa, sem falar no prejuízo de imagem. Parte das obras de infraestrutura simplesmente não estará pronta. A Copa está se relevando um péssimo negócio para o país.
E se o Brasil vencer a Copa? O que muda na nossa imagem entre as multinacionais? O Neymar pode salvar a pátria?
Acho que nem o Pelé pode nos salvar. Acredito que a questão não é se ganhamos ou perdemos a Copa. Sem dúvida, a eliminação logo no início do torneio teria um impacto negativo. Porém, mesmo ganhando, o mundo já sabe de vários de nossos problemas. O dano já está aí e a mídia internacional é hábil. A questão não é se ganhamos ou perdemos a Copa dentro das quatro linhas, mas sim se ganhamos ou perdemos no planejamento e na execução do evento, evento que tem se mostrado um grande erro.
Fonte: Folha de São Paulo – 19-05.
Mercado espera inflação maior em 2014 e crescimento econômico menor
Os analistas do mercado financeiro voltaram a elevar suas apostas para a inflação, mas a projeção não chegou a superar o teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC), como há algumas semanas, de acordo com o Boletim Focus. As estimativas para o juro básico continuam as mesmas.
Após ter suavizado para 6,39% de alta na semana anterior, a mediana das estimativas para o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou para 6,43%, a pouca distância do teto da meta de 6,50%. A estimativa em 12 meses seguiu inalterada em 5,88% de aumento, assim como a projeção para o IPCA de maio, que ficou em 0,47% de alta.
Para a Selic, tudo igual. Os analistas continuam a estimar que o juro básico encerre em 11,25% neste ano ante os atuais 11%. Até o fim de 2015, o mercado vê o juro em 12,25%.
Houve ajustes nas estimativas para o aumento dos preços administrados, de 5% para 4,95% neste ano, e de 6,03% para 6,28% em 2015.
Os analistas Top 5 – aqueles que mais acertam as previsões – continuam a ver o IPCA acima do teto da meta neste ano, mas revisaram sua estimativa, de 6,69% para 6,62% de avanço. Reduziram ainda a projeção para a taxa Selic, de 11,75% para 11,50%. Para 2015, a expectativa de inflação seguiu em 6,35% e para a Selic, em 13%. As estimativas são medianas de médio prazo.
O Boletim Focus mostra uma melhor nas expectativas dos analistas com relação a outros indicadores de inflação, que foram revisados para baixo. A mediana das projeções para o IPC-Fipe, por exemplo, foi de elevação de 6,10% para 5,94%. Há quatro semanas estava em 6,19%. Para o IGP-DI, passou de 7,25% para 6,87% de alta. Há um mês estava em 7,35%. Para o IGP-M, a expectativa saiu de 7,21% para 7,11% de avanço.
Com relação ao desempenho da economia, os analistas consultados pelo BC preveem crescimento de 1,62% em 2014 e de 2% em 2015. Antes, estimavam expansão de 1,69% e 1,90%, respectivamente.
No caso da taxa de câmbio, a previsão é de dólar a R$ 2,45 no encerramento deste ano, sem alteração pela sexta semana seguida, e a R$ 2,51 em 2015, acima da estimativa anterior, de R$ 2,50.
Fonte: Valor Econômico – 19-05
Varejo registra retomada no ritmo das vendas no mês de abril
O mês de abril registrou retomada no ritmo das vendas do varejo após a desaceleração ocorrida em Abril, segundo apontado pelo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta quinta-feira (15). Descontada a inflação, a receita de vendas do comércio varejista teve alta de 4,8% em abril em relação ao mesmo mês de 2013, ante 2,2% em abril na mesma base de comparação. Na receita de vendas nominal, o crescimento foi de 11,9% em relação a abril de 2013, contra 9% em março.
A recuperação ocorreu mesmo com os impactos negativos do calendário, provocados pelos feriados de Páscoa, que neste ano ocorreu em abril, e de Tiradentes, que caiu em dia útil (segunda-feira). Em 2013, a Páscoa aconteceu no mês de abril e o feriado de Tiradentes, em um domingo. Por outro lado, o mês teve uma quarta-feira a mais e uma segunda-feira a menos que em 2013 - tipicamente, as vendas numa quarta-feira são cerca de 15% maiores do que numa segunda-feira.
Descontados os efeitos de calendário, o crescimento revelado em abril seria ainda maior: 6,4% no índice deflacionado e 13,7% no nominal. Como em março estes crescimentos foram, respectivamente, de 5,0% e 12,0%, observa-se que houve aceleração no ritmo de vendas do comércio varejista em abril.
Setores e regiões
A aceleração do varejo em abril deste ano foi impulsionada pelo setor de Supermercados e Hipermercados. Também foram destaques Postos de Gasolina e Lojas de Departamento. Gabriel Mariotto, gerente da área inteligência da Cielo, ressalta que, ao contrário dos demais setores acompanhados pelo ICVA, supermercados e hipermercados se beneficiam das vendas do período de Páscoa. "Descontado esse efeito, observa-se que o segmento teve forte aceleração em abril, tanto em termos nominais quanto no índice deflacionado", complementa Mariotto. Em fevereiro e em março, o índice havia registrado desaceleração no setor.
No recorte regional, o Norte liderou o crescimento do varejo em receita deflacionada, com crescimento de 8,3%, seguido do Centro-Oeste, com crescimento 6,6%, do Sul com alta de 6,4% no mês, do Nordeste com 4,9% e do Sudeste com 4,3%.
Fonte: Portal Varejista – 19-05
Indústria e Comércio tentam acertar estoques
Os dados numéricos de abril relativos a estoques e vendas apontam para direções distintas, sustentando a assimetria de humor do setor produtivo capturada pelas pesquisas qualitativas de confiança na economia. Ao mesmo tempo em que há setores divulgando estatísticas de queda de seus estoques, determinada por elevação nos volumes de vendas, há os que diminuíram seus estoques ao longo de um processo de médio prazo forçado pela menor demanda. Há ainda setores que continuam convivendo com níveis de estoques acima do desejado sob a expectativa de serem beneficiados por grandes eventos como a Copa do Mundo.
O varejo como um todo, de acordo o Índice de Estoques de abril apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e divulgado com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, no mês passado, caiu para 112,9 pontos, nível mais próximo do recorde negativo da série histórica, de 109,5 pontos em fevereiro deste ano.
Segundo o economista Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP, o varejo ajustou seus estoques à demanda mais baixa. "De 50% a 60% das empresas pesquisadas acham que os estoques estão acima do desejado. Aí elas vão fazendo ajustes", afirma Pina. Para ele, este quadro não deve se alterar porque os ajustes nos estoques já foram feitos, de 120 pontos para atuais 110 a 112 pontos.
Quando questionado se a Copa do Mundo contribuirá para mudar essa perspectivas do setor varejista, Pina responde que não porque, de acordo com ele, em ano de Copa do Mundo o volume dinheiro é o mesmo de outras épocas, ou seja, se um consumidor gasta na compra de um produto da linha marrom não vai conseguir gastar com outro da linha branca. Segundo Pina, a economia toda vai passar por ajustes porque todo mundo já está contabilizando algum desânimo. Ele arrisca a dizer que até poderá ocorrer alguma mudança do quadro atual no segundo semestre, mas diz estar convicto de que por ora não haverá melhoras.
O quadro muda, no entanto, em relação às montadoras. A indústria automobilística divulgou na semana passada redução nos estoques de carros na passagem de março para abril. Segundo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, o estoque de automóveis nos pátios das montadoras, que era suficiente para atender 48 dias de vendas em março, caiu para 40 semanas em abril. Moan atribui essa queda nos estoques ao crescimento de 10% na média diária de vendas em abril em relação a março. "Em termos de média diária, tivemos um crescimento significativo nas vendas em abril em relação ao mês de março, o que explica a alteração do estoque no número de dias", afirmou.
Também não tem do que reclamar o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula. A Eletros congrega os fabricantes de eletrodomésticos da linha branca e aparelhos de imagem e som, conhecidos como linha marrom. "Se há estoque de produtos das linhas brancas e marrom, está com o varejo", disse. As vendas dos produtos da linha marrom cresceram 50,38% no primeiro trimestre, capitaneadas por aparelhos de televisão.
"Não tenho ainda os dados fechados de abril e maio, mas a expectativa dos nossos associados é a de que até junho as vendas da linha marrom continuem crescendo", previu Kiçula. "Entendo que as fábricas devam manter algum estoque porque o setor de linha marrom pretende conceder férias coletivas durante a Copa do Mundo", explicou.
Já para as vendas das fábricas de produtos da linha branca - geladeiras, máquinas de lavar, fogões... -, que cresceram 10% de janeiro a março sobre igual período de 2013, o presidente da Eletros espera redução nos volumes de vendas em abril e maio.
Dentre os setores que mais estão sofrendo por não terem como tirar proveito dos efeitos oriundos dos eventos esportivos e eleitoral no País está o de fabricação de aparelhos eletrônicos como celulares, tabletes e equipamentos de computação. Sondagem que a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgará nos próximos dias, e à qual o Broadcast teve acesso exclusivo, mostra que para 40% das empresas pesquisadas o estoque fechou acima do desejado em abril. Em março era considerado acima do normal para 32% dos empresários, lembrou o presidente da entidade, Humberto Barbato.
"Ninguém compra um celular para assistir Copa do Mundo", disse Barbato. Ele admitiu ter sido pego de surpresa pelo baixo volume de encomendas destes aparelhos pelo varejo para o Dia das Mães. "É entre o final de março e abril que o varejo faz os pedidos de celulares para o Dia das Mães", explicou Barbato.
Fonte: Portal Varejista – 19-05
Inflação pelo IPC-S perde força em cinco capitais na 2ª prévia de maio
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) registrou taxas positivas menores em cinco de sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda prévia de maio, em comparação com o levantamento anterior.
Assim, da primeira para a segunda pesquisa do mês, o indicador de inflação avançou menos em São Paulo (0,57% para 0,47%), Porto Alegre (1,01% para 0,92%), Rio de Janeiro (0,84% para 0,75%), Recife (1,30% para 1,22%) e Belo Horizonte (de 0,98% para 0,77%).
Houve, porém, aceleração no ritmo de alta em Brasília (0,86% para 0,95%) e em Salvador (0,83% para 1%).
Na média das sete capitais, o IPC-S registrou aumento de 0,78% na segunda quadrissemana de maio, após marcar elevação de 0,84% na prévia anterior.
Fonte: Portal Varejista – 19-05
Inadimplência do consumidor aumenta 2,4% em abril
Dívidas bancárias e títulos protestados foram as modalidades com alta.
A Inadimplência do Consumidor aumentou de 2,4% em abril, na comparação com março deste ano, de acordo com o Serasa. Foi a sexta alta mensal ocorrida nos últimos sete meses. Na variação anual, o índice registrou queda de 2,2%, No acumulado do primeiro quadrimestre de 2014, a inadimplência está 2,6% menor que o mesmo período do ano passado.
Duas modalidades de inadimplência do consumidor apresentaram altas em abril de 2014: as dívidas com bancos, que aumentaram 6,7%, e exerceram contribuição positiva de 3,0 p.p.; e os títulos protestados que subiram 7,3%, efetuando contribuição de 0,1 p.p.. A inadimplência não bancária (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e os cheques sem fundos apresentaram quedas de 0,1% e de 5,7%, contribuindo de forma neutra com 0.0 p.p. e negativa com 0,7 p.p., respectivamente.
O valor médio da inadimplência não bancária apresentou queda de 2,9% no primeiro quadrimestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As dívidas com os bancos e os títulos protestados também registraram declínio de 9,9% e 4,2%. Já os cheques sem fundos tiveram alta de 4,4%.
Fonte: Economia SC – 19-05
galeria de imagens
destaques
-
Carnaval 2025: Sindilojas de Florianópolis e Região orienta sobre o funcionamento do comércio
Por Assessoria Sindilojas em 20.02.2025
-
CDL Florianópolis promove o primeiro encontro do Papo Inova no Centro
Por Marketing CDL em 11.02.2025
-
CDL Florianópolis apresenta projeto-piloto para otimizar a coleta de lixo no Centro com carro coletor motorizado elétrico
Por Assessoria CDL em 28.01.2025